Fale O Que Quiser Mas Sou Uma Garota escrita por Risadinha


Capítulo 73
Pare de fugir


Notas iniciais do capítulo

Hiiiiii, how are you doing?! (Igreshi maravilhindo!). Oláhhh! Eu sei, demorei pakas para postar esse capítulo, sinto muito! Eh sinto muito pelo o capítulo grande (12k), mas eu tentei deixa-lo menor... Mas falhei T-T O capítulo vai está um pouco apressado, foi essa sensação que eu tive quando o escrevi, então qualquer coisa, sorry.
Ah, eu notei que ultimamente as fics do site estão voltando, algumas antigas e outras novas. Gente, isso é muito bom! Vamos lá, disposição para escrever! Vamos colocar a área GC de volta à ativa :3 Tenho saudades de ler boas fics.
Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/346733/chapter/73

A pequena garota corria em direção ao barulho que havia ouvido. Tinha alguns machucados em seu corpo, principalmente em seu rosto, e seu cabelo estava bagunçado. Já tinha se cansado de tanto limpar as lágrimas que escorria de seus olhos, que agora manchava seu rosto choroso.

Tudo naquela noite não fazia sentido, não entrava na cabeça da pequena. Viu todos os seus amigos e companheiros mortos, a Guilda que sempre viveu destruída e, o mais importante, ele.

– Por que?! - Gritou a garota.

Ela estava ajoelhada ao lado do corpo do rapaz, conhecido como seu pai. Segurava firme o braço do mesmo, tentando chama-lo, mas sendo em vão. O ruivo não respondia, e a pequena garotinha chorava cada vez mais.

O outro rapaz de frente para o corpo caído só observava o desespero da menor, fazendo nada além de olha-la de forma neutra. Sua espada fazia um certo peso em uma das suas mãos, já que a mesma possuía uma grande lâmina pesada.

– Por quê, Gerard?!

***

Seu olho abriu rapidamente. Aos poucos foi tateando seu próprio rosto, percebendo que era mais um pesadelo. Soltou um suspiro aliviada e voltou o olhar para a janela ao seu lado. Via a tranquila vista do lado de fora se mexer constantemente.

Em breve aquele trem iria parar e, finalmente, estaria longe de qualquer coisa que a estressasse.

Pegou sua mochila pesada e saiu quando as portas se abriram. Ignorou todas aquelas pessoas na rodoviária, que sorriam ao ver algum parente querido. Aquilo a irritava. Apenas seguiu seu longo caminho que teria dali em diante.

A cidade de Canaban sempre foi bem agitada e muito bonita para aqueles que moravam nela, principalmente para os visitantes. Guildas de todos os tipos eram vistas nas ruas, sem falar dos guerreiros com suas armas de lado. Dificilmente via um mago ou algo do tipo, já que essa classe se localizava mais em Serdin.

Sem perceber, tinha saído do centro da cidade e indo em direção à parte mais rural da cidade. Era um lugar mais quieto, mas continuava a ter Guildas e muitas pessoas por lá. Gostava de estar ali.

Seu olhar se dirigiu rapidamente para uma casa que viu de longe. Ficou aliviada em saber que estava chegando, suas feridas estavam exclamando de dor por ter tanto andar até ali. Queria descansar, pois partiu para sua viagem quando ainda era de noite, o que a deixou sem dormir por um bom tempo.

Chegou na porta da casa, tomando coragem para bater na porta. Sentia que não devia estar ali, mas acabou batendo na porta do mesmo jeito.

– Elesis! - Exclamou a pessoa quando a porta foi aberta.

A ruiva olhou para ele, tentando não se expressar muito. Tinha feito um bom tempo desde que o viu pela a última vez.

– Posso ficar aqui por um tempo, Ladmir? - Perguntou a ruiva.

***

– Hã? - Exclamou confuso.

Astaroth manteve uma expressão confusa durante toda conversa com Lothos pelo o celular. Estava no salão de treinamentos dos SS's, com a presença dos mesmos que estavam acompanhados de Grandiel. O professor sentou-se em um canto do lugar, ouvindo melhor o que a loira tinha para falar.

– Tem certeza que você me quer no seu lugar? - Perguntou o rapaz. - Tem o Grandi para isso.

Ouviu uma rápida explicação da comandante, o que fez o mesmo confirma sem discussão.

– Você tem alguma ideia para onde a Elesis foi? Ela não deve ter ido longe demais, não com aqueles machucados.

Outra explicação. Astaroth coçou a cabeça e direcionou o olhar para os garotos, vendo suas expressões concentradas com o que Grandiel falava.

Um sorriso se abriu no rosto do rapaz.

– Que tal eu mandar meus cães para te ajudar? - Falou quase em meio a uma risada. - Eles são bons nos que fazem, principalmente quando tem dinheiro envolvido.

Quase ficou surdo com a bronca que tomou de Lothos.

– Desconto amigo? - Sugeriu sem jeito.

Riu sem jeito e confirmou com a cabeça.

– Tá bom, chegarei aí em algumas horas. Seu colégio estará em boas mãos. - A loira disse algo. - Prometo viola nada. - Ouviu outro aviso, só que mais sério. - Isso inclui as alunas e qualquer funcionário.

Desligou o aparelho após ter ouvido outra explicação. Soltou um suspiro cansado e se levantou do chão com uma certa preguiça. Espreguiçou-se durante o caminho até o pessoal.

– Temos boas e más notícias. - Avisa Astaroth, chamando a atenção de todos. - A má é que a Elesis fugiu.

– O quê? - Perguntou Grandiel surpreso. - Quando isso?

– Parece que foi ontem à noite. - Olha para os rapazes, vendo algumas expressões preocupadas. - A boa é que vocês têm trabalho. Irão ajudar Lothos na busca de Elesis, entendidos?

– Não, nós não entendemos. - Diz Dio, como sempre, sério. - Por quê a Elesis fugiu e a gente tem que ir atrás dela?

Astaroth tinha esquecido que os garotos não sabiam do que aconteceu com a ruiva e o ninja. Ninguém sabia; Menos Jin.

– Elesis tem passado por alguns problemas ultimamente, e ela está precisando de muito ajuda. Então ela fugiu, não sei por qual motivo. - Deu de ombros. - Portanto, sem questionarem, vocês irão atrás dela. Se querem saber de algo, perguntem à Lothos.

Jin via a confusão estampada nos rostos de todos. Não entendiam do porquê daquele pedido repentino, principalmente para eles fazerem. O ruivo olhou para os lados, procurando um rosto familiar.

Lass não estava ali, não tinha estado no colégio desde que foi para o julgamento. O ninja não estava na enfermaria nem em seu quarto, em lugar algum. Aquilo deixava o lutador preocupado em dobro.

– Onde será que eles estão? - Se perguntou mentalmente.

O olhar do ruivo virou para o cabelo azulado de Ronan. O rapaz parecia ser o mais preocupado, por isso de estar querendo sair dali o mais rápido o possível. Porém foi impedido ao ser segurado pelo o braço por Jin.

– Calma. - Pede o ruivo.

– Elesis precisa de ajuda. - Disse sem o olhar.

– Iremos ajuda-la.

– Precisamos ajuda-la agora. - Se soltou de Jin, assim virando para Astaroth. - Quando partimos?

– Agora mesmo, irão se encontrar com Lothos para receberem mais detalhes. - Respondeu o professor. - Levem o necessário.

Todos confirmaram, sendo Ronan o primeiro a sair do salão. Jin continuou em seu lugar, pensativo. Continuava preocupada com Elesis, até mesmo com Lass.

O ruivo logo seguiu o resto do grupo.

– Irei junto com a Lothos. - Menciona Grandiel quando ficam sozinhos. - Talvez ela precise de ajuda.

Os passos do loiro é interrompido quando é segurado pelo o ombro. Olhou confuso para Astaroth.

– Os rapazes já são o suficiente para isso. Eles encontrarão a Elesis. - Garantiu. - É melhor ficar aquilo no colégio sem chamar atenção do Conselho.

– Tinha esquecido que isso poderia chamar atenção de Cazeaje. - Suspira.

– E relaxa, ficarei no comando do colégio da Lothos até lá. - Aponta para si, com um largo sorriso no rosto.

Grandiel o olhou sem expressão, procurando algo para dizer.

– Não brinque com isso. - Falou o loiro.

– Não é brincadeira! Lothos pediu para eu cuidar do colégio dela até lá.

– Sério? - Ainda não acreditava.

Astaroth confirma alegremente.

– Boa sorte em não tacar fogo no colégio. - Disse Grandiel antes de sair do salão.

***

Segurou com ambas as mãos aquela planta que saia da terra. Firmou seus pés no chão e puxou com toda força, caindo de bunda em seguida. Após desfazer sua expressão de dor, ficou satisfeita ao ver que as cenouras tinham saído do solo.

– Obrigado por me ajudar na minha horta, Elesis.

– Sem problema. - Disse com um sorriso torto no rosto.

Ladmir estava alguns metros longe da ruiva, também cultivando o que precisava. Ambos estavam usando luvas e um chapéu de palha, para não se queimarem pelo o sol. Diferente do elfo, Elesis estava suja por terra quase pelo o corpo todo, principalmente na face. Ela era bem desajeitada com aquilo.

– Então, quando começará as explicações? Quero saber do resto. - Pede Ladmir enquanto passava as costas da mão na testa, tirando o suor.

Elesis tinha sido bem breve com as explicações para o loiro. Falou sobre seu encontro com Gerard e o que aconteceu com ela e Lass, só que sem muitos detalhes. Preferiu não contar sobre as mentiras de Lothos e os demais, quis deixar quieto sobre isso. Toda história foi até aí.

– Eu fugi. - Foi direta. - Eu não quero mais volta, não quero mais ver ninguém. Estou bem aqui.

– Por que fez isso? Está muito ferida, além de ter sido arriscado vim até aqui. Cazeaje não gostará nada disso.

– Não me importo. - Dizia séria. - Quero que ela morra de uma vez.

– É o desejo de todos nós. - Sussurrou ao olhar para o céu. Tinha algumas nuvens. - Parece que vai chover mais tarde.

Elesis olhou confusa, logo para o céu. Concordou ao sentir uma brisa gelada passar por ela.

– Por que veio para cá? - Perguntou Ladmir de repente. - Tinha chance maior de liberdade se tivesse ido para outro continente.

– Não sou tão idiota assim, Ladmir. Não sobreviveria se fosse para mais longe, não no meu estado atual. Ficarei aqui, irei treinar até ficar forte o suficiente para derrotar Gerard. - Olha para o rapaz. - Não pergunte o porquê, tenho minhas razões.

Ladmir ficou a olhando por um tempo, abrindo um sorriso ao pensar sobre o motivo. De tantas cidades para Elesis ir, ela escolheu logo essa, a mesma em que tem a Guilda dos Cavaleiros Vermelhos.

A ruiva se sentia em casa estando ali.

– Irei pegar um suco! - Exclamou, chamando a atenção da espadachim. - Quer um pouco?

– Traga uma jarra. - Disse brincalhona.

– Ok!

Viu os passos desajeitados do rapaz enquanto passava pela a horta, tendo cuidado para não pisar em nada. Subiu na varando e entrou em casa.

Elesis bateu as mãos, limpando a luva suja de terra. Ficou um bom tempo com um olhar triste na direção dos dedos cobertos. Lembrava do que tinha acontecido na noite anterior.

Bateu com suas mãos enluvadas em seu rosto, tirando-a daqueles pensamentos. Afastou as mãos e sentiu suas bochechas vermelhas arderem, ainda mais com a sujeira da terra.

– Preciso esquecer isso. - Murmurou.

Quando ia se levantar, outro vento gelado se passou pelo o lugar. Elesis cobriu o olho, mas não foi o suficiente para evitar que terra entrasse em seu olho. Soltou um grito e colocou as mãos no olho. Soltou outro grito ao perceber que ainda estava com as luvas sujas. As tirou com raiva, jogando no chão e colocando suas mãos limpas no olho novamente.

– Ótimo, já não bastar estar sem um olho, agora tenho que piorar o outro. - Sussurrou irritada.

Tirou a mão e piscou rapidamente, percebendo que a poeira já tinha saído, em seguida que estava sem o chapéu. O vento soprou com tanta força que fez seu chapéu de palha voar.

Olhou assustada ao ver uma pessoa parada ao seu lado, estando com seu chapéu na cara da mesma. Parece que ele tinha voado naquela direção.

– Foi mal. - Pede Elesis sem jeito.

A pessoa não disse nada, apenas tirou o chapéu de sua face. A ruiva ficou imediatamente séria ao ver quem era, sentindo o sangue ferve e gelar ao mesmo tempo. Apertou os punhos com força, tentando se controlar.

– O que faz aqui?! - Gritou, parecendo mais um berro.

Lass a olhou sem expressão, logo esticando seu chapéu para a ruiva. A mesma olhou mais irritada, ignorando e continuando a encara-lo.

– Eu te segui. - Responde o ninja. - Não foi tão difícil assim.

– Vai embora. - Disse fria. - Sai daqui!

– Elesis, sabe que você está cometendo um erro?

– Eu não me importo! Vai embora! - Apontou para o lado. - Agora!

O albino parecia não se importar com os avisos ameaçadores, continua a olhar calmamente. Jogou o chapéu de lado e soltou um suspiro.

– Lothos virá atrás de você. - Falava Lass. - Vai te trazer de volta.

– Não vou voltar. - Negou com a cabeça. - Ficarei aqui. Agora vai embora.

– Quer parar de infantilidade?!

A ruiva se levantou de repente, mirando seu chute na direção do ninja. Lass recuou rapidamente, sendo quase acertado.

– Eu mandei ir embora! - Dessa vez, berrou.

Pegou as cenouras que tinha colido e começou a jogar contra o rapaz. Lass apenas se defendia com um braço, já que o outro continuava quebrado.

– Elesis!

A ruiva parou de arremessar ao ouvir seu nome ser chamado. Olhou para o lado e viu Ladmir parado na varando, segurando uma jarra enquanto a olhava em reprovação.

– Pare com isso agora mesmo. - Falava o elfo sério.

Elesis soltou as cenouras com receio. Soltou uma bufada e olhou para o lado irritada, mas sua expressão muda de repente ao sentir um forte dor pelo o corpo. Caiu de joelhos no chão, enfiando a metade do rosto na terra como apoio. Rangeu os dentes e se contorceu.

– Nisso que dar fugir de casa. - Menciona Ladmir ao colocar a jarra no chão e andar tranquilamente até a ruiva, tendo cuidado com a horta. - Qual foi a última vez que tomou seus remédios?

Lass não fez nada, só olhou a garota caída no chão. Sua expressão parecia dizer um grande "Bem feito".

– Eu não sei. - Resmungou Elesis. - Não me importo.

– Seu corpo precisa ainda se curar dos machucados. - Falava o loiro. - Se não tomar os remédios, irá sentir dor.

– Como se eu não soubesse.

– Então por que não tomou?

– Cala a boca. - Rosnou.

Ladmir olhou decepcionado. Olhou para Lass, vendo o estado do mesmo. Ele parecia cansado, e sujo pela a terra que a espadachim jogou nele.

– Obrigado por ter vindo. - Agradece. - Ela está precisando de companhia no momento.

– Não vim para fazer companhia. - Diz o ninja. - Vim para trazê-la de volta.

– É claro que veio. - Abriu um pequeno sorriso, em seguida olhando para a garota ainda caída. - Venha, irei te dar algumas poções para diminuir a dor.

Ladmir esticou a mão, segurando Elesis pelo o braço e a guiando até dentro de casa. Lass seguiu a dupla, observando a dificuldade que a ruiva tinha para andar. Queria poder ajuda-la, mas não sentia vontade para fazer.

Elesis sentou à mesa da cozinha, ficando mais tranquila ao se sentar. O elfo foi até o armário, pegando algumas poções para preparar para a espadachim.

– Como que chegou até aqui, Lass? - Perguntou Ladmir.

– Vi Elesis fugindo de noite, então a segui. Não achei que ela iria tão longe assim. - Se apoia na parede. - Provavelmente Lothos deve está à procura dela.

– É, ela está. - Rir o loiro.

Elesis virou o rosto de lado e estalou com a língua.

– Será perda de tempo se ela vier. - Menciona a espadachim séria. - Já tomei minha decisão, não voltarei atrás.

– Então você vai desistir de tudo só porque perdeu para o Gerard? - Questiona Lass.

A ruiva olhou irritada.

– Não vou ficar dando satisfação para vocês. - Arrastou a voz. - Aliás, não era para você estar aqui! Já mandei você ir embora!

– Só vou quando você voltar.

– Eu não vou voltar! - Bateu com a mão na mesa. - E se você não for logo, irá se arrepender.

– Você também.

A ruiva trincos os dentes, ficando cada vez mais irritada com a persistência do ninja. Sua atenção só foi retirada do rapaz quando Ladmir coloca um copo da poção sobre a mesa.

– Beba. - Fala o elfo.

Com sua expressão de emburrada, pegou o copo e bebeu tudo em um gole só. Largou o copo sobre a mesa e saiu da cozinha, porém parando antes para falar algo.

– Se vocês ousarem contar para Lothos onde eu estou, irei partir agora mesmo. - Avisou séria. - Não importa se poderei morrer se ir embora, farei se vocês contarem.

Não esperou uma resposta, subiu para o seu quarto em passos desajeitados. Deixou Ladmir e Lass em um silêncio profundo.

– Fique aqui quanto o quiser. - Fala o loiro, chamando a atenção do albino. - Elesis está precisando de alguém para provoca-la. - Solta uma pequena risada.

– Por que abrigou Elesis, mesmo depois de saber o que aconteceu com ela? - Pergunta, ignorando o que o rapaz tinha dito.

– Não poderia negar. - Vai até a mesa e pega o copo quer tinha colocado a poção. - Elesis é como uma irmãzinha para mim. Ela também é minha responsabilidade.

– Mas você poderia convencê-la que isso não é uma boa ideia. Cazeaje pode acabar dando um castigo para ela por causa da fuga.

– Cazeaje pode fazer muitas coisas. - Dizia enquanto lavava o copo. - E Elesis é teimosa, orgulhosa de mais para ouvir o que nós temos para falar com ela.

Lass concordou nisso. Sabia perfeitamente da teimosia da garota.

– Vá tomar um banho e troca de roupa. - Sugere Ladmir, o olhando sobre o ombro. - Tenho algumas que pode servir em você. Depois, gostaria que você me explicasse tudo o que aconteceu com a Elesis e você.

– Obrigado. - Se desencosta da parede, se preparando para ir. - Mas não sei se poderei ajuda-lo nisso. Não tenho boas lembranças disso.

– Qualquer coisa é melhor que a vaga explicação da Elesis. - Sorri de forma confortadora.

***

– Elesis, vem jantar! - Ouviu Ladmir gritar do andar de baixo.

A ruiva continuou a olhar pela a janela, olhando a chuva que tinha do lado de fora, combinando com a noite sem céu estrelado. Sentia o frio que aquele tempo estava fazendo, assim se enchendo de agasalhos.

Se levantou de sua cama e, finalmente, saiu do quarto. Estava com fome, não podia negar, mas ver a presença de Lass a impedia de querer descer.

A ruiva se apoiou na parede, olhando para dentro da cozinha discretamente. A mesa estava servida e Ladmir estava sentado esperando a espadachim.

– O que você tanto olha?

Se jogou contra a parede ao ouvir a voz de repente. Olhou assustada para Lass, que tinha acabado de chegar ao seu lado.

– Vocês dois, para cá, agora. - Disse Ladmir sem olhar para eles.

O ninja foi na frente, porém Elesis continuou com seu coração acelerado pelo o susto. Estava tão concentrada em achar Lass na cozinha que acabou nem percebendo o mesmo chegando ao seu lado.

A ruiva suspirou e foi até a mesa, se sentando em seu lugar. Percebeu seu prato já feito por Ladmir à sua frente. O elfo fazia muito isso nas épocas em que viveu com ele. Sem muita cerimônia, começou a comer sua comida.

– Por favor, vai embora. - Disse Elesis de boca cheia.

Como ela, continuou a comer sua comida e não a olhou.

– Volte para o colégio e pare de infantilidade. - Disse Lass.

– Não tenho motivo para voltar.

– E também não tem motivo para ficar.

Começou a se sentir irritada com a conversa. O olhou seriamente.

– Não sabe como me sinto, então por quê continua a persistir?

– Porque quando nos conhecemos, você disse que precisava ficar forte para poder conseguir sua vingança. E eu te ajudei nisso. - A olha do mesmo jeito. - Então o que acontece com você dali em diante foi minha responsabilidade, eu prometi te ajudar.

– Não importa! - Exclamou. - Não quero que você se sinta responsável por isso, não quero que ninguém se sinta!

– Mas você se sente culpada pelo o estado que eu estou.

A ruiva olhou um pouco séria, tentando achar uma resposta para aquilo. Lass tinha razão, Elesis vivia se culpando com suas falhas. Mas quando era os outros, ela não aceitava e queria tomar a culpa dele para ela. Sempre foi assim.

Afastou o prato e apoiou a cabeça na mesa, escondendo seu rosto sob os cabelos.

– Todos estão esperando pela a volta do Eléo. - Diz Lass, voltando a comer. - E quando você diz que vai desistir de tudo, chega a ser decepcionante.

– Ele está certo, Elesis. - Ladmir entra na conversa. - Seus amigos estão preocupados. Uma hora ou outra, eles estarão correndo atrás de você como filhotes de cachorros.

A espadachim não respondeu, continuou com seu olhar abaixado.

– Perdi a fome. - Diz Elesis de repente.

Levantou seu rosto, mostrando sua expressão neutra. Se levantou da cadeira e saiu da cozinha em passos lentos. Ladmir olhou a garota indo embora, querendo poder dizer algo para que ela ficasse. Somente ouviu os passos dela no segundo andar e a porta de seu quarto se fechando.

– Como sempre, querendo resolver seus problemas se fechando em seu quarto. - Comenta Ladmir. - O que eu faço com essa garota?

– Só não a irrite. - Diz Lass. - Tudo menos irrita-la.

O loiro ficou o olhando por um tempo, analisando a expressão quieta do ninja.

– Você parece machucado. - Lass o olha sério, como se aquilo estivesse óbvio. Ladmir nega. - Digo, sentimentalmente. Elesis te disse algo?

– Não, disse nada. - Voltou a jantar, ignorando o olhar curioso do elfo. - Isso que você ver é só cansaço mesmo.

Ladmir continuou a olha-lo desconfiado. Via que não era cansaço o que ele sentia, e sim outra coisa. Não conhecia Lass bem, mas sentia como se ele escondesse muitas coisas. E essas dúvidas só seriam esclarecidas quando conversasse com Lothos ou Grandiel.

– É, Elesis também anda muito cansada ultimamente. - Menciona o elfo, voltando a comer.

***

– Eu posso ir. - Disse Elesis.

Já havia amanhecido e todos tinham acordado, porém o tempo continuava fechado e com chuva. Naquela manhã, o frio aumento desde a noite passada, isso fazendo todos usarem agasalhos.

No momento, tinham acabado de lanchar. Teve um grande silêncio na mesa enquanto isso. Ladmir terminou seu lanche e disse que sairia para comprar algumas coisas que precisava, mas a ruiva foi mais rápida e se sugeriu no seu lugar.

– Elesis, você ainda está dependente dos remédios para poder andar sozinha, acho que ir lá fora nesse tempo seja arriscado. - Diz Ladmir.

– Garanto que estou bem. - Falava com firmeza. - Aliás, quero poder fazer algo. Ficar parada descansando não vai me levar a lugar algum.

O elfo entendia o porquê de ela querer ir em seu lugar. Olhou para Lass. Ele era o motivo. O loiro iria sair de casa, deixando os dois a sós, o que Elesis queria evitar. Por mais que quisesse esconder, a espadachim tinha um certo medo de acabar machucando o ninja, tanto em palavras quanto fisicamente. Portanto, ficar longe dele era a melhor opção que ela achava.

Soltou um suspiro e entregou o guarda-chuva que segurava para Elesis.

– Não se esforce muito, ainda precisa se recuperar para estar saindo desse jeito. - Dizia com um olhar preocupado. - Não sei nem como chegou viva aqui.

– Vou ficar bem.

Pegou o guarda-chuva e saiu de casa enquanto abotoava bem seu casaco. Outra vez, tudo ficou em silêncio após o barulho da porta se fechando. Ladmir continuou de pé, olhando pela a porta por onde a ruiva tinha passado.

– Ela parece estar piorando. - Menciona o loiro.

– Como assim? - Pergunta Lass, sentado à mesa.

– Antigamente, quando Elesis não conseguia o que ela queria, ela chorava e ficava descontrolada de raiva. Não necessariamente nessa ordem. - Olha para o ninja. - Mas agora, ela parece negar isso. É como se ela estivesse se rejeitando.

– Ela não aceita ter perdido para Gerard. Ela fingi como se tudo fosse um pesadelo, que ela ainda não acordou. - Suspira cansado. - Não importa o que fazemos, ela continuará negando.

– Uma hora ou outra ela vai se quebrar, da pior forma possível. - Voltou com o olhar preocupado. - Espero que ela não se machuque muito por causa disso.

Lass deu uma breve concordada. Sabia que Elesis iria acabar se machucando de qualquer jeito, e que provavelmente ela faria isso sozinha. Por isso de estar ali, de ter a seguido e persistido em ficar.

Queria evitar que a ruiva sofresse sozinha.

Elesis se encolheu em seus próprios ombros após sair de casa e sentir o frio do lado de fora. Queria poder voltar e ir para debaixo de seu coberto, porém não podia. Abriu seu guarda-chuva e partiu em direção ao seu destino. Sentia as poças de água espirrarem quando pisava com suas botas, que breve ficarão cobertas de lama.

– O que eu estou fazendo? - Se perguntou mentalmente. - Não era para eu estar aqui. Então...

Manteve sua expressão neutra durante todo o percurso. Acabou não percebendo como a cidade estava atualmente, pois a última vez que esteve ali foi quando era criança, alguns anos após a tragédia que sofreu. Bem, não estava com vontade de ver diferenças, muito menos numa situação daquelas.

Entrou na pequena loja, fechando o guarda chuva e limpando as botas após entrar. Embora sua mente estivesse cheia de pensamentos aleatória, não tinha esquecido de comprar as coisas que Ladmir havia pedido.

– Mas que surpresa. - Exclamou uma voz fraca no fundo do estabelecimento.

Atrás do balcão, uma senhora de idade olhava surpresa para a ruiva. Elesis ficou confusa, mas se aproximou da mesma forma.

– Se não é a pequena Elesis. - Dizia a senhora. - Quer dizer, está grande agora.

Ao olha-la bem, a espadachim se lembrou dela. Era uma antiga conhecida de sua infância, que algumas vezes cuidava dela e de suas amigas.

– Ah, vovó, quanto tempo. - Diz a ruiva com um meio sorriso. - Parece que as coisas não tem mudado muito.

– Não tem mudado? Como assim? Olhe só para você, está tão bonita! - Estica sua mão trêmula até a ruiva, assim tocando em seu rosto. - Mas parece que você continua arrumando confusão como sempre.

Seu olho enfaixado era o que mais denunciava, mas Elesis preferiu não debater, apenas concordou em silêncio.

– Onde estão suas amigas, aquela elfa e a maguinha? Vocês sempre andavam juntas. - Solta uma risada sem jeito.

– Elas não estão aqui, só eu mesmo.

– Que pena. Até hoje eu me lembro de você falando que iria se tornar a maior guerreira de todo o mundo. - Solta outra risada. - Sempre fofa.

– O-Obrigada. - Diz sem jeito. Esticou um papel para a senhora, tentando acabar com aquele assunto. - Ladmir está pedindo essas coisas.

Ela pegou o papel, olhando com uma certa dificuldade.

– Sim, sim, irei pegar. Espere um segundo.

Demorou mais que alguns segundos para isso, mas logo Elesis recebia uma sacola com os pedidos e pagava para a senhora.

Já estava se preparando para ir embora até ouvir outra chamada.

– Você parece triste, querida. - Menciona ela. - Algo aconteceu?

– Nada, vovó. - Nega com um sorriso forçado. - São coisas bobas.

– Nada é bobo para deixar uma pessoa triste, lembra? Se precisar de uma conversa, sempre estou aqui.

A ruiva ficou a olhando por um tempo, em seguida concordando e se despedindo brevemente. Abriu seu guarda-chuva e voltou para a rua, sujando suas botas mais ainda.

Abaixou seu olhar, vendo suas botas sujas por lama. Ouvia os pingos bater contra o guarda-chuva, o que era um som que a deixava tranquila. A sacola em sua outra mão começava a pesar de forma estranha.

Tudo parecia estranho.

– Por que eu não fugi para um lugar mais distante? -Voltava a pensar. - Poderia ir para Xênia e morrer lutando contra alguns deus de lá. Seria uma morte de honra. Em vez disso, estou aqui, presa em casa enquanto tenho que ver o Lass.

Segurou com mais força o cabo do guarda-chuva.

– Por que todos são tão persistentes?! Querem me entender, sendo que nem eles mesmo se entendem! - Começava a se irritar. - Não posso ser ajudada, não quero ser! Será que eles não conseguem entender que tudo que eu quero é ficar sozinha?!

Parou de andar, abaixando o rosto com sua expressão vazia. Aos poucos, o som da chuva caindo parecia sumir, ficando um completo silêncio em sua volta além de sua respiração. Sentia como se o tempo tivesse parado só para seus pensamentos.

– Tenho agido tão egoísta ultimamente? Se importa comigo é tão ruim assim? Amigos e família são apenas formas de chamarmos aqueles que estão próximos de nós, mesmo que tenhamos afeto com eles ou não. - Sentiu um peso no peito. - Amigos são famílias e famílias são amigos, no final de tudo, é sempre a mesma coisa. Mas será que há diferença?

Quanto mais pensava nisso, mais sem resposta ficava. A sensação de querer ficar sozinha aumentava, e suas mágoas surgiam. Desde que se encontrou com Gerard, não teve nenhum sentimento além da raiva. Tristeza e coisas do tipo pareciam nunca aparecer, o que deixava a espadachim assustada.

Era para chorar, mas não chorava.

– Elesis.

Segurou a sacola com o pulso e bateu de mão aberta em seu rosto. Apertou firme seus dedos contra sua pele, tentando forçar que as lágrimas descessem. Mas nada saiu.

– Elesis.

Soltou um soluço. Sentia-se triste, porém não conseguia expressar isso. Os sons em sua volta logo voltaram, o barulho da chuva e passos no chão molhado. A ruiva continuou parada, forçando sua mão contra o rosto.

– Elesis!

Abriu o olho. Lentamente, tirou a mão de seu rosto, ficando atenta aos sons. Tinha ouvido seu nome, bem distante mas tinha ouvido. Logo passos começam a aumentar, assim fazendo a ruiva se virar na direção do som.

No começo, ficou sem expressão, achando que era uma alucinação de sua cabeça. Ficou parada em seu lugar, vendo aquelas pessoas se aproximarem com suas respirações ofegantes.

– É tão bom ficar sozinha? - Pensou outra vez.

Parou de correr ao se aproximar da ruiva, assim apoiado-se em seus próprios joelhos para recuperar seu fôlego. Seu cabelo arrepiado e escuro estavam molhados e baixos por causa da chuva, o mesmo valendo para suas roupas ensopadas em geral.

De repente, a mão de Elesis é agarrada por ele. A ruiva se assustou, mas permaneceu quieta.

– Por favor, não vá embora! - Exclamou Sieghart ao ergue seu rosto preocupado. Segurou a mão da garota, assim a olhando bem. - Nã-Não queremos que vá.

A ruiva olhou confusa ao perceber que não era uma alucinação, bem, o toque gelado do rapaz em sua mão dizia tudo. Mas sua expressão aumentou ao ver os outros rapazes aparecerem correndo.

Azin, Jin, Dio e Lupus estavam todos molhados por causa da chuva, mas isso não impediu que todos a olhassem da mesma forma que o moreno.

– Vi-Viemos busca-la! - Diz Jin, gaguejando tanto pelo o frio quanto pela a vergonha. - Iremos te trazer de volta!

– Hã? - Foi tudo que a espadachim conseguiu dizer.

– Lothos disse que você tinha fugido, e sabemos o porquê. - Fala Lupus. - Então viemos busca-la.

Elesis piscou o olho, na intenção de que acordasse daquele pesadelo que achava ter. Eles continuavam ali.

– Como que vocês me acharam? - Foi tudo que conseguiu pergunta.

– Você deixou muitas pistas durante o caminho. - Comenta Dio. - E também, consegui sentir o seu cheiro de longe, mesmo que esteja chovendo.

Ele era realmente um cachorro, pensou Elesis ao lembrar que o asmodiano conseguia rastrear as pessoas de formas estranhas. Mas não foi isso que chamou sua atenção, e sim a falta de um certo alguém.

– Você é nossa amiga, não podemos deixar alguém assim sofrendo sozinha.

Ouviu aquela voz vindo de trás, deixando-a surpresa. Lentamente, a ruiva se vira e ver o dono daquela voz.

– Aliás, devemos muitas coisas para você. - Fala Ronan, abrindo um pequeno sorriso.

Como os outros, o azulado estava ensopado da cabeça aos pés, fazendo seu cabelo curto ficar bem baixo. Mas mesmo naquele estado, Ronan continuava a sorrir.

– Rapazes...

Olhou para cada um, vendo a preocupação em seus olhos. Tinha esquecido deles, completamente. Quando fugiu, nunca achou que isso acabaria ferindo outras pessoas, achou que melhoraria. Estava tão cega por si mesma que nem percebeu esses detalhes.

Apoiou o cabo do guarda-chuva em seu ombro, assim podendo tirar o casaco com mais facilidade. Tirou o agasalho e jogou sobre Ronan, o cobrindo da chuva. Como se não tivesse satisfeita, puxou os outros rapazes para perto, os protegendo com seu pequeno guarda-chuva.

– Me... Desculpem. - Pediu a espadachim. - Não queria que vocês passassem por isso.

– Tá tudo bem. - Diz Jin rindo sem jeito.

A espadachim concorda em silêncio. Olhou para todos e abriu um pequeno sorriso, achando engraçado o estado em que todos estavam. Como Ladmir havia falado, eles viriam como filhotes de cachorrinhos atrás da garota, e essa situação não parecia diferente.

Seu olhar logo é dirigido para outra coisa que vinha de longe. Ficou feliz ao ver que elas tinham vindo também, porém tinha uma que Elesis não queria ter visto.

Lire e Arme acenaram de longe para a ruiva enquanto seguravam seus guarda-chuvas coloridos. Ao lado delas, Lothos olhava de forma séria sob seu guarda-chuva. Estava óbvio que ela não tinha gostado nada da fuga da espadachim.

Elesis já conseguia prever os sermões e castigos que viriam a partir dali.

***

Tinham chegado em casa fazia um tempo, junto com todos. Como esperado, Ladmir olhou confuso para a situação de cada um, estando molhados por completos. Lass pareceu não gostar de quando todos aparecem, olhando curiosos para o albino. Se perguntavam, junto com Lothos, o que ele fazia ali.

– Aqui. - Diz Elesis, esticando a sacola para o elfo.

Depois de ter acomodado e dado toalhas para os garotos, Elesis chamou a atenção de Ladmir e entregou as comprar para ele.

– Obrigado, Elesis. - Pega a sacola, mas acaba percebendo algo de errado na garota. Ela estava mais quieta. - Não fique assim, tente pelo menos mostrar que está feliz.

– Não entendo o motivo de todos estarem aqui. - Passa a mão no braço, de forma incomodada. - Já disse o que eu quero, por quê eles continuam persistindo?

– São seus amigos, e amigos fazem isso um pelo os outros. Só estão preocupados.

– Certo. - Dizia com a voz sem emoção alguma. Olhou para todos sobre o ombro, vendo os rapazes secando-se com as toalhas recebidas. Sempre sorridentes, mesmo naquela situação. - Irei pro meu quarto.

– Elesis. - A chamou quando a ruiva se virou, andando em direção às escadas. Ela ignorou.

– Elesis! - Gritou Lothos. A loira veio andando em passos pesados atrás da garota, que acelerou rapidamente ao subir os degraus. - Não fuja, venha cá!

A comandante parou na escada, olhando a ruiva sumir ao subir e virar para o corredor. Olhou zangada, se preparando para segui-la, porém não fez ao ser chamada.

– É melhor deixa-la. - Menciona Ladmir. - Elesis não está para isso hoje.

– Ela não está para isso desde que chegou. - Dizia irritada. - Essa garota se rejeita em contar o que aconteceu entre a luta dela e o Gerard, além de ter fugido! Perdi a paciência já faz um tempo.

– Ela me contou que vocês mentiram para ela, uma mentira bem pesada. - Cruza os braços. - O que foi, Lothos?

– É coisa que até o Conselho deve ficar sem saber. Mas isso não vem em questão, o problema é ela, não nós.

Ladmir deu de ombros, concordando de qualquer jeito.

– Mas deixe a Elesis em paz por um tempo. - Continua o elfo. - Ela quer ficar sozinha, até mesmo o Lass ela ignorou.

A loira soltou um suspiro derrotado, aceitando o que Ladmir disse. Olhou para o ninja no outro cômodo, acompanhado com os demais. Ele parecia um pouco quieto de mais, até mesmo para ele. Lothos olhou desconfiada.

– Lass chegou junto com a Elesis? - Perguntou, porém sem tirar o olho do garoto.

– Não, chegou algumas horas depois. Ele seguiu ela.

– Foi arriscado para ele. - Nega com a cabeça, logo olhando para Ladmir. - Ele está pior que a Elesis, mas parece que seguir ela é mais importante.

O elfo soltou uma risada discreta, mas a comandante percebeu do mesmo jeito.

– Fofo, não? - Disse o rapaz sorrindo.

– Se você diz... - Revirou os olhos.

Enquanto isso, na sala, todos continuavam com seu bom humor, embora alguns estivessem espirrando por causa da chuva que tomaram. E no meio deles, Ronan era um que tinha seu nariz escorrendo. De repente o rapaz é surpreendido por algo quente que cai sobre seus ombros.

– Isso deve ser o suficiente para te aquecer. - Diz Arme ao colocar o lençol sobre o azulado.

– Obrigado, Arme. - Agradece sorridente.

– E seque bem esse cabelo. - Fala emburrada, pegando a toalha das mãos do rapaz e jogando sobre o cabelo do mesmo. Parecendo ter a mesma "delicadeza" de Elesis, secava agressivamente, chegando a ser doloroso para Ronan. - Você tem um cabelo melhor que o meu, então valorize.

– Ce-Certo. - Disse em meios aos pequenos rugidos de dor.

Lire passou pela a maga enquanto segurava outros lençóis, tendo que se segurar para não rir da cena. Foi para perto dos outros garotos, chamando a atenção de todos ao se aproximarem.

– Vocês devem tá morrendo de frio. - Dizia a loira. - Trouxe algumas cobertas para vocês se esquentarem.

Olharam atentamente para a garota e seu sorriso encantador. Viam uma luz descer sobre a elfa, a iluminando encantadoramente. Alguns nunca tinham a visto, mas os que já a viu olhou da mesma forma, envergonhados. Lire parecia até um anjo na frente deles.

– O-Obrigado. - Diz Jin sem jeito ao receber seu coberto.

Sieghart pegou o seu, olhando curiosamente para a garota, que ficou um pouco desconfortável com aquilo.

– Você é a namorada do Ryan, certo?! - Perguntou de repente.

– Sim, sou eu. - Sorri. - Por quê?

– Como que ele conseguiu um garota como você? - Olhava determinado em achar uma resposta.

– Eh, bem... - Fica sem jeito com a pergunta.

Como se pudessem ler a mente da elfa, Sieghart é chamado a atenção pelos os rapazes.

– Isso é uma pergunta que se faça, idiota? - Questiona Dio emburrado. - Deixa ela.

– Tem sorte pelo o Ryan não está aqui. - Fala Jin do mesmo jeito.

– Eu só queria saber como. - Falou o moreno, passando a mão na nuca.

Lire soltou uma pequena risada, logo dizendo que estava tudo bem em ele fazer uma pergunta daquelas.

Jin preferiu ignorar toda aquela conversa e se aproximar de Lass, que estava um pouco distante do grupo. Chamou o ninja, que o olhou de forma preguiçosa.

– Estou bem, antes que pergunte se estou. - Diz Lass quando o ruivo abri a boca. - Não se preocupe.

– Você não parece bem. - Comenta o ruivo, fazendo o ninja olhar emburrado. Jin sorri.

– O que vocês estão fazendo aqui?

– Eu acho que essa pergunta é mais apropriada para você. Aliás, estamos aqui por ordem da Lothos, que pediu nossa ajuda para achar a Elesis.

– Eu segui ela para convencê-la a voltar. - Suspira. - Mas parece que é inútil.

Jin olhou triste pela a resposta.

– Por que ela fugiu?

– Eu não sei exatamente. - Dar de ombros. - Parece que ela quer se distanciar de todos.

– Entendo. - Passa a mão em seu cabelo, que permanecia molhado. - Espero que você convença ela de voltar.

Lass olhou confuso.

– Eu pensei que o trabalho de vocês fossem trazê-la de volta? - Estranha o ninja. - E não o meu.

– Ah, você acha mesmo que nós e a Lothos iremos convencê-la? - Olha cansado. - É claro que não, porque esse trabalho é seu. - Aponta para o rapaz.

Fica mais confuso ainda.

– Não estou entendendo o que você quer dizer com isso. Aliás, é o Ronan o cara para isso, não eu.

Jin nega com a cabeça e encosta sua mão no rosto do ninja, o chamando a atenção com seu largo sorriso.

– Você é sempre o cara certo, com palavras certas e momentos certos. - Disse confiante.

Mesmo com aquela resposta, Lass continuou a olhar confuso.

***

Aquele dia se passou em segundos, o que acabou deixando todos com muita fome. Ladmir, Lire e Arme disseram que iriam fazer algo para o jantar, já que uma certa ruiva não pretendia tão cedo descer de seu quarto e ajuda-los. Lothos pareceu não se importa e ficou na cozinha conversando com o elfo, deixando os rapazes livremente.

No outro canto da casa, Elesis continuava em seu quarto, debaixo das cobertas. Mesmo naquela completa solidão e escuridão, conseguia ouvir as vozes de todos no andar de baixo. Pareciam felizes enquanto riam e cozinhavam, percebeu a espadachim. Preferiu continuar ali e não participar do grupo.

– Por favor, vão embora. - Pensava. - Eu não aguento mais isso.

Seu corpo começou a tremer em tristeza, sentindo como se fosse desmoronar a qualquer momento. Queria poder expressar aquilo, mas uma batida na porta a tira dos pensamentos imediatamente.

– Elesis. - Chamou a voz do outro lado.

Aos poucos, a coberta saiu de cima da ruiva quando ela se sentou e olhou para porta. Conhecia aquela voz, e isso a deixava mais triste ainda.

Quando percebeu, tinha se levantado da cama e já estava na frente da porta, girando a maçaneta para abri-la. A luz do corredor a incomodou um pouco, mas superou em segundos.

Ronan ficou surpreso ao ver que foi atendido, vendo o rosto cansado da garota. Quando começou a falar, se embolou nas palavras, ficando sem jeito na frente de Elesis.

– Os garotos vão jogar cartas lá embaixo, e eu pensei em te chamar. - Finalmente consegue falar. - Talvez você goste...

– Isso é tudo que você tem a falar? - Continuou com o mesmo olhar neutro. - Me chamar para jogar cartas?

– Bem, está claro que você não quer falar sobre nada que aconteceu com você. - Dizia sincero. - Então achei melhor não te perguntar sobre isso.

– Eu não pude impedir o Gerard. - Disse de repente. - Depois de anos treinando para isso, eu falho.

– É, eu soube disso. - Passa a mão na nuca, sem jeito. - Agora vejo claramente o que ele fez com você. - Não falava na aparência machucada da garota, e sim do estado mental dela. - Sinto muito por isso, Elesis.

– Sente? Como que você consegue deixar isso passar? - Olha sem entender. - Você já o conheceu uma vez, por quê não ficou surpreso com tudo que ele fez depois?

– Porque, por mais que a pessoa pareça confiável, eu acredito que ela tem um lado negro para se despertar. - Desvia o olhar, mas volta para Elesis rapidamente. - Gerard não é diferente. E se você quer que eu reaja com o que aconteceu com você, será preocupação que eu terei por você. Mas eu lembro que você não gosta que as pessoas fiquem assim com você, então...

Elesis confirmou, entendendo o que ele quis dizer. Ronan tinha razão, ela não gostava de ver pessoas se preocupando com ela. Ele sempre a conheceu bem.

De repente, a ruiva começa a inclinar a cabeça na direção do azulado, pousando sua testa no ombro do rapaz. Ronan olhou sem jeito, tentando achar uma maneira de conforta-la. Não disse nada, deixou a garota assim por um tempo.

Se levantou rapidamente, deixando o azulado surpreso.

– É, acho que joga cartas deve ser legal. - Disse Elesis, abrindo um pequeno sorriso.

Todos ficaram surpresos quando viram a espadachim acompanhado do rapaz, pois achavam que ela iria acabar negando a proposta no final das contas. Mas acabaram não questionando, e sim juntando Elesis na partida, fazendo o máximo o possível para deixa-la confortável.

Lire e Arme, que estavam na cozinha, viram a amiga se juntando com os garotos, deixando ambas surpresas. Não esperaram que ela descesse, mas ficaram satisfeitas de qualquer jeito.

– Nem ouse estragar esse momento, Lothos. - Diz Ladmir ao perceber a loira olhando seriamente para a ruiva. - Deixe-a.

A comandante olhou emburrada para o elfo, que sorriu em resposta. Queria fazer exatamente o que ele falou, ir lá e conversar com Elesis.

Durante esse tempo, Lothos ficou de longe observando a espadachim em silêncio. Via a ruiva se divertir com os garotos, mas nada de sorriso ou risadas enquanto isso, infelizmente. No entanto, a loira parecia feliz em vê-la se recuperando daquele jeito, o que não via fazia dias.

De repente, sua expressão ficou séria ao lembrar de algo. Pegou seu celular e discou o número rapidamente, suando frio para que aquela pessoa atendesse de uma vez.

***

– Sim, está tudo bem até agora. - Fala Astaroth com um largo sorriso no rosto.

O rapaz teve que ouvir outra vez os sermões da loira e concordar com todos eles. Após alguns longos minutos com eu ouvido ficando dormente, finalmente desligou o aparelho e voltou para o que estava fazendo.

Já tinha chegado no colégio das garotas fazia um tempo, então já foi planejando o que pretendia fazer ali. Foi na sala de aula de algumas turmas e escolheu as alunas com melhores notas, em seguida as levando para o lado de fora para por seu treino em prática.

– Qual é a sua, cara?! - Exclamou Rey zangada. - Quanto tempo teremos que ficar correndo em circulo?!

Tinha perdido a conta de quantas voltas teve que dar no grande colégio. Esse era o treino de Astaroth, coloca-las para correr sem propósito algum.

– Até todas caírem no chão de exaustão. - Falou o professor, sorrindo em seguida. - Mas parece que vocês são bem resistentes para continuarem assim.

A asmoadiana olhou indignada, se preparando para avança contra o rapaz. Foi impedida quando sente uma mão em seu ombro.

– Não vejo propósito nisso. - Menciona Mari, desencostando de Rey. - Ensino teórico é mais eficiente do que o prático.

– Não vejo propósito em você dizer isso. - Colocou as mãos na cintura. - E quem te disse isso?

– Ninguém precisa me dizer isso para eu saber. - Falava de forma superior. - Está óbvio que aprendemos mais quando buscamos saber.

– Oh, vejo que Lothos encheu sua cabeça com essa baboseira.

– Baboseira é o que você faz a gente fazer. - Fala Amy ofegante, apoiada nos próprios joelhos.

Astaroth pareceu olhar ofendido para os olhares sérios das garotas, o deixando extremamente desconfortável naquela situação. Mas sem perceber, um sorriso se abre em seu rosto ao ter uma ideia.

– Certo então! - Fala em voz alta, chamando a atenção de todas. - Querem um desafio de verdade, darei a vocês. Em troca, nada de exercícios ou algo do tipo, prometo.

As garotas abriram um pequeno sorriso satisfeito ao ouvirem isso.

– O que temos que fazer? - Pergunta Rey, já abrindo um sorriso superior.

– Hum. - Fez o professor pensativo.

Astaroth coloca a mão no bolso, procurando alguma coisa. Uma pequena caixa branca é tirada, assim o rapaz a abrindo sem dizer nada. Em segundos, as garotas perceberam que aquilo era uma caixa de cigarros, e um maço do mesmo já estava na boca do professor. Astaroth pegou um isqueiro do outro bolso e o acendeu, logo soltando uma pequena fumaça em seguida.

Olhavam impacientes para ele.

– Nessa caixa têm uns 10 cigarros restando. - Mostra brevemente. - Irei fumar todos até o final do dia, e o objetivo de vocês é tirar a caixa da minha mão para que isso não aconteça. Fácil, não?

– Até o final do dia você estará sem um dos pulmões. - Comenta Mari. - Além de seu fôlego ficar tão pequeno quanto sua dignidade.

Astaroth olhou a azulada debochar, não propositalmente, dele em silêncio. Sentiu uma certa nostalgia ao ouvir as outras garotas rindo dele, parecendo até mesmo as aulas que dava para os garotos. Porém, os rapazes o respeitava, diferente delas.

É que as pobres garotas não tinham visto o outro lado do professor.

– Tudo bem, aceitamos esse desafio. - Fala Amy.

– Iremos mostrar para você o nosso verdadeiro potencial. - Disse Rey.

Astaroth sorriu em resposta. Abriu os braços, olhando de forma desafiadora para as garotas.

– Então podem vim. - Disse com um maço em meio aos dentes.

O corpo do professor voou contra o chão quando algo, como uma parede, bate contra ele. Girou insanamente até ficar bem distante delas, assim parando e ficando caído no chão.

A pequena garota arfava cansada, deixando seu pesado martelo de lado. Colocou seu cabelo verde limão para trás da orelha, assim mostrando seus olhos azuis, que possuía uma cruz branca no meio, à vista.

– Bom trabalho, Holy! - Elogiou Rey. - Acabou com aquele idiota com um ataque só.

A verdinha sorriu envergonhada, confirmando o que tinha feito. Enquanto isso, Mari viu a caixa de cigarros no chão, desse jeito se aproximando e a pegando.

– Eu esqueci de avisar a vocês! - Ouviram Astaroth gritar. Olharam assustada, vendo o rapaz se levantando de forma desajeitada. - Vocês devem pegar os cigarros, não a caixa. Desculpa, eu expliquei vagamente.

Mari amassou a caixa vazia com um olhar sério.

– Hã?! - Exclamou Amy indignada.

Ao ficar de pé, Astaroth mostra os 10 cigarros na sua outra mão. Pegou o que restava na sua boca e jogou no chão, apagando com um simples pisar. Pegou outro maço e colocou entre os dentes, assim o acendendo.

– Agora restam nove! - Gritou de forma brincalhona.

***

O jantar parecia que iria ser em completo silêncio, principalmente por Elesis não está participando, mas até que foi algo confortável. A ruiva preferiu pegar sua comida e ir comê-la dentro de seu quarto, sozinha e sem ninguém para perguntar sobre o que aconteceu. Suas dores no corpo continuava, especialmente no olho que permanecia enfaixado, então era algo difícil para ela esconder o que estava sentindo muitas das vez. Somente Ladmir e Lass percebia isso.

Tinha acabado sua comida e colocado o prato de lado, agora estava sentada perto da janela, olhando os pingos da chuva bater contra ela.

Perdeu a noção do tempo enquanto ficou ali, olhando para a chuva do lado de fora. Sentiu-se ficando exausta, mesmo tendo feito nada além de ficar sentada, e sonolenta. Sem perceber, já estava se acomodando em seu lugar e fechando os olhos. Estava praticamente sonhando de olhos abertos.

Ouviu a porta de seu quarto se aberta e passos se dirigirem até ela. Não se importou, só fechou seus olhos por completo e tentou dormir. Seu corpo foi pego cuidadosamente, assim sendo levado até algo fofo e confortável. Era sua cama, reconheceu. Aquela mão gelada que a levou até ali se afastava lentamente.

Agarrou o pulso da pessoa rapidamente, porém ainda tendo uma grande sonolência durante isso. Virou o rosto e abriu um pouco o olho, vendo aquele que segurava.

Lass a olhou da mesma maneira, em silêncio. Embora sua visão tivesse embaçada por causa do sono, a ruiva percebia os machucados ainda não curados no rosto do rapaz. Ele estava melhorando, percebeu.

– O remédio vai passar quando você acordar, então descanse. - Foi a única coisa que ele disse, e a última que Elesis ouviu antes de apagar.

Lass puxou sua mão lentamente, tomando cuidado ao se soltar da espadachim. Segurou a coberta e ergueu até seu ombro, a cobrindo.

Após isso, o ninja saiu do quarto, fechando a porta cuidadosamente. Quando foi sair dali de perto, seus passos são interrompidos ao ver aquela pessoa parada no mesmo corredor que ele. Lass ficou sério e tentou ignora-lo.

– Que bonitinho da sua parte. - Comenta Lupus com um sorriso provocador no rosto. - Agora entendo porque veio atrás dela.

– Não enche, Lupus. - Começou a andar.

– Que foi? Só estou tentando achar algum entretenimento nessa casa. - Deu de ombros.

– Ache em outro lugar. Você não era para estar nem aqui.

– Nem você.

O ninja parou de andar, se virou para o caçador e o olhou sério. O haro continuou com seu pequeno sorriso no rosto, provocando Lass cada vez mais.

– Você sabe o que é sentir desespero? - Perguntou o albino. Lupus iria responder, mas é interrompido. - Sentir que irá morrer ou que irá perder uma pessoa que ama de uma vez por todas, você sabe o que é isso? Com certeza não.

– Por que esse assunto tão de repente? - Estranha.

– Porque foi isso que Elesis sentiu por toda a vida dela, principalmente quando ela se encontrou novamente com Gerard. Sei como é sentir isso, por isso quero ajuda-la a superar. - Olha de forma ameaçadora. - Então sem provocações enquanto isso, Lupus.

Não esperou resposta, se virou e continuou a seguir seu caminho. O caçador ficou parado em seu lugar, vendo o ninja se distanciar. Sentiu firmeza nas palavras dele, portanto, preferiu deixa-lo em paz por um tempo.

– Certo, irmãozinho. - Deu sua última provocada naquela noite.

***

– Lothos!

Já tinha amanhecido e todos da casa já tinham acordado. Como não havia outros quartos para hospedarem os garotos, eles tiveram que dormir na sala em camas improvisadas. Já Lothos, dormiu em um quarto de hospede, diferente de Lire e Arme que foram para os seus próprios quartos.

A primeira coisa que a comandante mandou fazer era chamar Elesis para elas terem uma conversa. Arme procurou a garota por todo canto, menos em seu quarto. Foi até o cômodo e ficou assustada no mesmo instante ao ver a janela aberta. Gritou pela a loira e desceu as escadas rapidamente.

– O que foi, Arme? - Perguntou a comandante preocupada.

– A Elesis fugiu outra vez. - Dizia ofegante.

– De novo?!

– Ela não está em lugar algum, mas suas coisas continuam no quarto.

Lothos ficou pensativamente rapidamente.

– Ela deve tá tão desesperada que deixou as coisas para trás. - Estala com a língua. - Não deve ter fugido há muito tempo.

– O que faremos então?

Lothos se dirigiu até a sala, onde todos os garotos estavam. Olharam preocupados para a expressão séria da moça.

– Se arrumem, porque parece que a Elesis fugiu outra vez. - Milhares de "O quê" se levantaram no ar. - Quero que se separem e olhem todos os cantos da cidade à procura dela, entenderam?

Em segundos, todos se levantaram e colocaram suas roupas para sair naquela chuva. Lire e Arme disseram que iriam se arrumar e ajudarem na buscar. Durante isso, Lass parecia que iria ajudar os rapazes nisso, mas foi impedido rapidamente pela a comandante.

– Grandiel vai me matar se eu deixar você ir fazer esforço. - Falava a loira. - Fique aqui com o Ladmir.

– Lothos, sei me cuidar.

– Você não está em condições para sair. - Disse séria. - É uma ordem, fique.

Olhou emburrado para a comandante, que acabou concordando no final. Viu todos saindo de casa apressados, assim ficando um completo silêncio após a saída de todos. Sem ter nada o que fazer, foi até onde Ladmir estava.

– Sabe o que tem de interessante nessa cidade? - Perguntou o elfo com a chegada do ninja.

Lass olhou confuso, sem entender o propósito daquela pergunta numa situação daquelas. Parecendo bastante calmo, o loiro ainda soltou um sorriso misterioso.

***

Sentia seu corpo pesar diante daquela chuva. Estava molhada da cabeça aos pés, principalmente em seus curativos. Seu cabelo pesava como seu machucado no olho. No começo, ficava incomodada em andar descalça na rua molhada, mas depois de um tempo, se acostumou.

Elesis sorriu satisfeita ao ver aquela construção diante de seus olhos. Tinha andado um longo caminho até ali, e finalmente tinha achado. "Cavaleiros Vermelhos", era o que estava escrito na placa. Era uma das Guildas deles, porém que foi fechada após a tragédia que aconteceu anos atrás.

Sem demora, entrou pelo o portão principal. Usou bastante força para empurrar a porta pesada daquele lugar, chegando a doer alguns músculos seus. Mas aquele esforço valeu a pena quando entrou no salão principal, o molhando com seus lentos passos por ele.

Nada parecia ter sido tirado do lugar, menos algumas armaduras e armas que foram colocadas no canto do salão. Do outro canto, havia algumas espécies de jarros raros, caríssimos para estarem ali. Muitos Cavaleiros ganhavam aquilo em recompensa, que acabavam parando ali, em que hoje estão naquele canto empoeirados.

– Hum, então é aqui que tudo começou?

Ficou em alerta ao ouvir aquela voz. Não precisou se virar para saber que era Eléo perambulando pelo o salão, olhando curioso para as coisas que estavam ali. Não havia momento pior para ele aparecer.

– Onde a pequena Elesis cresceu, não tecnicamente, e aprendeu a lutar. - Continuava o moreno. - E agora o lugar está assim, abandonado como ela. É uma pena.

Elesis o ignorou totalmente, andando em direção aos jarros e os olhando de perto. Passou o dedo e uma grossa camada de sujeira apareceu ao tocar.

– Ah, aqui também foi onde Gerard aprendeu a matar os outros, né? - E as provocações não paravam. - Gostaria de saber o que você faria se soubesse que seu destino seria esse quando criança. Ou se você voltasse no passado, poderia matar Gerard? São muitas perguntas e poucas respostas.

Elesis pegou um dos jarros e o olhou de perto, assim assoprando e tirando a poeira que estava nele. Conseguiu ver seu próprio reflexo nele, olhando sua expressão cansada e molhada pela a chuva. Isso não é certo, percebeu.

Desde criança confiava em todos, em seu pais, amigos e em Gerard. O ruivo sempre cuidou dela como se fosse um tio, às vezes como um irmão. Ensinou ela a segurar uma espada sem que se machucasse, a se defender e poder despertar suas chamas vermelhas. Quando teve o Berserk pela a primeira vez, Gerard a evitou que machucasse as pessoas. Em todos esses momentos peculiares, ele estava lá, a observando em todos novos passos que ela dava.

Pingos de água começa a derramar sobre o jarro que segurava. Não vinha de seu cabelo molhada e nem nada do tipo, e sim de seu único olho bom. Sem perceber, lágrimas quentes escorria por seu rosto, e caiam sobre seu reflexo.

– Tudo que eu tinha que fazer era derrota-lo, só isso. Meu único dever na vida. Todos morreram, menos eu. Meu pai morreu, menos eu. - Pensava freneticamente. - Eu tinha que vingar pela a morte de todos. Pela a morte de meu pai.Mas eu falhei. Por que? Sou uma inútil. Tola. Fraca.

– E não se esqueça da: Verdadeira dona das chamas azuis. - Completou Eléo.

Um alto barulho se estalou no ar. Os pedaços do jarro se espalharam pelo o salão ao se quebrar.

– Cala a boca! - Berrou.

Um barulho maior que o outro, sendo difícil até de não ouvir. Elesis gritava, fazendo sua garganta exclamar em dor. A ruiva ignorava o chamado de seu corpo precisando de remédio, ela apenas pegava aqueles jarros que tinha ali e arremessava aleatoriamente, não se importando se pegou ou não na parede. Em minutos suas mãos ficaram vazias, procurando por mais alguma que quebrasse.

Correu até as armaduras e as jogou contra o chão, as amassando em um ataque descontrolado de fúria. Nunca tinha se sentindo daquele jeito, era como se toda a raiva que tinha desde seu encontro com Gerard se libertasse agora. Sentimentos ruins rodeava seu peito, e aquilo era doloroso para a ruiva.

– Cala a boca! Cala a boca! Cala a boca! - Berrava em meios aos rugidos.

Chegou um momento em que pegou as espadas e as jogou contra a parede, como se fosse um dardo. Seus braços quase se torceram por tanta agressividade que a espadachim estava tendo com as coisas naquele local.

Após um longo momento de fúria, caiu de joelhos no chão, ficando de rosto abaixado o tempo todo. Tinha esvaziado todo o peso que estava sentido há muito tempo atrás, estava vazia. Completamente vazia. Não sentia nada, tudo parecia sem sentido para ela. Suas mãos machucadas não doíam, apenas mostravam que deviam doer.

Eléo não estava mais ali, tinha sumido após o quebrar do primeiro jarro. Elesis estava sozinha, ouvindo apenas sua respiração ofegante, que logo foi preenchida por soluços.

– Pai, eu fiz algo coisa de errado? - Perguntou com a voz trêmula. - Eu sou um erro?

Levantou o rosto, mostrando suas grossas lágrimas descerem pelo seu único olho. Colocou a mão no peito ao sentir doer. Estava vazia. Apertou com força sua camisa, logo enfiando a testa no chão.

Outra vez, o silêncio é coberto por gritos, que dessa vez eram de tristeza. A ruiva sentia que não iria aguentar toda aquela dor emocional, parecia que iria morrer. Se deitou no chão e cobriu seu rosto com suas mãos. As lágrimas continuavam a transbordar do mesmo jeito.

– Me desculpa. - Falava com a voz abafada. - Eu tentei, eu realmente tentei. Eu fiz de tudo, mas eu não consegui. Me perdoe, pai!

As dores físicas não eram nadas para o que sentia agora. Seu coração havia se desmanchado fazia um bom tempo, seus lágrimas pareciam que nunca iriam para de descer. Aos poucos parou de gritar, sua garganta doía e sua voz ficou rouca.

Estava no seu limite.

– Pai, por quê você não me levou junto? - Tirou a mão do rosto, mostrando uma expressão exausta e com olho vermelho de tanto chorar. - Eu não me importava, eu era uma criança! Gerard é muito mau, sempre foi. Eu não sei o que mais fazer.

Olhava para o teto do lugar, esperando que alguma resposta viesse dali.

Nada.

– Pai... - O chamou. - Pai... Por favor, me responda. Pai! - Gritou.

Sabia que ele não a responderia, sabia que era fraca, onde tinha errado e que nada poderia ajudar naquele momento. Tudo era tão inútil quanto ela se achava ser.

Colocou as costas de sua mão sobre o nariz, o limpando. Suas lágrimas continuavam a cair, parecendo a mesma sensação de estar ferida e aquilo ser o sangue que escorria. Não havia diferença.

Ouviu pingos de chuva. O som ecoava fracamente pelo o salão. Não era Elesis, já tinha feito um bom tempo e nada mais pingava dela. Não era o barulho do lado de fora, disso ela tinha certeza. Aquele som era de dentro.

Ainda com as lágrimas caindo por seu rosto, se sentou no chão, olhando o lugar em volta. Estava todo destruído, percebeu.

– Finalmente.

Não ficou surpresa, não tinha nada para ficar daquele jeito. Estava vazia. Virou o rosto para trás, vendo-o alguns metros de distância. O barulho do pingo vinha dele, como Elesis quando chegou no lugar. Ensopada.

Seu cabelo branco estava ensopado pela a chuva, deixando um penteado bem baixo. Seu olhar estava cansado, como sempre esteve depois de tudo aquilo. Seus curativos pareciam que iriam desmanchar a qualquer momento, menos seu gesso que apenas estava molhado.

– Não achei que iria demorar tanto para você se quebrar por completo. - Fala Lass. - Fugir foi sua melhor opção? Parece que sempre é.

A ruiva olhou em silêncio, mantendo sua expressão vazia, manchada pelas as lágrimas que ainda restava. Juntos algumas forças que ainda sentia e se levantou de forma desajeitada. Ficou de pé e andou lentamente até o ninja.

O socou diretamente na cara, o arremessando para trás. O albino caiu no chão, logo colocando a mão no nariz, sentindo o sangue escorrer.

– Calado. - Falou com a voz rouca. - Você não me conhece!

Se aproximou outra vez do rapaz, fechando os punhos com força. Lass colocou o braço na frente, na intenção de se proteger, porém recebe um chute imediatamente, quebrando sua defesa. A ruiva se jogou contra ele, o socando com ambos os punhos.

Parou os ataques aos poucos, assim olhando para suas mãos machucadas por causa dos socos. Lass não tinha se defendido, deixou ser machucado daquele jeito, deixando seu rosto manchado pelo o sangue. Elesis apertou com mais força os punhos.

– Por que é sempre você?! - Gritou irritada. - Me diz! Toda vez que algo assim acontece, é você que aparece. - Seus lábios voltaram a tremer, assim uma expressão chorosa se abria em sua face. - Não fica calado e diga algo!

Lass continuou a olhar em silêncio, sentindo seu rosto doer pelas feridas. Não sabia o que dizer, ficou pensativo durante isso.

– Eh... Foi mal. - Disse mais parecendo uma pergunta.

A ruiva ficou o olhando com sua cara chorosa. Rapidamente o pegou pela a camisa e o puxou, em seguida empurrando contra o chão.

– Por que é você? - Soluçou e as lágrimas voltaram a escorrer. - Sempre acho que será outra pessoa, mas eu me engano. O que você tem de tão especial?!

– Talvez seja você que me torne tão especial.

– As chamas não tem nada a ver com isso! - Pressionou os punhos contra o peito do rapaz, assim se aproximando violentamente dele, o olhando de perto. Lass conseguiu ver com clareza a raiva da garota, e tristeza que tanto ela escondia. - Eu odeio você não por ter as chamas, não por ser um mestiço, eu te odeio como pessoa! Você sempre sabe de tudo, me protege e acha que não é tão importante quanto aos outros. Você... Você...

Elesis lentamente abaixa o rosto, o escondendo sob seu cabelo. Não conseguia mais falar, sua sinceridade já tinha acabado.

– E é sempre você que me dá um soco quando eu estou passando dos limites. - Menciona Lass. A ruiva ergueu o olhar, ficando um pouco confusa com o que ouviu. - Tento não entender, apenas deixo pra lá.

– Gerard podia ter te matado. - Disse de repente.

– Mas não matou.

Apenas o olhou e concordou mentalmente com isso. Por mais que tudo aquele tivesse acabado, Elesis ainda sentia o medo de perdê-lo. Sua vingança era importante, mas ela podia ser deixada para depois, já Lass não.

Elesis se levantou, saindo de cima do rapaz. Se afastou por um pouco, esperando que ele se levantasse, mas parece que os ataques dela o deixaria ali um bom tempo. Desviou o olhar, vendo o estado que tinha deixado a Guilda.

– É melhor você voltar logo. - Menciona Lass. - Todos estão te procurando, de novo. Talvez Lothos até dobre o sermão que vai te dar por causa disso.

A ruiva não respondeu, continuou a olhar o estado da Guilda. Se sentia muito culpada em deixar o lugar daquele jeito.

Lass começou a se levantar do chão, ficando sentado um bom tempo no chão até lá. Apoiou a mão no chão e se ergue lentamente. Ao ficar de pé, passou a mão em seu nariz, tirando o sangue que ainda escorria.

– Vem, vamos voltar. - Disse o ninja já indo na frente. - Eu tô molhado, você tá molhada e um resfriado está garantido para nós.

Continuou parada em seu lugar, ouvindo a porta do salão sendo aberto por Lass. Sentiu o rapaz parar na entrada e esperando que ela o seguisse.

Se virou e o seguiu para fora em passos lentos. Chegou ao lado do ninja e manteve o olhar para o lado, não querendo ver sua face machucada.

Lass deu alguns passos para fora e foi parado ao ser segurado pela a manga da camisa. Olhou para Elesis, esperando uma resposta dela.

– Me desculpe. - Diz a ruiva. - Me desculpe por ter te chamado de monstro naquele dia. Eu estava irritada, então acabei te chamando daquele jeito.

– Tá tudo bem.

– Não. - Nega com a cabeça, em seguida o olhando. - Eu fui uma idiota em dizer aquilo. Me desculpe.

Ficou surpresa ao ver um pequeno sorriso se abrir no rosto do ninja. Quase se encolheu em seus ombros quando o rapaz passa a mão em sua cabeça, dando um breve cafuné.

– Você é uma idiota por natureza, não se preocupe. - Falou brincalhão.

Lass se desencostou e voltou a seguir seu caminho para o lado de fora, assim se molhando pela a intensa chuva. Elesis apenas colocou suas mãos onde o ninja tinha a tocado, ficando parada até ser chamada a atenção.

– Não tenho dia todo. Vamos! - Gritou o rapaz por causa do alto barulho da chuva.

– T-Tá. - Disse emburrada.

Se estremeceu quando voltou para debaixo da chuva, voltando a se molhar novamente. Não tinha sentido esse frio todo quando fugiu de casa. Mas antes que partisse, fechou a porta da Guilda e a olhou pela a última vez.

– Depois eu volto. - Murmurou.

Deu uma rápida corrida para acompanhar Lass, que estava andando bem à frente. Manteve uma distância entre ele, querendo ainda o evitar de alguma maneira.

Olhou o rapaz pelas as costas, vendo os curativos em seu corpo por debaixo da roupa molhada. O mesmo valia para ela, sentia seus curativos soltarem de suas feridas, e isso a incomodava muito. Sabia que em breve seus machucados iriam voltar a doer por causa disso.

Parou de andar. Colocou a mão sobre seu rosto, escondendo sua expressão surpresa e corada. Estava sentido algo de diferente, algo que parecia preencher aquele vazio que tinha em seu peito. Por todos os sentimentos que tinha sentido toda aquela semana, esse era a primeira vez.

Colocou a outra mão em seu peito, sentindo seu coração batendo rápido.

– E-Eu estou com vergonha? - Pensou surpresa. - Mas de quê?

Sem perceber, olhava para Lass. Seu rosto esquentou. Se questionava seriamente por que tudo aquilo acontecia agora, o que a deixava mais confusa a cada segundo. Sentia como se fosse derreter naquela chuva de tanta sensação estranha que sentia.

Sinceridade, essa palavra pareceu responder sua dúvida. Desde que chegou na Guilda e foi sincera com o que a incomodava, se sentia melhor do que antes. Tinha colocado sua raiva para fora, e finalmente aceitado as mágoas que tanto a machucava. Perder para Gerard foi apenas um obstáculo entre milhares que teria até derrota-lo, percebeu.

Mas mesmo tendo aceitado tudo aquilo, sendo um pouco difícil, algo ainda a incomodava. Alguma coisa estava faltando.

Seja sincera, pensou.

– Lass! - Gritou.

O rapaz que estava alguns metros à frente, parou de andar e olhou para a ruiva. Com bastante dificuldade, tinha conseguido ouvir a garota o chamando.

– E-Eu... - Elesis começou a falar, porém gaguejando por vergonha. - Tenho algo para te dizer! - Gritou outra vez.

Lass ficou parado a olhando de longe, esperando que continuasse.

A ruiva segurou a própria ponta da camisa, olhando de forma tímida para baixo. Sentia-se arrependida por ter começado aquela decisão, mas agora não tinha como voltar. Contou mentalmente, esperando tomar coragem com isso.

Engoliu seco e olhou para o rapaz determinada, respirando fundo antes de falar:

– Eu gosto de você! - Gritou como um desabafo.

Tinha colocado os punhos contra o peito e fechado os olhos ao dizer, além do rosto vermelho. Tudo que ouvia era o barulho da chuva em sua volta, nada mais que isso.

Tomou coragem e abriu os olhos, logo vendo Lass andando em sua direção. Entrou em desespero e sacudiu os braços em negação.

– Nã-Não precisa se aproximar! Fica aí! - Falava sem jeito.

Iria recuar quando o ninja chegou perto, mas decidiu ficar e encara-lo. Lass não tinha expressão alguma no rosto, estava quieto. O rapaz ergueu a mão, deixando a ruiva assustada.

Colocou a mão aberta ao lado da orelha, em seguida fazendo uma expressão confusa.

– O que você disse? - Pergunta o ninja. - Eu não ouvi.

Elesis piscou o olho com uma face surpresa. Ficou em silêncio, olhando Lass por um tempo. Tudo que conseguia ouvir era a forte chuva bater contra o solo, chegando a ser um barulho irritante.

Lentamente, levantou suas mãos e segurou Lass pelos os ombros. O olhou nos olhos e abriu sua boca, tomando outra vez coragem.

O puxou bruscamente, acertando seu joelho no meio das pernas do rapaz. Lass rugiu e caiu de joelhos rapidamente, logo sendo jogado de lado pela a ruiva. O ninja apenas ouviu os passos da garota se distanciando.

– O que foi dessa vez?! - Gritou com uma expressão de dor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Review?
*Eh... Não matem o Lass, matem a chuva que tinha no local kkkkk
* O próximo capítulo será mais light, mais divertido, garanto... Principalmente por ter o Astaroth ^-^
* Percebi também que estamos quase chegando aos 600 reviews! Bora lá, bora chegar aos 600 :3 Seria maravilhoso. Também estamos quase a 20 recomendações... Tá, parei. Não vou ficar forçando vocês kkkkkkkk
*Gente, estou lendo um mangá ultimamente que se chama Prison School. Eu me arrependo gravemente de ter começado a lê-lo. Ele é um ecchi bem violento, ou um hentai mesmo, que tem muita comédia e coisa sem sentido acontecendo, então eu venho aqui, com muito prazer, para dizer a vocês: NÃO LEIAM! Sério, é algo muito estranho e vicioso, que vai ter até anime kkkkkkk Mas não posso impedir ninguém de ler, então se quiser achar um motivo para não viver, leia Prison School.
Está curioso sobre esse mangá, então olhe essa imagem e me diga o que está acontecendo ( E relaxa, não terá nada de +18, ok?!)
http://www.ezimba.com/work/150504C/ezimba11839975194104.jpg



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fale O Que Quiser Mas Sou Uma Garota" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.