The Dark Princess escrita por Gustavo A


Capítulo 21
Quem é que manda?


Notas iniciais do capítulo

tô de volta! Bom, esse capitulo diz basicamente o que vai acontecer daqui para frente, ele é com pov do sr. Lestrange. Enjoy



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Aparatamos na Travessa do Tranco, aquele lugar fedido e cheio de mendigos que eu odiava. Fazia muito tempo que eu não vinha aqui e em todos anos não mudou absolutamente em nada, talvez apenas o cheiro houvesse piorado.

- Está na hora. - disse Desirèe e eu assenti.

Finalmente estava na hora de dar uma lição na minha filha. Desde o dia em que eu a torturei, por namorar aquele infeliz do Potter, ela tem estado cada vez mais protegida. E necessitávamos urgentemente de uma conversa em família, pois eu preferiria ter uma filha morta á uma filha traidora e eu sabia que Tiffany tinha conhecimentos grandes de magia, mesmo sendo jovem. Se ela definitivamente nos traísse, eu mesmo me certificaria em matá-la.

Explodi a porta da loja onde Tiffany estava, não posso negar, o lugar estava bem melhor assim do que com aquela velha porta de ferro enferrujado.

- Apareça Tiffany. - disse Desirèe, mas não ouvimos nenhum barulho.

- Anda logo, não estamos de brincadeira. - eu disse e ouvir o ranger da madeira de algo se aproximando e lá estava ela.

Tiffany me lembrou sua mãe quando a conheci, Desirèe tinha o mesmo rosto sério e decidido que eu via em minha filha, a mesma desconfiança contra todos e a mesmo ar superior.

- Como vão? - perguntou ela e se sentou em uma almofada velha que tinha na loja.

- Não estamos aqui para tomar chá Tiffany. - disse Desirèe. - Vamos direto ao ponto, vai nos entregar seu namoradinho ou não?

- Vocês estão muito apressados. - disse Tiffany e foi para trás do balcão. - Não nos vemos faz um certo tempo não? Não querem saber como sua querida filha tem passado todo esse tempo? Afinal, fiquei sabendo que está tendo uma interferência na comunicação telepática não? - ironizou e percebi que isso fez com que minha esposa se irritasse e segurasse a varinha com força. - Mas tudo bem - continuou - se vocês querem saber sobre o Potter... Não. Eu não vou entregá-los á vocês. 

Desirèe e eu jogamos feitiços nela, mas Tiffany conseguiu se desviar com facilidade e ergueu as mãos em um gesto para que parássemos de lhe jogar feitiços. 

- Odeio quando me interrompem. - ela disse e revirei os olhos. - Como eu disse, não vou entregar Mark Potter á vocês, porém, vocês vão entregá-los á mim.

Ela disse e eu prendi o riso. Eu não conseguia acreditar que ela havia realmente me dito aquelas palavras.

- Ah... Certo. E posso saber porque te obedeceríamos? - perguntei.

- Simplesmente daddy, porque eu tenho algumas informações que acredito serem muito valiosas.

- E que informações seriam essas? - perguntou Desirèe.

- Primeiro, quero o voto perpétuo de que vocês irão me obedecer. - ela disse e isso me fez rir.

Percebi que alguns subordinados se encolheram atrás de mim ao ouvir minha risada, porém Tiffany permaneceu impassível.

- Sabe que podemos tirar a força todas as informações que precisamos. - lembrei a ela.

- Você está mesmo tão certo disso papi? - ela perguntou e eu lhe lancei rapidamente um feitiço paralisante, só que o feitiço passou por ela e fez sua imagem se embaçar e depois sumiu.

Tiffany havia se projetado, eu deveria ter pensado nisso, mas era um feitiço tão avançado que nem pensei nessa possibilidade, agora eu entendia a causa de sua despreocupação.

- Faça o voto perpétuo papi. - sua voz ecoou na loja.

- Homeum Revelium. - eu gritei e pude ver uma luz através da porta.

Corri até lá e pude ver uma mulher amordaçada e presa na cadeira, ela começou a se debater para que eu a soltasse, mas fechei a porta e sai de lá. 

- Vamos logo Tiffany, onde você está. - perguntou Desirèe irritada.

- Aqui. - ela disse e pude ver novamente sua projeção que agora estava em cima do lustre velho da loja. - Se decidiram? - ela perguntou cruzando as pernas.

- Não vamos fazer isso para você. - eu disse sério.

- Sabe... Isso é realmente triste, pois eu passei um tempo com o Potter. Um grande tempo com ele eu diria. E acho que sei de algumas coisas que poderiam ajudar, mas já que vocês não querem aceitar minha proposta... É uma grande pena.

- Espere. - disse Desirèe e eu a olhei preocupado. - Eu aceito fazer o voto perpétuo, agora apareça para fazermos o feitiço. 

Eu lhe lancei um sorriso vitorioso e ela piscou para mim. Não se precisou de mais nada para sabermos que assim que Tiffany aparecesse, iriamos pegá-la.

- Você é esperta mamis, mas eu não sou burra. - disse a projeção da Tiffany e pulou do lustre para a mesa e pegou um livro em uma das estantes no alto. - Essas lojas antigas bruxas são realmente interessantes não? Vocês sabiam que há um livro com contratos antigos assinados?

Ela se sentou na mesa com as pernas cruzadas e abriu o livro e pegou uma pena para Desirèe assinar. Eu sentiria orgulho da minha filha, se eu não fosse o alvo chantageado. Ela ficou rodando a pena na mão esperando Desirèe dar um passo á frente.

-Não está mais com pressa mamãe? - ela perguntou irônica e pensei uma série de torturas que eu lhe daria agora mesmo, ela não fosse apenas uma projeção.

Desirèe olhou para a projeção furiosamente antes de andar até ela e pegar irritada a caneta. Dei sinal para três dos meus súditos irem atrás da minha filha verdadeira.
- Escreva assim: Eu, Desirèe Smith Lestrange dou a minha palavra de que acatarei os pedidos de minha filha Tiffany Perrie Lestrange... - ela parou um pouco e olhou para a mãe. - Por que não está escrevendo? 
Desirèe olhou para a projeção e respondeu secamente:
- Não tem tinta.
- Ah, não precisa. Caneta especial. - ela disse e piscou para a mãe, eu tinha certeza de que minha esposa conhecia a caneta tão bem quanto eu. Era uma tortura ultrapassada, mas era bem pensada
- Normalmente as filhas não fazem chantagem contra a mãe. 
- Normalmente as mães não tentam matar os filhos. Vai escrever ou não? Não se esqueça de que é um documento importante, escreva direito.
Olhei Desirèe se abaixar contrariada e olhei para fora, onde Kleber jogou um feitiço em uma grande lata de lixo a explodindo e um mendigo rabugento começou a brigar com ele. Desirèe já havia começado a escrever e notei que ela enrijeceu suas costas, deveria ser o lugar escolhido por Tiffany para as palavras aparecer.

-  E não usarei a força ou lançarei feitiço algum que possa machucá-la de maneira física ou psicológica ou que lhe cause a morte, caso contrário receberei a morte de bom grado.

- Espera. - eu disse tirando a caneta da mão de Desirèe. - Você esquece que somos muito mais poderosos que você e não precisamos de suas informações não é mesmo?

- Tudo bem, já que minhas informações não são tão importantes assim, talvez eu possa contar sobre tudo o que sei para os Potter. - ela disse.

- Não faria isso.

- Quer apostar? - ameaçou.

- Quero.

- Pena que já estamos nesse plano não é mesmo? - ela disse e eu sorri, eu sabia que aquilo só podia ser um blefe.

- Ainda podemos mudar de ideia.

Assim que eu disse essas palavras, ouvi o som de uma explosão do lado de fora e a projeção da Tiffany pela primeira vez adquiriu um olhar assustado.

- Não podem, eu sei que vocês precisam de mim, terminem de assinar logo isso. - ela disse irritada.

Abri o livro e escrevi: Prometo não matar minha filha, nem lhe causar algum dano físico ou mental caso ela coopere comigo e com minha esposa. Senti minhas costas queimarem, mas não demonstrei nenhuma dor. 

- Isso é o máximo que vai conseguir. - eu disse e ela olhou nervosa para o lado de fora. - Eu aceito, por enquanto. - disse e vi sua projeção sumir.


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Notas finais do capítulo

mandem comentários, estou sentindo falta de alguns leitores. até mais



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