Amando Gina Weasley escrita por Iadala


Capítulo 21
Capítulo 21 - Ah... Mais um?


Notas iniciais do capítulo

#Lumus

1- Olá, tudo bom? Enfim, eu adoraria que vocês me dessem opinião sobre esse capítulo. Por favor *-*

2- http://ask.fm/Heyjuliachan



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POV – HARRY


- Harry? – balançaram meu braço, numa tentativa inusitada de me acordar - Faz logo o favor de acordar antes do chefe passar aqui, ou você é demitido! – continuaram dessa vez estalando os dedos. Não tive outra escolha a não ser abrir os olhos e olhar para a pessoa que me chamava. Era Penélope Weedon, uma aurora que trabalhava no Quartel-General dois anos a mais do que eu.



- Penélope... O chefe está vindo? – perguntei, esfregando minhas mãos nos meus olhos e bocejando.



- Não, mas se ele viesse eu não ia querer ver a cena de uma demissão. – riu – Pelo visto a noite foi agitada. Foi para a balada, por acaso?


- Gina não me deixou dormir. – falei, percebendo em seguida que Rony estava na mesa ao lado, ouvindo tudo. – Quero dizer, ela se mexe muito e fica me roubando o cobertor.



- Que fofa... – Penélope disse. – Enfim, preciso da sua ajuda para alguns relatórios daquele caso que envolveu as três prisões em Azkaban. Sabe? Aquela dos homens que estupraram aquelas estudantes que estavam em Hogsmeade... – ela gesticulava, encontrando a melhor forma de me lembrar do caso. Quase todo o mês tinha um caso de estupro, então era difícil me recordar.



- Ah, claro... – concordei – O que você precisa?



- Escreva um resumo sobre o acontecido – disse – e arquive depois para mandarmos para o chefe. Ai, ainda bem que ele aposenta esse ano! – jogou os braços para o alto.



Sorri em resposta, pegando na mesa da minha colega a pasta sobre o crime. O crime gerou umas sete folhas de relatórios, várias fotos e a prisão por 20 anos. Pelo visto, eu ficaria o dia inteiro trabalhando naquele caso.



Quando Penélope saiu do escritório, deixando um cheiro de lavanda muito forte, Rony virou-se para mim, mas não me olhava. Ele observava o quão longe da sala ela ficaria. Assim que Penélope virou o corredor, ele começou:



- Ela se joga para cima de você com uma facilidade... – disse.



- De mim? De você, cara. Ou não está lembrado daquela vez no ano passado que... – comecei.



- Não lembre. – passou as mãos no rosto – Acho que ela é assim com todos os homens que pensa que pode tirar algum proveito, ou que são idiotas demais para cair no que diz. Tudo bem que ela é gostosa, mas isso não significa que...



- Hermione vai querer saber disso? – sorri.



- Se você dizer isso, eu falo para a Gina que existe uma mulher aqui que está quase sentando no seu colo. – riu.



- Merlin... Rony, você não seria tão maluco a esse ponto.



- Mas ela disse uma coisa importante. Malachias está finalmente aposentando!



- Isso se ele não resolver continuar trabalhando aqui... – sugeri.



- Bom... Ele tem mais de 30 anos de trabalho mais a insalubridade... Eu acho que já era pra ele estar aposentado. Acho que ele só vai esse ano porque o ministro cansou dele aqui. Não vai para missões. Vem aqui apenas para ficar com a bunda sentada na sua cadeira jogando pôquer e transar com a secretária do Ministro.



- Uma forma simples de dizer que ele não presta.



- É o melhor que pude inventar.



Penélope voltou para a sala no segundo seguinte que ele terminou de falar. Meu amigo estava virado para a porta, e quando a nossa colega entrou, ela sorriu para ele. Rony acenou envergonhado e virou-se para a sua mesa com a desculpa de terminar de uma vez seus relatórios. A mulher sorriu para si mesma.



Comecei a escrever o resumo sobre o crime. Por incrível que pareça, o Ministério tinha computadores. Sim, um artefato trouxa, mas era a única forma dos empregados terminarem logo o que tinha que fazer e não criarem calos nas mãos por causa das penas.



Nem percebi que o tempo passou quando Rony me chamou para almoçar. Larguei tudo do jeito que estava, deixando o computador ligado com o documento salvo. Nós dois caminhamos juntos para um restaurante perto do Ministério falando sobre os ataques terroristas que alguns povoados bruxos para nascidos-trouxas e mestiços estavam sofrendo ultimamente. Provavelmente eram puros-sangues revoltados pela derrota de Voldemort e queria vingança. Patéticos.



O restaurante ficava a dois quarteirões. Ainda em um bairro bruxo, porém bem próximo da entrada para Londres Trouxa. Quando entramos, percebemos como o local estava cheio. Pais com crianças, trabalhadores sozinhos que mais faziam era escrever redações manuscritas, jovens que não tinham outro lugar para ficar... Simples assim.



Eu e Rony escolhemos uma mesa de quatro lugares, esperando que Hermione fosse aparecer a qualquer momento.



- Acho que ela vai usar o horário de almoço para trabalhar hoje... – Rony disse.



- Ela não muda mesmo. – comentei.



- Alguns relatórios que os colegas de trabalho dela acumularam. – justificou – Mas não entendo porque ela tem que pega-los para avaliar.



- Ela comentou que é a mais competente daquele setor. – disse.



- Não duvido nada que possa ser promovida rapidamente. Ela começou junto de nós e já está no Nível 4, enquanto nós estamos na metade do 2.



- Se for avaliar tudo o que fizemos na Guerra, digo como atuantes... Um de nós poderia ser o chefe.



- Ou você, Harry. – disse – Aposto que quando Malachias for embora, você assumirá. Mas lembre-se de mim, ok? Eu aceito um cargo bem mais alto no Quartel-General. – rimos – Até Penélope está acima de nós. Nível 5!



- Ela trabalha lá há dois anos. É uma justificativa. – falei – Sem falar que foi da Corvinal, e os mais espertos sempre conseguem o que querem, pelo menos na maioria das vezes.



O garçom chegou para anotar nossos pedidos. Pedimos qualquer coisa que nos mantivesse em pé pelas próximas 6 horas. E ele levou realmente a sério porque nos trouxe um caldeirão com cozido de peixe. Eu e Rony nos olhamos pensando se teríamos que comer aquilo tudo. O que não era problema para meu amigo.



- Ai, bando de retardados que não assumem um compromisso sequer! – Hermione chegou até a mesa e sentou-se ao lado de Rony, jogando todas as suas coisas na cadeira vazia – Eles deixaram tudo, literalmente tudo para eu fazer sozinha! São mais de 30 páginas só de textos! – jogou os braços para cima. – Pegue um prato para mim, por favor? – pediu ao garçom – Eles são uns imbecis!



- Bom é que só você leva o crédito. – Rony disse.



- Ao menos isso. – concordou – E aí Harry? Como está sendo morar com a Gina?



- Tranquilo. Exceto que terei que colocar pregos nos cobertores. – eu ri, ela me acompanhou e Rony ficou calado.



- Por favor, não comente isso perto de mim. – pediu.



Continuamos a rir.



POV – GINA



- Weasley! Concentração! – o capitão do time gritou – Ross, presta atenção na goles!



Nós das Harpias de Holyhead estávamos treinando para o nosso primeiro jogo da Liga de Quadribol daquele ano. Enfrentaríamos o Ballycastle Bats, aquele time com o artilheiro bonitinho que encantava todas as menininhas e a mascote, que aparecia em propagandas de cerveja amanteigada.



Tanto para o nosso capitão quanto o nosso técnico, seria um jogo muito difícil para o início do campeonato. Eles tinham jogadores top de linha, que não tinham pausa para descanso e pensavam somente em massacrar os seus adversários.



Não que o nosso time fosse ruim, na verdade, ele era muito bom, mas encarar o segundo melhor da história da Liga? Nenhum time do País de Gales conseguiu derrotar o Ballycastle Bats, por isso as esperanças de muitos não acendiam ou persistiam em ficar no chão.



Mas eu ainda queria ganhar, e sabia que se eu fizesse por onde e estudasse o vento, eu conseguiria capturar o pomo primeiro que o apanhador do outro time. Bastava pensar positivo.



Eu estava dispersa naquele jogo. Não conseguia me concentrar em achar a droga do pomo nem se o balançassem na minha cara. Não sabia explicar. Podia ser porque eu estava apenas muito cansada por não ter conseguido dormir à noite inteira, apenas ouvindo os roncos do Harry. Ele ficava lindo até mesmo roncando...



- Weasley, presta atenção! – gritou. Esse grito me trouxe de volta à realidade e então fui procurar o pomo de ouro. Voei o mais rápido que eu pude entre batedores e artilheiros até avistar uma bolinha brilhante no final do campo de treino. Voei rapidamente até lá, sentindo o vento bater forte em meu rosto e moscas voarem para meus dentes. Quando estico o meu braço direito para pegar o pomo, ele vai para leste e é o que faço, o sigo até voar se torne como andar, ou seja, nem percebe que está fazendo.



Quando finalmente a minha mão enroscou no pomo, senti uma alegria fulminante percorrer por meu corpo. Sorri em felicidade e desci da vassoura, junto com o resto do time.



- Bom jogo, pessoal. – o capitão disse.


- Foi o melhor treino até hoje! – o técnico disse – Mas fiquem um pouco mais atentos para o jogo de verdade, sim?



- Temos que ganhar aquela taça! – exclamou o capitão – Então eu quero que vocês deem tudo de si para o próximo, entenderam?



Todos nós fomos para o vestiário, homens de um lado, mulheres de outro. A maioria dos jogadores eram mulheres. Eu, Gwen Clark, Margaret Main e Camilla Van. Eu era a mais nova e a que tinha menos tempo do time. Todas as outras praticavam o esporte profissionalmente há mais de dois anos.



- Então o Richard Damme me chamou para sair. – Margaret dizia para nós – Nem acreditei quando recebi a carta dele me chamando para um encontro em um daqueles restaurantes chiques dos trouxas.



- Mas é muita sorte! – Gwen exclamou.



- Com certeza. – rimos.



Quando eu saí do box e comecei a vestir as minhas roupas, percebi que demorei mais do que deveria porque todas as outras já estavam prontas. Gwen e Margaret foram embora, mas Camilla se ofereceu para me esperar. Ela era a pessoa que eu tinha o maior laço naquele time, e ela também morava perto de mim e de Harry, o que facilitava muita coisa, como por exemplo, nenhuma de nós iria embora sozinha no meio da noite.



Saímos do vestiário rindo de uma piada que ela contara, e acabei ficando tão distraída que esbarrei em Douglas Ross, o goleiro. Minha testa chocou contra o peito dele. Não doeu e quando nos vimos, sorrimos um para o outro.



- Desculpe. – pedi.



- Não se preocupe Ginger – ele me chamava de Ginger por causa da cor do meu cabelo e também como apelido – Eu estava distraído. Sabe como é, né? Pensando no que eu farei depois do treino...



- Chame uma menina bonita para sair. – sugeri – Camilla está aqui ao meu lado e tenho certeza que ela aceitaria.



- Até parece que eu ia sair com Douglas. Não invente moda, Gina. – ela disse.



- Camilla me acha incrível. Ela sabe que se sair comigo não resistirá aos meus encantos. – Douglas sorriu.



- Vai tomar no... – Camilla começou.



- Milla... Não precisa disso tudo... – pedi – Enfim, faça o que eu disse.



- Ah não. Existe apenas uma menina bonita que eu chamaria para sair, mas ela nem me dá bola... – passou a mão nos cabelos.



- Um dia ela acorda. – eu disse sorrindo – Vamos embora, Camilla – percebi que ela segurava o riso.



- Friendzoned... – Camilla riu para Douglas.



- Pro Inferno, Camilla! – exclamou.



Quando apartamos no bairro em que morávamos, Camilla começou a ter um ataque de risos. Fiquei parada tentando adivinhar porque minha amiga teve essa crise repentinamente.



- Ele super está na sua. – ela disse.



- Douglas?



- Não. Minha avó. É claro que é o Douglas. Não viu todas as indiretas lançadas? – perguntou.



- Ah, qual é. Ele já me disse que gosta de uma vizinha. – eu disse.



- Ah ta bom. – soou sarcástica.



Despedimos-nos na esquina do meu prédio e fui andando sozinha até lá. Já era quase de noite quando cumprimentei o porteiro e entrei fui à direção ao elevador. Quando as portas se abriram, senti duas mãos pousarem sobre minha cintura. Virei assustada, com a bolsa que eu carregava na mão pronta para bater na pessoa... Que por acaso era quem mais precisava de umas bolsadas na cabeça.



- Harry! – chamei a atenção – E se fosse um bandido?



- Ele não chegaria dessa forma. E eu também te amo. – ele me beijou.



- Eu não te amo. – falei.



- Até parece.



- Não amo mesmo.



- Duvido.



- Sério? – passei os braços envolta do pescoço dele.



- Você me ama? – perguntou.



- Ainda tem dúvidas? – perguntei.



- Mesmo eu tendo te assustado?



- Mas devo lembrar que você é um idiota? – sorri.



- Seu idiota favorito?



- O mais perfeito. – beijei-o, terminando finalmente aquele interrogatório.



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Notas finais do capítulo

1- Por favor, me digam se eu exagerei em alguma coisa, e a propósito: esse não é um conflito, só é uma coisa que vai desencadear em outra (talvez alguns tenham percebido, ou sacado qual vai será o meu lance final para isso)

2- http://ask.fm/Heyjuliachan

#Nox