Amando Gina Weasley escrita por Iadala


Capítulo 14
Capítulo 14 - Adeus ano letivo!


Notas iniciais do capítulo

#Lumus

Olá pessoal! Como estão nessa agradável manhã de segunda-feira?????? Alguns de férias, outros não.

ENFIM...É dia de capítulo novo de AMANDO GINA WEALSEY! E tem forma melhor de comemorar se não lendo sendo no início das férias do meio do ano?

Aproveitem essas 5000 palavras, e boa leitura!



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  POV – HARRY

  Acordei sendo cutucado por alguém. E não eram simples cutuques, eram quase socos em meu estômago.

  - Ai! – reclamei, colocando as mãos em minha barriga e então abrindo meus olhos, tendo a visão de quem era o ser que estava a atrapalhar meu sono. O desalmado era ninguém menos do que Ronald Weasley, que me olhava seriamente, porém bastante preocupado.

  - O que houve? – perguntei, sentando-me na cama com as mãos apoiadas sobre ela. Restávamos apenas nós dois naquele local. Todas as outras camas estavam devidamente arrumadas e sem nenhum requisito de que foram utilizadas por uma noite inteira.

  - As notas das provas... Elas estão lá em baixo no quadro de avisos. – Rony avisou, parecendo chateado. Seu olhar parou no chão. Ele fitava os próprios pés e dava leves suspiros.

   - Você repetiu? – perguntei, buscando meus óculos e os colocando em meu rosto. Rony não estava muito diferente de mim. Vestia pijamas e tinha os cabelos embaraçados.

  Rony sentou-se em sua cama, ao lado da minha. Começou a olhar para as linhas das mãos e depois se deitou, fitando o tendo com os olhos espremidos e parecendo carregar uma enorme rocha em suas costas.

  - Não faço ideia. – ele respondeu sentand0-se na cama e encarando a janela, onde alguns passarinhos cantavam sua melodia matinal. – Se eu tiver repetido... Mione me matará. Ela nunca mais vai querer ter alguma coisa comigo e eu ficarei para escanteio... Você verá. E ainda por cima – bufou – servirei bebidas para os marmanjos do Três Vassouras.

  Olhei para meu amigo: - Não martele essa ideia, Rony. Você provavelmente passou.

  O maior medo dele não era falhar.

  Seu pior medo era perder Hermione;

  Levantei-me da cama e caminhei para o banheiro, sem prestar atenção em Rony. Ele merecia um tempo sozinho e eu o daria aquele privilégio. Ele necessitava de colocar seus pensamentos no lugar antes de descer e, talvez encarar uma surpresa.

  De qualquer forma, se ele repetisse, estaria aprendendo uma lição valiosa. Nunca mais contar com a própria sorte. Eu, por exemplo, contei demais com ela, mas da mesma forma não deixei de me dedicar e aproveitava meu tempo com Gina apenas nas horas vagas, isso infelizmente já que era uma batalha acirrada entre namorar, estudar e dormir.

  Minhas olheiras ficavam mais profundas a cada dia.

  Hermione sempre colocou os estudos em primeiro plano e isso enciumava Rony. Ele pensava que ela iria querer se casar com o emprego quando ficasse mais velha e então começaria a ignorá-lo.

  Santo e estúpido Ronald.

  Tirei minhas roupas e entrei no box. Abri a torneira de água quente, e quando a água começou a cair esperei a luz ficar mais forte para indicar que ela finalmente havia esquentado. O que demorou bem menos em comparação às outras, daquela vez.

  Uma dúvida corria em minha mente. Tinha eu passado naquele teste? Estudei até minha testa ficar enrugada e nascerem fios brancos em meus cabelos. Gina disse que estava tão nervoso que havia esquecido de me barbear. De fato, eu estava sobrecarregado e impaciente, então tudo o que eu fazia não saia direito ou até mesmo fugia dos meus pensamentos.

  Sai do chuveiro e vesti uma blusa preta e uma calça jeans. Fim de semana. Sem uniformes. Sem aulas, apenas descanso e preparação para o baile de formatura que McGonagall restaurou após 10 anos sem acontecer.

  Ele aconteceria domingo de noite e terça-feira seria nossa colação de grau. Os pais dos nascidos trouxas foram autorizados a entrar na escola para assistir a celebração. McGonagall não parecia muito animada com a chegada dos pais. Geralmente os diretores são contra eventos que é necessária a entradas da família por causa de confusões pelo sangue ou até mesmo pelo nome que pode haver.

  Quando sai do banheiro, Rony já não estava mais no quarto. Resolvi descer e conferir minhas notas, que estavam no mural para que todos de todas as casas tivessem acesso. Ninguém pensou que talvez elas pudessem nos constranger?

  Desci as escadas que levavam aos dormitórios masculinos e dei de cara com um monte de pessoas envoltas no mural da Grifinória olhando as notas. Logo avistei Hermione que esboçava um grande sorriso que iluminava seu rosto. Ela se virou e me viu indo em direção a ela.

  - Harry! – ela gritou. – Você não vai acreditar!

  - O que aconteceu? Você fechou todas as matérias? – debochei.

  - Sim. Mas venha! – ela me puxou para o mural. Eu suava frio e sentia meu coração bater mais rápido do que o normal.  – Leia com bastante atenção.

NOTAS DOS N.I.E.Ms.

(Da maior para a menor)

1.            HERMIONE GRANGER – GRIFINÓRIA

2.            HARRY POTTER – GRIFINÓRIA

3.            ANA ABOTT – LUFA-LUFA

4.           ERNESTO MCMILLAN – CORVINAL

5.            DRACO MALFOY – SONSERINA

6.           PADMA PATIL – CORVINAL

7.            SIMAS FINNIGAN – GRIFINÓRIA

8.           TERÊNCIO BOOT – CORVINAL

9.           LILÁ BROWN – GRIFINÓRIA

10.         SUSANA BONES – LUFA-LUFA

11.          DAPHNE GREENGRASS – SONSERINA

12.          PANSY PARKINSON – SONSERINA

13.          JUSTINO FLINTCH-FLETCHEY – LUFA-LUFA

14.         RONALD WEASLEY – GRIFINÓRIA

15.          MÁDI BROCKLEHURST – CORVINAL

16.         PARVATI PATIL – GRIFINÓRIA

17.          DINO THOMAS – GRIFINÓRIA

18.         MILA BUSTRODE - SONSERINA

19.         BLAZE ZABINI – SONSERINA

20.         NEVILLE LONGBOTTOM – GRIFINÓRIA

Os 20 restantes conseguiram notas abaixo de Ótimo em mais de três matérias. (N/Ju: Não escrevi os 20 restantes porque não iria fazer grande diferença).

Os 10 últimos conseguiram notas abaixo de aceitável.

Os dois últimos estão repetindo o 7° ano da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, mas se tiverem interesse, podem desistir e fazer o Supletivo Bruxo.

Diretora

Minerva McGonagall

  Não acreditei quando vi o meu nome. Eu era a segunda maior nota. Senti minha boca abrir e fechar repetidas vezes e então me virei para Hermione que tinha um sorriso solidário em seu rosto.

  Minha amiga soltou um gritinho e então me abraçou. Passamos com notas tão boas que poderíamos ser contratados até para Ministros da Magia.

  A maneira que ela ficou animada foi, de fato, um pouco patética e exagerada. Porém eu dava todo o valor para isso. O sonho de Hermione era ter tamanha segurança em suas notas que não teria de se preocupar batendo de porta em porta para conseguir o tão sonhado emprego.

  Soltamos-nos do abraço. Hermione suspirou, e então disse:

  - Serei a melhor naquele escritório no Ministério. – ela inspirou – estou muito feliz conosco, mas estou sinceramente preocupada com Rony. Ele pode ter passado com ótimo e excede expectativas nas matérias. Mas a sua dificuldade em ser aceito pelos aurores será grande. Como todos nos alertaram até hoje, quanto mais baixas as notas, mas difícil tudo se tornaria. – bufou.

  Sorri para ela. Ela correu seus olhos pela sala até encontrar Rony sentado em uma poltrona, distante de todos, com seu olhar fixado em uma das paredes. Seus olhos azuis apontavam concentração e evitam qualquer tipo de manifestação, mostrando que não queria ser interrompido por nada.

  Mas não era isso que Hermione achava.

  Ela caminhou até Rony, buscando sua atenção com gestos feitos com suas mãos. Hermione tinha ido em paz. E apenas queria animar Rony, mostrando a ele que ela nunca o deixaria por não ter conseguido notas melhores.

  Resolvi deixar os dois sozinhos e saí do salão comunal. A mulher gorda cantarolava uma música qualquer, fazendo que todas as pinturas dos quadros ao seu redor buscassem outros para de tamanho desespero que era ouvir a mulher cantando. Tapei os olhos com as mãos e desci as escadas rapidamente, de dois em dois degraus, sem me preocupar se alguma hora eu poderia cair e quebrar algum osso. Eu apenas queria sair daquele local e evitar qualquer tipo de som vindo daquele quadro.

  Chegando ao Salão Principal, vi que Gina havia saído para tomar café. Ela não tinha me esperado. Provavelmente porque eu demorei mais do que devia lá em cima, acordando mais tarde que o habitual e ainda enrolando para deixar o quarto.

  Aproximei-me sorrateiramente, sem emitir um único som enquanto via a ruiva dos olhos claros tomar leite em uma xícara. Quando me pus atrás dela, envolvi minhas mãos em seus olhos e permiti que ela adivinhasse quem estava a fazer a brincadeira. Senti que ela levantou uma das sobrancelhas e deu um sorriso antes de falar o meu nome.

  - Não vale. – falei, saindo de trás dela e me sentando ao seu lado. – você me viu chegando.

  - Não vi, mas não precisava de mais provas para saber que era você. – ela disse. – a propósito, vi suas notas nas provas. Meus parabéns.

  - Obrigado. – falei, pegando um pedaço de bolo e colocando no prato que estava a minha frente.

  - Todo aquele estudo e um ‘chega pra lá’ no nosso relacionamento realmente valeram à pena. – Gina disse, me fazendo virar para ela boquiaberto. Ela creia que aquele tinha sido um real afastamento ente nós dois? Gina viu minha expressão e soltou uma risada gostosa. – estou brincando meu amor, você sabe como eu gosto de você e nunca acharia que você me trocaria por, ah... Livros! – exclamou me dando um beijo na bochecha.

  - Sabe, eu realmente não compreendo como Rony teve ciúmes dos estudos de Hermione. – minha namorada continuou a falar. – vai ver por isso ele não tenha obtido notas satisfatórias. Pobre dele. Mas que sirva de lição. – bebeu mais um pouco do leite, antes de dirigir seu olhar para mim.

  - Rony é inseguro. E disso já estamos fardos de saber. – proclamei, mordendo um pedaço do bolo.

  - Enfim – ela quis fugir do assunto – vamos aproveitar muito esse fim de semana porque amanhã eu provavelmente apenas o verei durante a noite. Terei que me arrumar para o baile, e você sabe bem como é ser o par de Harry Potter. Esteja perfeita ou todos atirarão paus e pedras em cima de você. – ela pegou um pedaço de pudim de pão.

  - Você lamenta não estar concorrendo à rainha do baile? – perguntei, passando uma de suas mechas para trás de sua orelha.

  - Não. E da mesma forma, eu não poderia se eu e meu par somos de seres diferentes. Seria muito injusto. – concordei com a cabeça. – Harry, na segunda-feira, no último jogo de Quadribol... Preparado para vencer da Sonserina?

  - Mais do que nunca. – respondi. – esse ano será até mais fácil. Desde que Draco Malfoy passou a ignorar completamente minha existência, tudo anda sendo mais simples. – expliquei.

  - Ele anda namorando uma quintanista. – Gina disse. – Astoria Greengrass. Acho que ela o fez perceber que era arrogante e inconveniente, ou ela tenha sido uma alma iluminada na vida dele, assim como Audrey na de Percy.

  - Ou ele percebeu que era um inútil. – sugeri.

  - Talvez. – falou.

  Terminamos de tomar café trocando táticas para o jogo de segunda-feira. O time inteiro se empenhou muito durante todo o tempo de treinamento. Não poderíamos deixar que outra casa ganhasse. Nossos planos para alcançar a vitória eram incríveis, poderiam até servir para a seleção inglesa alcançarem grandes lances em um jogo.

  Afinal, além de perder as copas de Quadribol de 1990, 1994 e a última em 1998, eles precisariam mesmo de uma pessoa que realmente soubesse planejar um bom jogo e quem sabe eles conseguissem uma taça que fosse. A Inglaterra tem apenas uma vitória em seu histórico de mais de 200 anos de Quadribol. Se bem que, literalmente, todos os países do mundo participam, mas eu não considero isso uma boa desculpa.

  - Harry, preciso subir agora, tenho que... Fazer uma coisa extremamente importante. – Gina anunciou, levantando-se rapidamente e correndo em direção às escadas.

  Não sei se só eu pensava isso, mas ela estava distante naquele dia. Diferente, sem ânimo para conversar. Queria ficar sozinha, talvez?

  POV – GINA

  Nem sozinha e nem longe de Harry eu queria ficar. Apenas queria descansar e aceitar que ele vai embora ao final do mês para nunca mais estudar comigo novamente.

  Podia parecer frescura e poucos entenderiam do porque eu me afastei do meu namorado, mas é porque a sua presença me faz lembrar cada vez mais de sua partida.

  Porém, recordei-me de que cada momento é valioso, então tudo o que fiz foi dar meia volta e abrir com a maior força que pude reunir a maldita porta do Salão Principal. Todos olharam para mim, dentre eles Harry, que estava visivelmente assustado, no mínimo imaginando que a culpa era dele.

  Cheguei bem perto de Harry e taquei um beijo em seus lábios finos. Ele ficou surpreso por um tempo, mas logo retribuiu. Nossas línguas dançavam em uma perfeita harmonia que só nós dois tínhamos conhecimento. Uma sintonia deslumbrante, mágica, que me levava às nuvens e então só me trazia de volta quando éramos interrompidos ou precisávamos buscar pelo ar.

  Quando o soltei, vi que seu rosto estava vermelho e suas roupas amarrotadas. Eram as consequências da saudade que eu já sentia. O abracei e deixei que ele me desse um beijo na bochecha. Várias meninas começaram a suspirar e meninos a imitar vozes finérrimas “ai, que fofo”, “ai, que amor”.

  - Quando você deixar Hogwarts... – comecei – nem pense em me esquecer, parar de mandar cartas ou ignorar qualquer coisa que eu faça. Se você cometer qualquer uma dessas infrações, eu arranco seu coração com um feitiço, Harry Potter. – franzi a testa e o maldito começou a rir. – eu te amo.

  - Também te amo. – ele me beijou. – muito.

Noite de domingo

  - Ai Gin, que tudo você estar indo no baile de formatura! – Sarah Davon, uma das meninas que dividia o dormitório comigo exclamou enquanto eu colocava um brinco em minha orelha esquerda. Eu estava me arrumando para a festa e as meninas do dormitório me ajudaram, fazendo meu cabelo, unhas e me induzindo a escolher o vestido perfeito.

  - Gina, diga se lá terão muitos garotos bonitos. Em especial, Blase Zabini... – Penélope D’arc suspirou.

  - Até parece que ela vai reparar nisso! – Courtney Lascasas bateu na cabeça de Penélope com um travesseiro.

  Eu passava maquiagem enquanto as meninas discutiam sobre a festa e sonhavam com o baile do ano que vem. Eu não iria ao do próximo ano porque Harry não poderia me acompanhar, eu estaria sem par e não sou muito chegada às festas oferecidas por Hogwarts. Prefiro dormir a aturar gente chata.

  Quando passei a última camada de gloss em meus lábios, não pude deixar de admirar como eu estava perfeita.

  - Parecendo um mulherão, Gina. Acho que Harry vai até esquecer o baile... – Sarah exclamou, fazendo todas nós rirmos.

  Eu devia aparentar uns três anos mais velha. Aquele vestido azul colado no corpo, moldando cada parte dele e ressaltando as minhas curvas, também levou meus seios para frente, que já eram até aumentados com magia. Grande vantagem, sim? Esperava pelo menos que ninguém além de Harry ficasse a admirar meu corpo.

  Sorri para as meninas, colocando meus cabelos para trás e sorrindo para a imagem que eu via no espelho. Eu já estava confiante o suficiente para deixar o local e ter com Harry.

  Despedi-me das meninas e então desci cada degrau da escada lentamente. Harry estava no andar de baixo. Vestia um terno que caia tão bem em seu corpo que o deixou bem mais encantador que o normal, passou gel no cabelo e deixou os óculos de lado. Ele parecia apreensivo, acho que porque sua paciência estourou de tanto me esperar.

  Assobiei alto para que ouvisse que eu estava no recinto.

  Sua cabeça virou-se rapidamente para mim e pude ouvir o sol de seu queixo caindo. Dei uma risadinha e fui ao seu encontro.

  - Gina... Nós estamos indo apenas... E - eu... Uau. – ele disse por fim, sorrindo.

  - Gostou? – envolvi meus braços em seu pescoço.

  - Qualquer um que se atrever a olhar para você vai receber um soco no meio da cara. – Harry disse, trazendo gostosas gargalhadas. – você está exuberante.

  - Obrigada, mas não estou aqui para receber elogios, e sim para aproveitar uma festa. – falei. – você está irresistível. Vamos?

  - Vamos. – ele respondeu quando eu enlaçava meu braço no dele e íamos para o Salão Principal.

  Quando chegamos ao local, percebemos a incrível decoração. Estava quase idêntica a vez que o reformaram para o Torneio Tribruxo, porém, sem quaisquer vestígios de Durmstrang e Beauxbatons.

  Avistamos todos do 7° ano, rindo, bebendo, fazendo bagunça, e ficando com todos que encontravam pela frente. Era como se a realidade tivesse batido na testa deles e exclamado: “Últimos momentos de diversão, queridos”.

  Avistei Rony e Hermione se beijando em um canto. Beijando? Eles estavam dando uns amassos em um canto. As mãos do meu irmão estavam... Dentro do vestido de Hermione e ela bagunçava os cabelos dele. Por Merlin, aquele era lugar para se fazer essas coisas?

  Harry parecia distraído, assistindo a apresentação do cantor contratado no palco, que pelo visto, conseguia prender a atenção de qualquer pessoa com a sua melodia podre.

Ah, vem voar comigo na minha vassoura.

Ah, a nova moda é apartar juntinho.

E isso que é coisa boa.

  - Não acredito que você ouve isso. – falei para Harry, que virou a cabeça para mim no mesmo instante com um sorriso travesso.

  - Na verdade, eu detesto. Mas pelo visto, não teremos coisa melhor. – ele me puxou pela cintura e fomos pegar uma mesa.

  Não tinha nenhuma vazia, então tivemos que nos sentar com nossos amigos da Grifinória. Dino com uma garota qualquer, Simas, Lilá, Neville com Ana, Parvati e sua irmã. Quando nos aproximamos, eles nos receberam com um sorriso.

  - Sabe a Courtney Lascasas? – Simas perguntou para mim, levantei as duas sobrancelhas. – ela é sua amiga, não é mesmo?

  - Sim. – respondi.

  - Ela tem namorado? – indagou.

  - Não. – respondi.

  - Ótimo. Vou lá em cima avisa-la que ela tem um baile para ir. – Simas saiu da mesa com um sorriso em seu rosto.

  - Simas é todo retardado. – Dino disse.

  Todos nós debatíamos sobre o que cada um tinha planos para depois de Hogwarts. Dino trabalharia na seção de detetives do Ministério. Lilá seria medibruxa. Neville herbologista. E como ouviram falar, Simas queria ser pintor. Eu ainda não tinha certeza, mas se tudo desse certo, eu provavelmente trabalharia em Gringotes. Quando Harry disse que seria auror, todos emitiram um som como:

  - DÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃ

  No geral, a festa estava muito boa, todos nós rimos, fizemos palhaçadas e cantamos uma música ou outra. Tudo na perfeita paz.

  Até anunciarem o rei e a rainha do baile.

  - Boa-noite alunos. – McGonagall foi ao microfone. – Bem-Vindos ao Baile de Formatura. – todos bateram palmas. – essa noite está sendo muito proveitosa, eu imagino. Mas vamos ao que interessa. Mocinhos e mocinhas (é...), meninas principalmente, ansiosas para o momento de agora? – as meninas gritaram – pois bem, estamos aqui para anunciar as coroações do rei e da rainha do baile de formatura de Hogwarts 1999! As votações já acabaram, e pelo o que eu percebi... Vocês gostam mesmo de quem elegeram! – todos batem palmas. – vamos lá... Os indicados para rei foram...

Ernesto McMillan da Corvinal, Terêncio Boot da Corvinal e Justino Flitch-Fletchey da Lufa-Lufa!

  Todos bateram palmas. – E as meninas – McGonagall continuou – foram...

Lilá Brown da Grifinória, Pansy Parkinson da Sonserina e Susana Bones da Lufa-Lufa!

  As meninas sorriam para todos, agradecendo. Eu e Harry depositamos nossos votos em Lilá, aliás, todos da Grifinória. Mas não tínhamos a certeza se ela ganharia. Susana era muito popular e amigável, e apesar da nossa colega também, ninguém em Hogwarts batia Susana, talvez Cho Chang batesse, mas ela já havia se formado.

  - O rei do baile de formatura é... – McGonagall pegou um envelope e abriu, fazendo suspense logo em seguida. – Ernesto McMillan!  - ela gritou no microfone para que todos ouvissem. Ernesto saiu de seu lugar, feliz e sendo abraçado por todos.

  Ele subiu no palco e Flich o entregou tudo o que o rei teria de usar. Um bastão, uma faixa com a frase: “Rei de Hogwarts – 1999”, e claro, uma belíssima coroa de ouro.

  Ernesto levantou o bastão e todos gritaram a seu favor.

  - E a rainha do baile de formatura é... – McGonagall abriu outro envelope, sorrindo para o nome que viu. Ela fez o dobro de suspense da última vez, e juro que eu podia ouvir os dentes de Lilá batendo de ansiedade. – Lilá Brown! – o grito de McGonagall foi apagado pelo de Lilá e Parvati, que sorriam e se abraçavam. A loira saiu de seu lugar e foi em direção ao palco, dando-nos a visão de seu belíssimo vestido rosa com alças. Ela parecia uma verdadeira rainha de baile.

  Quando Lilá chegou ao placo, recebeu de Flich um buquê de flores vermelhas, uma faixa com as mesmas escritas de Ernesto, mas em lugar de rei, rainha. E uma coroa prata com jóias reluzentes. Ela ria de orelha a orelha, e quase achei que ela estava chorando de felicidade, isso até uma menina gritar de ódio no meio de todos.

  - Mas que droga é essa? Eu quem deveria ter ganhado! – Pansy gritou, levantando-se da cadeira onde estava olhando insatisfeita para o palco e com um ódio indescritível para Lilá. – e logo Brown? Perdi para Brown?! Aquela chorona ridícula, metida a besta, vadia, feia, burra e com voz de gralha? Aquela re-tar-da-da? – Pansy fazia gestos com as mãos, expressando todo o seu ódio. Ela andou até o palco com os braços presos ao corpo e as mãos firmes. – quem você pensa que é para ganhar alguma coisa de mim Brownie? – Pansy puxou Lilá para baixo e começou a bater nela, sem magia, apenas usando seus braços e todo o seu ódio reunido.

  Por um tempo, Lilá apenas gritava de dor, mas logo foi substituído por uma raiva insana que eu nunca tinha visto na garota. Ela deu um chute tão forte na barriga de Pansy, que a sonserina saiu rolando até os pés de alguns lufanos que estavam em uma mesa perto da entrada do Salão.

  - E que sirva de lição, Pansy. – Lilá disse. Todos aplaudiram o ato dela, até mesmo os sonserinos. – nunca, mas nunca mesmo mexa com Lilá Brown. A culpa não é minha se você não ganhou. Uma rainha precisa ser bonita, sim. Mas acima de tudo ela tem que ser amável, demonstrar compaixão, ser carinhosa e agradável. Uma boa aluna e tudo o mais que destaque todas as suas qualidades. É isso o que faz as pessoas ganharem, tanto aqui, quanto na vida. Compaixão e gentileza. Coisas que você nunca teve. – aplaudiram novamente. McGonagall olhava surpresa de uma menina para outra e então adquiriu uma expressão severa. – Srta. Parkinson, na minha sala AGORA! – ela saiu andando para fora do local, Pansy não teve outra escolha se não levantar e ir atrás. – Srta. Brown, mais tarde conversamos.

  Pansy virou-se para Lilá e mostrou seu dedo do meio. A grifinória sorriu e colocou as mãos na cintura, dando um toque de ironia, deixando a sonserina ainda mais irritada.

  - Srta. Parkinson! – McGonagall gritou. – AGORA!

  Por um momento, todos ficaram calados observando Pansy e a diretora saírem do      Salão Principal, mas então se viraram para Lilá e começaram a aplaudi-la.

  - Essa é uma verdadeira rainha! – Dean assobiou.

  - Lindaaaaa! – Parvati gritou.

  Avistei Rony e Hermione próximos ao palco. Até eles aplaudiram a garota, que foi um grande empecilho no relacionamento deles no 6° ano.

  Quando o baile terminou, deviam ser duas da madrugada, Harry e eu estávamos tão cansados que não aguentávamos nossos próprios pesos. Morto-vivos. Uma palavra que nos descrevia adequadamente.

  Sem falar que bebemos iguais a dois gambás em dia de sol.

  Quando subimos os lances das escadas, pensei realmente que iríamos para o salão comunal, mas como eu estava errada.

  Harry deu a meia volta. Então imaginei que iríamos à Sala Precisa, mas vi que eu não parava de errar. Ele entrou no armário de vassouras do Flich e me levou junto.

  - O que estamos fazendo aqui? – perguntei, enquanto ele acendia a luz daquele minúsculo lugar e trancava a porta com um feitiço.

  - Aproveitando os últimos momentos que temos hoje. – ele disse, passando os lábios em minha orelha, me fazendo arfar. 

  - Mas aqui dentro? – perguntei, beijando o seu pescoço, deixando leves marcas de batom na extensão dele. Harry tinha cheiro de bebida misturada com perfume masculino.

  - Tudo o que é proibido é mais gostoso... – Harry respondeu, passando sua boa para meu pescoço. O beijei nos lábios em seguida, com mais desejo.

  Tirei seu paletó e ele começou a tirar o meu vestido, estávamos em um passo lentíssimo, distribuindo beijos nos corpos, trocando carícias e demonstrando o quanto nós nos amávamos em palavras e ações. Ele desenhava por toda a extensão de meu corpo, com a língua e os dedos, tudo o que sentia por mim, em um ritmo excitante. Retribuí da mesma forma, também deixando claro que ele era tudo o que eu tinha de mais valioso em minha vida.

  Quando terminamos, demos nossa maneira de nos acomodarmos ali mesmo. Já deveriam ser cinco da manhã, e não queríamos incomodar todos que estavam nos dormitórios.

  Ele acariciava minhas costas nuas enquanto eu pregava no sono. Quando finalmente preguei os olhos, senti seus lábios em minha testa, em um longo beijo e um:

  - Eu te amo. – com a voz rouca. Pude sentir que ele sorria com isso, me fazendo abrir um também.

(...)

POV – HARRY

  - É a disputa do ano, senhoras e senhores! Harry Potter da Grifinória e Draco Malfoy da Sonserina, os dois apanhadores das casas, correm feitos loucos em suas vassouras super potentes atrás do POMO DE OURO! A sua captura definirá quem ganhará essa partida e assim levar o troféu de Quadribol para sua casa! – Luna disse, ela era a narradora durante aquele jogo. Não pude deixar de perceber que ela usava seu chapéu de leão. – Harry está indo à direita e Malfoy o segue. Parece que finalmente encontraram o pomo!

  O placar mostrava 150x150. Acho que deviam ter duas horas de jogo. Não sei se foi uma pegadinha, mas aquele jogo tinha sido o mais difícil de toda a história de Quadribol em Hogwarts. Tanto eu quanto Malfoy não encontrávamos o pomo de maneira alguma, e quando eu o avistei, Draco também o viu. Nós dois voamos desesperados para o local onde ele estava. Sem nos preocupar se tinha um batedor ou outro na nossa frente.

  Quando estava bem próximo ao pomo, pude vê-lo parado por um instante e senti que tudo estava em câmera lenta. Eu estiquei meu braço para pega-lo e Draco, que estava do outro lado, esticou o seu, nós dois estávamos com expressões que denunciavam aflição, e não sabíamos ao certo o destino daquele jogo.

  Isso antes de sentir meus dedos ao redor do pomo e o barulho de corneta.

  - E É ISSO PESSOAL! HARRY POTTER GANHOU PARA A GRIFINÓRIA. 300X150! – Luna gritou no microfone, fazendo todos os grifinórios descerem à arquibancada e virem em minha direção. Desci ao mesmo tempo em que Draco, que apertou minha mão com um sorriso.

 - Bom jogo. – ele disse, indo para seu time da sonserina em seguida.

  - POTTER! POTTER! POTTER! – ouvi os gritos. Gina apareceu atrás deles e correu para me abraçar.

  - Ótimo jogo, capitão. – ela pegou meus óculos e tascou um beijo em meus lábios.

(...)

Manhã de terça-feira

  -... E é por isso que nós acreditamos em nós mesmos. Porque somos fortes e caramba, nós ajudamos Harry a derrotar Voldemort! – várias pessoas riam. - Nós somos a Armada de Dumbledore. Somos o 7° ano mais animado dessa escola. Mas o mais importante é que sem a ajuda de todos vocês, pais, irmãos, tios, sobrinhos etc., e sem a nossa união e amor por nós mesmos e por todos que existem nessa escola... Nós nunca conseguiríamos descobrir nossas identidades e nem formar essas pessoas desmioladas, porém alegres e companheiras que todos nós do 7° ano 1998/1999, antes 1997/1998, somos. – Hermione terminou seu discurso, como oradora da série, sendo aplaudida por todos os que estavam lá. Desde o corpo docente, até os pais, alunos e demais convidados.

  Quando McGonagall entregou nossos diplomas, todos os jogamos para o alto e nos abraçamos. Conseguimos alcançar nosso objetivo, na verdade, o primeiro da vida.

  - ACABOOOOOOOOOOOOOOOOOU! – Rony gritou. – toda essa merda acaboooooooooooooooooooooou! – ele beijou Hermione e então saiu gritando.

  Hermione riu e foi a minha direção. Abraçamos-nos felizes, satisfeitos por termos conseguido nossos diplomas e estarmos caminhando para a vida.

   - Só não quero você se encrencando no trabalho porque não estarei lá para livrá-lo de nada! – ela exclamou me dando um leve tapa na cabeça.

  - Não posso dizer o mesmo de Rony... – digo, fazendo-a rir.

  Quando nos encontramos com a família Weasley, fomos recebidos com abraços e congratulações. A Sra. Weasley teve que gritar com Rony para que ele pudesse parar de pular. Ele estava fazendo todos pagarem “mico”, nas palavras de Gina.

  - Parabéns Harry. – Gina disse, pegando minhas mãos, olhando constrangida para baixo. Claro que ela queria me beijar, abraçar e outras centenas de coisas, mas estávamos na frente de toda a família dela.

  - Obrigada Gina. – eu disse passando a mão direita em seus cabelos, colocando uma mexa atrás de sua orelha. Ela deu um risinho.

  - Eles são assim só na frente de todo mundo. – Rony apontou para nós. – Porque sozinhos, eles estariam de beijando como se fosse a única coisa na vida! – ele fez os outros rirem. – mas espero que não passe de beijos, Harry. – ele sussurrou espremendo os olhos em minha direção.

  Senti-me em uma caixa de mímico. Apertada, invisível e sem escapatória. Aquele olhar de Rony sempre que eu ficava a sós com a irmã dele me fazia pensar em como seria quando todos descobrissem que Gina já não é tão inocente como pensam.

  - Rony, pare de atormentar Harry! – Gina exclamou. – e mesmo se fizéssemos alguma coisa, não seria da sua conta! – ela quase gritou. Pela graça de Merlin, ela usou o subjuntivo, dando a ideia de que não fazemos, mas se.

  Quando sua família se afastou, Gina me olhou com um sorriso.

  - Parabéns meu amor. – ela me beijou. – estou orgulhosa.

  - Quero ver você ano que vem de beca. – ela ri, enquanto observa minhas vestes. – e sendo oradora!

  - Oradora eu não consigo... – ela disse. – mas ser chamada como uma das melhores notas igual a um Potter ou outro, acho que consigo. – ela ri.

  - Estamos deixando Hogwarts daqui a uma semana... – eu disse.

  - E você está de folga até lá! Sem aulas! – ela exclama, me fazendo rir. – enfim, terá que me ajudar para as provas, queira ou não! – ela ameaça séria, mas logo esboça um sorriso.

  - Será um prazer te ajudar... Afinal, eu te amo. E faço tudo por quem eu daria minha vida. – beijo-a nos braços, a rodopiando no ar em seguida.


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Notas finais do capítulo

#Nox



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