Fale O Que Quiser Mas Sou Uma Garota escrita por Risadinha


Capítulo 49
Como se não desse para piorar!


Notas iniciais do capítulo

OLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! Sinto muito o atraso, estava descansando durante esse tempo... E tive preguiça! O capitulo tá bem grandinho, mas não tem nada de tão interessante... Tá, eu falo isso e vocês vem falando que foi muito massa kkkkkkk De qualquer jeito...
Boa Leitura!



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Olhava com atenção para o machucado em sua mão. Quando treinava, sem querer acabou dando um pequeno corte nas costas da mão. Mas tudo bem, pois pegou um curativo e, com um pouco de dificuldade, colocou sobre o machucado. Levantou a mão bem alto, olhou o curativo rosa com imagens de gatinhas branca. Sorriu vendo aquela coisa fofa em sua mão.

– Elesis.

A ruiva olhou para frente surpresa. Viu seu pai vindo com um a garrafa, tendo um liquido transparente dentro, e uma caixa de algodão. Ao ver o ruivo, rapidamente escondeu sua mão atrás de seu corpo.

– Deixe-me ver sua mão. - Se abaixou perto da pequena.

– Não precisa. - Sorria forçadamente. - Já sarou.

– Elesis...

Viu a expressão que Elscud fazia, então não tinha como esconder. Virou o rosto e fez um bico com seus lábios, depois esticando sua mão machucada. Quando o rapaz viu, suspirou.

– Querida, já disse que coloca um curativo não é o bastante, - Segurou sua pequena mão e tirou o adesivo de sua mão. Viu o corte. - Principalmente quando é um machucado feio.

Pegou uma bola de algodão e molhou com o liquido transparente. Delicadamente, colocou sobre o machucado. Elesis fez uma careta de dor.

– É que você sempre passa isso. - Dizia entre uma careta e oura. - E dói muito.

– Eu sei que dói, mas tem que passar se quiser que sare rápido. - Pega uma fita branca e começa a enrola em volta da mão da garota. - Viu? Já acabou. - Dar um nó na fita.

A ruiva olhou para a mão enfaixada. Uma cara emburrada se abre em seu rosto.

– É simples.

– Eu sei.

– E ainda tá doendo.

– Querida, não sou nenhum mago para poder curar seu machucado. - Pegou sua mão e deu um beijo sobre o curativo. - Mas com um beijo, tudo melhora.

Olhou novamente para a mão com a cara emburrada.

– Continua doendo. - Olhou para o ruivo.

Suspirou vendo que a pequena não se alegrava de jeito nenhum. Se levantou e deu uns tapinhas na cabeça da ruiva.

– Vou está trabalhando, se precisa de alguma coisa é só falar. - Anda em direção à saída. - Não se esforce muito, ok?

– Tudo bem.

Antes de sair, deu uma última olhada em Elesis. Ficou com um olhar triste e se foi.

A ruiva continuou a olhar para o curativo, em seguida segurou com a outra mão. Um pequeno sorriso se abre em seu rosto.

– Não dói tanto agora.

***

Corria, mas corria como se tivesse sendo perseguida. Tinha passado a noite no dormitório das garotas, de manhã acordaria cedo para voltar para o colégio, porém não foi muito bem isso. Acabou dormindo além da conta e quando percebeu, estava atrasada para aula. Colocou seu uniforme rapidamente, mesmo ficando todo bagunçado depois de vestir, e saiu correndo até o colégio.

Atravessou o portão principal e foi em direção à sala de aula. Abriu a porta e parou ali mesmo.

– Desculpe o atraso. - Se apoio nos joelhos para tomar fôlego. Respirava ofegante, além do suor que passava por seu rosto. Todo essa cansaço era motivo da queimadura.

Como previa, estava no meio da aula. Era o professor Astaroth que estava no momento. Ele segurava um bastão de luta, quase do seu tamanho, em quanto olhava para Eléo sem expressão.

– Quanto tempo eu não te vejo, Eléo. - Diz o professor. - Foram quantas semanas mesmo? Duas?

– Uma e meia. - Levanta a mão para corrigir.

– Entendo. - Fala sorrindo.

Jin estava assistindo a aula. Olhou preocupado para a morena, já que sabia o que ela tinha. Ao seu lado estava Sieghart.

– Já que faz um tempo que você tem faltado as aulas. - Menciona Astaroth. - Venha aqui.

Sua respiração já tinha voltado ao normal. Levantou a postura e afirmou com a cabeça. Foi até o professor e ficou ao seu lado.

– Como estávamos falando, turma. - Volta para os alunos. - Uma das coisas importante para derrubar o adversário é acerta-lo nos pontos vitais. - Colocou os braços de lado. - Mas e se eu disser que existe pontos vitais dos pontos vitais? Seria ótimo saber quais sãos.

Elesis nem sabia do que Astaroth estava falando. Mantinha-se muito concentrada para poder relaxar, pois ainda estava cansada da corrida que teve. Porém seus pensamentos são interrompidos quando sente algo tocar sua coxa direita. O professor tinha a acertado com a ponta daquele bastão em sua perna. No começo não entendeu muito bem o que ele tinha feito, mas depois sua perna ficou dormente e logo caia no chão.

– Sempre acertem os nervos, pois sem eles o adversário não é nada.

Segurou a perna e sentia nada, apenas a dormência.

– Mas é claro, tudo tem seu efeito colateral. - Disse brincalhão.

Logo uma dor infernal aparece onde tinha sido atingida. Segurou sua perna com força para que aquela dor passasse, mas nada adiantava. Soltou um grito de agonia.

– Outra coisa: Nunca fique de conversinha com seu adversário, termine com ele no mesmo instante. Nunca se sabe quando ele vai revidar. - Olhou para a morena ainda caída no chão. - Eléo, levante. A dor passara se você se mover.

Afirmou com a cabeça. Aos poucos foi se levantando do chão, mas ainda segurando a perna. Se mantel em pé. Sua coxa continuava a doer, mas a dor começava a passar durante um tempo.

– Usem e abusem desse conhecimento. Luta não se baseia apenas em ataques físicos, mas também conhecimento. Quanto mais saberem sobre seu adversário, melhor. - Olhou para Eléo. - Eléo, você é destro ou canhoto?

– Hum, destro.

– Que bom. - Deu uma pequena afastada. - Tente me acerta com um dos seus punhos.

– Ok. - Ficou em posição de luta, mesmo não sabendo como, e fechou seus punhos.

Avançou contra Astaroth, segurando um soco perfeito. Chegou perto e tentou acerta-lo com uma de direita, porém ele desviou. Olhou para o lado, ele estava a sua direita. A morena tentou outro soco, que acabou saindo desajeitado e fraco. O professo recuo e mirou a ponta de seu bastão. Acertou em cheio o nariz de Elesis, o fazendo sair o sangue imediatamente.

– Droga! - Colocou a mão no nariz vendo que ele dava umas leves espirradas de sangue, lembrando até um refrigerante quando balançado e aberto.

Tomou outro golpe do bastão na garganta. Ficou sem ar no mesmo instante, porém voltando a respirar quando toma outro golpe na barriga. Caiu no chão, ficando de quatro. Tossia secamente por causa de ambos ataques. Um enorme peso cai sobre suas costas. Astaroth sentou sobre a moreno como se fosse uma cadeira, além de cruzar as pernas. Elesis teve que se manter forte, sendo que aquilo era humilhante.

– Se você é destro, então seus ataques de maior efeito serão feitos pelo o braço direito. Sabendo disso, ficarei do lado em que você é mais forte, o obrigando a usar o outro braço. - Dizia Astaroth. - Dessa forma, o adversário não fica muito confortável em sua posição, que o faz atacar de um jeito patético. - Olhou para sorrindo para Eléo. - Bem patético.

Olhava furiosa para o rapaz. Virou o rosto, tentando se manter calma.

– Isso é o suficiente por hoje. - Dar umas batidas na cabeça da garota, depois se levantando. - Estão dispensados.

A turma começou a ir embora aos poucos. Elesis finalmente podia relaxar depois de tudo aquilo. Mas antes de ir, Astaroth a chama.

– Não quero que pense errado sobre mim. - Menciona ele. - É com o sofrimento que damos valor as coisas.

– Depois dessa, tudo é valioso então. - Continuava a segurar o nariz, que continuava a escorrer.

– Não estou querendo dizer isso. O que eu quero dizer é: Com as derrotas, aprendemos a vencer. - Coloca a mão na cintura. - Gosto que meus alunos pensem desse jeito.

– Você sabe que frases bonitas não concertaram meu nariz, então por quê continua a dizer?

Astaroth aperta a ponta do nariz da morena de forma brincalhona.

– Não está quebrado, só sangrando. - Viu a expressão de "é mesmo" no rosto de Eléo. - Toma. - Dar um lenço branco para ela. - Coloque isso no nariz, depois de um tempo vai parar de sangrar.

– Valeu. - Fez o que foi falado, colocou no nariz. Deu as costas e andou em direção a saída. - Até a próxima aula, professor.

Acenou sorrindo. Quando todos foram embora, Astaroth se sentou no banco. Parecia cansado, como se tivesse passado a noite acordado.

– Esse garoto é bem difícil de entender.

Do lado de fora, Elesis andava pelos os corredores, ainda com o lenço em seu nariz. Ouve alguém a chamar, se virou para trás e viu Jin.

– Tá um pouco sujo aqui. - Diz o ruivo apontando pro nariz.

– Sério? Nem percebi.

– Como tá o machucado?

– Sangrando.

– Não desse. - Aponta para as costas. - O outro.

Como Lass, também queria que Jin a deixasse resolver isso sozinha. Infelizmente o ruivo já sabia sobre a mancha, então deveria inventar uma boa desculpa para que ele não ficasse em seu pé preocupado.

– Minhas amigas deram um jeito, então já está tudo bem.

– Sério? - Fica surpreso. - Eu pensei que...

– Penso errado. - Começa a andar, sem deixar ele termina a frase. O lutador a seguiu. - Uma é elfa e outra é maga, juntas são imbatíveis. Elas são tipo Shampoo e Condicionador.

– Não que eu esteja duvidando da capacidade delas para isso, mas saiu mesmo? - Continuava a persistir.

– Ahã. - Balançou a cabeça sorridente. - Bem, foi um processo bem cansativo, então eu ainda não to 100%. Acho que isso explica o motivo de eu ter apanhado para o Astaroth.

– Ou talvez você seja ruim mesmo.

A espadachim acerta um soco no braço do ruivo, um soco bem forte. Jin pôs a mão onde foi acertado.

– Eu tava de brincadeira.

– Também.

***

Batia com o pé no chão, como se estivesse tremendo. Tinha se passado algum tempo desde que chegou na sala e se sentou, esperando que aquilo terminasse. Tinha faltado a aula do Astaroth, mas não havia problema algum pois tinha algo a tratar com Grandiel. Pensou que aquilo acabaria rápido, porém estava enganado. Continuava a bater com o pé no chão impaciente.

– Pronto.

Voltou a atenção para o diretor. Sobre sua mesa, estava a katana que Mary tinha trazido para ele. Grandiel estava fazendo alguns reparos, feito de magia.

– Está mais resistente do que antes e pode aguentar até as próprias chamas. - Guarda a lâmina na bainha. - Espero que use com responsabilidade. - Pegou a arma e a esticou até o ninja.

Lass a pegou com sua expressão vazia.

– Tudo bem?

– Não é nada. - Olhou em volta. - É que... Por que eu?

– Você o que? - Se levantou da cadeira e foi até sua estante de livros. Olhou alguns, procurando alguma coisa para ler.

Lass levantou a mão e apontou para si próprio.

– Por quê eu tenho que ter essa coisa dentro de mim? De tantas pessoas, tinha que se logo eu.

O loiro continuou a procurar um livro na estante. Sorriu ao ver um que o interessasse, enfim o pegando.

– Tudo acontece por um motivo. - Responde Grandiel. - Cada coisa que existi tem seu papel na história, e o seu é o principal. - Lass continuou com sua expressão neutra. - Eu sei que é difícil ter "isso" dentro de você, mas um dia você verá que não é tão ruim assim.

– Pode ser. - Se levantou e andou até à saída. - Mas não espere que eu ache que isso seja uma coisa boa.

– Não esperarei. - Começava a ler o livro.

Ouviu a porta se abrir e logo se fechar. Ficou sozinho em sua sala, no silêncio... Não havia nada melhor do que aquele clima.

***

Elesis e Jin andavam pelos os corredores, pois esperavam a próxima aula começar. Em quanto passeavam, viram Lass sair da sala do diretor. O ruivo sem esperar, se aproximou do rapaz.

– Eae, Lass! O que você tava fazendo na sala do Grandiel? - Olha para a porta da sala. Voltou o olhar curioso para o ninja. - Fez alguma coisa de errado?

– Só estava conversando com ele. - Sua atenção foi chamada pela a aproximação da morena. Viu que o nariz dela sangrava, o fez levantar uma sobrancelha confuso. - O que aconteceu?

– Foi da aula do Astaroth. - Responde Elesis. - Não é nada.

Antes que o albino dissesse algo, Jin abre a boca.

– Estamos indo para a próxima aula, quer com a gente? Hoje será luta livre, então eu pensei -- É interrompido.

– Tenho umas coisas para fazer. - Passa pelo Jin e depois pela Elesis. - Foi mal.

O ruivo ficou olhando confuso o ninja ir embora. Elesis continuou com seu olhar para frente, com seriedade visível. Jin a olhou e viu que ela estava diferente desde que chegou.

– Aconteceu alguma coisa entre vocês, que por engraçado que pareça, eu nunca estou no momento para ver.

– Aconteceu nada. - Seguiu seu caminho. - Deve ser o mau humor dele.

– Talvez.

Após algumas conversas para descontrair, chegaram na sala. Teriam uma aula básica de luta, como Jin tinha dito. O ruivo colocou uma camiseta e uma bermuda, assim poderia ter seus movimento com mais liberdade. Já Elesis, preferiu colocar um casaco moletom, desse jeito, poderia esconder melhor a macha.

– Mantenha os punhos leves. - Avisa Jin. Estavam de frente um para o outro. - Fica os forçando muito, vai fazer seus movimentos ficarem lentos e fracos.

– Leve como uma pena? - Pergunta Elesis.

– Leve como uma pena.

Respirou fundo. Fechou as mãos e as ficou na frente de seu rosto. Tentou se manter calma e concentrada para que os golpes saíssem com perfeição.

Começou a socar, tentando acertar o ruivo. Como de se esperar, Jin desviava tranquilamente, sem nenhuma dificuldade. Seu punho foi segurado, logo o lutador a puxou, derrubou no chão e colocou seu joelho sobre ela.

– Também tem que ser rápido para não ser pego. - Avisava em quanto segurava o braço da espadachim. Depois a soltou e saiu de cima dela. - Pensei que fosse bom na base do mano a mano.

– Eu sou. - Se sentou no chão e suspirou. - Mas lutar contra um lutador é meio sacanagem, não acha?

– Pode até ser, mas você tem que aprender a lutar. - Esticou a mão para a morena. - Sei lá, cada um tem seu jeito de fazer as coisas. Você deve ter um, certo?

Aceitou a ajuda e se levantou do chão.

– Eu tenho meu próprio jeito de lutar, posso tentar?

Deu de ombros.

– Se isso faz você lut -- Um soco acerta a cara do lutador.

Deu alguns passos para trás tonto. Viu Elesis vi em sua direção, de punhos fechados igual a sua expressão. Foi tentar se defender, mas a espadachim deu uma rasteira nele.

Era tudo muito rápido para Jin.

– Ainda acho que eu não sei lutar? - Elesis continuava a ir para cima.

Já tinha se levantado do chão. Se Mantel calmo e começou a defender os golpes, porém com dificuldade. Elesis era agressiva e imprevisível, parecendo até um animal faminto. Posicionou um dos pés com firmeza no chão e o outro mirou no rosto do lutador. Jin foi rápido e se abaixou, quando a perna da morena passava por cima, se levantou rapidamente e a pegou pelo o calcanhar.

– Gosto do seu jeito imprevisível, mas tem que tomar cuidado com isso. - Fazia Elesis ficar igual a um Saci, apenas usando uma das pernas para se manter em pé.

Sem dizer nada, preparou outro ataque. Usou a perna que o ruivo segurava como apoio e saltou com a outra que estava livre, mirou o pé no rosto do lutador com precisão.

– Toma essa!

O pé passou nem perto do rosto de Jin, o fazendo ficar parado e nem precisa se esquivar. Caiu direto no chão depois de erra o golpe, além de cair com o rosto e tudo. Jin continuava a segurar seu pé depois daquilo.

– O que você tá tentando fazer? - Pergunta o ruivo.

– Eu vi isso em um filme. - Dizia com o rosto ainda colado no chão. - Parece que não deu muito certo.

– É, parece. - Solta o pé da garota.

Respirava ofegante depois daquele pequeno combate. Sentia as costas ficarem quentes, tudo graças as manchas que tinha. Tinha que aguentar, tinha que mostrar que era forte. Mordeu os lábios inferiores e começou a se levantar.

– Olha só quem voltou. - Pela voz, reconheceu quem era. Iria se virar para olha-lo, mas sentiu uma mão bater em suas costas, fazendo sentir uma dor insuportável.

– Sieg, o que faz aqui? - Perguntou Jin.

Elesis fechou seu rosto de dor e não disse uma única palavra. Respirou calmamente para não se estressa com aquilo.

– Vim treina um pouco com vocês. - Falava animado. Usava as mesmas roupas que Jin para lutar.

– Pensei que você não precisasse disso.

– Ás vezes precisamos aprender. - Olha para a morena. - Tudo bem, cara?

Ajeitou a postura e sorriu.

– To meio enferrujado. - Inventa um desculpa. - Jin me fez lamber o chão.

– O que?! - Aponta para o ruivo. - Você perdeu para isso?

– Ei! - Grita Jin irritado.

Elesis riu da cara do ruivo.

– Você falando desse jeito, parece que é bom na luta. - Diz Jin cruzando os braços.

– E ele é? - Pergunta Elesis.

Negou com a cabeça.

– Não importa! - Sieghart fala mais alto. - O importante é que eu saiba o suficiente.

– Eu não entendo por quê vocês lutam. - Jin falava de Elesis e Sieghart. - Usam espadas como arma, não há necessidade de vocês saberem lutar.

– Errado, meu caro. - Menciona o moreno. - Se você for bom nos socos, será bom em manusear a espada com mais facilidade, se for bom nos chutes, será ágil e rápido para desviar dos ataques. Não importa qual classe você seja, é importante saber lutar na base das mãos.

Ficam impressionados ambos.

– Nunca tinha pensado nisso. - Diz Elesis. - É verdade.

– Também não, só inventei essas palavras agora. - Solta uma risada besta.

Jin da um tapa na própria testa, decepcionado pelo o moreno.

– Ah, durante o tempo que você estava fora, perdeu um monte de coisa. - Dizia o moreno alegre.

– Tipo o que? - Pergunta Elesis. Já sabia o que tinha acontecido, então só fazia aquilo para encenar mesmo.

– A Elesis apareceu. - Esperou ver uma cara de surpresa vindo dela, mas nada aconteceu. - Por que não está surpreso?

– Não quero ser chato mas eu não me importo com a Elesis. - Falava séria. - Ela pode ser minha amiga, só que eu não gosto muito dela.

– Sério? Pensei que fossem bem chegados.

– É que o Eléo não gosta do jeito da Elesis. - Jin entra no meio da conversa. - Ele sempre fica dizendo que ela é chata com aquele jeito orgulhosa dela, e que sempre vive batendo nele e sem falar do jeito bruto que ela tem com os outros.

A morena olhou furiosa para o ruivo, que a ignorava com um sorriso. Aquilo podia ajudar um pouco ela, mas ao mesmo tempo a deixava irritada. Sabia que era verdade,

– É... - Concorda Elesis com os dentes rangendo. - Ela é bem chata.

– Eu não acho isso. - Diz Sieghart com uma simples expressão. - Elesis é legal, muito legal.

– Do que você tá falando? - Estranho o comportamento repentino do rapaz.

– Não a conheço muito bem, mas pelo o que eu vejo, ela é muito legal. Toda vez que está comigo, ela é divertida e carismática. E quando eu lutei com ela, percebi que ela era bem forte para uma garota, se bem que eu nunca lutei com um garota... - Se enrolava nas palavras. Riu e passou a mão no cabelo. - É uma boa espadachim.

Ouviu as palavras que o moreno disse, sentindo-se bem feliz por dentro. Não sabia que era tudo isso, e muito mais. Suas amigas sempre diziam que ela era isso e aquilo, mas acabava ignorando por sempre pensar que era bobeira isso. No entanto, daquela vez era diferente.

Sem perceber, abriu um pequeno sorriso em seu rosto.

– Valeu. - Diz Elesis.

Sieghart olhou confuso.

– Pelo o que?

Percebeu que aqueles elogios eram para a Elesis, e não para o Eléo. Tentou dizer algo mas as palavras ficavam presas na garganta.

– Isso era o que a Elesis diria. - Fala Jin, outra vez, entrando na conversa. - Eléo passou tanto tempo com ela que ele iria saber o que dizer por ela, não é?

– Infelizmente. - Diz a espadachim fingindo está triste.

– Entendo. - Volta a ficar animado para contar o que tinha acontecido. - Ah, mas teve outra coisa de surpreendente que aconteceu em quanto você não estava.

– E o que seria? - Já até previa o que poderia ser.

Sieghart se aproximou dela, a segurou pelo o ombro e disse bem baixo.

– Elesis e Lass estão namorando.

Novamente, não demonstrou nenhuma reação.

– Você é um cara sem emoções, não é? - Pergunta o moreno se afastando.

– Acho que isso era previsível. - Se senta no chão para dar uma descansada. - A Elesis parece gostar do Lass, então... - Dar de ombros.

Deu de ter dito isso, a espadachim começa a fica vermelha. Tinha falado algo sem sentido, para ela. Viu Jin, atrás do Sieghart, sorrindo maliciosamente.

– É parece. - Diz pensativo. - Mas não é só a Elesis que parece isso.

– Hã? Como assim? - Olha confusa.

– Bem, Lass parece um cara mais alegre quando a Elesis está por perto. Um gosta do outro.

Continuou a olhar confusa. Não entendia o que ele queria dizer com "um cara mais alegre". Abriu a boca para pergunta, mas algo a impedi.

– Sieghart! - Um rapaz gritava pelo o nome do moreno. Pelo o tom de voz, percebeu a irritação que ele carregava.

Ao ouvir o nome sendo chamado, ficou em alerta. Olhou para o lado e viu na entrada o garoto vindo em sua direção furiosa.

– Eu to ocupado no momento. - Já começava a caminhar para longe, logo correndo. - Até logo!

O garoto passou correndo por eles, em direção ao moreno. Elesis o viu apenas de costas, tendo seus cabelos roxos e presos por um laço. Algo a chamou mais atenção, eram o chifres que ele possuía.

Se levantou do chão.

– Nem vou pergunta. - Avisa logo para o ruivo.

– Eu agradeço.

– Aliás, - Esticava os braços, fazendo um básico alongamento. - Depois conta para o Sieg sobre o negócio do Lass, que é tudo mentira e que foi um favor. Não gosto que ele fique falando desse jeito sobre nós.

– Pode deixar. - Abriu um longo sorriso. Elesis o olhou irritada. - O que foi? Não é minha culpa se você se irritar por uma coisa que você que diz.

Continuou o treinamento, com os olhos da morena o fuzilando por trás.

Como qualquer dia comum de aula, Elesis teve bastantes aulas que a fizeram ficar esgotada, além do limite. Foi um dia sofrido para ela, por ter que fica fingindo que estava bem o tempo todo. Chegou no seu quarto exausta, logo caiu em cima da cama. Tinha esquecido como era ter um dia de aula nesse colégio.

– Parece cansado. - Menciona Sieghart. Já tinha chegado, agora estava em cima de sua cama lendo uma revista. - Tá tudo bem?

– Mais ou menos.

– Tá bom. - Voltou a ler. - Mas vai logo tomar banho porque você tá fedendo.

Cheirou a camisa de seu uniforme e rapidamente tirou de perto do nariz. Era verdade, estava fedendo a suor. Se levantou da cama e foi pegar uma toalha. Antes de entrar no banheiro, Sieghart a chama.

– Ei, amanhã a gente pode treinar juntos. - Dizia animado. - Já que você vive dizendo que sabe usar uma espada, bem, treine comigo e verá quem é que saber usar uma espada de verdade. - Abriu um sorriso desafiador.

Revirou os olhos de uma forma brincalhona, em seguida apontando para o moreno.

– Tudo bem, eu treino com você. - Abriu um sorriso iguala ao de Sieghart. - Mas se prepare para morrer de inveja das minhas habilidades.

– Digo o mesmo.

Se virou para frente e entrou dentro do banheiro. Trancou a porta e fitou o chão ainda com um sorriso em seu rosto. Só Sieghart mesmo para a fazer se sentir bem humorada daquele jeito. O rapaz sempre foi uma boa companhia, mesmo quando não é.

Uma dor enorme se desperta nas costas da morena, a fazendo cair no chão. Colocou uma das mãos no local onde doía e soltou um gemido ao sentir a dor aumentando cada vez mais.

– Mas que droga é essa?! – Pensou irritada.

Parecia uma energia negra a cercando, a deixando sem ar para respirar. Não tinha vontade de apagar de jeito nenhum, pois a dor era tanto que a deixava acordada. Aos poucos, a dor foi passando, não totalmente, mas até ficar possível de aguentar.

Se levantou do chão, apoiando-se na pia. Tirou a camisa rapidamente, até ficar apenas com aquelas faixas em volta de seu peito a cobrindo. Se virou de costas para o espelho e arregalou os olhos quando viu.

– Eu tenho que dar um jeito nisso logo. - Sussurrou para si mesma.

A mancha tinha aumentado consideravelmente. Agora batia em sua nuca e no seu braço, antes do cotovelo apenas. Era impossível de não ver aquilo nela. fez um estalo com a boca de tão nervosa estava em relação aquilo. Parece que ter treinado o dia todo a tenha deixado em um estado pior, muito pior, que antes. Teria que fazer algo sobre aquilo de uma vez, se não...

Saiu do banheiro com uma roupa simples e com os cabelos baixo, por ter molhado. Viu que Jin ainda não tinha chegado de seus treinos noturnos. O ruivo meditava de noite, algumas vezes, pois era o único momento do dia que tinha sossego e silêncio que precisava.

– Eu vou para a biblioteca. - Avisa. Já estava saindo do quarto mesmo.

– Vai fazer o que lá?

– Tenho umas coisas para estudar. - Solta uma risada forçada sem querer.

O moreno a olhou com um desconfio. Elesis ficou parada na porta esperando que ele dissesse algo.

– Você tá estranho. - Abaixou a revista que lia para olhar bem a cara que a espadachim fazia. - Você não vai ir ver Hentai, né?

– O-O que?! - Se assustou com a pergunta. - É claro que não.

– É porque você tá com uma cara que vai ver...

– Mas eu não vou! - Não deixa o moreno falar novamente, pois sai do quarto antes mesmo de ele abrir a boca.

Saiu batendo os pés até que chegasse no local. Como previa, a biblioteca estava vazia e um silêncio profundo. Era perfeito para procura o que queria.

Foi pegando logo os livros básicos de cura, medicina e outros do tipo. O mais importante era achar sobre as tais chamas roxas, as causadoras daquele problema. No final acabo pegando uns cinco livros básicos, os colocou sobre a mesa e foi atrás do último livro que precisava, os das chamas.

– Onde está você, desgraça?! - Gritava, não tão alto, à procura do livro. - Você podia cair do céu, sabia? Seria tão fácil pra nós dois.

Pensou uma coisa que não tinha vindo em sua mente antes, que era olhar para as prateleiras de cima. Talvez o livro estivesse em uma parte mais escondida da biblioteca, pois não seria um livro comum. Foi nas últimas instantes do lugar, onde havia mais poeira do que informação.

Foi olhando título por título, capa por capa, tudo para acha-lo. Como uma luz radiente de um sol num dia nublado, Elesis viu o livro na estante de cima, a prateleira mais alta. Bem, tinham escondido muito bem.

– Finalmente. - Solta um suspiro abafado.

Esticou a mão até o livro, porém parando no meio do caminho. Ficou na ponta do pé para ver se conseguia alcança-lo, mas nem adiantou muito. Era muito alto para Elesis, além de seu tamanho não ajudar muito.

– Mas que merda! - Gritou furiosa.

Pulava o mais alto para tentar chegar perto, mas nada adiantava. Pior que Elesis apenas se cansava com isso, a fazendo sentir as fortes dores nas costas. Se baixou no chão deprimida, olhou para o chão furiosa.

– Por que a estante tinha que ser tão alta... E eu tão baixa! – Pensava.

Milhares e milhares de planos passou em sua cabeça para pegar o livro, mas tudo teriam uma falha no meio. Seus pensamentos são interrompidos por uma coisa que acaba pousando sobre sua cabeça, que estava abaixada fitando o chão. Calmamente pôs a mão no objeto sobre sua cabeça, logo o segurando para não cair. Sentiu ao tocar que era um livro.

Olhou para o lado e viu Lass, apenas suas costas, indo embora. Ele não tinha dito nada, e nenhum barulho o deduziu que estava ali. Elesis continuou a olhar sem expressão para o albino indo embora, até que ele sumisse de sua vista. Tirou o livro de sua cabeça e olhou para ver o que era, e quando o viu, sorriu aliviada. Era o que procurava.

Estava sentada na cadeira, de bruços sobre a mesa. Tinha lido, a metade, de todos os livros e mesmo assim não tinha achado nada. Já tinha se passado algumas horas desde que começou a ler um.

– Por que as coisas não são tão simples assim? - Ajeitou a postura e se despreguiçou. - Tipo, num passe de mágica!

Sem nada pra fazer, pegou um lápis e colocou cobre o lábios, o prendendo no nariz. Fazia um bigode com o lápis e ficou brincando com aquilo. Não sentiu, mas alguém se aproximava. Ronan chega e ver a morena daquele jeito, concentrada em manter o lápis no nariz. Elesis viu o rapaz e rapidamente se atrapalha, fazendo o lápis voar de suas mãos quando tentou o pegar. Logo cruzou os braços e olhou sério para o azulado, como se nada tivesse acontecido.

– De boa?

– Eu estou, mas você... - Olha para o estado que ela se encontrava. Elesis tinha bagunçado a mesa toda, além de estar com os cabelos para o alto de tanto passar a mão. - Parece ótimo.

– Valeu, cara. - Sorriu, ficando tranquila em seguida. - O que faz aqui?

– Tenho alguns trabalhos para fazer. - Segurava uns três livros na mão. - E você?

– Eu? Ehh... - Olha para bagunça que tinha feito. - Estava curioso, então eu vim resolver isso logo de uma vez.

Ronan pegou um dos livros e deu uma rápida lida. Abriu um pequeno sorriso em seu rosto.

– Por que quer tanto saber sobre as chamas roxas? - Colocou o livro no lugar.

– Sieg possuía esse tipo de chamas. - Diz séria.

– É, eu sei.

Elesis o olha surpresa.

– Como?

– Já o vi lutar antes. - Fica com uma cara de preocupação. - Ele é meio problemático quando há mais de um inimigo.

Lembrou que Ronan também era um Classe SS como Sieghart. Provavelmente os dois já lutaram juntos, os um contra o outro.

– Acho que posso imaginar isso. - Lembra da luta que teve com ele, e ela não foi muito bem no final das contas. - De qualquer jeito, eu só quero saber o que eu vou estar enfrentando quando chegar a hora.

– Boa sorte quando esse dia chegar. - Começa a andar. - Boa noite.

– Pra você também. - Volta a se deitar sobre a mesa e esperar a motivação chegar.

E o tempo passou mais uma vez. Elesis conseguiu ficar um tempo atenta e estudar, no entanto, o sono começou a aparecer junto com o cansaço. Tinha que descansar, não era opcional, era obrigatório. Suas costas ficavam quentes a cada momento que a morena resistia ao sono.

Deu uns tapas na bochecha.

– Fique acordada. - Disse para si mesma.

Sua visão começou a ficar embaçada. Passou a mãos em seus olhos, mas nada adiantou. Sem percebe, caiu rapidamente no sono.

***

Balançava as pernas livres, com os pés quase batendo no chão. Olhava pela a janela o lindo dia que fazia do lado de fora, ensolarado e o belo céu azul. Em quanto isso, estava sendo enfaixada por ter treinado de forma "agressiva", novamente. Uma enfermeira do colégio fazia os curativos de Elesis.

– Tente não se esforça de mais, Elesis. - Avisou a moça terminando seu trabalho. - Olha como você está. Isso não é bonito para uma garota.

A ruiva tinha os braços, a coxa direita, o pescoço e a testa enfaixada. Parecia uma múmia daquele jeito. Mas ela não ligou para esse comentário, apenas riu.

– Não importa que seja bonito ou não. - Com um pulo, saiu de cima da cama. - Eu só quero ficar forte, mais que todas!

– Você é muito gananciosa. - Sorriu gentilmente.

Aparentemente, Elesis estava mais jovem. Isso tinha acontecido alguns anos atrás, então nem ela lembrava desse dia direito.

A porta da enfermaria se abriu. Rey entrava com uma expressão nada satisfeita.

– O que foi, Rey? - Pergunta a enfermeira preocupada. - Tá tudo bem?

– Aquele idiota! - Grita ela.

A espadachim apenas olhava, não dizia nada. Voltou a se sentar na cama em silêncio.

– O que aconteceu? - Se aproxima da asmodiana.

Rey mostrou seu braço e viu que tinha alguns arranhões, nada sérios mas dava para ver a listra vermelha de sangue. A mulher segurou o braço dela e viu os ferimentos.

– Ele fez isso de novo. - Falava chateada. Seus lábios tremiam de tristeza. - Como eu posso perder pra ele desse jeito?

– Por que não deixou isso pra lá? - Começou a tratar do machucado dela. - É bobagem competir isso com ele.

– Eu sei, mas era diferente. Antigamente, eu sempre ganhava dele, sempre era a mais forte. - Desviou o olhar. - Só que agora ele é o mais forte. Como isso é possível?

– Com o tempo, as coisas mudam. - Disse sorridente. - Ele deve ter aprendido os erros que cometia quando enfrentava você e agora não os comete mais. Mas não fique apenas batendo nessa tecla, existem outras, sabia?

Ela ficou calada. Parecia que tinha razão mas preferiu ficar quieta.

– Só que...

Elesis estava nem aprestando atenção na conversa, quando ouviu um som de choro, se virou para a asmodiana. Rey chorava em quanto mordia os lábios para que aquilo parasse. A ruiva começou a ficar preocupada com ela.

– É chato perder. - Continuou entre soluços. - Principalmente pra ele.

– Tá tudo bem, Rey! - Fala Elesis. Se levanta da cama e vai para perto da rosada. - O importante não é ganhar, ou perde, e sim se divertir em ter batalhado contra ele! Sabe, ele te superou por ter perdido muitas vezes para vocês, então chegou sua hora de aprender do mesmo jeito. Não é legal? - Na verdade, Elesis falava aquilo por falar, pois para ela também não era legal perder, em hipótese nenhuma.

Olhou para a ruiva sem expressão. Limpou as lágrimas que restava em sua face.

– Quem é você?

Elesis só falto se jogar no chão depois daquela. Conhecia Rey desde que tinha chegado no colégio das garotas, mas parece que a asmodiana não lembrava dela.

– Eu sou a Elesis. - Aponta para si própria.

– Ah, a encrenqueira. - Falou com um tom de nojo. A ruiva nem ligou muito, já estava acostumada com aquilo mesmo. - Bem, você fala de um jeito como se me entendesse. - Olha séria pra ela. - Pelo contrário, não sabe como é isso.

– Eu sei muito bem o que é perde. - Diz triste, mas escondendo com um sorriso. - E o que é ganhar.

– Parabéns, você já esteve dos dois lados, não é problema meu mesmo. - Olhou para a frente, ignorando Elesis.

– Um dia você vai ver que nada é apenas um caminho o outro, você vai ver que existi vários caminhos para se conquistar. - Abriu um sorriso largo. Viu que a asmodiana continuava a ignorar. - Mas pelo menos você poderia dizer o nome do garoto que ganhou de você?

Ela cruzou os braços e as pernas ao mesmo tempo.

– Ele se chama Dio. - Voltou a olhar pra ela. - Ele é um asmodiano igual a mim.

***

Seus olhos foram se abrindo aos poucos, logo se fechando pela claridade. Pôs a mão na frente da luz, em seguida levantando a cabeça da mesa. Uma baba escorria pelo o canto de sua boca, mas foi limpa quando Elesis percebeu.

– Onde... Onde que eu estou? - Olhou em volta.

Aos poucos foi identificando o lugar. Estava na biblioteca ainda, parecia que tinha passado a noite lá, e dormido pra variar. Estava com o corpo dolorido por ter dormido de mau jeito. Se despreguiçou.

– Ei. - Alguém a chama.

Tinha alguém na frente da mesa. Ele tinha os cabelos roxos, um vinho na verdade, arrepiados. Seus olhos eram da mesma cor, porém sérios. Mas algo a chamou a atenção, era os chifres que ele tinha cabeça. Era o mesmo rapaz que tinha perseguido Sieghart no outro. Mas dessa vez, estava de frente para a morena.

– Posso pegar esse livro? - Ele aponta para um que estava sobre a mesa. Era um livro qualquer que não faria falta.

– Hã? - Continuava sonolenta mesmo após ter acordado.

– O livro, eu posso pegar?

– Claro. - Coçou o olho com as costas da mão.

– Valeu.

Ele pegou o que precisava, abriu e deu uma olhada. Elesis o olhou bem, como se o conhecesse.

– Ele é um asmodiano igual a mim. - Veio em sua mente a voz da Rey. Tinha tido novamente aqueles sonhos estranhos.

A morena finalmente descobre quem ele é. Sempre ouviu a "amiga" falar sobre ele, que sempre era de uma forma negativa. Automaticamente, Elesis se levantou da cadeira, chamando a atenção do rapaz.

– Você é o Dio, não é? - Pergunta de repente.

– Sou, por que?

– Por nada. - Voltou a se sentar na cadeira. Teve medo de abrir a boca e falar algumas coisas para esse cara, porém não conseguiu.

Dio deu as costas e andou até a saída. Mas antes de ele sair, algo o atingi com muita força por trás de sua cabeça. Ele olhou furioso para trás e viu Elesis parada segurando um livro na mão. Olhava séria para ele.

– Você que tacou isso? - Um livro tinha atingido por trás;

– Sim, fui eu e -- Aponta um livro pra ele, mas para de falar quando ver a mancha passar pela manga de seu casaco. Tinha piorado muito desde que dormiu.

– Por que você fez isso? - Sua voz saiu irritada, até de mais.

Demorou pra responder por ainda está em choque com a mancha.

– Você fez a Rey sofrer muito durante esse anos! - Voltou a falar. - Devia pagar por isso!

– O que eu to falando?! - Pensava a morena. - Fique calada, Elesis.

– Ela sempre chegava com machucados no colégio, sempre reclamava do quanto você era irritante! Nunca parou pra pensar o quanto você a fazia sofrer?!

Ele ficava parado a olhando. Sua irritação era tão visível quanto seus chifres. Elesis sentiu a aura que ele imitia, era forte e muito poderosa.

– Rey, hum... - Foram as únicas coisas que ele disse.

Em um piscar de olhos, o asmodiano aparece na frente da espadachim. Elesis colocou o livro na frente, depois ele se rasgou no meio pela garra que ele possuía. Não tinha visto antes, mas seu braço esquerdo era totalmente diferente do direito, algo nada humano.

A morena deu umas cambaleadas para trás depois desse ataque.

– Que dar uma de cavalheiro, certo? - Disse Dio olhando para sua garra. - Pois bem...

Outra vez, avançou contra a morena. Elesis desviava com muito esforço. Sem pensar duas vezes, saiu correndo pra longe, para fora da biblioteca. Não tinha condições de lutar, muito menos de ficar em pé. Tinha que fugir se quisesse viver.

Quando estava na saída, viu uma estante voar em sua direção. Deu um salto e se jogou pra fora, por sorte, não foi atingida. Mas os alunos que passavam pelo o corredor começaram a olhar Elesis caída no chão, e logo Dio vindo atrás.

– Qual é?! - Grita Elesis se levantando. - Tá nos seus dias pra tá tão nervoso assim?!

Sai correndo novamente, com algumas caídas de vez em quando. Se virou para trás e vi o asmodiano segurar uma enorme foice, e vindo em sua direção.Sua expressão era assustadora, principalmente por ele está com uma foice nas mãos!

Sua idiota. - Pensava. - Devia ter ficado calada!

Tinha que correr e escapar da surrar que tomaria de Dio. Precisava tirar aquela mancha escura das costas, mas antes de tudo, se esconder do rapaz. É claro, tudo fica mais fácil quando sua energia já está acabando, isso é, Elesis sentia o corpo desabar, querer descansar...

De qualquer jeito, estava ferrada.


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Notas finais do capítulo

Review?
*Elesis, chegou sua hora de sofrer hehehe Viu, quem falava que só o Lass sofreria, bem, agora é a vez da Elesis! Não fiquem felizes, pois ela vai apanhar mais que o Kuririn, Brinks!