Ares-1 Vs. Nemesis: A Batalha do Século escrita por Goldfield


Capítulo 9
Capítulo 9




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Capítulo 9

O grande desfecho.

Porém, logo que os seis invasores se aproximaram o suficiente da sala de controle, a porta desta se fechou e alguém começou a falar de dentro dela, através de um alto-falante:

–         Vocês não fugirão daqui!

–         Quem é você? – indagou Chris.

–         Emanuel Deller, e vocês foram longe demais! Agora sentirão minha fúria!

De fato, era possível ver a figura de Deller através dos vidros da sala.

–         Seu nojento! – gritou Jill.

–         Eu posso ser nojento, mas vou terminar o que a Umbrella começou! Vou aniquilar os malditos S.T.A.R.S., e ninguém vai me impedir!

E pressionou uma tecla num dos computadores.

Imediatamente, dois portões, um de cada lado do pátio da doca, foram abertos. De dentro saíram dezenas de zumbis, cambaleando e soltando ácido pela boca.

–         Tenham uma morte dolorosa!

E dizendo isso, Deller tampou os vidros da sala com placas de metal usando outra tecla.

Agora nossos heróis estavam enrascados. Os zumbis já estavam subindo as escadas, aos montes, e não poderiam abrir a comporta para o submarino. O que fazer?

–         Não há escapatória! – exclamou Bryan. – Chegou o nosso fim!

–         Temos que pensar em algo... – murmurou Chris, tentando em vão raciocinar. – Nós podemos...

Nisso, uma explosão sobre o pátio de concreto aniquilou boa parte dos zumbis, fazendo seus membros e cabeças voarem. Todos se perguntaram quem fizera aquilo, e logo viram uma pálida mulher vestindo roupa tática rasgada de pé em cima do submarino, segurando uma granada.

–         Sentiram minha falta, pessoal? – perguntou ela.

–         Sherry! – exclamou Bryan, sem acreditar no que via.

Sim. Sherry Birkin. Era ela, viva. A promotora jogou mais uma granada no meio dos zumbis, reduzindo drasticamente o número de mortos-vivos. Sem mais nenhum artefato explosivo, Birkin piscou para Jessen e saltou de cima do submarino, atingindo o pátio com perfeição. Tornou-se então o novo alvo dos zumbis, inclusive daqueles que já subiam as escadas.

–         Cuidado, Sherry! – gritou Jill, vendo que ela seria cercada pelos mortos-vivos.

–         Eu já sou bem crescidinha!

Sherry sacou dois revólveres Magnum, e começou a atirar em círculo. Todos os disparos atingiam as cabeças dos zumbis, com precisão incomparável. Os miolos das criaturas voavam sobre Birkin, que, de dentes cerrados, prosseguia com a matança.

–         É isso aí, Sherry! – exclamou Linda, que vibrava com a luta.

Logo os revólveres ficaram sem munição, e Sherry não teria tempo suficiente de carregá-los novamente. Ela então tirou sua faca do sinto, afiadíssima, e após encarar um zumbi de jaleco por um instante, estripou-o sem piedade.

Ela começou a dançar com a faca em mãos, sua pele pálida confundindo-se com a dos mutantes, cortando seus pescoços e partindo suas carnes em duas. Um balé da morte, que todos assistiam com admiração, inclusive Deller, através de um sistema de câmeras.

Logo restava apenas um zumbi. Vestia uniforme militar soviético, e estava parado a cinco metros de Sherry, babando. Logo ele começou a seguir na direção da promotora, cambaleando com os braços estendidos em sua direção. Birkin não se intimidou.

Num movimento rápido, Sherry saltou até o zumbi e antes que ele pudesse agarrá-la, afundou a faca em seu tórax. A criatura caiu morta, entrando em convulsão.

Sherry deu uma risadinha e correu até os companheiros, enquanto colocava mais munição numa Magnum.

–         Sherry, como é que você está viva? – perguntou o confuso Bryan Jessen, fitando a promotora nos olhos.

–         Cale a boca e me beija!

Birkin agarrou o dentista e os dois deram um longo e prazeroso beijo, Jessen sentindo a pele fria do rosto da amada contra a sua...

–         Você está mesmo bem, Sherry? – perguntou Chris, examinando-a de alto a baixo. – Parece pálida e...

–         Nunca estive melhor! – respondeu Sherry, com um sorrisinho.

–         O X-Virus – disse Nicholai, sempre frio. – Ela está viva graças ao X-Virus que corre em suas veias. Ela nasceu de novo!

Bryan olhou novamente para o rosto de Sherry, e esta, sorrindo, exibiu o ventre perfurado por Nemesis, cheio de substância roxa.

–         Oh, meu Deus! – exclamou William. – Foi feio mesmo!

–         O que importa é que estou bem! – disse Sherry, abraçando Jessen.

–         Temos que entrar na sala de controle! – lembrou Jill. – Deller se trancou lá dentro!

–         Ah, não! – gritou alguém dentro da sala de controle, e parecia Deller, desesperado. – Não se aproxime! Não, ah! Oh...

Alguns segundos depois, a porta da sala se abriu.

Nicholai foi à frente, seguido por Chris e os demais, cautelosos. Logo que entrou na sala, Zinoviev parou e ficou olhando para o chão, balançando a cabeça. Logo os outros também viram o que havia acontecido com Emanuel Deller.

–         Meu Deus! – exclamou Linda.

O corpo do antigo responsável pela White Umbrella estava estirado no chão, sem vida, com um grande buraco na nuca, por onde escorria sangue e massa cinzenta.

–         Ares-1! – concluiu Nicholai, indo examinar o cadáver mais de perto. – Ele sugou o cérebro dele!

Porém, o mutante não estava mais ali.

–         Houve justiça, finalmente! – suspirou Jill.

–         Que irônico! – exclamou William. – O crápula da Umbrella foi morto por um mutante da companhia rival!

Nisso, Nicholai se levantou e sentou-se na frente do computador que Deller operava. Após alguns comandos, a comporta da doca começou a se abrir.

–         Caminho livre! – sorriu Nicholai.

–         Então vamos embora! – riu Bryan, após beijar Sherry novamente.

Desceram então pelas plataformas e ganharam o pátio cheio de pedaços de zumbis, mas Chris gritou:

–         Hei, vejam!

Na frente do caminho para o submarino, Nemesis e Ares-1 travavam novo embate.

–         Droga, mil vezes droga! – irritou-se William.

Nemesis tentava chicotear o adversário com os tentáculos, mas este se desviava dos golpes. Logo acertou um soco no abdômen do monstro da Umbrella, que perdeu equilíbrio e caiu na água.

Ares-1, então, virou-se na direção de nossos heróis e, ao ver William, gritou, com voz tenebrosa:

–         McDouglas!

O mutante começou a caminhar na direção deles, mas o grupo inteiro abriu fogo ao mesmo tempo. Atingido pelas dezenas de balas, Ares-1 foi recuando, tendo seu corpo tingido de vermelho, e também caiu na água.

–         Essa coisa é indestrutível, não vai ficar lá embaixo por muito tempo! – disse Nicholai. – Vamos entrar no submarino!

E, através de uma escada, os sete fugitivos entraram pela escotilha do submarino, com Wesker anunciando a autodestruição sem parar.

Nos estreitos corredores da arma de guerra, Nicholai seguiu até a sala de comando, dizendo:

–         Sei guiar essa coisa, sigam-me!

Todos fizeram isso, exceto Chris, Bryan e Jill. Eles caminharam na direção aposta, e Redfield disse, após fechar a escotilha:

–         Vamos ver o que há nesta lata velha, pessoal!

Adams havia sido tomado por grande esperança. Talvez tudo desse certo para eles, afinal.

–         Eles vão conseguir, eu sei disso!

E tomou mais um gole de café.

Nicholai já havia feito o submarino se mover, e agora ele seguia pela comporta, enquanto a doca começava a desabar. Pela frente agora havia uma extensa galeria rochosa até o mar, mas nenhum obstáculo.

–         Conseguimos! – exclamou Linda, entusiasmada.

–         Vocês não, eu consegui! – riu Nicholai.

–         Ora, não seja metido! – irritou-se William.

–         Eu falo sério!

O russo levantou-se e agarrou Linda, apontando o AK-47 para a sua cabeça.

–         Agora tratem de me obedecer, ou ela morre! – ordenou Zinoviev.

–         Seu maldito traidor! – gritou Sherry. – Bem que Jill nos alertou sobre você!

–         Cale a boca! Vocês irão até onde eu mandar, e se desobedecerem, a companheira de vocês morre!

E Nicholai começou a guiar os três inimigos da Biocom para fora da sala de comando, enquanto o submarino seguia em frente no modo automático.

Chris, Jill e Bryan haviam entrado numa sala cheia de armários, além de uma mesa de ferro. Sobre ela havia um pacote abóbora, que despertou curiosidade na mulher de Chris:

–         O que será isso? – indagou Jill, apanhando o pacote.

–         Querida, cuidado...

Jill notou que havia um papel colado no embrulho, e algo escrito nele. A mulher tremeu quando leu o que estava escrito:

–         Cheque-mate!

–         O quê?

Chris pegou o pacote e comprovou a mensagem. Em seguida abriu o embrulho e se desesperou ao ver o que continha:

–         Uma bomba! Maldito Wesker!

Era realmente uma bomba, que explodiria em poucos minutos. A última armadilha de Wesker.

–         Ele havia planejado tudo com antecedência, agora estamos perdidos! – exclamou Jill.

Súbito, um estrondo, as luzes oscilaram e todo o submarino tremeu. Seguiu-se um ruído irritante, parecia um gemido do metal, e os três sentiram que algo mais estava errado.

–         O que está havendo? – perguntou Bryan.

Nicholai havia levado William, Linda e Sherry para um depósito, onde arrancou suas armas. Com o estrondo, seguido pelo tremor, o russo disse, mordendo os lábios:

–         Droga! Parece que algo perfurou o casco do submarino!

–         Como assim? – exclamou Linda, arregalando os olhos.

E veio o gemido do metal. Estavam afundando.

–         Já devemos ter atingido o mar... Podemos escapar pela escotilha antes que seja tarde!

–         Você está louco? – gritou William. – As águas geladas daqui são mortais! Não sobreviveríamos!

Nicholai acertou um soco no estômago de McDouglas, dizendo:

–         Eu mando aqui, e eu faço o que achar melhor!

Nesse momento a porta do depósito se abriu atrás de Nicholai, e este não percebeu quando um vulto surgiu por suas costas.

–         Eu vou ganhar muito dinheiro da Biocom aniquilando vocês! Poderei montar meu próprio laboratório e...

Extremamente rápido, algo partiu o pescoço de Nicholai como uma lâmina afiada. A cabeça do russo foi parar aos pés de Linda, que soltou um grito de susto. O corpo decapitado de Zinoviev permaneceu algum tempo de pé antes de cair no chão, revelando quem era o agressor: Nemesis, que arrancara a cabeça do russo com seus poderosos tentáculos. Fora ele quem entrara no submarino perfurando o casco.

–         S.T.A.R.S.!

–         Corram, agora!

Nossos três heróis conseguem driblar Nemesis, deixando o depósito. O mutante, porém, arrebenta a porta e sai no encalço deles pelo corredor, urrando.

–         Vamos encontrar os outros! – exclama William, enquanto ajudava os outros a prender Nemesis no corredor com uma pesada porta, que mesmo assim não agüentaria muito tempo.

–         Ah, não!

Jill desesperou-se ao ver que o corredor estava se enchendo de água. Bryan perguntou:

–         Será que estamos afundando?

–         É bem provável! – respondeu Chris. – Estamos num submarino afundando e ainda por cima com uma bomba a bordo!

Os três seguiram na direção aposta à água, ganhando um novo corredor. Jill avistou alguém logo à frente, e não era nenhum do grupo.

–         Oh, não!

O sujeito nu virou-se, revelando ser Ares-1. O mutante, sorrindo, começou a caminhar na direção deles.

–         Hora de morrer! – berrou a criação da Biocom, preparando as mãos para abrir o crânio das vítimas.

–         É o que pensa!

Dizendo isso, Chris disparou uma rajada contra a cabeça do inimigo, que veio ao chão. Começou então a correr em frente junto com os outros, mas Ares-1 já se levantava, com as mãos cobrindo o rosto. Não morreria tão facilmente.

William, sua namorada e Sherry seguiam sempre em frente, fechando as pesadas portas tentando prender Nemesis, mas este sempre as derrubava sem piedade. Logo atingiram uma escada, que subiram rapidamente.

–         Essa coisa não vai desistir tão facilmente! – disse Sherry.

–         Esperem um pouco aí...

McDouglas, antes que Nemesis pudesse subir a escada, jogou uma granada pela abertura.

–         Corram!

E jogaram-se no chão para escapar da força da explosão. Porém, nem ousaram averiguar se Nemesis havia sido atingido. Eles apenas continuaram correndo, enquanto o gemido do submarino se intensificava.

–         Abra essa porta, Chris! Abra essa porta!

Diante do apelo da mulher, Redfield abriu a pesada porta, mas não gostou nem um pouco do que viu:

–         Mil vezes merda!

Uma grande onda de água gelada tomou o ambiente, deixando apenas um pequeno espaço para respirar perto do teto do corredor.

–         Vocês estão bem? – preocupou-se Chris, com água até o pescoço.

–         Sim, amor! – respondeu Jill, surgindo de dentro da gélida água. – Deus, como esta água é fria! Cadê o Bryan?

Chris olhou para os lados e não viu o dentista. Sua mão direita, porém, agarrou algo, e Redfield puxou o que era.

–         Ah! – gritou Jill, assustada.

Era a cabeça de Nicholai, com olhos ambiciosos. Chris a jogou fora, com nojo, e logo Bryan surgiu, desacordado.

–         Acorde, Bryan! – exclamou Chris, tentando reanimar o rapaz. – Acorde!

–         Hei, o quê? – murmurou o dentista, confuso. – O que houve?

–         Água, meu caro! – sorriu Jill. – Muita água, e gelada!

O grupo de William logo atingiu a escotilha para fora do submarino, com água nos joelhos.

–         Precisamos esperar os outros! – lembrou Linda.

–         Mas Nemesis não vai nos esperar...

Nisso, eles ouviram um “S.T.A.R.S.!”, não muito longe.

–         Se souberem rezar, rezem agora!

Chris, Jill e Bryan nadavam sem parar na água gélida, sem, por sorte, nenhum sinal do assassino Ares-1. Logo eles avistaram uma escotilha com uma escada.

Redfield virou-se e deu um chute na tampa, que se abriu, dando passagem aos três. No corredor superior eles tinham água até a cintura, e sorriram ao encontrar os outros companheiros.

–         Vocês estão OK? – perguntou William.

–         Mais ou menos, e temos que sair logo deste submarino! – exclamou Chris. – Wesker deixou uma bomba para nós!

–         Uma bomba? – riu Sherry. – Nada mais me assusta!

E ela e Bryan se beijaram novamente.

–         Vamos abrir logo essa escotilha! – exclamou Jill.

–         S.T.A.R.S.!

Todos olharam para a direita e viram Nemesis, dando chicoteadas com seus tentáculos.

–         McDouglas!

Pela esquerda surgiu Ares-1, preparando as mãos para a luta.

Ambos os mutantes correram um contra o outro, se colidindo e ao mesmo tempo mergulhando num sangrento embate. Pareciam ignorar os fugitivos, que se esforçavam para abrir a escotilha.

Quando isso ocorreu, a água gelada da Sibéria tomou todo o corredor, numa onda violenta. Nemesis e Ares-1 desapareceram, enquanto todos do grupo de invasores do complexo podiam enxergar uns aos outros.

E trêmulos, respirando com dificuldade, os seis heróis foram nadando pela saída do submarino, aliviados, mas ao mesmo tempo preocupados.  Atrás deles a bomba de Wesker explodiu, sepultando para sempre o submarino no fundo do mar. Mas conseguiriam sobreviver às gélidas águas?

Continua... 


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