Amando Gina Weasley escrita por Iadala


Capítulo 18
Capítulo 18 - Seja forte.


Notas iniciais do capítulo

#Lumus

HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY GUYS!

1- Apesar de eu ser muito má, eu também tenho lá o meu lado bondoso (kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk) e resolvi postar hoje à tarde invés de segunda-feira.

2- Obrigada à todas que me mandaram reviews. Isso me deixa muito feliz.

3- Obrigada aos que mandaram asks.

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4- Aproveitem a estória e deixem um comentário, por favor!

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POV - TERCEIRA PESSOA

  Ao ouvir a notícia catastrófica do medibruxo, Harry perdeu a sanidade. Começou a soar frio e gritar, quase destruindo a propriedade St. Mungus, parando apenas quando o pai da sua noiva mandou-0 se acalmar alegando que não era a melhor forma para ele extravasar o que sentia. Artur parecia incrivelmente calmo com aquela situação, mas por dentro se corroia em uma vontade absurda de matar todos que não tiveram cuidado na projeção daquele trem, desde os engenheiros até o maquinista e McGonagall.

  Quando Harry finalmente se acalmou, o Sr. Weasley foi avisar à sua família. Àquela hora da noite, Molly já devia estar preocupada com o atraso de todos e morrendo de saudades de sua filha.

  Artur preferiu mandar uma carta para que não ouvisse Molly chorar. Ele sabia que sua esposa ficaria inconsolável, e ele odiava quando isso acontecia. Era o seu ponto fraco. Quando Molly começava a chorar, ele também chorava.

  Querida Molly,

  Desculpe o atraso, mas eu tenho uma péssima notícia para dar a você.

  O motivo do atraso de Gina deveu-se pela queda do trem de uma serra com mais de 600 metros. A causa foi que várias pedras atingiram o veículo e o maquinista, o grande ordinário, perdeu o controle e nem com mágica ele conseguiu restaurar o poder que tinha sobre o trem.

  Vamos à péssima notícia: Gina sofreu um traumatismo craniano.

  Sei que pareço frio em relação à saúde de nossa filha, mas não encontrei outra maneira de falar para você. O medibruxo disse que ela está em processo operatório e tem 40% de chances de vida, já que a batida também não foi tão forte e os fazendeiros que a encontraram caída debaixo de várias malas sabiam como carregar uma pessoa ferida. Pela graça de Merlin.

  Querida, venha ao hospital somente quando se acalmar.

  Lembre-se: eu te amo.

  Beijos,

  Artur.

  Quando viu a coruja pegar o caminho para A Toca pelos céus, sentiu uma forte dor no peito e lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. Sua filha estava em risco de morte. Sua doce e preciosa filha.

  Harry não estava diferente do seu sogro. Ele tentou de várias formas se acalmar, desde contar carneirinhos até cantar as músicas mais tranquilas que conseguiu pensar. Mas nada tirava a sua raiva e tristeza. Ele apenas queria ter a plena certeza que Gina estaria bem.

  - Eu não posso perder outra pessoa que amo... – sussurrou para si mesmo.

  Se Gina morresse, Harry se mataria junto. Não teria motivo para continuar sua vida se o grande amor dele foi para o outro plano.

  Harry sentiu uma lágrima descer de seu olho esquerdo. Tinha medo de Gina morrer. Muito medo.

  Artur se aproximou, mas não ficou perto o suficiente para que os dois tivessem uma conversa. Ninguém estava em clima para isso. Lá no hospital, e muito menos na casa dos Weasleys.

  Molly esperava seu marido e Harry chegarem com Gina. Ela estava nervosa e já vestia seu roupão, pronta para dormir, sentada no sofá da sala. Pensava que algo tinha acontecido com Gina ou com os dois no meio do caminho. Doía seu coração ao pensar nessa ideia.

  Ela ouviu o piar de uma coruja na janela. Levantou-se rapidamente e abriu-a para que a linda mistura de marrom com amarelo entrasse, deixando uma carta em suas mãos e atirando-se nos céus em seguida.

  Por um instante, a matriarca teve medo de abrir a correspondência. Sabia que era de Artur, mas não tinha certeza se gostaria de ler o que estava ali. Suspirou e sentou-se novamente no sofá, sentindo a brisa noturna em seus cabelos por ter esquecido de fechar a janela.

  Molly abriu a carta e leu linha por linha, atenta a tudo o que seu marido escreveu. Seus olhos se arregalaram. Ela não queria acreditar do que estava ali. Leu mais uma vez, mais duas, três... Deixou a carta cair no chão.

  Seus olhos estavam marejados. De repente, tudo parecia ter ficado mais frio. Sua boca tremia e seu coração batia tão rápido quanto na vez em que presenciou a morte de Fred. Molly levantou-se do sofá e foi andando rapidamente para a cozinha. Tentou beber água, mas jogou o copo no chão. Não queria se acalmar, ela queria apenas que a sua menina estivesse protegida.

  Resolveu avisar aos seus filhos e manda-los ao hospital. Se eles ainda se sentiam na responsabilidade de proteger Ginerva, que isso fosse cumprido.

  Quando avisou à Gui, Carlinhos e Percy, os três apartaram de uma vez na A Toca. Pareciam tão desesperados quanto a sua mãe. Percy queria acreditar que era apenas um sonho, Carlinhos mal sentia os movimentos de seus braços e Gui... Ah... Gui esqueceu o que era viver por um misero segundo.

  - Temos que partir agora para o hospital. – Molly disse – acordem os meninos! Vão rápido! – ordenou para seus filhos. Carlinhos e Percy foram a disparada, mas Gui ficou para consolar a mãe, que chorava de soluçar em seus braços, deixando-o com uma vontade inexplicável de gritar e chorar como se fosse uma criança.

  Percy abriu com toda a força que pode encontrar o quarto de Rony, que dormia pesadamente, roncando e de barriga para baixo.

  Tentou gritar, fazer barulho e até atirar livros na cabeça do irmão, mas Rony não dava sinais que iria acordar tão cedo.

  Então Percy lembrou-se de um feitiço.

  - Que droga! – Rony gritou ao sentir suas roupas e face encharcada – o que deu em você, Percy?

  - Se arrume de uma vez, estamos indo ao St. Mungus! – exclamou – nossa irmã teve um traumatismo craniano!

  - Gina? – perguntou Rony, meio grogue – Gina teve um trauma... Traumismo...? Traumatismo? – seus olhos arregalaram.

  - Anda logo! – Percy gritou, descendo as escadas na velocidade da luz. Molly se arrumou e Jorge terminava de abotoar uma blusa qualquer, estava prestes a cair no choro. Gina era a pessoa com quem tinha mais ligação na casa, após a morte de Fred. Se algo acontecesse com ela, Jorge entraria em uma profunda depressão, talvez maior do que a outra em fase de superação da morte do seu irmão gêmeo.

  Rony apareceu em seguida. Parecia o menos preocupado com a situação toda, mas ele nunca foi de sentimentos. Sem demonstrar, tudo o que ele queria era a rápida recuperação de Gina. Ele pensou em como Harry devia estar se sentindo. Mal, péssimo, desolado, sem saber para onde ir.

  Todos apartaram, um por um, Gui levando a sua mãe. Em um segundo, todos estavam na sala de espera do St. Mungus, que estava lotada com pais e amigos de todos os feridos pelo acidente.

  Molly avistou Artur, que a deu um abraço apertado. Harry estava distante de todos, tanto fisicamente quanto psicologicamente. Sentado em uma cadeira e preso em seu próprio mundo, olhando para a parede branca do hospital com um cartaz:

  Sua melhor opção em hospital.

  “Sua única”, pensou Harry.

  Não que St. Mungus fosse ruim, mas a demora estava o deixando pirado. Fazia duas horas que Gina estava naquela maldita sala operatória.

  - Harry... – Rony se aproximou. A atenção de Harry voltou para o amigo, que se sentou na cadeira ao seu lado na sala de espera.

  - Rony... Ela... Vai ficar bem. – Harry foi otimista.

  - Espero que sim, Harry. Gina é forte. Ela consegue tudo o que quer. – o ruivo sorriu. Harry fez a menção de sorrir em resposta e foi quanto o doutor que atendia Gina entrou na sala. Harry levantou-se do seu lugar. Todos ficaram em alerta quando Artur avisou quem ele era.

  - Eu tenho uma boa e uma má notícia. – o médico disse.

  - Queremos a boa! – Rony gritou.

  - Ginerva está curada, viva e saudável. – todos começaram a falar em concordância, felizes pela tão calorosa notícia.

  - E a ruim? – perguntou Jorge.

  - Ela está desacordada e não sabemos ao certo quanto tempo pode vir a ficar nesse estado. – o doutor respondeu – podem ser horas, dias ou até meses. Não chega há anos. Gina é uma atleta, então é provável que a recuperação seja ainda mais rápida, e além de tudo, ela é forte. Porém, o traumatismo foi grave, ela bateu a cabeça com muita força. Os traumatismos mais graves são causados por acidentes automobilísticos

  De repente, um clima pesado de formou na sala. Todos sentiram os olhos marejarem. Gina estava bem, mas o seu afastamento por um tempo causaria uma dor enorme em todos eles.

  - Vocês podem ajudar na recuperação do coma. – o doutor continuou – conversar com ela, lembrar de tudo o que ela já viveu e cantar. Isso servirá como um ótimo motivo para Ginerva recomeçar a sua vida normalmente – o médico chegou perto de Harry, entregando a aliança de Gina em sua mão – ela não podia entrar com algum tipo de metal na cirurgia, mas será bom se você colocá-la de volta em seu dedo antes que ela acorde – ele voltou para a família – quanto mais cedo ela acordar, menos precisaremos forçar a fisioterapia e a psicologia. Rezem para isso. – saiu do local, andando a passos largos – ah sim. As visitas começam daqui a duas horas.

  Uma medibruxa entrou na sala.

  - Família de Luna Lovegood? – perguntou.

  Xenófilo levantou-se e foi à direção da medibruxa.

  Nenhum dos Weasleys ou Harry chorava, mas eles estavam em choque. Gina estava bem, era isso o que importava, daqui a um tempo acordaria e poderia seguir sua vida normalmente.

  Artur sentou-se, encarando a realidade. Nenhum dos irmãos emitiu uma palavra. Harry afastou-se deles para tentar processar tudo o que o doutor jogou na cara deles. Molly começou a acariciar os cabelos de Artur, respirando pesadamente.

  Então era aquilo? Gina estava apenas tirando um sono profundo? Um sono profundo que duraria mais do que uma ou duas noites? Isso era um pesadelo para Harry.

  Ao menos, ela estava bem.

............

  Três semanas e nada de Gina acordar. O medibruxo não sabia dizer quando ela iria despertar, mas supusera que seria cedo. Ela era alimentada pelo soro e parecia estar dormindo. Como a Bela Adormecida, uma princesa famosa nos contos de fadas trouxas.

  Gina não estava tão bonita quanto era antes. Sua sobrancelha já não era mais feita, as unhas não eram tão bem cortadas e nunca tinham esmalte. Mas para Harry, ela continuava perfeita, quase intocável de tão bela e enlouquecido ele estava pela harmonia que sua noiva transmitia.

  Harry a visitava todos os dias e contava como a vida estava andando. O clima não era o dos melhores n’A Toca e nenhum deles tinha disposição para qualquer coisa, mas era importante contar o que acontecia para ela.

  - A gula do seu irmão finalmente teve suas consequências. Rony comeu uma coxa de peru inteira e saiu engasgado. Ele chegou a ficar roxo e seu pai teve que o fazer vomitar para que desengasgasse. – Harry riu – mas não pense que ele acordou em relação a isso porque ele continua comendo como um esfomeado.

  A única coisa que Harry ouvia em resposta eram os batimentos cardíacos de Gina na máquina.

  Suspirou.

  - Espero que você saia logo disso... – Harry passou a mão no cabelo de Gina – sinto sua falta – beijou sua testa – você não faz ideia de como, e eu te amo. Amo-te além da minha própria vida e faria de tudo para ver você sorrindo novamente, cantando, até mesmo reclamando de tudo o que há a sua volta – ele riu – sinto saudades de ouvir seus passos ecoando pela casa, seu abraço e até mesmo seu choro. Sinto falta de tudo e nada me faria mais feliz se você demonstrasse que está voltando... Por favor...

  Ele apertou a mão direita de Gina e deixou uma lágrima cair na mão dela. Ele estava chorando. Não era para menos. Harry se tornou um fracote por conta disso. Nada o deixava com o humor mais para baixo do que ver sua amada presa a tantos cabos, sem poder expressar o que sente, sendo em gestos ou palavras.

  Harry largou a mão de Gina e caminhou para fora do quarto, o horário de visitas terminava. Olhou mais uma vez para Gina e deu um sorriso.

  - Até mais tarde. – despediu-se, saindo do quarto.

  Poucos minutos depois, uma curandeira entrou para mudar a bolsa de soro que sustentava Gina. Quando ela olhou para a paciente, seu queixo caiu.

  - Doutor! Doutor! – ela chamou pelo doutor e apertou a campainha para que pudesse alertar a todos os outros.

  Quando entraram no quarto, viram o que não esperavam que pudesse acontecer tão cedo.

  - Ela abriu os olhos... – disse o medibruxo. 


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Notas finais do capítulo

#Nox