Amando Gina Weasley escrita por Iadala


Capítulo 26
Capítulo 26 - Desistir? Nunca.


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AS NOTAS INICIAIS!


OOOOOOOOOI PESSOAL *-*

Vocês devem estar p** da vida comigo porque eu não postei ontem, certo? *-* *-*

Vou explicar: eu ainda estudo e-e

hehehe, então alguns vão demorar mesmo hehehe.

Vou-lhes fazer uma pergunta:

— Alguém aqui quer que tenha um capítulo do Harry como auror lá na Itália, digo, os enfrentando?





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POV – GINA


Eu tinha ideia que medir forças, no caso gritos, com Douglas não ajudaria em nada. Com o pouco tempo que convivi com ele, eu já tinha aprendido que ele era muito atento a tudo e concentrado, além de que nada tiraria a sua fascinação. Ele nunca desistia e tinha orgulho disso.



O que me traz à situação mais complicada em que já me meti, porque vejamos, um “maníaco” com o dobro da minha altura queria que eu me apaixonasse por ele de qualquer maneira.



Fiquei pensando nisso quando acordei na segunda-feira, e felizmente eu tinha folga. Eu rolava de um lado para o outro na cama, apenas imaginando como seria quando eu visse Douglas novamente. Provavelmente ele me faria ouvir o que tinha para dizer, depois disso, eu não faço ideia desde que descobri que eu não conhecia NADA daquele que eu julgava ser o meu amigo.



Quando senti os raios solares atravessarem a janela e se fixarem em meus olhos, me dei conta de que eu teria que encarar Douglas naquele dia justamente por causa de uma maldita reunião de time que fizeram questão de programar para o dia de folga.



Bufei, passando as mãos no rosto, sentindo a oleosidade causada pela transpiração noturna, uma consequência de se ligar o aquecedor. Encolhi minhas pernas e estiquei os braços na tentativa de reunir forças para sair da cama e enfrentar mais um dia de correria, porém o meu corpo acreditava que aquele dia tinha que ser comemorado com mais uma rodada de sonos, sem contar que o meu cérebro ainda dormia, já que eu via desenhos de cavaleiros lutando uns com os outros no despertador do quarto, que tinha apenas a figura de um cãozinho em um campo de centeio... Talvez eu devesse consultar um psicólogo.


Ergui o corpo, sentando na cama em seguida e espreguiçando. Bocejei antes de me levantar e colocar os pés no chão, que estavam frios por causa do material que era feito. Passei as mãos nos meus braços, que tinham os pelos eriçados por causa do contato com uma temperatura mais baixa. Andei até o banheiro, pegando uma toalha qualquer que deixei no meio do caminho e fechando a porta do lavabo assim que cheguei até ele, que estava vazio, ao contrário das outras manhãs de quando eu sempre encontrava Harry debaixo do chuveiro por aquele horário.


Tirei a blusa que eu vestia. Uma que eu peguei do Harry, ele não se importava que eu usasse naquela altura do nosso relacionamento. A cheirei, inalando o perfume do meu noivo que ainda estava impregnado em suas vestes mesmo depois de várias lavagens. Eu gostava disso porque sentia que ele estava perto de mim.



Terminei de me despir, pegando a escova de dente, depositando creme dental nela em seguida e entrando no box do banheiro. Coloquei a escova na boca e liguei o chuveiro, sentindo a água quente cair sobre meu corpo assim que um barulho fraquinho começou a chiar. Não havia forma melhor para relaxamento do que entrar em um banho quente. Aquilo poderia desviar meus pensamentos sobre aquele inútil e desprezível goleiro por alguns minutos.



Movimentava a escova nos meus dentes, querendo tirar aquele péssimo hálito matinal. Porque diabo isso acontecia se estávamos dormindo e não colocávamos nada na boca? Bem, não vou me preocupar com isso já que não faz diferença alguma na minha vida (N/Ju: Ou por preguiça da autora, qualquer uma das opções).



Lavei os cabelos e então o meu corpo, aproveitando mais alguns minutos para aproveitar a água fervente. Desliguei somente quando me lembrei de que contas de água e luz não eram nem um pouco baratas.


Fui para o quarto somente com uma toalha enrolada no corpo, cantarolando uma música das Esquisitonas, quando eu era menor, eu simplesmente as adorava. Era a melhor banda que existia naquela época. Quando eu abri o guarda-roupa para pegar minhas roupas, percebi que uma carta estava em cima da cama. A coruja que havia a trazido, pairava no ar, indo à direção do norte.


Peguei o pequeno envelope, admirando a caligrafia perfeita que escrevera o meu nome, sem falar na perfeição de quem a mandou.



Bom dia, Gina.



Sinto saudades e sei que você também de mim.



“Convencido...”, ri em pensamento.



Como andam as coisas por aí? Os treinos, sua família, todos bem? De qualquer maneira, o que você acha de já adiantarmos os preparativos para o casamento? Talvez você ache muito repentino da minha parte, mas estou sentindo muito a sua falta, você não faz ideia do quão é ruim saber que ainda falta mais três semanas de trabalho... Não por parte da obrigação, mas por causa da distância... Enfim, queria adiantar de uma vez para que pudéssemos selar de uma vez por todas o nosso compromisso, se bem que eu já me sinto casado.



Amo-te e, por favor, me responda o mais rápido que puder.



PS: Espero ter te acordado. Adoraria saber que você leu isso tudo com aquela carinha de brava que me deixa louco por você.



Beijos,



Harry.




Bom dia, Harry!




Advinha quem já estava acordada quando a carta chegou? Haha! Não vou lhe dar o gosto de uma cara cansada na matina, não dessa vez! Mas posso dizer que o senhor quase atrapalhou o meu banho.



Enfim, podemos providenciar tudo de uma vez só. Quando eu tiver um tempo, já posso caçar algumas coisas para o casório. Haha!



Beijocas e muitas saudades!





POV – HARRY





- Uma folga, pela graça de Merlin! – Rony colocou os braços para cima assim que saímos do Ministério da Magia Italiano. Caminhávamos pelos arredores da Milão Bruxa, era bem moderna, tinha várias agências de moda, podíamos ver rios cortando a cidade... Era um local bem agradável.



- Acalme-se porque é só um dia da semana. – eu disse, observando o sol que pairava no céu, o lugar era bem mais quente que a Inglaterra, eu estava quase suando dentro daquele uniforme de auror. As antas que desenharam os uniformes não pensaram que os aurores daquela região moravam quase na linha do Equador?



- Mas ainda sim é um alívio. Finalmente eles mandarão uma equipe daqui. Será que o serviço daqui é tão ruim que os ingleses é que fazem tudo? – perguntou.


- É uma tarefa bem difícil... E nós temos mais experiência do que vários novatos... – respondi.


- De fato. Vamos de uma vez para o hotel porque eu tenho que mandar umas cartas para Hermione. Você enviou uma pra minha irmã hoje de manhã, não é mesmo?



Balancei a cabeça em afirmação, enquanto passávamos uma ponte que nos levava para os arredores do hotel. O local era um pouco maior, ruas menores, porém mais clássicas, eu diria que era uma parte antiga e muito conservada da cidade, lá tinha alguns barzinhos, restaurantes, lojas de conveniência e alguns shoppings, que tive de explicar para meu amigo o que eram. Lá era um local muito agradável, tirando a parte de uma vez que entramos em um quiosque somente para pedirmos um suco, e como estávamos muito cansados, nos sentamos em uma das mesas, o que levou à uma série de xingamentos por parte do garçom (N/Ju: Me falaram uma vez que na Itália você só pode sentar nas mesas se pedir algo para comer, e se não for isso e se sentar, alguns se sentirão ofendidos com tal coisa, porque se uma pessoa que pedir um prato não encontrar lugar seria bem ruim, mesmo que o local esteja completamente vazio. Enfim...) Rony saiu de lá com as orelhas vermelhas e xingando tanta merda que eu já estava até sentindo falta da época que ele era mais boca suja do que o aceitável, e como o meu amigo era infantil pra caramba, ele não podia deixar o ambiente antes de mostrar o dedo do meio para o atendente.



Aproximamos-nos do hotel e encontramos Penélope na recepção, que parecia usar sua varinha para pintar as unhas, ela fazia diferentes expressões dependendo da cor do esmalte, e algumas eram tão esquisitas que chegavam a ser cômicas.



- Não diga nada quando passar por ela. – meu amigo sussurrou.



Há um tempo eu me toquei que a Penélope realmente “me cantava”, levei bem mais tempo do que a maioria das pessoas, provando que eu poderia usar um chapéu escrito “burro” e começar a relinchar. Pelo menos foi isso o que o ruivo disse quando eu finalmente acordei para a realidade.



Passamos rapidamente pelo sofá que ela estava sentada, visivelmente concentrada na tintura de suas unhas. Por um instante eu achei que ela não ia nem olhar para nós, mas estava completamente enganado quando ouvi o meu nome pela voz dela.



- Harry! – ela me chamou, eu me virei, Rony me acompanhou, parecendo desconfortável – Olá Rony. É... Eu e as meninas vamos pedir umas bebidas mais tarde, querem passar lá no nosso quarto?



- Não obrigado. – Rony disse primeiro, me fazendo sentir um alívio enorme – Temos muito que fazer essa noite, digo, o trabalho. Sabe como é.



- Você sabe que era mais fácil ter dito que não queria porque eu controlo todos os tipos de tarefas, sabe disso Ronald. – o olhar dela era frio – Afinal, eu sou a líder aqui – disse orgulhosa de si mesma por estar chefiando aquela missão que tinha eu e Rony mais duas meninas novatas – Mas se não querem ir, eu entendo – e voltou sua atenção para as unhas.



Saímos de lá sem falar nada, entrando no elevador do hotel em seguida. O local era completamente proibido de apartes por causa da nossa missão, que envolvia uma máfia bruxa muito rica e perigosa, então todos daquele arredor temiam que algo pudesse acontecer.



Entramos no quarto, e realmente ficamos trabalhando. Rony parava para comer doces e escrever à Hermione, mas nós tínhamos um caso importante, e se conseguíssemos adiantar todas as peças poderíamos ir embora bem mais cedo. Dessa forma, eu conseguiria até fazer uma surpresa pra Gina com isso, que acreditava que eu apenas voltaria no fim do mês, perto do feriado de Natal-Ano Novo.



- Benvolio Santarelli, 48 anos é o líder dessa droga. – Rony bufou, após três horas de pesquisas. Eu já via o sol de pôr no horizonte – Ele mal sabe que estamos na mira dele e que já até descobrimos todos os pontos que ele frequenta! – riu.



- Isso nem é lá tão bom – falei – Porque esse maníaco deve suspeitar que temos todas as pistas. Quem sabe ele não está até disfarçado?



- Mas é óbvio – falou.



Ouvimos duas batidas na porta do quarto, tão fracas que se continuássemos conversando nem saberíamos que estavam ali à frente. Levantei da minha cama e fui conferir se era a camareira, que queria trocar os lençóis, ou algo do tipo. Mas quando minha mão girou a maçaneta, dei de cara com uma mulher jovem, sorridente e que eu já conhecia, a Penélope, que segurava uma garrafa de Uísque de fogo da mão.



- Atrapalho alguma coisa? – encostou-se no marco.



- Não, nós só estávamos finalizando umas coisas. – respondi.



- Ótimo. – ela entrou no quarto, sem fazer a menor cerimônia. Senti o seu hálito quando ela passou por mim, e cheguei à conclusão de que ela estava muito bêbada.



- O que faz aqui? – Rony perguntou.



- Ah Rony, Rony, Rony... – ela balançou a cabeça – Até parece que eu preciso de convite para entrar aqui.


- E precisa porque ninguém te chamou.


- Mas eu me convidei! – ela se jogou na cama do meu amigo, ele se afastou ao sentir a cabeça dela tocara sua pele – Não posso fazer nada se minhas pernas me guiaram aqui com essa coisinha – ela pegou a garrafa, virando-a na boca e tomando um gole.



- Você está muito bêbada... – comentei.



- Não fale tudo o que eu já sei Harry. Nunca te falaram para aproveitar a vida ao máximo? – jogou os braços para cima.



- Nunca dessa forma. – fui sincero.


- Por isso vocês são tão quietos.


- Penélope, vá embora, por favor. – pedi.



- Por...?



- Porque estamos trabalhando aqui. – Rony apontou para os papéis no seu colo.



- Ah sim. Trabalhando. Por um minuto achei que estivessem bebendo iguais malucos aqui porque hoje era um dia de folga – ela afinou a voz -, de qualquer maneira, pegue isso para você – empurrou a garrafa nas mãos de Rony –, e, por favor, mais tarde dê uma passadinha lá no meu quarto, sim? – piscou para ele – e se ele não quiser, vá você – sorriu para mim antes de sair do quarto, batendo a porta atrás de si.



- Devemos ir atrás dela? – perguntou.



- Ela vai acabar indo pra cama com um serviçal se nós deixarmos ela naquele estado.



- Mas se formos, vai ver com um de nós. – ele encarou os fatos.



Resolvemos deixa-la daquele jeito, sem ajuda qualquer de algum de nós dois porque nós sabíamos muito bem onde isso levaria. E nós não queríamos isso. De forma alguma.




POV – GINA




A reunião foi pior do que eu esperava. A todo o momento, Douglas me lançava olhares, ou sussurrava palavras que só eu pudesse entender, como se fosse um aviso tipo: “eu ainda não desisti”. Eu não sei por que eu era tão cega em relação a ele. Será por causa das doces palavras que ele me lançava mascaradas em uma convidativa proposta para sermos simples colegas de trabalho? Que idiotice. Ele sempre lançava indiretas seguidas, uns mais leves do que outras.



O que mais me preocupou foi no final do dia.



Eu andava solitária pelos corredores do prédio em que a reunião havia sido feita. Decidimos um aumento de 30% caso ganhássemos o campeonato e um destaque para o jogador que tiver o melhor desempenho.



Já eram seis horas da tarde, e o céu estava escuro por causa da proximidade da estação gelada. Apertei o meu casaco e soprei, podendo enxergar o ar. Os funcionários daquele local sempre ligavam o ar-condicionado com a desculpa de ser um ambiente muito quente, mas naquele dia em que a temperatura atingiu os 10°C?



Conseguia ouvir apenas os meus passos, que eram rápidos e ritmavam com os azulejos por causa do salto. Era uma agradável melodia que me acompanhou até o elevador.



Apertei o botão do térreo, aguardando passivamente que as portas se abrissem e eu pudesse entrar para tomar o rumo de casa, porém eu tive a infelicidade de olhar para quem eu menos queria quando o elevador chegou ao meu andar.



Douglas levantou a cabeça vagarosamente, olhando no fundo dos meus olhos. Não parecia feliz ou sequer empolgado, mas cansado. Talvez estivesse prestes a desistir da sua ideia estúpida? Por todas as desgraças do mundo, não.



Encostei-me no vidro que tinha lá, olhando para frente, apenas sentindo a minha respiração e querendo sair de lá o mais rápido o possível.



- Não pense que eu mudei de ideia, Gina. – ele disse – Eu nunca desisto. Não facilmente.



- Pois deveria. Sabe que eu nunca olharia para você.



- Então, veremos o que acontecerá... – ele disse, saindo do elevador assim que chegou ao térreo. Eu fiquei parada por mais alguns instantes lá apenas imaginando o que é que ele tinha em mente.




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