Fale O Que Quiser Mas Sou Uma Garota escrita por Risadinha


Capítulo 33
Lado de Jin.


Notas iniciais do capítulo

YOOOOOOOOO pessoal! Mistério acaba aqui, uma parte dele kkkkkkkk Mas vai deixa-los sabendo de algo.
Boa leitura.



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Jin estava com seu semblete sério e pensativos, em quanto tentava lembrar dos detalhes do passado para poder contar ao albino. Fazia um grande resumo dos acontecimentos, assim não deixaria a história entendiante.

– Ta bom. - Falou o ruivo. - O que você quer saber?

– Sobre você e o Azin, o que aconteceu no passado para você ter ficado com raiva dele.

– Bem isso vai ser uma longa história, quer mesmo ouvir?

– Se for para eu descobrir o motivo da raiva, sim.

– Então vou começar desde o aparecimento dele. Foi em um dia em que eu acompanhava meu mestre, Asin, em uma missão.

– Asin? - Perguntou Lass. - Seu mestre tinha o mesmo nome dele?

– Mais ou menos isso, mas eu já vou chegar lá. Eu e meu mestre tinhamos que ir em um a cidade vizinha da nossa, onde se localizava a QG da nossa guilda. Então eu, como um idiota fiquei lá esperando ele resolver alguns assuntos pendentes. Até que apareceu uma linda garotinha de cabelos rosas -- O ruivo até ficou um pouco animado ao chegar na parte da rosada.

– Pula essa parte. - O albino não queria saber essa parte da vida dele, na verdade não queria saber nada mas por ordem da "Grande ira Scarlet" teve que quebrar esse falho pra ela.

– Tudo bem. - Voltou a ficar sério. - Então eu estava em uma floresta, não tão distante da guilda, até que apareceu em meio aos arbustos um garoto todo sujo pelo próprio sangue. Era o Azin.

– Como ele tinha se machucado tanto?

– O problema não era ele está coberto pelo próprio sangue, e sim a maioria daquele sangue não pertencer a ele. - Disse sério.

O albino se assustou por um momento. Se aquele sangue não pertencesse a ele, de quem era então?

– Espera um pouco, como assim o sangue não era dele? E como vocês descobriram isso?

– O sangue era de três homens que ele havia matado. - Nem o próprio ruivo acreditava. - Eu tinha ouvido uma conversa entre meus mestres, Asin e Victor, eles falavam sobre a morte desses três homens e os sangue deles estarem na roupa de Azin.

– E como um garoto de 5 ou 6 anos poderia matar três homens? - Lass ainda não acreditava. - Ele era uma criança, certo?

– Lass, tem certeza que uma criança não poderia matar tanta pessoa assim? - O olhou já sabendo a resposta.

O ninja estranhou a pergunta, sentiu como se fosse uma indireta para ele. Mas Lass já sabia a resposta para aquela pergunta, e a resposta era: Sim. Por quê? O albino sabia daquilo como ninguém.

– Vou te contar uma coisa sobre o Azin. - Disse Jin. - Ele foi criado no intuito de matar as pessoas, como um monstro. Já deve ter ouvido falar da guilda chamada Guerreiros da meia lua, certo?

– Sim. - Colocou a mão no queixo. - São conhecidos como os Caçadores de Recompensa de Ernas. São guerreiros de sangue frio que matam em troca de qualquer valor. Eles não são conhecidos bem como uma guilda mas de qualquer jeito ainda continuam sendo um grupo de assassinos. E o seu maior inimigos são os... Cavaleiros de Prata.

– Exatamente. Nunca descobri o motivo deles serem inimigos dos Cavaleiros de Prata. - Se encostou na árvore. - Mas, Azin era um deles e nunca tinhamos desconfiado disso.

– E como vocês descobriram que ele era um Guerreiro da Meia Lua? - Lass começava a se interessar pela história.

– Foi bem difícil. Porque no começo ele não tinha memória de exatamente nada, nem o nome dele ele lembrava. Então foi daí que veio o nome dele, Azin. Foi porque o meu mestre se chamava assim e ele achou interessante e acabou que quis se chamar assim. - Deu de ombros. - No entanto, quando fomos desbobrir já era tarde demais.

– Como assim "Tarde Demais"?

– Ele tinha fugido da guilda dele, então os homens foram atrás dele. E adivinhe só, quem é que estava com ele? Os Cavaleiros de Prata.

– Eu acho que já entendi um terço da sua raiva. Mas uma coisa eu ainda não entendi: Se o Azin era apenas uma criança, por que ainda queriam ele? Sabe, ele não tinha muito valor.

– Pelo o contrário, Azin tinha um imenso valor para ele. Ele era um pródigio desde pequeno, aprendiam tudo facilmente, seu estilo de luta era perfeito e o que eles mais precisavam: Ele matava sem excitar. Ele era perfeito para eles.

– Ele matava sem excitar?

– Sim, ele não liga para quem seja, ele vai matar tranquilamente. Resumindo: Um sangue frio. Eu fui descobrir isso quando fui mandado ir atrás dele.

***

Lembro exatamente desse dia. Estava ensolarado, um dai calma de poucas nuvens no céu. Lá estava eu indo atrás dele em meio aquela mata, tinha até tropeçado em uma pedra. Ralei um pouco o joelho mas fiquei bem. Eu gritei pelo o nome dele pois já estva aficando perdido em todo aquele mato.

– Azin! Cade você?! - Coloquei as mãos em volta da boca, assim o som sairia maior.

Ele não respondeu. Continuei a procura dele, até que dei uma pausa para descansar. Mas quando eu dei minha parada eu ouvir Azin me chamando.

– Jin... - Sua voz vinha de trás de mim.

Me virei contente com a voz de Azin, porém minha expresão mudou para horrorizada. Azin mostrava as suas mãos, que estavam cobertas por sangue, e ele meio que estava sorrindo.

– Olha. - Falava de suas mãos. - É vermelho igual ao seu cabelo.

Eu fiquei paralisado com aquela cena, Azin realmente não se tocava em que as suas mãos estavam sujas.

– Azin, onde você conseguiu isso? - Apontava para o vermelho de suas mãos.

– Um homem. - Falou calmamente. - Lá atrás. - Apontou para o fundo da floresta.

Sem questionar fui correndo para o local. Quando cheguei lá, tinha um homem sentado em baixo de uma árvore. Seu olhar sem vida me assustou. Depois eu percebei que havia uma faca cravada em seu peito.

– Foi... - Apontava para o homem derrubado. Minha mão tremia com aquela cena. - Você que fez isso?

Azin nem se incomodou com a pergunta, ele respondeu tranquilamente.

– Sim.

Deu alguns passos para trás, ficando o mais longe dele o possível. Mas eu lembrei que o meu dever era proteger Azin quando o mestre não estivesse, então o peguei pela mão e o puxei. Corria com ele até um rio mais próximo que tinha, peguei as mãos dele e as afundei na água.

– Que foi, Jin? - Perguntou ele. - Parece preocupado com algo.

– Azin! - Gritei em meio ao desespero. - Você matou aquele homem, como pode ficar tão tranquilo assim?! - Olhei pra ele.

– Bem... Ele ia me atacar. - Isso me chamou a atenção. - Eu só me defendi.

– Por que ele ia te atacar?

– Ele disse que era pra eu voltar pra casa, e nunca mais fugisse. Mas eu nem sei quem é esse cara, na verdade eu nem sei se eu tenho uma casa. - Disse com a tristeza visível em seu rosto.

Eu devia contar para o mestre sobre o acontecimento mas não queria deixa-lo preocupado com aquilo.

– Tudo bem. - Queria negar. - Eu não vou contar para o mestre sobre isso, mas você não pode tocar no assunto, ouviu? Nunca.

Ele balançou a cabeça confirmando.

***

– Então, ele é um psicopata? - Perguntou Lass.

– Não, ele só tem um coração bem forte.

– Tá, mas isso não explicar a sua raiva por ele. Aconteceu mais alguma coisa? - O albino queria saber logo o final da história.

– Como eu tinha dito, ele era um imã para atrair os Guerreiros da Meia Lua até nós. Mas a gente não ligava pra isso, pois não sabiamos o que eles queriam com Azin. Porém, quando fomos perceber a gravidade da situação era tarde demais. Eles estavam furiosos com a nossa escolha, então partiram pra cima.

– Quando você diz "Partir pra cima", em que sentido?

– Acabarem com nossa raça... Matar a gente. - O olho sério. - Eles fizeram esse ataque a noite, assim não teria muita confusão.

***

Estava dormindo nesse momento, até que ouvi um barulho vindo do lado. Eu acordei imediatamente, então decidi chamar pelo o Azin já que ele dormia no mesmo quarto que eu.

– Azin, você ouviu esse barulho? - Ele não respondeu.

Estranhei. Levantei e liguei a luza. Como previa, ele não estava em sua cama. O chamei pela casa toda, porém não estava em canto nenhum. E o barulho lá de fora aumentava a cada momento, era como um estrondo. Fui correndo até a janela e a abri, fiquei horrorizado com o que acontecia lá fora. As casas pegavam fogo, cada canto da cidade estava em chamas. Homens encapuzados lutavam, e matavam, os Cavaleiros de Prata.

Automaticamente fui correndo para fora de casa, e indo para aquela confusão. Torcia o máximo para que nenhum daqueles homens me visse.

– Cade você Azin? - Sussurrei.

Infelizmente um dos Guerreiros me notou e rapidamente veio correndo até mim. Eu não fiquei parado, corri tentando despista-lo mas ele era muito rápido. No entanto, quando eu corria vi Azin em meio aquela confusão. Ele estava lutando contra... Os Guerreiros da Meia Lua. Ele era realmente um prodígio nas artes de luta, suas mãos eram como lâminas, cortavam tudo em que tocava.

– Azin! - Gritei por ele.

Ele tinha acabado de acabar com aqueles caras, acabado pra sempre. Ele correu depois que terminou o combate, tentei chama-lo mais uma vez porém aquele homem, que me seguia, me agarrou pelo o pescoço.

– Me solta... - Disse em quanto ele me enforcava.

Ele apertava cada vez mais meu pescoço. Até que eu lembrei um técnica que meu mestre, Asin, tinha me ensinado. Enchi meu pé em chamas e rapidamente o acertei no rosto, que me fez soltar.

– Ora sua criança... - Ele colocou as mãos nos olhos, era onde eu tinha o acertado.

Aproveitei que ele estava sem a visão o chutei no meio das pernas, o fazendo cair no chão por um bom tempo. Aproveitei e corri até o local aonde Azin tinha ido. Logo vi o lugar onde eu treinava, que era parecida com um colégio. Corri para dentro, ficando longe daquele inferno.

– Estou salvo. - Disse aliviado.

O local estava destruído, não por completo, e havia algumas chamas naquele local. Fui andando até os fundos do cômodo, passei por um corredor até que finalmente ouvi a voz de Azin. Fiquei feliz em saber que ainda estava vivo. A voz vinha de uma das salas, então eu corri até a porta e fui logo a abrindo... Um erro meu.

– Azin! - Entrei contente no local, mas logo minha felicidade foi sumindo.

Azin estava lá, salvo e com alguns arranhões em seu corpo. Porém meu mestre também estava lá, caído no chão com o seu sangue espalhado por o seu corpo. Azin segurava uma faca, que estava bem no meio do peito dele. Fiquei paralisado com aquela cena, não sentia nada, nenhuma emoção. Estava em estado de choque. Quando ele ouviu minha voz se virou com um sorriso estampado no rosto. Veio correndo até mim.

– Jin! Você está bem. Pensei que estivesse morto. - Fala ele aliviado.

– O mestre... - Apontei para o corpo dele jogado na parede. - O que você fez...?

– Hum? - Olhou para onde eu apontava. - É uma história complicada, mas temos que sair daqui logo.

Eu não liguei para o que ele disse, andei lentamente até ele. Me abaixei vendo seu corpo sujo pelo vermelho. Toquei em seu pulso, não havia nenhum sinal de vida. Depois de alguns segundo que a ficha veio cair: Meu mestre estava morto e quem o tinha matado era Azin. Meus olhos ficaram pesados com as lágrimas que caíam, uma por uma sobre as minhas mãos.

– Jin, vamos! - Azin me pegou pela mão e me puxou daquele lugar.

Eu ainda estava paralisado, então nem sabia para onde ele me levava mas percebi que estavamos de volta ao inferno. Vi um homem vindo em nossa direção, Azin foi mais rápido do que ele. Ele atravessou sua mão, como uma faca, pela barriga do rapaz. Me pegou pela mão novamente e me puxou até o local mais longe daquilo tudo, a floresta. Finalmente tinha acordado, agora que estavamos bem longe da cidade, em uma área neutra. Então me soltei das mãos vermelhas de Azin, que o fez me olhar estranho.

– Jin, não temos tempo para pausas. - Ele estava bem preocupado pelo visto. - Temos que ir embora.

– Você matou meu mestre! -Gritei como um desabafo.

– Hum? Eu já disse que aquilo é uma longa história.

– Seu... - O olhei com ódio. - Desgraçado!

Eu avancei contra ele, tentei acerta um soco. Ele se abaixou e me pegou pela a mão, me jogando para frente. Levantei e tentei outro ataque, só que ele me segurou pelos os ombros.

– Acalme-se! - Disse desesperado. - Jin por favor venha comigo! E eu vou te explicar tudo.

– Não preciso de suas explicações. - Não aguentei olhar para a cara dele.

Me afastei dele e fui andando para qualquer lugar longe dele. Azin ficou ali parado me vendo se distância, até que ouviu um barulho vindo na mata, era o Guerreiros da Meia Lua. Ele foi correndo em minha direção, que me pegou de surpresa. Me puxou novamente pelas mãos. Tentava me soltar porém ele segurava com muita força. Chegamos no final da trilha, um penhasco.

– Me solta! - Finalmente me soltei.

– Jin, quero que você me perdoe por isso. - Seu olhar estava triste.

Não entendi exatamente o que ele tinha dito com aquilo. Ele veio até mim e me puxou até a ponta daquele penhasco, estava morrendo de medo. Ele me deu a última olhada e me deu um empurro. Não fiz nada, apenas vi minha visão sumindo aos poucos e logo estava gritando em desespero... Então eu apaguei.

***

– Ele tentou te matar? - Lass estava interessado no que estava acontecendo.

– Não sei... - O ruivo não tinha expressão nenhuma.

– E o que aconteceu depois que você caiu?

O lutador se levantou e deu alguns passos.

– Isso já é outra história. - Seguiu o seu caminho sem olhar para trás.

O albino ficou ali parado concluindo a história sozinho.

– Agora entendo a raiva que ele sente. - Pensava. - Parece que o seu mestre era realmente importante para ele, então Azin o traiu o matando... Mas por que ele fez isso?

Deixou a pergunta passa pela mente. Mas finalmente seu trabalho estava feito, agora era a vez de Elesis ouvir Azin.


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Notas finais do capítulo

Review?
*Amanhã eu tarei fazendo a segunda fase da minha prova ^-^ Me desejem sorte!
*Próximo capitulo vai ser do Azin contando a história dele, ok?