O Homem que Eu Amo escrita por Angel_Nessa
Com as palavras de Sasuke ecoantes em meus ouvidos eu voltei a Konoha.
Pensei em ir para casa, mas no meio do caminho girei os calcanhares e fui para o apartamento do Naruto. Eu me lembrei que havíamos discutido no hospital e por isso achei melhor ir ver como ele estava.
Eu me plantei em frente a sua porta e bati duas vezes, não tive resposta em retorno; novamente bati três vezes e mais uma vez não houve resposta.
Fiquei brava.
- Naruto só pode estar dormindo! Aquele idiota, nem me escutou bater.
Girei os calcanhares disposta a ir embora, porém algo me fez querer ficar ao lado dele naquela noite; e como eu não tinha a chave do apartamento dele, resolvi entrar pela janela da sala a qual Naruto descuidosamente sempre deixava aberta.
Assim o fiz, entrei pela janela da sala e fui em direção ao quarto, e para meu espanto e preocupação o quarto estava vazio.
Olhei todo o apartamento enquanto chamava seu nome, e logo veio à constatação que não havia ninguém ali além de mim.
- Naruto não está em casa.
Sentei-me na cama e fiquei olhando o quarto envolto na penumbra da noite, a pouca luz que vinha da janela iluminava os móveis do quarto e produzia sombras que projetavam na parede uma mistura de figuras amórficas.
Tombei a cabeça e deitando-a na travesseira. Fiquei sentido o perfume de Naruto impregnado no tecido. Eu estava realmente preocupada com a ausência dele.
Fiquei ali deitada durante um tempo até que voltei a me sentar na cama.
- É melhor eu ir procurar o Naruto.
Levantei-me rapidamente e dei um passo à frente; senti uma vertigem que me fez voltar a sentar na cama. Coloquei minha mão na testa, e percebi não estava com febre.
- Eu preciso comer alguma coisa antes que eu acabe desmaiando.
Com movimentos mais lentos do que antes eu me levantei e fui até a cozinha em busca de qualquer coisa com a qual eu pudesse me alimentar.
Abri a porta do armário que ficava embaixo da pia, em meus pensamentos havia um simples desejo.
- Espero que tenha algo mais do que ramen.
Para minha desesperança, ao verificar o que havia dentro do armário encontrei apenas ramen.
- Como ele pode sobreviver comendo apenas isso?
Comecei a rir de meu próprio comentário, e sem outra opção peguei um dos pequenos potinhos aleatoriamente. Esquentei um pouco de água e enchi o copo até quase o topo, aguardei algum tempo e me sentei à mesa para comer.
O cheiro que aquele ramen exalava começou a me deixar enjoada, e eu torci o nariz olhando para o macarrão boiando em meio aos legumes no potinho; mesmo assim decidi comê-lo.
Bastou eu colocar um pouco na minha boca para sentir um enjôo tão forte que tive que correr para o banheiro. Sentei em frente ao vaso sanitário e após uma forte contração em meu estômago, um líquido azedo subiu por minha garganta queimando-a, porém nada saiu por minha boca.
- Que droga! O que está acontecendo?
Ao fazer-me essa pergunta uma velha lembrança, até então sem importância, veio a minha mente. Lembrei de uma conversa que tive com uma das enfermeiras do hospital.
Flashback
Eu e a enfermeira estávamos na recepção do hospital.
- Anu, você está bem? - perguntei num tom de preocupação – Você está tão pálida.
Anu era a enfermeira mais bonita do hospital, ela chamava a atenção de todos os pacientes com seus lindos cabelos castanhos que lhe caiam um pouco abaixo da cintura e seus belos olhos cor de mel. Ela era uma figura bela de se admirar por sua beleza e postura, confesso que me inspirava nela na hora de me vestir.
- Sakura, não se preocupe. No meu estado é perfeitamente normal que eu esteja muito pálida e abatida.
- No seu estado? – questionei-a com a inocência de uma criança.
- Sim. Ainda não sabe que eu estou grávida?
- Tão cedo!
Anu havia se casado com um dos ninjas da aldeia há alguns poucos meses atrás. Ao escutar a minha exclamação, Anu pôs-se a rir.
- Essas coisas acontecem quando duas pessoas se amam. Agora não fique mais preocupada comigo, ter enjôos, ficar pálida e até mesmo desmaiar é algo normal para uma mulher que está grávida.
Fim do flashback
- Grávida...
Essa pequena palavra de sete letras ficou ecoando em minha cabeça como uma sentença da qual eu estava certa de que não podia escapar.
Enxagüei minha boca com água. Levantei a cabeça e vi minha imagem pálida no espelho.
- Eu não podia estar grávida, vamos ver...- fiquei pensando em algumas questões femininas e depois de um tempo tinha uma resposta definitiva – Eu posso sim estar grávida.
Encostei-me na parede e coloquei minha mão direita sobre meu ventre; concentrei-me por um tempo e emanei um jutsu para me auto-examinar. Por entre meus dedos eu senti o pulsar das batidas do coração.
- Eu estou grávida! – exclamei sem muito ânimo.
Eu comecei a rir enquanto algumas lágrimas escaparam de meus olhos.
Com a mão em meu ventre, eu voltei para o quarto e em meio à penumbra do ambiente vi uma figura estática; reconheci-a imediatamente.
- Naruto...
A luz do quarto acendeu-se, na verdade, Naruto a acendeu.
- Sakura-chan... – ele chamou por meu nome num tom de voz abafado.
Naruto ficou me olhando e eu também não desviei os olhos de sua direção.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
nota da autora: Sakura descobre que esta grávioda. E agora? Será que ela deve contar para o Naruto a verdade?