Meu salto se chocava furiosamente contra o piso de mármore daquele cômodo tão familiar para mim. Apolo estava sentado no sofá de frente para a mesinha de vidro e da TV. Ártemis estava confortavelmente aninhada em seu colo.

Sortuda !

A mesma só conseguiu vim, porque teve que jurar contar tudo o que estava sentindo quando Apolo, eventualmente perguntasse. E mesmo assim, ela teve que vim toda agasalhada. Eu me encontrava de pé, andando de um lado para outro. Hora parava e olhava para os peixes que nadavam em cima de nossas cabeças, além do vidro.

Mas que demora !

Nos nós encontrávamos no palácio de Poseidon. Apolo conseguiu me convencer que o melhor seria falar com ele. Se dependesse de mim, eu ignorava toda essa situação e segui meu rumo em paz.

Sem Poseidon e sem principalmente Anfitrite, penso.

Aporta que dava acesso a sala de visitas particular dele e aberta. Ele entra no cômodo preocupado e ao mesmo tempo confuso.

Ártemis sai do colo de Apolo. Esse resmunga baixinho em desgosto.

- Á algo de errado ? – Pergunta diretamente para mim.

- Mantenha sua mulher longe do Olimpo. Principalmente longe da Ártemis – Falo deixando transparecer minha irritação.

- Como ?

- Tio, sua mulher foi até o quarto da Ártemis, só para contar-lhe que eu andava sobrecarregado – Apolo fala.

- Por que ela faria isso ? Ela ao menos conhece Ártemis direito – Ele fala.

- Você pode não se lembra, mas ela deixou bem claro, naquele dia em que eu estive aqui, que isso, seja lá o que for, ia ter volta – Falo.

- Mas ela falo diretamente comigo – Ele fala.

- Ela pode ter falado diretamente com você. Mas ao que parece as consequências são dirigidas a mim – Falo.

- Ela acha que nos temos algo ?

- Sim – Confirmo.

- Mas por qual motivo ela ia envolver Ártemis nisso ? – Pergunta perplexo.

Porque ela e minha melhor amiga. Eu confio minha vida nela. E porque Anfitrite e louca, penso.

- Simples – Apolo vem em nossa direção – Na cabeça de Anfitrite, ela acha que afetando os amigos de Atena, vai tá á afetando. O que no caso e verdade.

- Mas por quê Ártemis ?

Porque somos melhores amigas, sua anta aquática, penso olhando torto para ele.

- Porque, além das duas serem melhores amigas. Ela era conhecedora de algo que Ártemis não era... Ou seja, algo que ela poderia usar sem ser comprometer muito. E também porque Ártemis esta doente – Encerra Apolo.

- Mas como foi que ela entrou no Olimpo ? E como foi que ela descobriu onde Ártemis dorme ?

– Esse e um dos mistérios que ainda não foram resolvidos – Falo.

- Provavelmente alguém esta á ajudando – Ártemis se pronuncia, pela primeira vez desde que chegamos.

Ela estava reencostada no sofá, de olhos fechados, com uma expressão serena, que daria inveja em qualquer um. Era por isso que nos éramos melhores amigas... Ártemis era inteligente, perspicaz, divertida e serena. Eu confio minha vida a ela.

- Por que você acha isso ? – Pergunto, ainda não entendendo sua lógica.

- Porque ela precisa de alguém de dentro do Olimpo para ajuda-la a entrar e a sair sem ser notada . E também, porque ela precisou de alguém para saber onde fica o meu quarto, já que ela não conhece o Olimpo – Fala ainda de olhos fechados.

- Isso complica tudo – Falo.

- Por que complica ? – Apolo pergunta.

Todos os três me olhavam curiosos.

Suspiro.

- E um ou mais dos dozes deuses olimpianos que á esta ajudando – Falo simplesmente.

O choque e geral. O ar fica tenso.

- C-como a-assim ? – Poseidon pergunta espantado.

- Pensem comigo... Para ela entra no Olimpo, ela precisaria ser convidada. E nenhum dos deuses menores ou ninfas podem convidar pessoas de outros reinos para entra no olimpo. Só um deus poderoso e olimpiano pode fazer isso. E se ela esta obtento isso com esse deus ou essa deusa, quer dizer, que essa pessoa não gosta de mim, ou não gosta até mesmo de Ártemis. E as únicas pessoas que são poderosas o suficiente são os olimpianos maiores.

Eles refletem por um momento.

- Isso faz todo sentido – Ártemis se pronuncia mais uma vez.

- Mas quem seria tão estúpido a ponto de fazer isso ? – Poseidon pergunta.

- Alguém que não gosta de mim de jeito nenhum – Falo.

Mas quem ?

*-*-*-*

- Pronto esta entregue – Fala, parando enfrente á porta que dá acesso ao meu quarto.

- Você não precisava vim aqui só para me trazer – Falo.

Nossa conversa foi longa e cansativa. Mas nenhum dos deuses citados teriam motivos tão fortes para se unirem a Anfitrite, e ajuda-la a me ferrar. Assim que a “reunião” terminou, Poseidon insistiu em me trazer aqui. Tentei argumentar. Mas ele como sempre foi irredutível. Eu estava ligeiramente desconfiada, que Apolo e Ártemis sabiam que “rolava” algo entre nos.

- Eu aprecio sua companhia mademoiselle – Fala sorrindo marotamente.

Me perco em sua beleza.

Como alguém pode ser tão milimetricamente perfeito assim ? Ter olhos tão misteriosos e cativantes ?  Um sorriso tão inebriante ?  E lábios tão atrativos ? Porque ele tem que ser perfeito ? Deveria ser crime algum ser tão maravilhoso assim.

Sou tira de meus pensamentos, ao sentir seus lábios serem portos junto as meus. Logo cedo ao beijo. Nossas línguas iniciam uma batalha calma. Seguindo um ritmo profundo e inebriante. Sua mãos apertavam possessivamente minha cintura. Seu corpo pressionava o meu contra a porta do quarto. Seus lábios se desgrudam dos meus, indo famintos de encontra ao meu pescoço. Chupões. Lambidas. Mordidas, são distribuídos naquele local tão sensível. Minha respiração era entrecortada. Meus olhos provavelmente estavam semicerrados de desejo. A cada lambida, cada chupão, cada mordida que ele dava, era como fogo. Incendiava meu corpo. Meu baixo ventre se contorcia com tais sensações.

Como esse homem pode me deixa assim ? Entregue. Vulnerável. Carente. Sensível ?

- Mas o que esta acontecendo aqui ? – Uma voz familiar soa. Soa perto demais.

Merda... Merda... To ferrada !

Empurro Poseidon para longe, que como estava em choque, não opõem objeção.

A nossa frente jazia um Hefesto incrédulo. Ele me olhava horrorizado. Quando seus olhos recaíram sobre Poseidon, um fogo negro passou por eles. Aquilo me assustou.