O Homem que Eu Amo escrita por Angel_Nessa


Capítulo 11
O HOMEM QUE EU AMO - PARTE X




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Caminhei sem direção pelas ruas lotadas de Konoha. Enquanto eu andava fiquei atenta para ver se Naruto estava me seguindo, mas infelizmente ele não veio atrás de mim como eu esperava que ele viesse.


Eu buscava entender os motivos que suportavam a decisão de Naruto; e infelizmente eu encontrava muitas razões.


Não podia fingir estar cega à verdade se plantava a minha frente. Mesmo Naruto tendo feito muitas coisas por Konoha, o fato dele ter se tornado forte sempre foi tido como uma ameaça; afinal um Jinchuuriki nunca poderia ser visto como algo bom por uma aldeia, e Naruto estava longe de ser uma exceção.


Havia uma angústia imensa alojada em meu peito não me abandonava nem sequer por um breve momento, e eu me sentia desesperada ao pensar que eu não podia fazer por Naruto. Eu queria chorar, porém eu tinha consciência que minhas lágrimas tampouco o salvariam.


Andando e pensando, não sei por quanto tempo eu o fiz, só me lembro de ter chegado as portas de Konoha. Em frente ao portão de entrada voltei à razão, e esnobando o aceno dos guardas eu saí da aldeia.


Em meio a meu turbilhão de pensamentos eu havia me dado conta que eu não podia salvar Naruto por enquanto, mas podia fazê-lo ficar quieto pelo menos até que eu pudesse descobrir uma maneira de refazer o selo.


Estava mais do que claro que Naruto não escutava nenhum de meus apelos, então decidi pedir a outra pessoa que apelasse por mim também. Naquela época só havia duas pessoas a quem Naruto considerasse como uma família, uma delas era eu e a outra era o Sasuke, que para Naruto sempre foi tido como um irmão.


Eu pediria a Sasuke que me ajudar a convencer Naruto a sair das missões. Talvez Naruto o escutasse mais do que a mim ou a Tsunade-sama, já que ambos sempre tiveram uma maneira peculiar de se entenderem.


Depois de muito caminhar cheguei à clareira de uma floresta próxima ao vilarejo, era ali numa pequena cabana que Sasuke vivia desde que as guerras haviam terminado. Konoha não o perdoou por seus crimes, no entanto, um ato de benevolência de Tsunade-sama permitiu que ele continuasse vivo e tendo contato com as pessoas da aldeia, desde que não mais residisse dentro dos limites de Konoha.


Cheguei à cabana no inicio da noite, as primeiras estrelas já começavam a surgir no céu que pouco a pouco apagava seus nuances de atardecer para dar espaço ao negro véu do anoitecer.


A cabana onde Sasuke vivia era pequena, e se olhada de longe parecia ter saído de um conto de caçadores. Bati na porta de madeira de lei três vezes, e esperei uma resposta.


Poucos segundos depois Sasuke veio abrir a porta, e notei-lhe um olhar de espanto ao ver, em sua porta, sozinha.


- Sakura, o que faz aqui?


- Preciso falar com você... é sobre o Naruto.


Sasuke permitiu que eu entrasse e me indicou o sofá de madeira com almofadas azuis de estampas escuras para que eu me sentasse. Ele não me ofereceu nem chá e muito menos bolachas, afinal Sasuke não era desse tipo de cordialidade para com seus visitantes, mesmo quando eu e Naruto o visitávamos ele nunca nos oferecera nada, era sempre eu quem fazia um chá e trazia algumas bolachas para serem servidas.


- O que quer me falar? – perguntou Sasuke sentando-se a minha frente com as pernas abertas e os cotovelos apoiados nas coxas segurando a cabeça.


Sasuke parecia bem preocupado com o assunto de minha conversa, e eu também estava preocupada com toda aquela situação; por isso decidi cortar qualquer pergunta de praxe e fui direto ao assunto.


Resumidamente, ressaltando apenas os detalhes principais e pulando os detalhes pouco convenientes, eu contei ao Sasuke sobre o que estava acontecendo com Naruto. Ele prestou atenção a cada palavra minha e nem sequer ousou dizer nada; era como se as palavras que saiam por minha boca tivessem algum feitiço que o impedisse que rebatê-las ou instigar-me a contar mais além daquilo que eu lhe relatava.


Depois de meu breve histórico da situação e antes que eu pudesse lhe pedir algo Sasuke se pronunciou.


- Eu vou falar com aquele idiota.


Sasuke não sabia das minhas intenções em pedir-lhe tal coisa, mesmo assim ele se ofereceu; acredito que indiretamente em meio a meu relato eu lhe tenha dado pistas que levaram a conclusão de que a razão deu estar ali a sua frente e em sua casa era que eu desejava que ele me ajudasse a convencer Naruto que tal decisão de deixar-se ser morto era uma insanidade.


- Agradeço Sasuke-kun – levantei-me – Agora vou retornar a Konoha.


- Quer que eu a acompanhe? – ofereceu-se Sasuke levantando-se também.


- Não, eu estarei bem. Afinal eu sei me defender muito bem.


Sorri em meio a minha tristeza. Não queria que Sasuke soubesse quão triste eu estava, no entanto, era quase impossível disfarçar esse tipo de sentimento.


- Sakura, não se preocupe, vai ficar tudo bem.


As palavras de Sasuke trouxeram um alivio para meu coração. Era estranho ouvir isso de sua boca, e talvez por ser algo tão raro de se escutar vindo de Sasuke, aquelas palavras de que tudo ia ficar bem soaram como uma esperança que poderia se concretizar. E esse era o meu desejo que tudo ficasse bem.


 


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Notas finais do capítulo

nota da autora: Em meio a seu desespero por salvar Naruto, Sakura ir buscar ajuda com Sasuke. Será que o que ela fez foi certo?



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