ICEgirl escrita por NKIDDO


Capítulo 22
||EPISÓDIO 22「Doce de estranhos」


Notas iniciais do capítulo

Eu estou postando muito rápido né? Acho que está ficando mal escrito...
tem 16 leitores e eu fico muito feliz! Mas ia ser legal se vocês se manifestassem! Ah vai, eu estou escrevendo bem rápido. Mesmo que para criticar, ia ser legal.



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Eu estava me sentindo muito bem no dia de hoje. Fiz as provas com capricho, e antes dela tentei explicar ao máximo para os meus colegas desesperados. Havia presilhas vermelhas nos meus cabelos, e Nathaniel estava feliz por isso. Porque eu estava feliz? Porque era possível que Garry fosse meu irmão!

Eu deveria ligar para ele mais tarde para lhe contar a “boa” noticia.

Fui até grêmio cumprimentar Nathaniel e o encontro saindo um tanto nervoso, e Melody logo atrás, triste. Corri até Melody e perguntei o que havia acontecido.

- Não é nada Ailyn – Ela curvou os lábios, como que tentando sorrir. – Tenho que ir.

- Está bem... – Disse enquanto ela me deixava.

O que será que havia ocorrido com esses dois? Hm, talvez eu devesse perguntar pro Nath, mas agora ele já estava longe demais. Fui até a quadra de basquete e mergulhei de cabeça em nosso último treino. Amanhã era o “grande dia”. Logo após o treino, fui caminhando até em casa, mas enquanto fitava o chão e contava em quantas lajes eu pisava esbarrei em alguém.

- Tome cuidado – Disse o homem.

- 795... – Ergui a cabeça para encara-lo e parei de contar. Era um homem de meia idade alto, loiro e de olhos castanhos. – Me desculpe, não estava olhando pra onde andava – Justifiquei, pensando na vez que me acusaram de não esta-lo fazendo. Eu estava olhando daquela vez.

- Você é bem bonita – Comentou – Não quer trabalhar para mim? Eu pago bem.

- Como assim? – Disse um pouco animada, se eu tivesse dinheiro, meus pais não teriam que trabalhar muito. Mas eu nem sabia o que seria esse trabalho.

- Só umas fotos – Ele sorriu de um jeito estranho, malicioso. Senti meus pelos eriçarem, ele certamente não era muito confiável.

- Não gosto de fotos, obrigada – Para falar a verdade, eu nunca havia tirado uma foto. Mas sabia o que era!

Eu já estava de saída quando o homem me chamou novamente e me estendeu um doce. Eu aceitei meio hesitante, e ele sorriu. Disse que era um agradecimento pela atenção. Comi a bala, pois estava com fome, e também porque nunca comia balas. E essa tinha um gosto estranho.

Subitamente senti meu corpo falhar. Meus olhos pesaram e eu simplesmente desabei no chão.

「Desconhecido」

Abri os olhos com certo esforço, e pela fresta que eu consegui abrir vi apenas o branco. Neve? Eu estava no Alaska? Uma onda de felicidade e duvida me invadiram, e eu abri um sorriso. Não. Não era o Alaska. Com mais esforço, abri meus olhos completamente e ergui metade do meu corpo. Estava em uma cama de casal macia, com uma câmera apontada para mim, mas sem um fotografo. Percebi que minhas roupas não estavam no meu corpo e fiquei confusa. O que tinha acontecido? Eu estava indo para casa e um homem apareceu e me deu uma bala... Depois disso não me lembro de nada mais.

Caminhei vacilante até a porta do quarto, ela estava aberta e dava de cara para uma escadaria estreita. Subo as escadas me apoiando nas paredes; No topo havia outra porta. Esta estava trancada, mas eu uso meu cotovelo para quebrar o segredo e a maçaneta.

Aparentemente eu estava em algum tipo de porão; Mas porque eu estava?

Comecei a sentir frio por conta da ausência de roupas, e o chão de madeira era gelado. Logo à minha esquerda, havia uma porta cor-de-rosa e eu adentre-a. O quarto era bem decorado, cheio de ursos e pôsteres. Havia uma penteadeira cheia de maquiagens e um porta-retratos. Ousei me aproximar e acabei sentindo a consequência disso. Era uma foto de Nathaniel e Ambre.

Minhas pernas cederam e eu cai de joelhos no chão. Minha cabeça doía e girava. Eu estava tendo algum sonho maluco? Uma vez eu estava com febre e achei ver coisas, mas minha mãe cuidou bem de mim. Nesse momento, eu queria que ela estivesse aqui.

Porque eu estava na casa de Ambre?

Achei um pequeno cobertor e enquanto me enrolava nele, ouvi passos. Meu coração batia forte e rápido, eu estava ficando nervosa. Pensei rápido e entrei no closet com pequenas frestas.

Duas pessoas adentraram o ambiente, e eu me encolhi. Não sabia muito como agir agora, isso nunca havia acontecido comigo. Talvez eu tivesse perdido a memória...

- O nosso pai chegou em casa Ambre – Alertou Nathaniel – Finja que arrumamos o quarto e talvez ele não nos incomode. Ele está bêbado novamente.

- E a mamãe? – Perguntou ela, em pânico.

- Saiu – Disse com indiferença.

Um silencio permaneceu no ambiente, enquanto eles apenas juntavam e tiravam pó. Então passadas longas – como as de um animal grande – passaram pelo quarto, e os dois suspiraram aliviados. Mas depois que a porta abriu em algum lugar, segundos depois ouve um urro de raiva. Passos rápidos vieram e praticamente destruíram a porta.

- ELA FUGIU! – ele gritava. Era o homem de antes! – CADÊ A GAROTA?

- Não vimos garota alguma! – Nath colocou-se entre o homem e Ambre, mas foi empurrado bruscamente e bateu contra a parede.

Eu quase abri a porta do closet e fui até eles, mas meu corpo não me obedecia mais. Eu estava tremendo. Porque eu estava com medo dele agora? Agora fazia algum sentido, ele fez alguma coisa para mim e eu não consigo lembrar. Eu poderia mata-lo se quisesse. Mas não tenho armas e muito menos direito de fazer isso, meu pai disse que eu jamais poderia matar alguém a não ser que fosse último caso. E não era último caso e nem algo que eu deveria fazer.

- Pai... nós estávamos...o que? Ahm, arrumando... estávamos aqui o tempo todo – Ambre atropelava as palavras, estava indefesa como um coelho diante de uma raposa.

Nathaniel gemia de dor no chão próximo a parede, estava desacordado.

- Então venha você, sua puta – O homem puxou Ambre pelo braço com força e fechou a porta do quarto, deixando Nathaniel no chão.

O que era puta? Porque aquele homem puxou Ambre? Seria para me substituir?

Senti um arrepio percorrer minha espinha. Ambre... Nathaniel...

Me apressei e saí do closet, chego perto de Nath, mas ele estava com os olhos semicerrados, com a cabeça pendendo para todos os lados. Toquei seu rosto sutilmente, deixando que ele apoiasse o rosto em minhas mãos. O cobertor cobria apenas a parte da frente do meu corpo, então eu estava começando a sentir uma corrente de ar. A janela agora estava aberta e a cortina dançava com o vento. Eu poderia fugir, mas não queria. Precisava ajudar...

- Hm... – Nath gemeu e sacudiu a cabeça, como um surto – Ai...lyn?

Ele fechou os olhos com força, sacudiu a cabeça e tornou a me fitar. Talvez ele estivesse mais confuso que eu agora. Ele pensou por um momento e seu olhar vacilou.

- Você é a garota que meu pai...?

- Temo que sim – Eu dei um meio sorriso tímido, não queria culpa-lo.

Nath parecia aturdido, deixou a cabeça cair em meus ombros nus. Ele murmurou desculpas algumas vezes e me abraçou com força, triste. Depois parou subitamente e se afastou.

- Está sem roupas. – Ele afirmou e se ergueu do chão com um esforço. Ele desabotoou sua camisa e entregou para mim. Eu nunca imaginei que o veria sem camisa em uma situação dessas, eu só havia visto uma vez nas termas, e mesmo assim ficava constrangida, até em um momento como esse.

Ele se virou por um instante, fitando a parede. Eu coloquei a camisa rapidamente, atropelando alguns botões. Nathaniel não era muito mais alto que eu, de forma que minhas partes baixas não estavam tão cobertas assim, qualquer movimento em falso e talvez ele ficasse constrangido, uma vez que eu não via muito problema em estar nua.

- Esqueci que você não é baixa – murmurou ele novamente.

Nath estava muito confuso. Abriu uma gaveta com força – quase que ela cai no chão – e pegou um short de pijama da irmã. Ele se virou novamente e me entregou. Eu me levantei do chão e vesti. Eu precisava ajudar o Nath de alguma forma. Seu pai estava bêbado certo? Uma vez eu vi um bêbado na loja de conveniência, ele capotou no chão e quando acordou não se lembrou de nada. Talvez se eu pudesse faze-lo ficar desacordado...

- Vamos atrás da Ambre – Eu comecei andar em direção a porta, mas fui impedida por Nath.  

- Não há nada que possamos fazer – Ele lamentou cabisbaixo.

Eu me aproximei dele e beijei seu rosto suavemente, -minha mãe fazia isso quando eu estava triste – ele pareceu confuso, mas tentou se recompor. Expliquei meu plano a ele, que só iria funcionar se ele estivesse comigo.


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Notas finais do capítulo

O QUE ACHARAM DO DRAMA, AHM?



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