Imagine Dragons escrita por esa
Notas iniciais do capítulo
bem, o capitulo tá pequeno, tanto este como o próximo (que é o menor) porque eu os escrevi juntos mas resolvi prolongar a ansiedade de vocês, então esse é o penúltimo
bem, eu só vou postar o último caso eu tenha 5 ou mais reviews nesse, ou seja, ele já esta pronto, mas depende de vocês
espero que gostem, boa leitura
Assim que chegou em Hogwarts, pela primeira vez em anos, não se sentiu confortável. Amber atravessou o pátio o mais rápido que suas pernas e as pessoas ao seu redor impedindo passagem a permitiram. Abraçou Eleanor com força, um abraço quase normal, se não levada em consideração a escolha que a garota havia tomado dias atrás. Deu um abraço em Alvo também, e foi à procura de Scorpius.
–- Finalmente! – ela quase gritou ao ver a tão conhecida cabeleira loira quase branca de Malfoy. Correu para cobrir mais rapidamente a distância entre eles e simplesmente se lançou nos braços do garoto, dando-lhe um beijo cheio de paixão e carinho.
Ficaram nisso por um tempo, até que finalmente precisaram de ar e se separaram, agora se abraçando melhor. ‘Senti tanto a sua falta.’ Ele sussurrou mais para si mesmo que para Amber. ‘O próximo Natal você passará lá em casa!’ não era mais um sussurro, mas as palavras quase derrubaram a garota.
Quando realmente se separaram ele sorria abertamente, um sorriso amplo, os dentes brilhando mais e mais a cada segundo. Ela não. Amber não sorria, e sim tentava lutar contra as lágrimas, que pareciam flechas sendo disparadas. Tentou esconder a dor, mas está era muito grande.
–- Precisamos conversar. Venha comigo. – ela caminhou na frente dele, puxando-o delicadamente pela mão. Não era bem puxar, ela apenas o estava guiando. Scorpius tentara várias vezes fazer perguntas do tipo ‘Você vai terminar comigo?’ ou ‘O que está acontecendo?’ mas parou de tentar quando finalmente percebeu que a garota não responderia.
Andaram por algum tempo e pararam de frente para uma parede. Malfoy levou algum tempo para lembrar que ali ficava a Sala Precisa. ‘Um lugar quieto, calmo e longe dos ouvidos alheios’ Amber pediu fechando os olhos, as lágrimas antes barradas escorrendo livremente por sua face.
Uma porta pequena e pintada em um vinho escuro apareceu na parede. Amber girou a maçaneta dourada que continha a forma de uma cabeça de leão e abriu a porta, deixando que Scorpius entrasse e entrando logo em seguida. Fechou a porta e sentou-se na ponta de um pequeno sofá, também cor de vinho. A sala era de um tom bege claro e confortável, com uma ampla janela que dava para um jardim cheio de flores roxas.
–- Por que estamos aqui? – Malfoy perguntou, olhando ao redor e tentando entender o que via, assimilar o que estava acontecendo. Amber indicou o espaço ao seu lado e ele se sentou.
–- Você se lembra do dragão na Floresta? E daquela profecia que eu mencionei? – ela começou, mexendo em algumas mechas de cabelo, tentando não sustentar o olhar inquisitivo que ela sabia que a esperava.
–- Sim. A profecia sobre um dragão que carregaria um grande mal e que você teria de parar. Que estaria em suas mãos a escolha: deixar o mal triunfar ou matar a criatura. É claro, que me lembro, por quê?
–- E se esta criatura estivesse ligada à alguém próximo à mim? Não, não é você, relaxe. – ela completou rapidamente assim que sentiu Scorpius se enrijecendo ao seu lado. – O quão terrível e desprezível eu seria se tirasse a vida de uma pessoa?
–- Para salvar o mundo bruxo de um mal tão asqueroso como este? Nada. Não seria terrível ou desprezível, Ambs, nunca! – ele se inclinou e beijou sua testa, mas as lágrimas dela não passavam segurança.
–- E se, para salvar o mundo bruxo deste ‘mal tão asqueroso’ eu tivesse de matar minha própria irmã? – as palavras saíram como tiros, e ao ouvi-las saindo de sua própria boca a dor tomou conta da garota.
Scorpius arregalou os olhos por um momento, puxando Amber para um abraço, tentado confortá-la inutilmente. Ele sabia sobre Becky e Amber serem irmãs, e gostava da garota. Era sempre doce e gentil com ele, e com todos os outros.
–- Não é sua culpa...
Ele não sabia o que dizer, mas ela sabia. Se separou dele e secou as lágrimas com pressa. Respirou fundo e sustentou o olhar do garoto, aqueles olhos cinzentos tão perfeitos que poderia ficar fitando-os para o resto de sua vida. Mas sabia que não podia, que aquela seria a última vez.
–- Eu vou matar Pathaun, e como consequência também vou tirar a vida de Becky. É o certo à se fazer. – ele pareceu assentir, a cabeça baixa, medindo a dor nas palavras de Amber. – Mas fiz uma promessa à ela, à Becky.
–- O que você prometeu?
–- Prometi que ela nunca me perderia. E vou cumprir a promessa.
Scorpius demorou certo tempo para entender, e quando o fez se colocou imediatamente de pé. Sua cabeça balançava freneticamente na negativa, a boca meio aberta, os olhos arregalados. Nenhum som saia da abertura em sua boca, mas era quase como se ele não parasse de gritas ‘nãos’ e ‘nãos’.
–- Você não pode...Não pode! Amber, não vou deixar que faça isso! Não vou deixar que se sacrifique! – Amber agora estava de pé, as mãos segurando as dele, os olhos serenos e mais dourados que nunca.
–- Eu já fiz a minha escolha, já tomei minha decisão. Pedi para que viesse comigo para que pudéssemos nos despedir longe dos olhos de todos, para que as pessoas realmente acreditem que minha morte e a de Becky foram acidentais. – ele lançou um olhar confuso à ela. – Não se preocupe, eu já cuidei de tudo.
–- Quando...?
–- Hoje. Assim que eu sair daqui. Por favor, não me olhe assim, também não está sendo fácil para mim. Eu só achei que, de todas as pessoas, você era a que mais merecia minha explicação. Mas prometa que não vai contar nada disso à ninguém, nunca. Prometa.
–- Eu prometo, é claro que eu prometo! – ele jogou seus braços ao redor da garota, uma última vez. A envolveu como se envolvesse sua própria vida, algo extremamente valioso, e para ele, ela era. Depositou um beijo no topo da cabeça de Amber, ambos lutando contra as lágrimas. – Eu te amo.
As palavras saíram como um sussurro quase inaudível. Se estivessem em um local um pouco mais barulhento Amber não as teria escutado. A garota se colocou nas pontas dos pés e depositou um último selinho nos lábios do garoto.
–- Eu também te amo. – sussurrou as palavras quase sem força, se virou e forçou-se a não olhar para trás. Saiu da sala e com uma dor enorme no peito correu pelos corredores, ignorando pessoas, lágrimas e exclamações.
Precisava encontrar Becky. Estava na hora.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
e ai, o que me dizem? pelo amor de merlim, digam alguma coisa!