ICEgirl escrita por NKIDDO


Capítulo 33
Segunda temporada O7 「Sorriso」


Notas iniciais do capítulo

Ficou beeem ruim. Meu deus.
Desculpem a demora,eu to com muita prova e viajei no final de semana. Fire with fire is comming!



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- Leve esses dois para a mesa três, Ai! – Ouço um dos meus colegas de classe dizer, e eu rapidamente trato de pegar os pedidos e os encaminhar para os devidos clientes.

Depois de entregar os pedidos, volto para a “tenda” e espero mais alguma ordem. Sinto a tiara em minha cabeça tombar para o lado, e eu a ajeito rapidamente.

O festival viera mais depressa do que eu pudera me preparar para ele, no entanto não era tão ruim se vestir como uma empregada. Na realidade, a roupa era praticamente igual a de Rosalya; Uma ofensa, talvez? Haha

Alexy estava bem bonito com a sua roupa de “mordomo”, assim como todos os garotos da minha sala. Disseram-me que eu estava bonita também, mas isso por algum motivo já não me deixava mais surpresa. Talvez eu só não quisesse mais problemas.

Narine estava sentada em um banco, e disse que estava cansada demais para ajudar. Às vezes, Debrah vinha falar com elas, e sempre me pegavam fitando-as, e em seguida elas sorriam maliciosamente. Eu deveria me preocupar?

- Ailyn? – Kentin diz suavemente, como se fosse muito intimo dizer meu nome. Gostava de quando ele dizia seu nome, e não simplesmente “Ai” ou “Lyn”.

Certa vez perguntei porque ele não me chama por um de meus apelidos, e ele acenou com a cabeça e disse que um apelido não era necessário quando eu tinha um nome tão belo. Porque ele sempre dizia coisas que me faziam ruborizar?

- Sim? – Respondo, me voltando para um Kentin bem bonito. Era possível ver seu corpo definido por trás do tecido do traje de mordomo. Sacudo a cabeça, jogando esses pensamentos inapropriados para longe. – Está bonito.

- Você também. – Ele diz como se tivesse receio que alguém o escutasse – Veja, preciso falar com você depois do festival, é importante.

- Tudo bem.

Nossa conversa não tinha mais toques ultimamente. De acordo com meus cálculos, depois do acontecimento de uma semana atrás. Decidi não pensar muito naquilo, mas era difícil. Eu estava mantendo segredo apenas porque Leigh pediu. Eu recebi uma carta dizendo que eu deveria esperar Leigh num beco um tanto escuro, e quando ele chegou, me confundiu com Rosalya, e acabou me beijando. Ele se desculpou e disse que também recebeu uma carta de Rosalya e acabou confundindo por causa do cabelo – e também, eu estava de costas – e da altura. Pediu-me então que eu não contasse, porque ela não gostaria nada disso, mas eu achava melhor contar.

Castiel aparecia as vezes para me dar oi, o que era estranho, porque ele também estava diferente comigo. Não como Kentin, mas como antes. Eu sei que ele estava fazendo aquilo novamente, e sinceramente, tenho medo que desta vez ele queira alguma coisa comigo.

Porque todo mundo estava tão estranho?

- Ai! – Diz Kim – Pode relaxar um pouco, ok?

Fico aliviada pela pausa tardia, afinal, alguma hora eu ia acabar cansando. Fui em algumas barracas para comer e me sinto um pouco sozinha. Antes de ir encontrar Rosa, me deparo com Nathaniel no corredor. Ele bloqueava meu caminho. Mesmo o corredor estando vazio, e eu querendo desviar dele de cabeça baixa, ele se movia para o meu lado, claramente não querendo que eu passasse. Sinto suas mãos segurarem meu ombro com firmeza, e eu me sinto estranha, Nathaniel não me tocava a meses.

- Onde vai? – Indaga ele, e quando ergo o rosto para fita-lo, senti que ele queria me devorar como um lobo faminto.

Me afasto bruscamente, com medo pelo que vi ele fazer durante nosso tempo separados.

- Vou ver Rosalya.

- Ora, não há ninguém aqui, a premiação está acontecendo bem agora – Ele aponta para o relógio.

Giro os calcanhares para ir em busca de Rosa, mas as mãos ásperas de Nathaniel agarram meu pulso, e logo sinto minha cabeça bater contra os armários. Olho para os lados, desesperada, e Nathaniel apenas ri. Meu cenho estava unido, e de repente me vi confusa. O que ele queria comigo? Porque agora?

- Você está tão gostosa com essas pernas a mostra – murmura, enquanto sua respiração quente irritava meu pescoço.

Surpreendo-me por não estar mais assustada, e ainda mais porque minha mão está acariciando sua bochecha direita. Mesmo com todo aquele medo, eu sentia que ele estava com muito mais do que eu. Seus olhos caramelo se arregalaram em uma mistura de surpresa e choque, e seu corpo parou de avançar contra o meu.

- Nath? – O chamo pelo apelido que fora aceitado a um ano atrás, quando nos conhecemos. – Você não precisa fazer coisas ruins pelos outros

Eu não tinha muita certeza do que estava dizendo, no entanto meu coração cismava em ordenar meus lábios pronunciarem essas palavras. Pela expressão apreensiva dele, acredito que eu esteja certa. Ele lamentava.

Seu corpo forte e esbelto fraquejou, e de repente seu rosto estava apoiado no meu ombro; Suas mãos seguravam meu ombro com força.

- Me perdoe – Lamentou ele – Você é a única que eu não posso mentir.

- Eu não sei o que está acontecendo, mas – Afastei Nathaniel delicadamente, para que eu pudesse o olhar diretamente. – Não esqueça que existem pessoas como eu, que se preocupam e gostam de você. Quer preocupar a Ambre?

- Mas é ela quem eu tento proteger – Admitiu. – Em troca de tudo que tenho feito, meu pai não faz nada à ela.

Então tudo até que fazia algum sentido. Por isso Ambre chorava e Nathaniel... Bem, isso não justifica. Ele ficou igual a Castiel, e Castiel estava sendo Castiel. Eu tinha que ajudar aos meus amigos. Dou um último abraço em Nathaniel e vou ao banheiro rapidamente para lavar as mãos antes de voltar ao trabalho.

Voltando ao meu turno, comecei a refletir sobre Castiel, que agora atendia a algumas garotas que claramente estavam interessadas nele. Me irritava um pouco saber que ele provavelmente faria aquelas coisas à elas depois. Porque tudo ficou desse jeito?

- Aqui, o pedido de vocês – Um sorriso cortês brota em meus lábios. Não era falso, eu estava feliz sabendo que podia ajudar Nathaniel agora, e isso estava se refletindo em tudo.

Enquanto servia as mesas, sinto algo roçar na minha bunda, então me viro surpresa e incomodada com o toque indesejado e encontro um dos clientes me olhando de um jeito estranho. Eu deveria dar um tapa em sua mão e me afastar, mas certamente não era o certo bater em alguém.

Antes que eu fizesse qualquer coisa, sinto um puxão me afastar do homem pervertido e minha cabeça bate no peito definido de Kentin. Ele apenas murmura um “se afaste dela” e vai embora de cabeça baixa.

-

Rosalya foi passear com Leigh, Alexy me levou até um ponto perto de minha casa e assim terminou meu dia.

Olho para o céu, que estava em uma mistura laranja e rosa. Sorrio, um pouco timidamente para o sol poente, sentindo que as coisas poderiam melhorar com a visão e a brisa refrescante.

Chego em casa e sou recebida por senhor Luvinhas, que parecia animado naquela tarde. O frio que se formava não afetava o gato e sua pelagem grossa, mas mesmo assim ele gostava de se aninhar na minha cabeça ou ombro.

- Ailyn! – Ouço minha tia chamar da sala. – Visita.

Quando saio da casa e vou em direção à sala, sinto que o senhor Luvinhas está brincando com a ponta dos meus cabelos; e mesmo sendo divertido, ele simplesmente me abandona ao ver Kentin. Sua roupa era as mesmas militares de sempre. Um sobretudo preto, e uma blusa camuflada verde. Botas e uma calça preta de um tecido que eu não conhecia. Reparei que em baixo do seu colar com uma plaquinha havia o meu – um dente de urso – discretamente escondido.

- Ei – Estava tão distraída que nem escutei ele falando comigo, quando dei por mim, ele balançava a mão na minha frente. – Posso falar com você ou não?

- Vá em frente – Digo, simpaticamente.

Minha tia, que não estava longe, dá um tapa forte na própria testa. Não sei porque ela sempre se bate quando meus amigos vem me ver. Acho que ela quer conversar, talvez. Vejo ela sorrir de forma encorajadora para Kentin, como um lamento, e de repente estamos a sós – Eu, Kentin e senhor Luvinhas – porque minha tia nos enxotou até aqui.

- Pelo menos essa falta de atenção não é de família – Murmura ele, rindo.

- Hm?

- Não é nada.

- E então? – Começo, estava sentada em minha cama, enquanto ele perambulava pelo quarto com senhor luvinhas nos ombros.

- Preciso te pedir uma coisa. – Fala Kentin, olhando fixamente para minha rosa eterna – Você pode sair comigo, uma última vez?

Minha cabeça começou a doer. Eu não entendia o que ele estava dizendo... mas porque eu sentia no fundo que sabia. Última vez? Sair? Minha face se contorce em desgosto e uma dor de cabeça sem motivo.

- Não entendi.

- Vamos sair juntos, amanhã. – Ele diz por fim – Eu te busco e pago tudo, você só tem que sair.

- Parece fácil – Comento, pensando que era um pedido um tanto estranho, considerando o nível de facilidade – Porque última vez?

- Eu queria que as coisas não tivessem acabado assim – Comenta ele, mas pareceu que ele estava lamentando para si mesmo. – Eu não posso te dizer ainda. Talvez não possa nunca.

- Eu não entendo, Ken.

- Kentin – Corrige.

Porque ele não entendia que para mim ele ainda era o mesmo? E também, me chamou para uma missão de sair bem fácil, mas não quer me dizer porque é a primeira última vez. Olhei para ele antes de falar outra coisa; Parecia angustiado, ansioso e triste.

- Vamos sair – Sorrio demoradamente, sabendo que mais cedo ou mais tarde muitas coisas ficariam claras para mim.


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Notas finais do capítulo

Desculpa, ando lendo muito brumas de avalon, e as vezes eu coloco uma escrita diferente sem querer.

AQUI A PERGUNTA!!!!!!!!!!!!!!!
O QUE VOCÊS PERCEBERAM QUE A AILYN NUNCA DISSE/FEZ?



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