ICEgirl escrita por NKIDDO


Capítulo 8
||EPISÓDIO 8 「Escondido」


Notas iniciais do capítulo

Eu descobri que favoritaram a fic, então eu queria agradecer aos que fizeram e aos que comentam sempre. Fico beeem feliz.
Tipo muito. Eu to com dificuldade pra fazer propaganda da fic, entao é tudo muito importante.



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Um mês depois...

O treinador Guibs apitou para que o jogo encerrasse dois segundos depois de eu ter enterrado a bola na cesta. Senti a sola dos pés contra o chão, o suor escorrendo pelo corpo. Foram duas horas seguidas de treino. Na quadra estavam: Dajan, Armin, Dake, Alexy e Castiel.

- Excelente treino, dispensados. – Sr. Guibs organizou seus matérias e saiu, deixando-nos  em clima de festa.

Alexy que já estava se secando, jogou outra toalha pra mim. Estávamos todos exaustos pelo tempo de duração do jogo. O time fora eu, Alexy e Castiel.

- Saiba que você só ganhou por causa da Ailyn Castiel – Batemos a mão no ar, em forma de comprimento pelo bom jogo, e também porque éramos bons amigos.

Todos deram gostosas gargalhadas, sem preocupações.

Tinha passado apenas um mês desde que Ken tinha saído, me deixando com suas palavras confusas. Ele não me mandara uma mensagem sequer, o que me fazia pensar se ele estava com problemas. No tempo que ele se foi, me tornei bem amiga de Alexy, e me concentrei nos estudos e no basquete.

- Ai – Chamou Dajan – Seu namoradinho esta te chamando – Disse maliciosamente, se referindo a Nathaniel.

Dajan me fez um cafuné antes que eu fosse, deixando meus cabelos curtos e suados totalmente bagunçados.

Nath não era meu namorado, e levou um tempo até eu entender que era só uma brincadeira de mal gosto do Dajan. Nath vinha me ver com mais frequência desde que soube que a irmã Ambre tinha cortado meu cabelo, por isso o apelido de namoradinho.

Enquanto me dirigia a Nath, vi que ele fitava algo atrás de mim. Segui seu olhar rapidamente, que foi parar em Castiel. Quando olhei para Nathaniel novamente, ele deu uma piscadela e voltou sua atenção a mim. Seus olhos brilhavam.

- Ailyn – Chamou alegre – Vim aqui para te pedir uma ajudinha, se importa?

- Sem problemas – Sorri. Nath sempre me pedia um favor ou outro. Era muito ocupado como representante, e fiquei sabendo que o pai dele ficaria extremamente nervoso se ele tirasse uma nota baixa, então o ajudava sempre que podia, na esperança de aliviar um pouco.

- É sobre o festival esportivo que está chegando...  – Ele sorriu com simplicidade – Você vai participar, não é?

Festival esportivo? Ok, desmembrar a frase antes. Festival... Certamente eram aquelas caminhadas com musica, cores brilhantes, roupas diferentes e carros alegóricos. Em certa época do ano, meus pais acampavam na cidade para me mostrar. Como nós morávamos em uma parte afastada do Alasca, tínhamos que viajar e acampar. Esportivo obviamente era sobre esportes, então imagino que sejam pessoas com carros alegóricos dos esportes que gostam.

Perguntei a Nathaniel se era isso mesmo, ele riu e disse que não. Tratava-se de um evento em que as turmas disputavam um titulo e arrecadavam fundos para a escola.

- Nossa turma vai ser a equipe White! O que acha?

- Está perfeito, parece divertido – Nesse momento, os membros do clube passaram por nós, já que estava na hora de ir. – Participo sim.

Eu sorri, mas percebi que ele olhava fixamente para o meu cabelo, com olhar melancólico. Nath levou as mãos às pontas dos meus cabelos prateados, deixando os dedos deslizarem entre os fios.

- Nath, você não precisa... – Desviei o olhar – Ficar com pena de mim.

- Me desculpe, não foi isso que eu quis dizer. – Ele afastou a mão de mim.

- Sei que se sente culpado, mas não foi você – Disse séria – Além do mais, ele está tão feio assim? – Brinquei.

Ultimamente, tenho entendido melhor quando as pessoas usam o tom de brincadeira, graças a Dajan.

- N-não... Você é bonita de qualquer jeito – Disse enquanto ficava vermelho, como Ken fazia.

- Obrigada.

Minha mãe me ensinara que quando uma pessoa diz algo bom sobre você, deve agradecê-la. No meu caso, ela costumava beijar minhas bochechas. Aproximei-me ligeiramente de Nath e beijei sua bochecha direita de leve. Enquanto me afastava, senti seus braços envolvendo-me, trazendo-me para perto dele. Nath raramente demonstrava algum afeto por mim, deixando-me inquieta. Poderia ter acontecido alguma coisa?

Seus braços eram firmes, fortes. Os meus tinham ficado presos entre mim e ele, de forma que meu rosto acabou ficando entre meus punhos. Seu abraço era quente, calmante e dava a sensação de segurança. Meu coração batia no mesmo ritmo que o dele.

- Nath? – Chamei – Tudo bem?

Ele se afastou surpreso. Desculpou-se algumas vezes e disse que tinha que ir pra casa, pois estava tarde, então retomaria o assunto comigo amanha.

Como ainda estava suada e todos já tinham ido, decidi que tomaria banho no vestuário. Era tanto feminino quando masculino, mas como a maioria do clube era homem, eu tinha que esperar eles acabarem pra que eu pudesse me trocar. Fui até o meu armário pegar uma toalha e uma calcinha, depois fui até o box, deixando as roupas sujas no cesto do vestuário, já que as roupas poderiam ser lavadas na lavanderia da escola. Pendurei a toalha e a roupa intima juntas na porta do box, e comecei a tomar o banho. Quando acabei, coloquei a calcinha e me enrolei na toalha. Estava frio, talvez pela falta de várias pessoas no mesmo ambiente, ou por conta da ventilação do vestuário. No momento em que eu coloquei a mão na maçaneta do box, escutei a porta do vestuário abrir.

- Têm certeza que não há ninguém aqui? – Ouvi uma voz feminina desconhecida falar. – A luz estava acesa...

- Sempre esquecem a luz acesa. – Era Castiel, então eu soube imediatamente o que iria acontecer.

Rezei para que eles não viessem na parte em que os chuveiros estavam. Meu banho era quente, por isso o vapor ainda estava em processo de desaparecer.

Ajoelhei-me, rezando para o que iria acontecer acabasse logo. Estava começando a ficar realmente frio. Há semanas eu tenho presenciado esses momentos de Castiel com várias garotas diferentes. Na primeira vez, eu estava me trocando quando Ambre apareceu e me trancou no armário. Depois de alguns minutos, cheguei à conclusão que eu deveria derrubar a porta, já que ninguém viria. Foi quando, como agora, ouvi uma garota e Castiel. Fiquei com medo, eles fizeram aquilo na minha frente, e eu não podia desviar o olhar.

Os sons começaram, e eu me senti enjoada. Não gostava de ouvir aquilo. Eles sempre ficavam entre mim e a saída, de forma que eu não podia fugir. Ela começou a chamar o nome dele, então eu cubro as orelhas com as mãos.

Passaram-se alguns minutos e eu decidi esperar de pé. Meus joelhos já estavam doendo e o frio não estava ajudando, já que a toalha era fina. Entretendo, quando me levantei bati a cabeça no suporte em que ficavam o xampu e o condicionador. Consegui segura-los antes que tocassem chão, suspirei aliviada.

- Ouviu alguma coisa? – Ouvi a voz feminina dizer, melosa. Encolhi-me no canto do box.  – Acha que alguém nos ouviu?

No mesmo momento, ouvi unhas rasparem no piso. Elas passaram por mim e depois escutei a menina dar um gritinho assustado.

- O que totó faz aqui? – Ela perguntou.

Grande totó. Não era por nada, eu não tinha vergonha, exatamente. Eu tinha medo. Porque tantas garotas diferentes ofereciam seus corpos a ele? E porque ele também dava o seu?


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Notas finais do capítulo

É impressão minha, ou as coisas estao ficando quentes?q



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