O abraço fortemente, ele retribui, desajeitadamente.

– Tome cuidado, sim – Peço.

– Pode deixar – Fala me dando um selinho.

Ele logo se afasta de mim, e com isso vai embora, me deixando ali, naquele corredor desertor, frio e sozinha, cheia de medos e preocupações.

“Afrodite, chame Poseidon, discretamente. Eu vou seguir aqueles dois”

Seu pedido soa em minha mente. Começo a corre o mais rápido que posso, e que um salto de 15 centímetros permite.

Passo por corredores e mais corredores. Já não avia mais ar em meus pulmões, mas mesmo assim continuo á correr.

Atena precisa de mim, penso.

Eu não sabia se realmente, ela estava em perigo, mas um sentimento forte e angustiante se instalou em meu coração.

Por favor, Ares, fique bem, peço mentalmente.

Meus saltos batendo rápido e furiosamente, era o único som que habitava aqueles corredores. Para por uns instantes, para recuperar meus batimentos cardíacos, que estavam super acelerados, não que algo pudesse me acontecer só porque eu estava a correr muito, mas sim porque eu não só estava cansada fisicamente, mas também mentalmente e emocionalmente. Eram muitos os sentimentos com que eu estava a lidar. Preocupação. Medo. Receio. Angustia. E muitos outros.

Volto a correr, passo por mais alguns corredores até chegar á um determinado corredor, onde um casal se encontrava aos amassos.

Apolo e Ártemis.

Chego mais perto dos dois, Apolo estava, literalmente quase comendo Ártemis, que estava sendo empresada na parede pelo mesmo. O beijo dos dois era tão avassalador que suas auras de poder estavam se unindo aos poucos. Como eu poderia ver isso ? Simples, essa aura de poder era banhada em amor, paixão, carinho e muitos outros sentimentos bons, ou seja, facilmente vistos por mim, deusa do amor.

Pigarreio, propositalmente.

Os dois se afastam rapidamente. Apolo estava com uma cara de culpada enorme, já Ártemis estava corada, fortemente corada. Os dois me olham por um instante, culpados. Mas depois relaxam mais. Apolo logo abraça Ártemis por trás, a deixando ainda mais corada.

Lindos.

– Á algum problema, Afrodite ? – Apolo pergunta.

– Não sei exatamente – Falo, sentindo meu coração se disparar, momentaneamente.

Os dois me olham confusos. Decido abrir o jogo logo, pois eu precisava encontra Poseidon, o mais rápido possível.

Conto - lhes tudo.

– Mas Poseidon mando-o chama-la – Ártemis conta tudo o que ocorreu desde de que as duas saíram do Olimpo.

– Mas o problema e que, Poseidon esta na festa á esperando – Eu falo.

– E verdade, Poseidon estava realmente na festa – Apolo fala, depois de refletir por um tempo.

– Por que você não me disse antes ? – Ártemis estava furiosa.

Apolo apenas da de ombros.

– Onde eles estão, você sabe ? – Ele me pergunta, levemente culpado.

– Em uma biblioteca, eu acho.

– Eu vou até lá – Fala convicto.

– Eu vou com você – Ártemis afirma.

Ele olha para a mesma por uns instantes, logo suspira, negando com a cabeça.

– Não, pode ser perigoso, não quero que você se meta nisso.

– Eu vou sim, você não pode me impedir – Afirma Ártemis.

Resolvo não me meter.

– Você não vai.

– Sim, eu vou – Diz a ruiva.

– Me obedeça, Ártemis. Eu não quero que você vá – Apolo estava realmente irritado.

Ela treme levemente.

– Apolo... – Choraminga.

Vejo o mesmo beija-la, calmamente.

– Vá com Afrodite. Avise a Poseidon o que esta acontecendo. E em hipótese alguma vá para aquela biblioteca – Pelo tom de voz do mesmo, ele não estava brincado.

– Eu não sou uma garotinha indefesa, Apolo – Sussurra a mesma, tenho que fazer um esforço e tanto para ouvir.

– Eu sei – Fala o mesmo.

Ele beija o topo da desta dela, e com isso segue rumo a biblioteca. Como ele sabe onde fica ? Eu não sei.

Nós duas observamos o mesmo virar um corredor, sumindo de nossas vistas.

– Temos que ir – Falo.

Ela apenas confirma, derrotada.

Seguimos pelos corredores, rumo ao salão de festas, rumo a Poseidon.

Paramos enfrente ao salão de festa. Vasculho o lugar a procura de Poseidon. Logo o encontro.

O mesmo estava em um círculo grande, formado por Hermes, Héstia. Esses dois ultimamente andavam muito próximos, o que me deixar feliz, pois um de meus sonho e ver-lhes casadinhos. Logo começo a maquinar uma forma de junta-lhes.

Naquele círculo também continha a presença de Hades, Perséfone, Hera e Zeus, o menino Di Angelo, filho de Hades. Percy e Annabeth também estavam ali, claro. A filha caçadora de Zeus também estava naquele circulo, Thalia.

– Como vamos o tirar dali – Pergunta a Ártemis.

– Venha – Me chama, indo em direção aos mesmos, decididamente.

Atravessamos o salão. Assim que chegamos onde os mesmo estavam, Poseidon vem em nossa direção, preocupado.

– Onde ela esta ? – Pergunta em um sussurro.

Ártemis resume a história, eu apenas confirmava. A cada parte ele ficava mais e mais pálido.

– Onde ? – Pergunta.

– Biblioteca...

Ele nem espera eu termina já vai saindo correndo.

Me volto para Ártemis, que estava pálida e levemente tremula.

– Vem sentar – Chamo-a docemente.

Eu também estava preocupada, mas só que eu estava conseguindo me manter forte, pois já passei por varias situações estressantes. Não que ela não tenha passado, e só que ela estava preocupada tanto com Apolo quanto com Atena. Eram muitas preocupações.

Ela a principio nem se morre, mas logo me obedece, sentando nua mesa próxima a o círculo, onde Poseidon estava agora a pouco.

Logo somos cercados pelos mesmos. Thalia se põem ao lado de Ártemis, vejo pela expressão facial dela que ela estava preocupada.

– O que esta havendo ? – Zeus pergunta.

– Nada não – Respondo evasiva.

– Como nada ? – Volta a perguntar, intrigado.

Ártemis nada fala, estava imersa em seus próprios pensamentos, com certeza pensando nas piores hipóteses possíveis, já que a mesma irradiava tensão, estresse e preocupação.

– Qual o motivo dessa festa ? – Hades pergunta, serio.

Hades com certeza já deve ter ligados os pontos, não parece mais ele e um dos que mais raciocina ligeiro.

– Essa e uma festa de noivado – Falo, uma meia verdade.

– E cada a noiva ? – Hera pergunta, vasculhando o salão.

O povinho chato !

– Debaixo do meu vestido eu garanto que ela não tá – Falo, já sem paciência.

Todos me olham pasmos.

Um silencio confortável se instala entre nós. Eu tentava a todo custo acalmar Ártemis, que tremia involuntariamente, todo podia ver que nada estava bem. Minhas tentativas de acalma-la estavam sendo falhas, já que eu mesma já tava dando sinais de não está calma.

– Atena... – A mesma sussurra, incoerentemente.

– Essa nem se deu ao luxo de aparecer – Hera fala.

Ártemis estava em um tipo de transe.

– Apolo... – Volta a sussurrar.

– Esse sumiu também. Deve tá com alguma garota – Deméter fala.

Nem sei de onde ela surgiu.

– Onde meu pai foi ? – Percy pergunta, timidamente.

– Hum... Ele... Hum... – Tento formular uma mentira, mas nada sai.

– Vamos Afrodite, você não e boa com mentiras, fale logo o que esta acontecendo – Hermes pede, educadamente.

Abro minha boca para falar algo, mas logo volto a fecha-la. Ártemis se levanta subitamente da cadeira, onde estava sentada, quase caiu da minha com o susto.

– Eu não aguento mais, vou atrás deles – Fala, indo em direção a saída, decidida.

Corro em direção a mesma, seguro-a pelo braço. Ela para e me olha, raivosa.

– Não, não, não. Ele disse que era pra você ficar aqui e não ir pra lá – Lembro-a.

– Eles estão demorando demais – Diz.

Vejo pelo canto dos olhos, que nós tínhamos a atenção de todo o salão.

– Não posso te deixar ir, ele me estrangula se algo te acontecer – Alego.

– Eu sei me cuidar – Afirma.

– Eu sei disso, mas...

Apolo irrompe, entrando no salão.

O mesmo tinha um leve corte na bochecha direita, que sangrava levemente. Seu torno bem cortado esta todo amassado. Ele também estava ofegante. Ártemis dispara ao seu encontro, abraçando-o, ignorando completamente os convidados, que olhavam tudo aquilo, pasmos, ele retribui ao abraço dela.

Ele fala algo em seu ouvido, ela logo esta se debulhando em lagrimas, de alegria.

Me ponho ao lado deles.

– Atena ? – Pergunto baixinho.

– Poseidon levou ela para uma fazenda que ele tem, nós devemos seguir para lá logo. Eu preciso examina-la – Fala, apertando Ártemis ainda mais contra ele. Eu sinto que ele me esconde algo.

– Ares ? – Pergunta, entrando em desespero.

– Ele vem logo ali – Fala olhando para trás.

Ele vem em nossa direção, completamente afegane, mas ofegante que Apolo. Suas vestes estavam destruídas, seu cabelo mais parecia um ninho de ratos, mas mesmo com uma aparência não muito majestosa o mesmo segui em nossa direção, com a cabeça erguida e um ar arrogante.

Me jogo nós braços dele, assim que ele chega perto de onde nós estávamos. Ele geme de dor baixinho. Me afasto do mesmo.

– Você tá bem ? – Pergunto tentando conter minhas lagrimas.

– Sim, seu marido saiu bem pior, isso eu garanto – Fala sorrindo maliciosamente.

– Meu marido ? – Pergunto sem entender.

Vejo Apolo lança-lhe um olhar raivoso.

– Ela ainda não sabe – Fala, o Deus do sol.

– Não sei o que ? – Pergunto perdida.

– Depois te explico – Fala se afastando de mim.

Ele vai para o centro do salão.

– A festa acabou – Fala em alto e bom som.

Todos ficam estáticos, olhando tudo pasmos.

– Vocês são surdos ou o que ? A FESTA ACABOU – Grita.

Vejo semideuses, caçadoras e súditos de Poseidon, estremecerem de medo, os demais deuses continuaram pasmos.

Aos poucos os convidados vão saindo, sendo guiados pelos empregados de Poseidon.

Logo o salão estava quase vazio, exceto por mim, Apolo, Ártemis, Ares, Hades, Perséfone, Zeus, Hera, Deméter e Dionisio que tinha desmaiado em cima de uma mesa, provavelmente de tanto ter beber.

– Me expliquem agora o que esta havendo – Exige Zeus.

Ares suspira, irritado.

– Apolo, você, Ártemis e você, Afrodite podem ir ver Poseidon, eu explico algumas coisas para eles – Fala.

Apolo e Ártemis afirmam, já se afastando, os demais deuses nem se dão ao trabalho de tentar impedi-los.

– Afrodite, você não vem ? – Perguntam os gêmeos em sincronia.

Recuso.

– Não, eu vou ficar aqui – Falo, gentilmente.

Eles logo desaparecem.

– Então ? – Volta a perguntar, Zeus.

Essa noite vai ser longa, muito longa, penso.