Fale O Que Quiser Mas Sou Uma Garota escrita por Risadinha


Capítulo 34
O lado de Azin.


Notas iniciais do capítulo

E finalmente chegamos na parte onde tudo, eu acho, é explicado! Espero que cada um tenha um lado, igual aos dois no final desse capitulo kkkkkkkkkk
Boa Leitura.



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La estava Elesis andando pelos os corredores, procurando pelo o quarto de Azin. A morena estava perdida, nunca tinha falado com o rapaz direito imagina saber onde ele dorme.

– Onde diabos fica o dormitório do Azin? - Fala para si própria.

Parou um de andar para pensar um pouco, e descansar. Mas logo alguém a chama, tirando de seus pensamentos.

– Eai Eléo. - Se virou e viu que era Sieg se aproximando, e comendo um saco de batatinhas. – Tá fazendo o que ai parado?

– Pensando. Sieg por acaso você sabe onde fica o quarto do Azin?

– Quarto do Azin? - Pensou um pouco. - Fica um andar acima do nosso. Por que a pergunta?

– Você deve ter visto a briga que o Jin teve com ele, certo?

– Ah sim. - Fala com a boca cheia do lanche. - Mas eu não achei nada demais.

– Nada demais?! - Se surpreende.

– É, eles são assim sempre. Então é normal ver eles brigando.

– É claro. - Começa a andar. - Tudo é normal para você. Até mais.

– Até. - Sacudia a mão cheia de farelos de batata.

***

Não tinha nenhum pensamento no momento, nenhuma expressão ou se quer um sentimento... Não sentia nada. A água que escorria em seus cabelos e caiam em sua face eram como as lágrimas que não saiam.

Azin tomava seu banho para poder esvaziar a mente, era como se a água fosse a sua única amiga naquele tormento todo. Seu olhar não tinha mas aque vermelho penetrante, agora era apenas um vermelho opaco.

– Onde foi que eu errei? - Pensava.

Não encontrava a respota de jeito nenhum, talvez nunca encontrasse. Mas logo sua atenção foi chamada por uma batida na porta de seu quarto. Desligou o choveiro e pego uma toalha, e a enrolou em sua cintura. Saiu do banheiro e foi até a porta do quarto e a abriu.

– Oi Azin. - Era Elesis falando com um sorriso no rosto.

– Hum... - Olhou para a morena. - Quem é você?

– Como assim quem sou eu?! - Disse irritada mas logo arrumou a postura. - Eu sou Eléo. Talvez você não lembre de mim mas já lutamos uma vez, na aula do professor Astaroth.

A raposa sacudiu a cabeça negando, não se lembrava dela.

– Você quebrou a minha espada, não se lembra disso? - Negou novamente. - Esquece de qualquer jeito. Mas só para você saber eu sou amigo do Jin.

Azin começou a se interessar pelo o assunto.

– E o que você veio fazer aqui?

– Sei que isso não tem nada haver comigo mas não gosto de ver o Jin triste. - Desviava o olhar. - E você está envolvido nisso. Então queria poder conversa com você sobre isso, se não for um incomodo.

O Guerreiro ficou quieto por um tempo. Soltou um suspiro.

– Tudo bem. - Entrou no quarto, deixando a morena parada na porta. - Entre.

Entrou um pouco desconfiada, não confiava nele. Entrou no local e fechou a porta, após isso percebeu que Azin usava apenas uma toalha como roupa. Ficou um pouco incomodada com aquilo, mas nada que um desvio de olhar resolvesse.

– Me deixe colocar uma roupa, já volto. - Entrou no banheiro.

Esperou alguns minutos e logo o roxeado voltou usando uma roupa simples.

– Então, sobre o que você quer falar comigo? - Se sentou na cama.

Elesis puxou uma cadeira e se sentou.

– Eu quero te ajudar a se acertar com o Jin. - Disse determinada.

– Por que?

– Porque eu não gosto de ver amigos brigando. Eu sei que vocês tiveram um passado juntos e nesse passado aconteceu algo para que vocês ficassem assim: Inimigos.

– A verdade é que Jin e eu somos inimigos antes mesmo de nos conhecemos.

– Hum? Inimigos antes de se conhecerem? - Fala confusa. - Como assim?

– Eramos de lugares diferentes, Guilda diferentes... De lados diferentes. Então não eramos o oposto um do outro.

– Fale mais. - Se interessou.

– Jin era de uma Guilda chamada Cavaleiros de Prata e eu uma chamada de Guerreiros da Meia Lua. A minha Guilda tinha, e tem, uma grande rivalidade com a dele... Então já deu para perceber um oposto de nós. - Deu uma pausa. - Mas o meu grupo era os piores de Ernas, eram assassinos de sangue frio. E eu odiava ficar com eles, eu era apenas um objeto para aqueles idiotas. - Ficou sério.

– Um objeto? - Elesis fazia ideia como era essa Guilda que Azin falava. - O que eles faziam com você?

– Eu não sei explicar como eu faço isso. - Olhou para as mãos. - Mas eu matava as pessoas... Sem mais nem menos.

A morena ficou assustada com o que ouviu. Como alguém matava assim, sem mais nem menos? Azin era realmente estranho.

– E também. - Continuou a falar. - Eu tinha uma grande habilidade com luta, eu era até mais forte do que alguns caras.

– E quem te ensinou a lutar?

– Não lembrou. - A espadachim olhou estranho. - Não tenho memórias de algumas partes do passado, principalmente antes de conhecer o Jin que foi quando eu fugir. Como eu sempre tinha que lutar na maioria das vezes eu acabava me machucando gravemente que fazia minhas memórias sumirem, e eles se aproveitavam disso. Mas um dia eu conseguir fugir deles, não lembro como, porém me machuquei demais com a fuga. E por sorte do destino me encontrei com o Jin, e foi quando tudo melhorou.

– Jin te salvou, um final feliz.

– Não exatamente. - Negou com os dedo. - Eu tinha fugido do meu "lar" então ele viriam atrás de mim para me buscar, mas por azar do Jin eles sofreriam as consequências por está comigo. - Seu olhar ficou triste. - E eu também.

– Mas por que eles queriam tanto você?

– Como eu já disse: Eu não lembro. Eles sempre queriam algo comigo mas as minhas memórias sempre ficavam confusas quando eu tentava lembrar. Então a única coisa que eu fazia era me defender deles.

– Se defender? Como assim? - Inclinou a cabeça confusa.

– Foi quando eu era pequeno...

***

Era um dia comum como todos os outros e estava um tédio só. Então eu fui treinar um pouco longe de casa. Como eu estava com pressa acabei não falando para o meu mestre e nem para o Jin.

Eu usava as árvores para bater. Passei um tempo treinando até que eu ouvi um barulho de passos. Me surpreendi, um cara saiu de dentro daquele verde e veio em direção a mim.

– Venha aqui, pirralho! - Gritou ele.

Ele usava uma faca como arma. Avançou contra mim e tentou me acertar, porém deu um pulo para trás, em seguida acertei um chute em sua mão que fez a faca sair voando até fica presa na madeira da árvore.

– O que você quer? - Perguntei assustado.

– Leva-lo para casa. - Avançou contra mim rapidamente.

Não consegui desviar, ele me acertou com um chute no meio do meu peito. Bati com as costas na árvore atrás de mim. Ele correu novamente contra mim, mas eu consegui desviar dessa vez. Corri até onde a faca estava, por sorte consegui pegar mas por azar aquele homem me segurou pelo o pescoço e me levantou.

– Agora você vai ver o que acontece quando você foge da sua família. - Ele me olhou sério.

Suas mãos apertavam cada vez mais e fazia eu perder a minha consciência rapidamente. Vi que não teria outra saída, então levantei a faca e a enfiei em seu peito. Ele se abaixou lentamente, logo eu estava no chão respirando ofegante.

– Você não faz ideia... - Ele se encostou na árvore. - Do perigo está pondo os seus amigos.

– Eu que digo: Você não faz ideia do perigo que está correndo em se meter comigo? - Apontei para ele.

– Você verá, todos morreram... Um por um. - Sorriu ele.

Aquele sorriso me deixou irritado. Fui até ele e tirei a faca de seu peito... E eu fiz que ele morresse de uma vez.

Depois de um tempo Jin chegou e se assustou com aquela cena, eu expliquei para ele mas parece que não não ligou.

***

– Eles queriam de qualquer jeito pegar você, mesmo que o matassem. - A morena encaixava peça por peça.

– Exato. – Voltou a ficar sem expressão.

– Mas eu ainda não entendi da onde sai toda a raiva dele por você. Aconteceu algo entre vocês?

– Sim... - Disse normalmente. - Eu matei o nosso mestre.

A espadachim arregalou os olhos. Sentiu um medo da raposa por um estante, sua mão tremia. Não sabia o motivo daquilo tudo.

– Como assim você matou o seu mestre?

– É meio difícil explicar.

– Não importa, conte pra mim. - Estava curiosa demais.

– Tudo bem então.

***

Era de noite e eu estava dormindo nesse momento. Nesse dia eu não conseguia dormir. Então eu levantei da cama e fui até a cozinha pegar um copo d'água.

Em quanto isso eu ouviu um barulho de passos do lado de fora. Fui até lá mas não tinha ninguém, estava tudo normal. No entanto, estava com a guarda baixa então fui acertado pelas as costas. Alguém me chutou fortemente que me fez sair rolando pelo o chão.

– Então você estava aqui. - Era uma voz familiar.

Olhei para trás e vi que era o líder da Guilda. Em seguida começou a aparecer outros integrantes, alguns seguravam tochas e outros não. Olhei assustado para ele.

– O que você faz aqui?

– Vim busca-lo. Vamos ir para casa.

– Mas eu não quero ir, eu gosto daqui.

– Isso não foi uma opção e sim uma ordem. - Ele veio até mim e me pegou pelo braço. - Agora vamos.

Minha raiva só aumento a cada momento. Puxei meu braço de volta e o olhei sério.

– Não.

Ele me olhou furioso.

– Então todos aqui sofrerão e principalmente seu mestre. - Ele levantou a mão e estalou os dedos.

Não entendi o que ele tinha feito. Mas logo fui ver que aqueles homens tacavam fogo nas casas com as tochas. Tentava impedir só que levava uma só em se aproximar. O líder deu as costas e falou algo para um de seus ajudantes.

– Quando acabar com tudo isso, pegue o garoto. - Ao falar isso ele se foi.

Porém por minha sorte os Cavaleiros de Prata apareceram um por um impedindo os Guerreiros da Meia Lua. Estava em um completo inferno, havia morte em todo canto. Mas logo fui tirado de meus pensamentos por um grupo de Guerreiros que vieram em minha direção. Tive que lutar... E mata-los. Deram um certo trabalho pra mim mas consegui dar o meu jeito. Quando terminei com um grupo ouvi alguém gritar.

– Azin!

Pensei em virar para ver quem era mas lembrei que o líder havia falado que meu mestre sofreria. Rapidamente fui correndo até o local onde estava ele, que era o lugar onde eu treinava.

Cheguei no lugar e fui correndo para dentro gritando por ele.

– Mestre! - Estava desesperado. - Cade você?!

Ouviu um barulho de tombo. Sai disparado até lá. Cheguei e vi meu mestre caído no chão, ainda vivo. Me aproximei dele.

– Mestre, você está bem? - Perguntei por causa do sangue que escorria em sua boca.

– Azin, colocarão veneno em minha bebida. - Tossia muito. - Estou sentindo uma grande dor em meu peito.

– Desculpe mestre, isso tudo é culpa minha. - Abaixei a cabeça. - Se não fosse por mim você não estaria assim.

– Não fale bobagem, Azin. - Olhei para ele, e ele solta um pequeno sorriso. - Não é culpa sua.

Tentei falar mas ele me impediu.

– Não tenho muito tempo. - Ele tirou algo de seu bolso, era como uma carta, e me entregou. - Quando puder, entregue isso ao Jin.

Peguei o papel e guardei em meu bolso. Era agoniante ver meu mestre gritar de dor, ele morria aos poucos.

– Mestre, tem algo que eu posso fazer para te tirar desse sofrimento?

Ele apontou para a parede atrás de mim, olhei. Havia uma grande variedade de espadas lá, até mesmo uma faca.

– Pegue a faca.

Vagarosamente fui até a parede e peguei a faca e voltei até ele. Estava com medo do que ele iria fazer com aquilo.

– O que o senhor vai fazer?

– Não vou fazer nada. - Sorri aliviado. - Você vai. - Meu sorriso desmanchou.

– O que eu devo fazer?

– Me mate. - Aquelas palavras doeram.

Não iria questionar, pois sabia o motivo disso. Ele estava sofrendo e a única maneira de fazer isso parar era o matando. Não sabia o motivo mas meus olhos escorreram algumas lagrimas, não era pra eu fazer isso.

Me levantei e fiquei em sua frente, segurando a faca. Mirei a ponta para o seu peito e avancei contra ele...

– Desculpe, mestre! - Minhas lagrimas caiam cada vez mais. - Mas eu não consigo fazer isso!

Ainda não tinha o matado. De todas as pessoas que tive que matar, essa era a mais difícil.

– Você consegue sim. - Ele me deu o último sorriso. - Agora faça, por favor.

Me levantei novamente e respirei fundo. O Olhei determinado e avancei contra ele... O enfiei a faca em quanto soltei um grito. Depois de um tempo ele estava morto e seu sangue permanecia em minhas mãos. Fiquei em silêncio.

– Azin!

Olhei para trás e me deparei com Jin, fiquei feliz em vê-lo. Mas ele não estava, ele olhou para o mestre e foi correndo até ele, em seguida começou a chorar. Sabia que aqueles homens viriam atrás de mim, então peguei o ruivo pela mão e o puxei para fora daquele lugar.

Corremos até a floresta, onde era o lugar mais seguro. Porém Jin parou no meio do caminho e me olhou sério, gritou com raiva e avançou contra mim. Consegui desviar de seu ataque, tentei falar a verdade do que tinha acontecido lá mas ele não quis ouvir. Então saiu andando até o fundo da mata. Ouviu um barulho, era os Guerreiros da Meia Lua. Corria até o Jin e o puxei para longe deles. No entanto vi que não tinha outra saída, apenas um penhasco.

Tive que me sacrificar para poder salvar Jin. O puxei até a ponta do penhasco. Olhei para ele e me desculpei, em seguida o empurrei. Ouvi seus gritos de desespero sumirem aos poucos. Fiquei parado esperando eles aparecerem.

– Ali ele! - Gritou alguém.

Só senti alguém me jogando no chão e segurando meus braços. Olhei para para o lado e vi ele novamente, o líder da minha Guilda.

– Tentando fugir, né? - Se abaixou até mim e me olhou sorridente. - Mas eu digo que não! Agora você ficará de castigo pelo o que fez pra nós, entendeu?

Não tinha expressão nenhuma. Ele soltou uma risada e a aproximou sua mão até minha cara.

– Agora durma.

Encostou os dedos em meu rosto e uma descarga de eletricidade foi jogada contra mim. Gritei em agonia. Fiquei sentindo aquela dor até eu desmaiar, que foi no máximo uns cinco minutos.

Agora eu estava de volta ao meu pesadelo. Eles haviam me capturado, até que a Ordem Real de Canaban finalmente entrou em ação fazendo eles me libertarem. Mas passou vários anos, e nesses anos tive que pagar pelo preço... É verdade o que dizem, 1 ano no inferno são 10 aqui. Foi um longo tempo.

E quando finalmente encontro Jin, ele acha que eu sou o vilão da história. E não tive tempo para explicar as coisas.

***

Elesis finalmente tinha conseguido entender. Agora que sabia o motivo ela estava mais do lado de Azin do que de Jin.

– Então você o matou para "ajuda-lo"?

– Sim, mas Jin pensa outra coisa. - Suspirou. - E esse é o final da história.

A morena se levantou da cadeira.

– Vou fazer o meu máximo para que o Jin te ouça. - Mostrou um sorriso confiante.

– Obrigado. Não sei se vai conseguir, mas você tem mais chance do que eu. - Soltou um pequeno sorriso.

– Mesmo tendo um passado estranho, ele parece ser legal. - Pensou a morena.

– Então eu já vou. - Foi até a porta. - Obrigado pelas informações.

– Não foi nada. Até mais.

– Até.

Saiu do quarto. Não via a hora de explicar tudo para o ruivo. Foi andando até o seu quarto, mas é claro que tinha que ter alguma coisa no meio dessa tranquila caminhada.

– E ai? - Era Lass encostado na parede, esperando por ela. - Falou com ele?

– Sim, e você não vai acreditar.

– Falo o mesmo. - Colocou as mãos na cintura. - Mas agora que eu ouviu o lado o Jin eu tenho certeza de uma coisa.

– Eu também.

Os dois dizem ao mesmo tempo.

– O Jin tem razão. - Fala Lass.

– O Azin tem razão. - Fala Elesis.

Olharam um para o outro confusos.

– Hum? - Dizem os dois. - Como assim?!

Antes era o Jin que ficava contra o Azin, mas agora era Lass que ficava contra Elesis. Os dois não entendia, mas uma confusão iria rolar.


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Notas finais do capítulo

Review?
*Não tenho muito o que dizer.
*Triste por não ter zerado meu jogo ainda T^T Boss Maldito!
*Ainda não acredito que Gta V ganhou de Melhor jogo do Ano.