The Dark Princess escrita por Gustavo A


Capítulo 14
Noite de sono


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, sei que demorei, mas estou em semana de prova então demoro um pouco mesmo para escrever o capitulo, enjoy



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 - Acorda, por favor. - ouvi uma voz rouca em meu ouvido e depois senti uma leve pressão sobre meus lábios.

Levei minhas mãos até o ser que estava á minha frente e o puxei para um beijo intenso, eu o puxava cada vez mais para meu encontro e ele mantinha um pouco a distancia. Abri os olhos lentamente e pude ver Eliot! 

 - AAAAAH! - gritei assustada e me sentei acordando do meu sonho/pesadelo na enfermaria. 

Minha respiração estava agitada e pude ver Mark vindo ao meu encontro e segurou minha mão, fazendo com que eu me sentisse ainda pior sobre meu sonho. Eu amo Mark, sei disso, mas Eliot é tão cavalheiro e... É complicado, mas de qualquer modo eu me sentia mal por ter tido um sonho assim.

 - Um pesadelo? - ele me perguntou nervoso, eu sabia que ele estava pensando se meu pai estava me torturando, então dei um sorriso fraco.

 - Está tudo bem. - eu disse e fechei os olhos. - Por favor me diga que eu não dormi por muito tempo. 

 - Dessa vez não. - ele disse e senti suas mãos passarem em meu cabelo me fazendo abrir os olhos novamente. - Está aqui há algumas horas, convenci a enfermeira em me deixar dormir aqui. - ele disse e eu olhei para o lado de fora vendo que estava de noite.

 - Mark eu... - ia contar a ele sobre sua tia, mas ele fez que não com a cabeça para que eu parasse de falar.

 - Volte a dormir Tiff. - ele disse com um sorriso lindo na boca. - Teremos muito tempo para conversar enquanto eu tiver te ensinando a matéria que você perdeu. - eu o olhei incrédula.

 - Você vai me ensinar? - perguntei rindo. - Boa piada. 

 - Ei. - ele fingiu estar ofendido. - Eu sou inteligente.

 - Tá, que seja. - eu disse revirando os olhos. - O que eu preciso falar é realmente importante, Mark eu...

 - Durma Tiff. - ele falou. - Você precisa descansar. 

 - Mas é importante. - retruquei.

 - Amanhã você me fala, boa noite. - ele disse e deu um beijo rápido depois foi se deitar no sofá que tinha lá.

Bufei irritada, mas se ele não queria saber sobre a tia dele ótimo, eu também não falaria. Fiquei olhando para o teto e imaginando a reação da minha madrinha Louise, quer dizer Lilian, vai ser difícil me acostumar com esse novo nome dela. Eu sabia que ela era estratégica, sabia também que eu sofreria as consequências, mas pela primeira vez na vida eu sentia que havia realmente feito o que devia ser feito.

Eu estava sonhando com uma praça, não sei muito bem onde ela ficava, mas sentia a sensação de já ter estado lá antes. Vi um garoto passar correndo por mim e acabou derrubando os livros de Artes das Trevas que eu segurava. Peguei os livros rapidamente para que aquele trouxa não lesse a capa, mas não precisei me preocupar com isso, pois o garoto já havia saído da minha vista.

Olhei para a esquina e vi três garotos procurando por algo, eles eram uns 10 cm maiores que o outro que havia passado por mim. Eles apontaram em minha direção e senti que devia correr, mas meus pés permaneceram firmes no chão.

 - Ei garota! - gritou um deles.

 - Para onde foi o nerdzinho? - o outro perguntou irritado. 

 - Não sei do que estão falando. - eu disse e me virei para sair dali o mais rápido possível. 

 - Ela está mentindo! - ouvi a voz de um deles e no segundo seguinte eu estava no chão e meu livro caiu da minha mão indo parar quase 2 metros de distância de mim.

 - Vamos garota, responda! - o garoto disse tão assustador que senti minhas pernas tremerem, eu devia contar para eles para onde ele foi, afinal á essa altura o garoto já deveria ter fugido, porém minha voz não saiu, eu estava assustada demais para falar alguma coisa.

 - Responda! - gritou um dos garotos e me deu um chute na perna.

 - Ai! - reclamei e me levantei irritada, me esquecendo completamente do medo que sentia segundos antes, eu havia aprendido com o meu pai que devemos enfrentar nossos medos ou seremos apenas mais um fracassado. - Eu não vou falar para onde ele foi. - eu disse irritada.

 - Olha só Marcos, a garota é corajosa. - zombou um dos garotos.

 - Pena que é idiota. - respondeu o Marcos e me segurou pelo pescoço e me levantando á alguns metros do chão, me deixando completamente sem ar. - Isso é para você aprender a parar de ser tola garota. - ele me disse enquanto eu me debatia para sair das mãos dele.

 - Solta ela Marcos, a garota está vermelha. - ouvi a voz de um deles.

 - Ela está quase sem ar Marcos, vamos logo quebrar a cara daquele folgado e deixa a garota ai. - ouvi a voz de algum deles e senti meu corpo cair no chão.

Senti uma raiva enorme do tal de Marcos que estava á minha frente, podia jurar que haviam chamas em meus olhos, pois o garoto deu dois passos para trás quando olhei para ele. A árvore que estava ao lado deles começou a pegar fogo e caiu em cima do Marcos.

Acordei novamente e fiquei olhando para o teto, dessa vez eu não estava apavorada e tinha certeza de que sem duvida aquilo era uma lembrança minha, talvez de quando eu tinha cinco anos. Minha madrinha havia apagado minha memória, aquela foi a primeira vez que vi alguém morrer na minha frente e a primeira vez em que matei alguém, me lembro de ter chegado em casa apavorada e minha madrinha me encontrou e fez esse favor a mim, mas como eu havia pegado uma memória antiga e mostrado á minha madrinha, essa deve ter voltado também. 

Olhei para o Mark que ainda dormia e pude ver o sol amanhecendo pela janela da ala hospitalar. Me levantei e fui até a frente de um espelho relativamente velho que tinha perto da janela. Eu estava com uma camisola branca que tinha o brasão de Hogwarts, tirei a manga da blusa o suficiente para que eu pudesse ver o inicio da grande cicatriz que preenchia minhas coluna e dei um suspiro triste. Ouvi um movimento no sofá e coloquei de volta a camisola.

 - Não devia estar de pé. - ouvi a voz sonolenta de Mark do sofá.

 - Não devia dormir em um lugar tão desconfortável. - eu disse e dei um sorriso vencedor.

 - Não devia sorrir desse jeito. - ele disse chegando mais perto de mim e meu sorriso aumentou quando eu o empurrei para longe, tive que fazer um esforço descomunal para não dar risada de sua expressão assustada.

 - Vá se arrumar primeiro, depois chegue perto de mim. - eu disse e ele ergueu uma sobrancelha antes de me atacar e me dar um beijo digno de Oscar. 

 - Devia saber que não sigo ordens. - ele disse com um sorriso de lado e foi embora me deixando ali, em pé, vendo suas costas atravessarem a enfermaria e sair pela porta da ala hospitalar.


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