O Homem que Eu Amo escrita por Angel_Nessa


Capítulo 30
O HOMEM QUE EU AMO - PARTE XXII




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A minha gestação seguiu tranqüila, e os sangramentos voltaram a acontecer apenas mais duas vezes, nada muito grave, mas lembro-me da cara de desespero de Naruto quando isso aconteceu.

 

Pouco depois que sai do hospital, Naruto foi falar com minha mãe sobre a “formalização de nossa união” (leia-se casamento).

 

Eu pretendia contar a minha mãe por partes toda a história, tinha medo de chocá-la se contasse tudo de uma vez só. Primeiro eu contaria que iria me casar e morar com o Naruto, e depois quando ela estivesse bem feliz por isso eu contaria da vinda do primeiro neto. Em seguida, assim que minha mãe estivesse mais tranqüila do choque que eu estava grávida, aí lhe contaria sobre o fato de serem trigêmeos. Entretanto, Naruto resumiu tudo na seguinte frase:

 

- Sra Mãe da Sakura, eu não vou deixar sua filha grávida de 3 bebês sozinha.

 

Minha mãe desmaiou com a notícia.

 

No final depois de algumas broncas, tudo foi arranjado e em menos de um mês eu e o Naruto nos casamos. Não foi possível esconder a minha gravidez, uma vez que junto com a notícia do casamento espalhou-se também a notícia de minha gravidez de trigêmeos.

 

Era assim que de boca em boca a informação corria pelas ruas de Konoha:

 

- O Naruto e a Sakura vão se casar. E ela está grávida de trigêmeos.

 

Às vezes outros comentários eram agregados, mas eu não me importei com os comentários que destoavam maldosos, eu estava feliz e Naruto também e era isso que importava.

 

Nós casamos numa cerimônia modesta cheia de flores de Sakura em minha homenagem. Sasuke não compareceu a cerimônia, e mais do nunca foi evidente que ele ainda nutria certos sentimentos por mim. A minha história com Sasuke foi complicada, mas pode ser resumida ao fato de que quando ele voltou para Konoha, nós ficamos mais próximos, no entanto, no fundo de meu coração, havia tanta mágoa dele que eu simplesmente não o pude perdoar ao ponto de voltar a amá-lo.

 

Após o casamento, nós fomos morar no apartamento de Naruto.

 

No meu quarto mês de gestação, a minha barriga já estava bem grande e eu a exibia com orgulho. Eu havia sido afastada das missões por questões mais que óbvias, mas eu continuava trabalhando no hospital.E num desses dias que eu estava no hospital, Tsunade-sama me contou o que havia acontecido naquele dia em que ela e Kakashi-sensei haviam refeito o selo da kyuubi. Até então, o Naruto evitava comentar qualquer coisa relacionada a esse dia, e quando eu o indagava o porque de tanto mistérios, ele simplesmente me sorria e dizia que não queria que eu me preocupasse por algo que já havia passado.

 

Tsunade-sama me contou que Naruto havia liberado a oitava cauda da kyuubi, e ela e Kakashi-sensei ficaram seriamente preocupados que ele acabasse liberando a nona também e assim se transformasse na própria besta.

 

 

O Capitão Yamato e Kakashi sensei fizeram de tudo para controlá-lo enquanto Tsunade-sama tentava realizar a técnica de selamento usada pelo pai de Naruto na primeira vez que a besta fora selada dentro dele.

 

Tsunade-sama usou seu chackra ao extremo, e assim que passaram os efeitos colaterais, ela curou os ferimentos de Naruto e eles voltaram.

 

Lembro-me de uma vez que Naruto liberou a sétima cauda, nesse dia ele quase morreu por conta dos ferimentos provocados pelo chackra da kyuubi. Fiquei imaginando o quõ ferido ele deva ter ficado liberando as oito. Foi um pouco depois que isso aconteceu que eu e o Naruto começamos a namorar.

 

Recordo que eu havia discutido com Naruto por conta de sua irresponsabilidade em relação às missões, pois na véspera de sairmos a uma missão no País da Água, ele havia passado a tarde inteira ao lado da Hinata e nem se preocupara em fazer um plano de ação ou sequer participar da reunião. Eu sei o que meu acesso raiva que gerou a briga foi oriundo dos ciúmes que eu senti dele com outra mulher, só que naquela época era impossível arrancar de meus lábios uma confissão como essa que agora lhes faço tão abertamente, portanto ele acreditou que eu estava brava por ele ter faltado a reunião. A briga que tivemos se prolongou mais que o normal, e apesar das tentativas de defender-se por parte dele, eu apenas sentia que tinha mais motivos para que minha raiva aumentasse; no final eu disse que não iria numa missão mal planejada que resultaria em fracasso, e Naruto me retrucou dizendo que eu podia ficar.

 

E assim foi, eu fiquei e Naruto e os demais, incluindo Hinata, foram até o País da Água. Foram dias angustiantes para mim sem saber o que estava acontecendo, e sempre que Tsunade-sama me encontrava amuada pelos cantos dizia num tom de sapiência “Você deveria ter ido com eles”. Mas eu não fui, e isso era algo que eu não mais podia mudar.

 

Três dias depois eu estava no escritório de Tsunade-sama junto com Shizune, apenas nós duas estávamos lá aguardando a chegada de minha sensei que não apareceu. Em seu lugar apareceu um shinobi que portava informações lhes passada diretamente pela Godaime.

 

- A expedição ao País da Água está de volta. Tsunade-sama pediu que se dirigissem ao hospital; o mais rápido possível.

 

Meu coração explodiu no peito e eu senti minhas pernas fraquejarem. Eu me antecipei a Shizune e fui correndo para o hospital.

 

Ao chegar lá encontrei Tsunade-sama conversando com Kakashi-sensei e Yamato na entrada.

 

- Não sei como ele agüentou. Sete caudas! – a voz de Tsunade-sama alcançou meus ouvidos. E ao notarem minha presença ali todos me olharam.

 

Não eram precisos palavras, as expressões deles diziam muito mais do que eu queria saber. Eu entrei correndo e nem me importei com Tsunade-sama me chamando.

 

- Sakura-chan, espere!

 

Eu não queria esperar, meu coração não podia esperar.

 

- Quarto 15 – disse uma das enfermeiras por quem eu passei.

 

Eu nem lhe agradeci, eu precisava encontrar o Naruto, e era apenas isso que eu tinha em minha mente. Eu entrei no quarto quase arrombando a porta e encontrei Naruto de pé fechando a jaqueta.

 

Ele me olhou com espanto.

 

- Sakura-chan...

 

- Que bom... – sussurrei.

 

Um alívio tão grande tomou conta de meu ser que eu simplesmente irrompi em lágrimas que caiam sem parar.

 

Naruto se aproximou de mim trazendo ternura em seu olhar.

 

- Sakura-chan, por que está chorando?

 

Acho que para ele não era tão óbvia a razão de minhas lágrimas, eu chorava por ele como já havia feito tantas outras vezes, mas ele parecia nunca notar.

 

Eu não conseguia ter outra reação a frente dele que não fosse chorar e sorrir, uma dualidade pouco comum.

 

- Me perdoe Naruto. Eu deveria estar lá.

 

Naruto se aproximou mais de mim, e sem que nos déssemos conta ficamos a poucos centímetros de distância um do outro. Ele ergueu a mão direita e com a gema dos dedos começou a limpar as lágrimas que rolavam por minha bochecha; eu senti seu toque tão cálido e terno.

 

- Sakura-chan, não precisa chorar. Eu queria que estivesse lá também – me confessou num tom de voz tão baixo que mais lembrava um sussurro.

 

- Da próxima vez... Eu prometo que vou estar.

 

Estávamos tão próximos que era possível um sentir a respiração do outro. Naruto se inclinou para frente e eu deixei que meus sentimentos falassem por mim naquele momento. Isso mesmo, eu o beijei; aquele era o nosso segundo beijo.

 

Nosso segundo beijo durou tanto ou menos que nosso primeiro beijo, entretanto ambos haviam sido perfeitos.

 

Quando nossos lábios se separaram Naruto estava sem reação, e eu estava mais corada do que jamais pensei que pudesse um dia ficar.

 

- Sakura-chan, você me beijou? – disse por fim Naruto despertando de seu transe.

 

- Se contar isso para alguém eu te mato – disse o abraçando forte.

 

Naquele dia eu não agi como normalmente eu agiria ante a uma situação dessas, mas também eu não podia deixar de sentir ainda em meu corpo os efeitos da tamanha preocupação que tive por Naruto nos últimos dias, e mais ainda quando soube sobre as setes caudas haviam aparecido; eu o estava amando e não havia mais como negar meus sentimentos, e se o fizesse meu coração pararia de bater.

 

Daquela vez Naruto também não me contou o que aconteceu quando as sete caudas apareceram, fora Tsunade-sama que me dissera que a muito custo, o Capitão Yamato e Kakashi-sensei conseguiram o deter, e quando ele chegou ao hospital ela havia se esforçado em curar seus ferimentos, ainda que alguns poucos ainda fossem bem visíveis em sua pele alva.

 

Esse foi o mais perto que Naruto chegou de se transformar na própria besta que vivia dentro dele, e acredito que foi nesse dia que o selo começou a se partir, porque nas missões subseqüentes Naruto facilmente deixava chakra da kyuubi se apossar de seu corpo, ainda que isso fosse involuntário, passou a ser bem freqüente.

 

Alguns dias depois de meu segundo beijo com Naruto, Sasuke e eu nos encontramos na entrada de Konoha; e foi nesse encontro que eu confessei a ele, receosa e tímida, que eu agora amava outra pessoa. Sasuke logo entendeu a quem eu me referi.

 

Quanto a promessa que eu não cumpri.

 

“- Da próxima vez... Eu prometo que vou estar.”

 

Na noite de nossas núpcias, enquanto nós estávamos deitados na cama, eu pedi perdão a Naruto por não cumpri-la.

 

- Naruto, quando você voltou da missão no País das Águas eu te prometi no hospital que eu estaria com você na próxima vez que as caudas da kyuubi aparecerem, mas eu não estive...

 

Ele ficou um tempo em silêncio, acreditando que tentando se lembrar de quando foi que eu havia prometido aquilo, e após um tempo falou com ternura:

 

- Não se preocupe Sakura-chan. Você estava cuidando de algo muito importante para mim.

 

Eu sorri e virando um pouco para o lado abracei-o.

 

- Eu prometo que sempre vou proteger nossa família, e essa promessa eu jamais vou deixar de cumprir!

 

Naruto começou a acariciar meus cabelos.

 

- Então eu vou ter que te proteger...

Nossos lábios se uniram e dessa forma selamos nosso pacto.


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Notas finais do capítulo

Naruto e Sakura começam a sua vida a dois, e no prox cap vem o nascimento dos bebês. A história ainda terá mtas surpresas, aguardem!