ICEgirl escrita por NKIDDO


Capítulo 34
Segunda temporada O8 「Adeus」


Notas iniciais do capítulo

OK, EU FIZ KENTIN POV!
MESMO NÃO TENTO QUASE NENHUM COMENTARIO, TUDO BEM.
JÁ VAI ACABAR MESMO!
KENTIN!
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No dia seguinte, minha tia me ajuda a me arrumar – aparentemente, ela levou essa missão mais a sério do que eu. Ela me veste com um vestido simples, que o único adorno eram seus botões e uma fita na cintura, que se unia em um lindo laço.  O dia estava ensolarado e com a temperatura agradável.

Kentin disse que iria me buscar – o que significava andar de carro! – e que a missão era no “zoológico”. Obviamente, eu não fazia ideia do que era, então eu perguntei. Aparentemente enjaulavam animais ali para as pessoas verem, por isso quando entro no carro de Kentin – dirigido pelo motorista – sei que não vou gostar muito.

KENTIN POV

Ailyn adentra o carro, e pela cara que a mesma faz, vejo que está fascinada com o carro. Era a segunda vez, mas mesmo assim ela adorava. Seu vestido era simples, e seu rosto estava sem maquiagem, como de costume; No entanto, não havia falhas em seu rosto.

Seu corpo estava ereto e era possível ver seus olhos curiosos fitando todo o interior do veículo, e pela sua expressão, acho que ela estava repensando sobre ir comigo ao zoológico. Talvez ela pense que é um lugar ruim.

*

- Ela tem um pescoço enorme, como no livro! – Ailyn corre na frente, ultrapassando-me, que estava andando lentamente com as mãos socadas nos bolsos. – Eu adoro zoológicos!

- Ora, ora – retiro as mãos do bolso e seguro na grade da girafa, minhas mãos próximas das dela – Você não estava tão animada assim antes.

Ela abaixa seus olhos e cora de leve; Aparentemente eu tinha acertado em cheio. Mas ela contornaria?

- Eu pensava que maltratavam os animais – Admite ela – Mas eles parecem felizes!

Ailyn sempre seria sincera em todos os aspectos da vida dela, e mesmo que isso tivesse alguns contras, eu adorava isso nela. Me pergunto o que a mãe dela achava disso. Eu sei que ela era uma professora, eu mesmo pesquisei, sei da história dela. Sabendo de tudo o que sabia, como ela se sentia em ter criado uma filha dessa forma? Com certeza a encarava como uma perfeição, longe dos malefícios da cidade grande.

Enquanto caminhávamos lado a lado, - afim de chegar até os pássaros – senti uma enorme vontade de conduzi-la pela mão, mas me contive colocando as mãos no bolso. Olha-la sorrindo me fazia bem, entretanto me lembrava do acordo.

“Deixei Ailyn, seja meu namorado e eu não faço nada à ela.” Foi o que Narine disse a alguns dias atrás.

E então eu estava aqui, saindo com Ailyn, aproveitando o ultimo tempo que eu tinha. Eu queria proteger essa garota dos males dessas garotas, mesmo que tenha que ser eu o “sacrifício”. Agora eu a encarava, seus olhos novamente curiosos vasculhando todos os lados, toda a vegetação. Seu nariz reto e branco, levemente arrebitado, suas bochechas coradas de tanto correr. Meus olhos eram verdes, e os dela eram de um azul hipnotizante.

Chegamos a área das aves, e Ailyn simplesmente enlouquece. Corre para todos os lados, chama todas as pobres criaturas aladas, que aparentemente se encantavam com ela. Qualquer outra pessoa indo de um lado para outro iria parecer meio autista, mas ela? Era puro demais para ser considerado idiota. E não digo isso só porque ela já havia me conquistado, as pessoas ao redor também a olhavam com encanto, admiração e até mesmo paixão – coisa que me deixa enciumado.

- Vamos comer alguma coisa – Chamo – E que tal ver peixes depois?

- Sim!

Ela se põe ao meu lado e nós andamos em direção a um restaurante. Ailyn tem um estomago de aço, come muito e não engorda, pelo contrário; Seu corpo era perfeito. Talvez fosse porque ela corria como uma louca.

- Gostou de eu te trazer aqui, Ailyn? – Indago.

- Adorei! – Diz ela devorando um peixe – Na próxima, quero trazer o senhor luvinhas.

Pobre Ailyn, mal ela sabe que eu não poderei mais me envolver com ela depois do dia de hoje. Narine vem de uma família rica, e acabou se atraindo por mim. Agora, ela e Ambre estão loucas, e estão chantageando a mim e ao Castiel. No entanto, no lugar disso digo:

- Quem sabe?

A caminho do aquário, já tinha consciência de que o dia estava terminando e junto, minhas chances de ficar com Ailyn. Tudo acontecia tão rápido que eu tinha que relembrar de tudo para saber como viemos parar aqui. Fui importunado, tive que me mudar pro colégio militar – sabendo que eu tinha Ailyn em meu coração – voltei, fui chantageado e agora esse era um de meus últimos momentos com a pessoa que gostou de mim pelo que eu realmente era.

- Veja, Veja! – Ailyn dizia apontando para um peixe azul com amarelo. Eu nem havia me dado conta de que estávamos no “aquário”. – Ele é tão azul! Nunca vi nada assim!

Como não? Seus olhos eram tão azuis quanto.

- Será mesmo? – Digo.

Onde nós estávamos era um pouco vazio, a única iluminação eram os aquários, que as luzes bruxeavam naquelas paredes negras. Ela estava praticamente colada no aquário, olhando fixamente para o peixe azul, que se refugiava entre as algas artificiais.

Era muito mais que vontade, era um instinto querer abraça-la. Sem pedir licença, a abraço por trás, envolvendo-a e trazendo para mim. Seus cabelos brancos-prateados roçavam em meu rosto, e eu me permito sentir o cheiro de suas madeixas por um tempo. Tinha cheiro de hortelã, o que era engraçado, mas combinava com ela.

- Kentin? – Chama ela, e eu percebo que sua voz estava tremula. Eu a havia assustado.

- Sim? – Respondo, apertando ela suavemente, se fosse para eu ter que deixa-la, pelo menos sentiria ela um pouco mais.  

- Porque você me chamou para uma missão?

Aquela pergunta me surpreendeu de tal forma que eu me desvencilhei dela, mas sem parecer assustado ou com nojo, coisa que eu realmente não estava. Ailyn era alta, entretanto não mais do que eu; Ela se virou para mim, ficando de costas para o aquário.

- Eu precisava passar esse último tempo com você.

- Você vai embora de novo? – Sua voz estava muito tremula, parecia que ela ia chorar a qualquer momento, mas mesmo assim tinha um toque de curiosidade.

- Não é bem assim – admito – Eu vou ter que me afastar de você por um tempo.

- Porque?

- Porque eu não quero que você se machuque. – Digo. Ela provavelmente não entendia, mas mesmo assim sorriu para mim; Era um anjo.

- Então eu vou te esperar, como da última vez.

Ao dizer isso, senti meu coração desmoronar, quando ela mesma estava com as mãos nos meus ombros, puxando seu corpo para cima, ficando na ponta dos pés. Ela não sentia vergonha alguma, simplesmente eliminou a distância entre nossos lábios como se fosse um velho inimigo dela. Seus olhos estavam fechados suavemente, e eu acabo por fechar os meus, que até então estavam abertos pela surpresa desse beijo inesperado. Eu peço passagem com a língua, e ela me permite. Em meio aos nossos beijos apaixonados, sinto a ânsia por mais da parte dela, o que quase me fez voltar atrás. Não queria deixa-la de forma alguma!

Minhas mãos que até então estavam avulsas percorrem as costas de Ailyn, trazendo-a mais perto, como se a proximidade quase esmagadora em que estávamos não fosse o suficiente. Quando nos separamos, vejo que seus olhos estão úmidos; beijo suas lágrimas para que não chorasse mais.

O restante do dia foi tranquilo, levei-a para casa, sabendo que talvez fosse a última vez. Antes de fechar a porta, encaro as estrelas brilhantes do céu, e me pergunto:

Porque querem me tirar o que eu mais amo?


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Notas finais do capítulo

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tãnã



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