Percy Jackson E Os Semi-titãs escrita por Leonidas Coutinho


Capítulo 16
O Conselho de Guerra.


Notas iniciais do capítulo

desculpem por nao ter postado por tanto tempo...



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Acordei na cabana hospitalar do acampamento, foi uma surpresa para mim que o néctar e a ambrosia não me incineraram de imediato, visto que era a comida dos arque-inimigos de nossos pais.

– Finalmente! Pensamos que tinha ido dessa para melhor. - ouvi Drako dizer da cadeira ao meu lado. -

– Aquela desgraçada brutamontes da Clarisse! Da próxima vez que ela encostar em você vai estar com três flechas cravadas no coração! - disse Morna enquanto limpava suas flechas. -

– Isso seria um problema... - murmurei enquanto me sentava na cama. -

Me sentia tremendamente exausto, de corpo e mente. Deve ter sido pelo uso do meu poder. Delay estava apoiada do lado da minha cama, peguei-a e a examinei. Uma outra habilidade de Delay é mostrar o passado do que ela reflete, e em menos de 5 minutos, eu me vi sendo criado por minha mãe, e vi meu pai, com aqueles olhos...

Foi através de Delay que vi meu pai pela primeira vez, e foi através dela que eu pude, pela segunda vez na vida, presenciar a morte de minha mãe.

– Finalmente, meu herdeiro mais poderoso. - disse a voz de Cronos, rouca. -

Minha mãe virou assustada para ver da onde vinha o som.

– Saia daqui Lucio! Ele não tem mais nada haver com você! - gritou ela, que logo em seguida, sofreu com as dores das contrações. -

– Está enganada minha mortal. Ele tem mais haver comigo agora do que nunca, e mais do que qualquer um já teve antes. - disse Cronos enquanto se aproximava da cama onde minha mãe estava deitada junto a uma enfermeira, que ignorava a conversa deles. - Afinal, ele será em um futuro próximo, meu herdeiro.

– Como pode estar aqui! Achei que ainda não tinha forças! - falou minha mãe transtornada. -

– Não estou, só posso manter minha forma por míseros 2 segundos no mundo mortal, mas por acaso, eu sou o Senhor do Tempo, e quando se trata de mim, 2 segundos podem durar uma eternidade. - disse ele com um sorriso malévolo no rosto. -

Ele se aproximou e acariciou a barriga de minha mãe, que aos nove meses e alguns dias já estava em procedimento de parto. Cronos empurrou a barriga para baixo e minha mãe urrou.

– PAAAAAAARE! -gritou ela entre os dentes -

– Ele deve nascer hoje Michelle. Faça com que ele nasça hoje. - disse Cronos antes de desaparecer na escuridão. -

– DOUTOR! - gritou a enfermeira antes de uma equipe médica entrar, e poucos minutos antes de eu nascer. -

Veon! Que bom que está bem! Sinto muitíssimo pelo mal entendido no campo. - desculpou-se Quíron. -

– Mal entendido? É disso que chamam aquilo? - disse Morna apressada. -

– Ah! Parem de frescuras, não é como se fosse ser a primeira vez que alguém morre no Capture a Bandeira. - disse Thalia entrando no cômodo. -

Thalia estava vestindo uma jaqueta de couro com a imagem camuflada do exercito aparecendo.

– E então, como vão? A que devo o prazer da visita? - disse tentando evitar uma futura discussão. -

– O conselho de guerra irá se reunir esta tarde, os líderes de cada chalé devem estar presentes, foi decidido que vocês três irão, a partir de hoje, vocês serão hospedados no chalé de Zeus, devido ao seu... 'parentesco' com o senhor dos céus. - disse Thalia logo antes de um trovão ressoar nos céus. - e você irá representar o chalé de Zeus no conselho.

Zeus? Sério?

– E do que exatamente vocês irão tratar nesse conselho? - perguntou Drako. -

– Da guerra, é claro. - disse Thalia, como se fosse a coisa mais simples do mundo. -

Com isso me recordei de que o grupo enviado ao Acampamento Júpiter foi completamente dizimado, e que eles provavelmente estavam a caminho do Acampamento Meio-Sangue.

– Estarei lá. - confirmei minha presença. -

E foi isso, nós fomos para o chalé de Zeus, e ajeitamos nossas coisas, ou seja, nossas armas. Sai para respirar enquanto Morna e Drako discutiam para monopolizar o banheiro.

– Ei... - me virei, e vi Clarisse encostada na parede do chalé. -

– Ei.. - enrijeci, me preparando para um ataque mortal. -

– Podemos conversar? - disse ela não dando sinais de hostilidade. -

Ela me levou até a beira do mar, e seguimos até encontramos um chalé.

– Você sabe de quem é este chalé certo? - apontou ela para o tridente no topo. - Poseidon.

– O filho dele, Percy Jackson, está agora, em uma missão para salvar todo o mundo, junto com outros heróis, tanto romanos, quanto gregos. - me contou Clarisse enquanto entrava no chalé. -

Preferi não adverti-la das regras, afinal, não é como se ela não soube-se.

– Serei sincera. Em toda a minha vida, nunca vi um guerreiro tão habilidoso, reflexos perfeitos, sentidos totalmente aguçados, um instinto impecável, que os deuses me perdoem, mas quando ouvi que Percy havia derrotado meu pai em menos de um ano de acampamento, não acreditei. Mas hoje eu nem duvido. - continuou Clarisse enquanto pegava o Tridente de Poseidon, ou uma versão para turistas. - Antes mesmo de ter qualquer treinamento adequado, somente com seus instintos gregos ele foi capaz de derrotar o Deus da Guerra, meu pai. Porém, sejamos realistas, Percy não está mais lutando contra um deus. Está lutando com todos os inimigos desses deuses ao mesmo tempo.

– Ouvi dizer que ele tem ajuda. - comentei, para dar a entender que estava prestando atenção. -

– Sim, claro, todos sem dúvidas guerreiros excepcionais, eu não me ponho abaixo ou acima de qualquer um deles, cada qual com suas determinadas habilidades. Mas mesmo assim digo, eles não podem vencer só com aquilo. - disse ela séria enquanto apontava o tridente para minha garganta. - Enquanto isso, enfrentamos nossa própria guerra aqui, aqueles romanos incompreensíveis marcham para cá cada vez mais rápido.

– Como vocês se mantém atualizados sobre a posição deles? - perguntei interessado. -

– Meu n... Chris Rodriguez, um guerreiro nosso, juntamente com nosso sátiro mais habilidoso está fora, em observação, nos mantém informados. - disse ela rapidamente. - A questão é, se uma guerra vier, senhor filho-de-Cronos, nós, gregos, a receberemos de braços abertos.

Enquanto isso ela colocava o tridente de volta no lugar.

– "Se" vier? - perguntei. -

– Sim, 'se', a verdade é clara, e simples, humanos, deuses, semi-deuses, todos nós é que a tentamos obscurecer para que não acreditemos. A muito tempo, disseram que um héroi iria quase destruir ou salvar o olimpo, os deuses tentaram impedir, mas a verdade é pura, e não adianta tentar evitá-la. Agora, Romanos e Gregos PRECISAM se juntar para destruir Gaia, é isso, ou a derrota. - disse Clarisse se aproximando de mim. -

– Então, indo direto ao pontos, você concorda que não devem guerrear. - disse. -

– Sim, porém, os romanos não ouvem os gregos. - disse ela, esclarecendo minha mente.

– Ah, sim, claro, eles devem ser capazes de ouvir muito melhor um filho do Rei dos Titãs, arque-inimigo do olimpo, o Senhor do Tempo, Cronos. - disse afobado. -

– Sim, exatamente. - confirmou ela dando um passo a frente, me encarando com aqueles hipinóticos. -

Fiquei encarando ela, a verdade era clara como água, não importa o quanto eu tentasse evitá-la, ela era a verdade. E dela, eu retirei duas conclusões, ali não era meu lugar, e eu realmente estava apaixonado por Clarisse La Rue. Me aproximei dela, quase encostando nossos corpos, e a beijei, tudo em menos de 2 segundos. Passei minha mão pela sua nuca, ela retribuiu com sua lingua, e logo depois, novamente com um soco na cara, um soco forte, bem no queixo.

– Maldito! - disse ela enquanto eu estava caído no chão, minha vista quase se apagou. -

Ela correu para longe, me deixando sentado, olhando o tridente imponente de Poseidon.

O Conselho de Guerra era em 20 minutos, só tive tempo de ir pegar gelo para o meu supercílio, que por milagre não se abriu.

Chegando na Casa Grande, entrei e me deparei com uma mesa de ping-poing rodeada por adolescentes, dois homens-gordos-bodes-velhos, e vários adolescentes, entre eles, estava Clarisse, que nem me encarou.

– Veon, que bom que apareceu. - disse Quíron. - Oque ouve?

– Nada Quíron, eu tropecei. - disse ridiculamente. -

Quiron olhou meu machucado e se voltou para o conselho.

– Bom, estamos todos aqui, que se inicie a discussão.

Falamos sobre assuntos internos, como quem teria que limpar o banheiro e lavar os pratos, quem teria direito ao primeiro banho do dia(que seria quente) até chegarmos ao assunto principal do Conselho de Guerra, a guerra.

Eles estavam divididos entre paz e guerra, mas todos concordavam que deveriam terminar logo e ir ajudar Percy e Annabeth.

– Eu tenho uma proposta. - disse, querendo terminar logo com o inevitável. -

Todos se voltaram para mim, em silêncio, alguns olhares hostis, outros de curiosidade, mas só vi um olhar, o de Clarisse, eu vi pena naquele olhar.

– Eu irei falar com os Romanos, frente-a-frente, eles irão me ouvir, farei com que ouçam, tentarei por um fim nisso pela paz, não podem ser todos eles que queiram a guerra. - disse friamente. -

Todos ficaram em silêncio.

– Eu concordo. Os romanos não ouvirão nenhum grego, talvez deêm ouvidos a você. - disse Clarisse. -

– Como assim você concorda? Você é a filha do Deus da Guerra! Oque quer dizer com isso? -perguntou o arqueiro da floresta, representante de Apolo. -

– É exatamente por isso. Sou a filha do Deus da Guerra, e estamos em uma guerra, mas temos que focar, em quem realmente, é nosso inimigo, se lutarmos contra os romanos, será uma batalha, em que se vencermos, perderemos a guerra, ao menos que nos juntemos ao sete do outro lado do mar, nunca venceremos Gaia. - disse Clarisse já em pé. -

Todos ficaram em silêncio novamente.

– Todos de acordo? - disse Quiron em voz alta. -

Todas as mãos se levantaram. Exceto a de Thalia.

Estava decidido, eu iria visitar os romanos.


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Notas finais do capítulo

comentem, pls!



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