Imagine Dragons escrita por esa


Capítulo 24
Saying Goodbye


Notas iniciais do capítulo

bem, o capitulo tá pequeno, tanto este como o próximo (que é o menor) porque eu os escrevi juntos mas resolvi prolongar a ansiedade de vocês, então esse é o penúltimo
bem, eu só vou postar o último caso eu tenha 5 ou mais reviews nesse, ou seja, ele já esta pronto, mas depende de vocês
espero que gostem, boa leitura



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Assim que chegou em Hogwarts, pela primeira vez em anos, não se sentiu confortável. Amber atravessou o pátio o mais rápido que suas pernas e as pessoas ao seu redor impedindo passagem a permitiram. Abraçou Eleanor com força, um abraço quase normal, se não levada em consideração a escolha que a garota havia tomado dias atrás. Deu um abraço em Alvo também, e foi à procura de Scorpius.

–- Finalmente! – ela quase gritou ao ver a tão conhecida cabeleira loira quase branca de Malfoy. Correu para cobrir mais rapidamente a distância entre eles e simplesmente se lançou nos braços do garoto, dando-lhe um beijo cheio de paixão e carinho.

Ficaram nisso por um tempo, até que finalmente precisaram de ar e se separaram, agora se abraçando melhor. ‘Senti tanto a sua falta.’ Ele sussurrou mais para si mesmo que para Amber. ‘O próximo Natal você passará lá em casa!’ não era mais um sussurro, mas as palavras quase derrubaram a garota.

Quando realmente se separaram ele sorria abertamente, um sorriso amplo, os dentes brilhando mais e mais a cada segundo. Ela não. Amber não sorria, e sim tentava lutar contra as lágrimas, que pareciam flechas sendo disparadas. Tentou esconder a dor, mas está era muito grande.

–- Precisamos conversar. Venha comigo. – ela caminhou na frente dele, puxando-o delicadamente pela mão. Não era bem puxar, ela apenas o estava guiando. Scorpius tentara várias vezes fazer perguntas do tipo ‘Você vai terminar comigo?’ ou ‘O que está acontecendo?’ mas parou de tentar quando finalmente percebeu que a garota não responderia.

Andaram por algum tempo e pararam de frente para uma parede. Malfoy levou algum tempo para lembrar que ali ficava a Sala Precisa. ‘Um lugar quieto, calmo e longe dos ouvidos alheios’ Amber pediu fechando os olhos, as lágrimas antes barradas escorrendo livremente por sua face.

Uma porta pequena e pintada em um vinho escuro apareceu na parede. Amber girou a maçaneta dourada que continha a forma de uma cabeça de leão e abriu a porta, deixando que Scorpius entrasse e entrando logo em seguida. Fechou a porta e sentou-se na ponta de um pequeno sofá, também cor de vinho. A sala era de um tom bege claro e confortável, com uma ampla janela que dava para um jardim cheio de flores roxas.

–- Por que estamos aqui? – Malfoy perguntou, olhando ao redor e tentando entender o que via, assimilar o que estava acontecendo. Amber indicou o espaço ao seu lado e ele se sentou.

–- Você se lembra do dragão na Floresta? E daquela profecia que eu mencionei? – ela começou, mexendo em algumas mechas de cabelo, tentando não sustentar o olhar inquisitivo que ela sabia que a esperava.

–- Sim. A profecia sobre um dragão que carregaria um grande mal e que você teria de parar. Que estaria em suas mãos a escolha: deixar o mal triunfar ou matar a criatura. É claro, que me lembro, por quê?

–- E se esta criatura estivesse ligada à alguém próximo à mim? Não, não é você, relaxe. – ela completou rapidamente assim que sentiu Scorpius se enrijecendo ao seu lado. – O quão terrível e desprezível eu seria se tirasse a vida de uma pessoa?

–- Para salvar o mundo bruxo de um mal tão asqueroso como este? Nada. Não seria terrível ou desprezível, Ambs, nunca! – ele se inclinou e beijou sua testa, mas as lágrimas dela não passavam segurança.

–- E se, para salvar o mundo bruxo deste ‘mal tão asqueroso’ eu tivesse de matar minha própria irmã? – as palavras saíram como tiros, e ao ouvi-las saindo de sua própria boca a dor tomou conta da garota.

Scorpius arregalou os olhos por um momento, puxando Amber para um abraço, tentado confortá-la inutilmente. Ele sabia sobre Becky e Amber serem irmãs, e gostava da garota. Era sempre doce e gentil com ele, e com todos os outros.

–- Não é sua culpa...

Ele não sabia o que dizer, mas ela sabia. Se separou dele e secou as lágrimas com pressa. Respirou fundo e sustentou o olhar do garoto, aqueles olhos cinzentos tão perfeitos que poderia ficar fitando-os para o resto de sua vida. Mas sabia que não podia, que aquela seria a última vez.

–- Eu vou matar Pathaun, e como consequência também vou tirar a vida de Becky. É o certo à se fazer. – ele pareceu assentir, a cabeça baixa, medindo a dor nas palavras de Amber. – Mas fiz uma promessa à ela, à Becky.

–- O que você prometeu?

–- Prometi que ela nunca me perderia. E vou cumprir a promessa.

Scorpius demorou certo tempo para entender, e quando o fez se colocou imediatamente de pé. Sua cabeça balançava freneticamente na negativa, a boca meio aberta, os olhos arregalados. Nenhum som saia da abertura em sua boca, mas era quase como se ele não parasse de gritas ‘nãos’ e ‘nãos’.

–- Você não pode...Não pode! Amber, não vou deixar que faça isso! Não vou deixar que se sacrifique! – Amber agora estava de pé, as mãos segurando as dele, os olhos serenos e mais dourados que nunca.

–- Eu já fiz a minha escolha, já tomei minha decisão. Pedi para que viesse comigo para que pudéssemos nos despedir longe dos olhos de todos, para que as pessoas realmente acreditem que minha morte e a de Becky foram acidentais. – ele lançou um olhar confuso à ela. – Não se preocupe, eu já cuidei de tudo.

–- Quando...?

–- Hoje. Assim que eu sair daqui. Por favor, não me olhe assim, também não está sendo fácil para mim. Eu só achei que, de todas as pessoas, você era a que mais merecia minha explicação. Mas prometa que não vai contar nada disso à ninguém, nunca. Prometa.

–- Eu prometo, é claro que eu prometo! – ele jogou seus braços ao redor da garota, uma última vez. A envolveu como se envolvesse sua própria vida, algo extremamente valioso, e para ele, ela era. Depositou um beijo no topo da cabeça de Amber, ambos lutando contra as lágrimas. – Eu te amo.

As palavras saíram como um sussurro quase inaudível. Se estivessem em um local um pouco mais barulhento Amber não as teria escutado. A garota se colocou nas pontas dos pés e depositou um último selinho nos lábios do garoto.

–- Eu também te amo. – sussurrou as palavras quase sem força, se virou e forçou-se a não olhar para trás. Saiu da sala e com uma dor enorme no peito correu pelos corredores, ignorando pessoas, lágrimas e exclamações.

Precisava encontrar Becky. Estava na hora.


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Notas finais do capítulo

e ai, o que me dizem? pelo amor de merlim, digam alguma coisa!



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