Black escrita por amanda c


Capítulo 29
Ultimo Jogo


Notas iniciais do capítulo

QUASE O ULTIMO CAPITULO DESSA TEMPORADA :((((((((((((((((((((((((((((



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– Eu preciso de férias - James disse se jogando na cama e fechando os olhos na tentativa de relaxar.

– Não vamos mais ter ferias, cabeção - Teddy revirou os olhos jogando uma almofada no amigo e arrumando todos os livros embaixo da própria cama.

– Eu esqueço que esse é o ultimo ano, ok? - ele disse abrindo os olhos e vendo a porta do dormitório se abrir revelando a imagem de Sage com um enorme pote branco.

– O que é isso? - Teddy perguntou finalmente se sentando.

– Sorvete - revirou os olhos cinzentos ainda com um sorriso no rosto. A garota se sentou no chão entre as camas e estendeu duas colheres para os amigos pegarem. Ela já estava com a sua colher em mãos e só esperava os dois lerdos para atacar o pote de sorvete de chocolate.

Eles estavam já no meio do ano letivo. O salgueiro lutador já estava com flores em sua copa, o que era engraçado de se ver, o Sol esquentava gostosamente todo o castelo e o ambiente escolar estava calmo.

Scorpius e Sage estavam simplesmente ficando, sem compromisso, sem namorar, mas caso Scorpius pensasse em ficar com outra garota iria arrumar briga com a Black e se Sage pensasse que ela estava fora desses planos estava muito enganada, pois se ela ficasse com outro também iria arrumar briga com o Malfoy.

Sirius estava por dentro de tudo que estava acontecendo com a filha, pois a mesma contava para ele via carta, e mesmo o Black não indo com a cara do loiro gostava de ver a filha tão feliz como estava agora. Ele nunca havia visto a Sage tão apaixonada, mesmo a mesma dizendo não estar.

Teddy e Victorie estavam se dando melhor do que nunca, sendo que o grifinoriu aceitou a amizade da loira com outros garotos. Até mesmo virando amigo de alguns e causando ciumes na loira, pois o Lupin as vezes dava mais atenção para os amigos do que para ela.

Albus diferente do que todos já conseguiram imaginar estava namorando a um mês com Cindy. Depois do natal que passou com Minerva, Albus notou o quão linda e engraçada que a sonserina era, se apaixonando perdidamente por ela. O que sem duvidas fez com que o irmão zoasse eternamente o pobre garoto, mas nada que o mais velho falasse iria arrancar a alegria de Albus dos últimos meses.

Bárbara e James estavam ficando às escondidas ainda, dizendo que ninguém poderia saber de seu romance, por ser ridiculamente física a atração que eles tinham. Mas Bárbara, mesmo negando para si mesma estava cada vez mais apaixonada e dependente dos beijos e abraços que James dava.

– Eu não consigo acreditar que esse é o ultimo ano - Sage disse colocando mais uma colher grande de sorvete na boca.

– Não vai começar a chorar né? - James disse cravando a sua colher no pote de sorvete como se o mesmo fosse uma pedra e sua colher fosse uma espada.

– Insensível - a garota disse arregalando os olhos e fungando. Os dois amigos começaram a rir e Sage não ficou pra trás começando a rir até mesmo de boca cheia.

– Se eu conhecesse vocês aqui não seria amigo de vocês - James disse se deitando novamente na cama e passando os braços por debaixo da cabeça.

– Por que? - Teddy e Sage disseram ao mesmo tempo.

– Vocês são muito estranhos - disse o garoto começando a rir.

– E você não é né? - Sage disse causando risos descontrolados em Teddy.

E então os três começaram uma discussão amigável sobre quem era mais estranho no grupo, ignorando a entrada e saída de outros grifinorios no dormitório masculino.

***

O torneio de quadribol estava acontecendo a três semanas. A final do torneio seria no final de semana sendo Sonserina contra Grifionria e o jornal escolar estava causando um grande alvoroço por causa disso, pois as primas Black iriam lutar pela taça do ano.

Bárbara era a capitã do time da Sonserina e Sage a capitã da Grifinoria. Ambas rebatedoras e com sangue no olho pela taça. No ano passado a Grifinoria havia ganhado e Bárbara desejava muito aquela taça, para esfregar na cara de James que ela podia sim ser uma boca capitã.

– Ansiosa? - Bárbara perguntou jogando os livros sobre a enorme mesa do salão principal, para começar os deveres de casa.

Sage deu um pulo de susto ao ouvir o estrondo que a prima fez, engoliu em seco e olhou zangada para a garota.

– Para? - disse voltando sua atenção para a redação sobre o que era e para que servia três tipos de plantas diferentes.

– Amanhã é a final, criatura - Bárbara sussurrou ao notar milhares de olhares nervosos ao seu redor por estar fazendo barulho.

– Atá - Sage disse como se não fosse de grande importância - To sim.

– Não parece - disse Bárbara pegando um pedaço de pergaminho e começando a sua lição sobre historia da magia.

– Não estou nervosa, o que você deve estar pensando - disse a morena parando de escrever e virando o rosto para a prima - Sei que a Grifinoria vai ganhar, de novo - sorriu maliciosamente para a prima que trincou os dentes raivosa.

– Você que pensa - disse Bárbara respirando fundo para não pular no pescoço da prima e voltando a escrever.

Ambas ficaram em silencio absoluto, apenas sendo ouvido o barulho da pena sendo passada pelo pergaminho. Uma Black alem de orgulhosa nunca iria admitir ser uma perdedora, por isso a grande expectativa que estava sendo aquele jogo.

Sage possuía muito mais lições do que Babi, então a segunda fora quem terminou primeiro. Bárbara beijou o rosto da prima, saiu do salão principal e fora caminhando entre os corredores até as masmorras para deixar os livros no seu dormitório e depois ir até a biblioteca encontrar com alguns sonserinos.

No meio do caminho ouviu alguém gemer e aquilo fez com que a Black parasse de andar por alguns segundos, mas por ser curiosa não mudou de percurso e se aproximou de quem quer que fosse para conseguir chegar nas masmorras, mas ao virar o corredor se arrependeu de tomar aquela decisão.

Viu uma garota loira, estatelada na parede como uma lagartixa, com as mãos na nuca de um garoto, que se encontrava de costas para ela. Mas não era preciso que ele estivesse de frente para Babi identificar de quem era aquelas costas, aquele cabelo e aquele toque tão voraz.

James beijava com urgência o pescoço da garota loira, que estava boquiaberta e apertava o corpo do Potter contra o seu querendo que ambos se fundissem.

Bárbara ficou observando aquela cena durante minutos, e nenhum dos dois notaram a garota parada no meio do corredor. Para eles apenas eles existiam no castelo inteiro.

Lagrimas se acumularam nos olhos cinzentos de Babi, e a mesma saiu correndo pelo corredor, ignorando o fato de que James poderia nota-la ou não, descendo as masmorras e atravessando a porta que levava para os dormitórios da Sonserina.

Alguns sonserinos estavam sentados no salão comunal verde e preto. Babi passou correndo por eles subindo para seu quarto rapidamente, desejando não ver ou falar com mais ninguém.

***

No dia seguinte todos acordaram cedo para presenciar um dia épico. Talvez se a Grifionria ganhasse de novo, Bárbara descesse da vassoura e começasse a bater na prima para conseguir o troféu, ou se a Sonserina ganhasse Sage iria roubar o troféu da mão da prima e sair correndo. Todos esperavam com ânsia esse dia, com grande expectativa.

Sage e todo o time da grifinoria já estava no vestiário, se trocando, alongando e conversando entre si. O jogo iria começar às onze da manhã, o que causou uma enorme carranca em James.

– Não podem marcar esse jogo para depois do meio dia? - disse o Potter finalmente colocando sua caneleira amarela no devido lugar.

Sage deu de ombros e terminou de arrumar o cabelo em um coque enrolado e trançado muito bonito.

– Acho melhor você ir lavar o rosto, Jay - Sage disse se sentando ao lado do amigo.

– Ta pode ser - ele disse se levantando e indo para fora do vestiário, caminhando lentamente até o banheiro mais próximo. No meio do caminho acabou encontrando Bárbara. O rapaz esperou que a mesma fosse brincar com ele dizendo que eles iriam perder ou algo do tipo, mas Babi o encarou mortalmente e passou por James sem abrir a boca ou emitir algum som.

James ficou confuso e ficou olhando para a morena enquanto caminhava até o banheiro. Lavou o rosto e respirou fundo tentando acordar definitivamente. Voltou correndo para o vestiário e apanhou sua vassoura, pois o jogo já iria começar.

– Pensei que iriamos entrar sem você - Sage disse se posicionando na frente do time, com James e Richard logo atrás.

James apenas riu baixo e então viu a porta sendo aberta a luz do sol o cegando por alguns minutos. Sage fora a primeira a voar saindo do pequeno corredor que levava o vestiário para o campo, seguida por James e Richard - o apanhador e o goleiro -, Ronnie e Doug - ambos artilheiros - Martha e Paul - artilheira e batedor - nessa ordem saíram do corredor voando pelo campo.

Ficaram voando por alguns segundos até que o time da Sonserina saísse também para o campo e o novo treinador aparecesse com as bolas e o apito para se iniciar a ultima partida do ano.

Quando a goles fora arremessada para cima pelo treinador/juiz o jogo começou. Os balaços estavam voando e zunindo entre as cabeças dos jogadores e o pomo de ouro voava rapidamente pela quadra.

O jogo estava empatado quando um balaço veio em direção a Babi e a mesma usou toda sua força para direciona-lo para a cabeça de James, mas por sorte ou não o Potter conseguiu desviar, olhando com medo para a Black, que lhe enviou um sorriso irônico.

Sage conseguiu impedir alguns gols da Sonserina e Richard conseguiu defender boa parte deles. A Grifinoria estava ganhando com poucos pontos a frente. E então começou a chover.

Pensaram em suspender o jogo, mas Sage e Bárbara negaram o pedido falando que eram capazes de continuar o jogo. Apenas colocando o óculos protetor nos olhos continuaram a jogar como se aquilo fosse questão de vida ou morte.

O cabelo de Babi, que antes estava solto e sedoso agora estava molhado e totalmente colado no seu corpo. O uniforme de todos estavam ensopados e as bolas estavam escorregadias.

A grande maioria dos alunos e professores que estavam assistindo o jogo usaram suas capas ou alguma coisa sobre a cabeça para se proteger da chuva, mas a mesma não era um empecilho para a diversão que estava sendo assistir aquele jogo.

Minutos depois de já ter começado a chuva o apanhador da Sonserina conseguiu pegar o pomo de ouro dando a vitória para a casa das cobras. Todos desceram da vassoura e toda o campo ficou em silencio, imaginando que iria começar uma briga, mas no lugar disso Sage e Bárbara se abraçaram.

Todos começaram a gritar e a bater palma, pois aquele havia sido um ótimo jogo. O treinador trouxe o troféu para que a Sonserina carregasse-o até seu vestiário, mas ao em vez de Bárbara ajudar a carrega-lo saiu andando para o lado oposto, indo em direção ao castelo.

Ela estava muito triste.

Sage e o restante do time fora para o vestiário da Grifinoria para conseguirem se trocar e colocar uma roupa seca, menos James, que notou para onde Babi estava indo e decidiu segui-la.

A Black assim que chegou perto do lago se sentou e deixou as lagrimas escorrerem, se punindo por ser tão fraca e estar deixando um garoto ridículo como James fazer aquilo com ela. A chuva estava ajudando-a a deixar as lagrimas saírem de seus olhos.

– Babi? - James disse se aproximando da garota, que fechou os punhos e trincou os dentes só de ouvir a voz do Potter.

– Sai daqui - disse fechando os olhos.

– Você está bem? - James ignorou o que ela disse e se aproximou mais de Babi, o que fez a garota virar o rosto para que ele não visse ela chorando. Ele estava preocupado com ela.

– Sai James - disse deixando sua voz soar mais chorosa do que devia. E então o Potter notou que a garota realmente não estava nada bem. Se sentou ao lado dela o que só piorou a situação.

– Sai de perto de mim Potter! - ela gritou virando seu rosto para o garoto com os olhos vermelhos arregalados e raivosos. Bárbara empurrou o peito de James para trás e se levantou indo em direção ao castelo na tentativa de escapar de James.

– Bárbara o que foi? Você está me preocupado! - ele disse e ao ouvir isso Babi parou de andar, virou nos calcanhares e fuzilou o garoto com os olhos desejando estar com sua varinha em mãos agora mesmo para mata-lo dolorosamente.

– Preocupado? Comigo? - ela gritou desejando que todos no planeta ouvissem ela - Você não se importa com ninguém James, só com o seu próprio umbigo! Você é um ridículo, escroto, idiota, imbecil, que não vale nem a merda que faz! E o pior de tudo sabe o que é? - Babi estava chorando tanto que suas lagrimas e a chuva estavam se fundindo em uma coisa só. A cabeça de James estava confusa, mas ele estava ouvindo tudo que a garota estava ouvindo - Eu te amo.

As ultimas palavras saíram baixas, quase em um sussurro, como se aquilo machucasse os ouvidos de quem ouvisse. E então como se as pernas de Babi não estivesse mais aguentando seu peso ela se ajoelhou na grama, tampando seu rosto com as mãos e deixando todas as lagrimas sair.

James não conseguia assimilar que a garota que estava a sua frente era a Bárbara Black, a garota que era irônica, a garota que era engraçada e que zoava até a si mesma para fazer os outros rirem. Ele nunca havia visto ela chorar e sem duvidas não era algo prazeroso. As três palavras que ela disse foram como um soco no queixo de James, que o fez cambalear e refletir o que ele havia feito.

Se lembrou de ter ouvido passos rápidos enquanto estava beijando aquela lufana, que não sabia nem o nome. Era estranhamente ridículo ser a Babi que os viu ali, mas era possível.

E então se ajoelhou ao lado da garota e levantou o rosto da mesma. Babi não fez nada, ela estava fraca para até mesmo falar mais alguma coisa. James aproximou seus lábios dos dela e os beijou lentamente, como nunca havia feito com outra garota. Todos seus beijos eram com urgência, como se nunca mais iria beijar outra pessoa em toda sua vida, mas aquele não fora assim, aquele fora verdadeiro, como se nada no universo existisse, apenas os dois.

– Me perdoa - disse ele depois de afastar seu rosto do dela.


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