Paraíso Proibido escrita por Tamy Black


Capítulo 4
Passeio Produtivo




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No dia seguinte assim que estacionei o meu carro ao lado de um porshe amarelo berrante. Quando eu saí do meu carro uma saltitante Alice pulou em cima de mim.

 

- Bella! – ela gritou. – Que bom que você já chegou! – ela sorria.

 - Oh Alice! Não esmague a Bella, deixe um pedaço pra mim também! – Rose ria e me abraçava junto. 

- Loucas! – eu revirei os olhos.

 

Elas saíram me puxando para dentro da escola. Era estranho, nunca tive irmãos ou se quer amigas, pelo menos da minha idade. Quando uma humana eu devia ter, mas não me lembro mais de nenhuma. A família Cullen era interessante, cada um tinha uma característica peculiar.

Alice era o ser mais irritante quando queria. Era só fazer aquela carinha de cachorro na chuva que conseguia, eu me frustrava com isso. Compulsiva por compras, se passasse um final de semana que não íamos a Seattle ela passava mal. Mas eu adorava aquele jeitinho dela, ainda mais quando ela tinha as visões loucas dela. Era cada uma.

Rosalie era a Barbie em pessoa. Adorava se maquiar, se pentear, e fazer isso tudo nos outros. E ela adorava fazer isso comigo. Eu era a sua boneca. Mas tinha que se tomar cuidado com ela, raivosa toda, era só levar na tranqüilidade.

Emmett era o palhaço, fazia graça até com o vento. Adorava bagunçar com os irmãos, principalmente com o Edward. O que me fazia adorá-lo mais! Era como um irmão brincalhão e eu sempre o acompanhava nas palhaçadas.

Jasper apesar de ser quieto, é muito prestativo e sensato. Se você tiver com algum problema ele te acalma, Alice esqueceu de dizer que seu “marido” (sim, eles são casados, assim como Rose e Em) tinha o dom de sentir o que a pessoa estava sentindo. Adorava conversar com ele!

Esme era a mãezona de todos! Ralhava com os garotos se eles faziam besteiras. Brigava quando era necessário e também era muito carinhosa. Um amor de pessoa, ela realmente tem o dom maternal.

  Carlisle era o pai. Todos os “filhos” o respeitavam. Sempre muito centrado, mas também adorava uma brincadeira. Era um ótimo conselheiro e sempre estava pronto para ajudar no que cada um precisava.

Edward. Falar de este ser me dá nojo. Ele é muito ignorante, arrogante, prepotente. Ai que ódio! Mas também era muito centrado, galante, amigo e o melhor de tudo: seus irmãos o adoravam. Edward podia não gostar de mim, mas eu tinha um respeito por ele. Ele foi o primeiro que Carlisle transformou e é o filho que Carlisle mais tem orgulho, não que os outros ele não ame, mas acho que é sim. Edward é legal quando quer, gentil, amável e doce. Toca um piano como ninguém, adoro ouvi-lo tocar. Eu sinto uma paz... Mas não posso falar isso pra ele! Nossa relação é melhor assim!

Que mané relação Bella! Vocês não têm nada, ouviu bem? N-A-D-A!

Estou no pátio verde da escola. A professora de Literatura não veio então nos dispensaram mais cedo. Vou ter que esperar Alice e Rose aqui.

Sentei-me num banco qualquer e fiquei a olhar pro céu nublado de Forks. Como essas minhas primeiras semanas aqui passaram rápidas e como eu me adaptei tão depressa? É como se eu já vivesse aqui há séculos!

Fui tirada dos meus pensamentos com um pigarrear.

 

- Edward? – eu o olhei confusa.

- Oi Bella. – ele disse se sentando ao meu lado.

- Não devia estar em aula? – eu o olhei divertida.

- Não estava a fim de assistir aula de história. – ele revirou os olhos entediado. – Você também não devia estar em aula? – ele me olhou zombeteiro.

- Devia, a professora de literatura faltou! – eu lhe dei a língua 

- Criança! – ele bufou e nós rimos.

- Esperando os garotos? – eu o olhei.

- Sim, estão na educação física. – ele disse.

- Ah... – eu murmurei. – Alice e Rose estão na mesma aula né? – eu o indaguei.

- Sim, sim. – ele disse.

- Deve ser chato morar numa casa com três casais. – eu imaginei, mas não devia ter comentado isso. Espero que ele não se zangue.

- Muito! – ele disse parecendo se lembrar de algo. – Ainda mais quando você pode ler a mente deles! – ele fez uma careta.

- Oh! – eu murmurei. - Isso não deve ser nada legal.

- Não mesmo! – nós rimos. – Vai ficar aí? – ele disse se levantando.

- Vai pra onde? – eu o olhei surpresa.

- Deixa esses malucos aí! Vamos rodar! – ele disse.

- E o meu carro? – eu me levantei.

- Voltamos antes de acabar a aula deles! – ele me deu um sorriso torto.

 

P-E-R-F-E-I-T-O.

Se eu fosse humana eu estaria corada ou hiperventilando.

Eu entrei pela primeira vez no Volvo Prata dele. Sentei no banco do carona e ele no do motorista, óbvio. Saímos cantando pneu da escola. Estávamos a mais de 200 km/h. como eu já havia dito: Edward dirige como um insano, não só ele como os irmãos. Estávamos cantando uma música do Maroon 5 que começara na rádio.

(Back At Your Door – Maroon 5: http://www.youtube.com/watch?v=SVsPdg3Z1pY)

 

From the moment the lights went off

(Desde o momento em que as luzes se apagaram)
Everything had changed

(Tudo tinha mudado)
Lie awake in an empty room

(Deito e acordo num quarto vazio)
In my head it all feels the same

(Na minha cabeça, tudo parece o mesmo)


 

Eu comecei a cantar. Adoro Maroon 5. Edward parecia gostar, pois começava a cantar junto. Ele me olhou e começou a sorrir cantando junto comigo.

 

Like the taste of the day you left

(Como o ill do dia que você partiu)
It still lingers on my breath

(Ainda illnence em minha respiração)
And the dampness of tears that left

(E a umidade das lágrimas que deixaram)
That stain where you had wept

(Aquela mancha onde você tinha chorado)


 

A música era meio triste, mas tinha um ritmo legal. Era boa de dançar colado com alguém que gosta. Essa música me lembrava a minha solidão em Volterra.

                                                                                                                               

Nós seguíamos cantando. Eu olhava a paisagem, não sabia para onde estávamos indo. Edward me olhava vez por outra ainda cantando.

 

 

All alone with the negligee

(Completamente sozinho com o vestido)
That still hangs off of my bed

(Que ainda está jogado na minha cama)
I keep meaning to give it away

(Eu sempre penso em me desfazer dele)
But I ill leave it there instead

(Mas simplesmente o deixo lá)


 

Chegou à parte mais tocante da música o refrão. Eu olhava pra ele e nossos olhares se encararam por segundos. E cantávamos alto.

 

 

No need to cry about it

(Não preciso chorar por causa disto)
I cannot live without it

(Eu não posso viver sem isto)
Every time I wind up back at your door

(Toda vez eu acabo voltando à sua porta)
Why do you do this to me?

(Por que você faz isto comigo?)
You penetrate right through me

(Você penetra direto em mim)
Every time I wind up back at your door

(Toda vez eu acabo voltando à sua porta)


 

Edward tinha a voz mais doce do mundo. Ele cantando e me olhando era como se fosse o sonho de qualquer garota boba e apaixonada. Mas eu não era uma garota boba e muito menos apaixonada. Esses pensamentos me fizeram franzir a testa o que não passou despercebido por ele, simplesmente sorriu. Acredito que ele adoraria saber o que eu estava pensando.

 

 

3 more days ‘til I see your face

(Mais três dias até eu ver seu rosto)
I’m afraid it’s far il much

(Receio que seja muito tempo)
Cook a meal and fix up the place

(Cozinho uma refeição e arrumo a casa)
Dial your number, hang it up

(Ligo para seu número, desligo)

If I took you for granted

(Se eu levasse você para lhe agradecer)
I apologise for acting tough

(Eu me desculpo por ter agido duro)
You’re my reason for living

(Você é minha razão de viver)
And there’s no way I’m giving up, oh

(E não há nenhum modo eu estou me entregando, oh)

 

 

Eu sorri ao pensar isso. Deve ser frustrante não conseguir a lente de uma pessoa, já que você pode ler a de todo mundo. Ele simplesmente me olhava intrigado e sem deixar de cantar. Isso estava acabando comigo. Ouvi-lo cantar era lindo e emocionante. Esquece isso Bella! Isso não é pra você. Para tentar esquecer esses pensamentos idiotas eu cantei mais alto.

 

 

No need to cry about it

(Não preciso chorar por causa disto)
I cannot live without it

(Eu não posso viver sem isto)
Every time I wind up back at your door

(Toda vez eu acabo voltando à sua porta)
Why do you do this to me?

(Por que você faz isto comigo?)
You penetrate right through me

(Você penetra direto em mim)
Every time I wind up back at your door

(Toda vez eu acabo voltando à sua porta)


 

Ele abaixou o volume da música e me olhou intrigado.

 

 

- O que você tanto pensa Bella? – ele me olhou.

 

- Em como deve ser frustrante pra você não ler os meus pensamentos. – eu disse sorrindo.

 

- E por que você acha que eu gostaria de saber o que você pensa? – ele perguntou malcriado.

 

- Porque toda a vez que eu pensava em algo, você me olhava curioso. – eu sorri cínica.

 

 

Ele ficou sem palavras e aumentou o volume.

 

 

Now every evening is a bitter fight

(Agora toda noite é uma luta amarga)
And I’m eating home alone on a Friday night

(E eu estou comendo sozinho numa sexta-feira à noite)
And I know what your friends say

(E eu sei o que seus amigos dizem)
“You’re ill wasting your ill and time”

(“Ele está apenas desperdiçando seu amor e seu tempo”)
I ill never let you change your mind

(Eu nunca deixarei você mudar de idéia)


 

Voltamos a cantar sem nos olhar. Pude perceber pela paisagem que estávamos bem longe de Forks.

 

 

- Onde estamos? – tive que perguntar.

 

- Seattle quase. – ele disse naturalmente.

 

- O QUE? – não pude evitar berrar. Como em três minutos nós já estamos em outra cidade? – NÃO DÁ PRA DIRIGIR MAIS DEVAGAR? – ironia total.

 

- Acalme-se Bella. Você não vai morrer se eu bater com o carro. – ele ironizou calmamente.

 

 

Eu simplesmente bufei e cruzei os braços.

 

 

No need to cry about it

(Não preciso chorar por causa disto)
I cannot live without it

(Eu não posso viver sem isto)
Every time I wind up back at your door

(Toda vez eu acabo voltando à sua porta)
Why do you do this to me?

(Por que você faz isto comigo?)
You penetrate right through me

(Você penetra direto em mim)
Every time I wind up back at your door

(Toda vez eu acabo voltando à sua porta)


 

Continuei cantando os versos finais da música. Assim que ela acabou, Edward abaixou o volume do rádio. Ficamos em silêncio por alguns instantes. E depois começamos a tagarelar sobre um monte de coisas. Descobri como ele foi transformado, como ele se adaptou. Ele me perguntou muitas coisas sobre como era ser a filha do grande e poderoso Volturi. Mas tinha uma pergunta que eu queria fazer a ele, o porquê ele me tratou estranho assim que cheguei aqui. Essa pergunta a ficar pra depois.

 

Chegamos à escola e nossos queridos “amigos” estavam nos esperando. Eu saí do Volvo e fui pro meu carro.

 

Fui pra casa no mesmo instante. Até que esse foi um passeio produtivo. Descobri várias coisas sobre Edward Cullen. Até que ele não é tão chato assim quanto eu pensava.

 

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N/A: Gente. Eu gosto muito dessa fanfic, se vocês não comentarem, fica difícil postar. Já que pra mim, os reviews que vocês deixam são o combustível para eu continuar a escrever. *bico* Estou chateada, sério.

Tamy.

 


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