All I Need To Know escrita por Weeping Angel


Capítulo 2
Convite


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários e pelos favoritos *q*



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Quando Hinata acordou no dia seguinte sua cabeça era importunada por borrões do sonho que tivera na noite passada. Sonhara com Kiba, mais uma vez, e da briga que ambos tiveram antes dele partir. Sentiu o peito doer ao lembrar das palavras duras e sem emoção que seu ex-namorado lhe disse antes de voltar para o Afeganistão. Sabia que Kiba havia dito todas aquelas palavras cruas apenas para tentar fazer a despedida ser menos dolorosa para os dois; eles eram amigos antes de tudo. Trocar a tristeza pela raiva. Ele mesmo comentara uma vez que preferia mil vezes que ela estivesse com raiva do que triste com ele. Era consciente também do carinho que Kiba nutria por ela, mas já não tinha mais a certeza se ele ainda a amava como mulher, e não como amiga.

Hinata se levantou e ligou a TV da sala, tentando se livrar de todos os pensamentos que envolviam seu rompimento com Kiba, mas sentiu-se culpada um segundo mais tarde quando começou a pensar em Naruto.

Naruto. Naruto. Naruto.

Não podia negar que sentiu uma leve atração pelo mais novo vizinho. Preparou uma xícara de café bem forte enquanto passava manteiga de amendoim no pão. A leve atração também veio acompanhada com o sentimento que sempre odiou: a vergonha. Sentia-se completamente envergonhada por pensar em Naruto enquanto não havia nem sete meses que havia sido trocada pelo patriotismo fanático de Kiba.

Novamente Kiba.

Ela se sentou em frente à TV com a xícara e um prato na mão, passava uma maratona de episódios de Family Guy, como quase todos os domingos. Assistiu por alguns minutos o desenho desconexo (desconexo talvez porque ela não tinha prestado um mínimo de atenção), mas não aguentou novamente aquele famoso aperto no peito e mudou para CNN.

A cena era devastadora. A imagem estava cortada no centro: o lado esquerdo mostrava destroços do que um dia fora uma cidade, tanques de guerra, soldados carregados com os mais diferentes tipos de armas e feridos sendo tratados por pessoas e médicos voluntários; o lado direito focava no estúdio da CNN com o apresentador e comentaristas conversando por telefone com o repórter que estava no Afeganistão.

Esperava arduamente e rezava todos os dias para que Kiba estivesse bem e que voltasse logo para casa. Seu lugar era no Japão ao lado de sua família e Akamaru e não lutando por algo injustificável na opinião dela. Gostava muito de Kiba e o queria perto dela. Estava tão perdida em meio aos devaneios que levou um pequeno susto ao escutar o som da campainha e derrubou um pouco de café na regata branca que estava vestindo. Droga.

Hinata caminhou até a porta e Ludovico, que estava deitado o tempo todo em uma almofada, a seguiu com os olhos felinos questionadores.

– Naruto-kun? Mei-chan? – Hinata perguntou ao abrir a porta.

Naruto sorriu cordialmente, Mei riu e balbuciou:

– Oayou, Oba-san!

– Ohayou, Mei-chan – Hinata riu da fofura da menininha, que levantou os braços gordinhos para ser pega no colo. Ela levantou Mei e perguntou: – A que devo a honra da ilustre visita da minha mais fofa vizinha?

Mei gargalhou e exclamou animadamente.

– Tou-chan vai fazer pecaniquenopaique.

Hinata sorriu ao escutar as palavras enroladas de Mei e olhou para Naruto, fingindo que só agora havia se lembrado de sua presença, e arqueou uma fina sobrancelha negra.

– Ohayou, Naruto-kun. Não me diga que esqueceu a chave novamente?

Ele fez uma falsa careta de indignação e cruzou os braços sobre o peito, virando infantilmente o rosto para o lado.

– Seu senso de humor me comove, Hinata-chan – ele riu e continuou: – Mas obrigado pela preocupação, ela está aqui. – Bateu a mão no bolso da calça e voltou o olhar para a filha. – Não vai perguntar Mei?

– Perguntar o quê, Mei-chan? – Hinata sorriu quando as bochechas grandinhas coraram lindamente.

– Vamos juntos no pecanique comigo e com o tou-chan, oba-san?

Hinata sentiu um calor agradável invadir seu corpo ao escutar o convite de Mei. Não achou estranho ela ser a acompanhante dos dois ao invés da mãe de Mei. Na verdade isso não importava no momento. Ela sorriu amavelmente.

– Eu adoraria – Ela deu um beijo molhado na bochecha gordinha. – Só vou me trocar.

– Você está ótima assim. – Naruto deu uma boa olhada na roupa que Hinata usava e terminou com um sorriso pervertido. – Só faltam os coelhos.

Hinata corou fortemente quando percebeu que ainda vestia a roupa que Naruto vira na noite anterior.

– Vou me trocar – Repetiu a frase, tentando não gaguejar, e fitou a sacola que Naruto segurava, esquecendo momentaneamente do constrangimento anterior. – Vocês não têm uma cesta de piquenique?

Naruto tirou a mão do bolso e coçou a cabeça um pouco sem graça.

– Não, realmente.

– Ainda bem que eu tenho uma cesta no armário da cozinha – brincou Hinata. – Qual é graça de fazer um piquenique sem uma cesta de piquenique?

– Ter o prazer da nossa companhia – Naruto piscou para Mei que riu.

– Realmente me parece bastante divertido passar uma tarde com a Mei – disse Hinata com admiração em seus olhos para a garotinha encantadora.

O homem se inclinou para frente e provocou.

– Por que você não transfere um pouco da sua admiração por Mei para mim?

Ela abriu a boca para responder, as bochechas vermelhas. Por que Naruto a provocava tanto?

– P-por que vocês não entram enquanto eu me troco? – Hinata indagou, dando espaço para Naruto passar, e deixou Mei no sofá. – Eu já volto. – Correu para o quarto.

Naruto sorriu bobo ao ver o jeito da filha quando gritou alegremente ao ver o ‘neko-tian’, como Mei se referiu, na almofada, feliz ao ver o quanto ela havia gostado do animalzinho. Desviou rapidamente o olhar para a porta que Hinata entrou, com outro sorriso desenhando-se lentamente em seus lábios.

Minutos depois, quando Hinata saiu do quarto, Naruto se virou, observando-a de perto. A mulher usava um vestido tomara que caia colado ao corpo até a cintura, soltando no início da saia, que ia até pouco acima de seus joelhos. Era de um azul escuro, completamente estampado por lacinhos brancos; uma meia calça preta cobria suas pernas e, nos pés, calçava uma sapatilha, completando com um cardigã em um tom claro de verde por cima do vestido.

Eu vou começar a ficar realmente sem graça se você continuar me olhando desse jeito,Naruto-kun Hinata falou, rindo fraco em seguida, fazendo com que o homem levantasse os olhos até seu rosto, percebendo de imediato a coloração avermelhada das bochechas dela. Levou uma mão à própria nuca, desconcertado e sem graça. Raramente deixava que percebessem quando ficava tempo demais observando algo ou alguém.

A culpa é sua se meus olhos se prendem em você Naruto piscou um dos olhos azuis, curvando o canto dos lábios em um meio sorriso.

Hinata sentiu seu coração acelerar em um nível que poderia ser escutado a quilômetros.

– V-vou pegar a cesta na cozinha.

Depois que os dois arrumaram a cesta de piquenique, Naruto pegou Mei no colo, ouvindo alguns protestos enquanto ela se debatia, querendo voltar a brincar com Ludovico.

Não quer mais fazer um piquenique, pequena? Perguntou e ela finalmente parou de tentar escapar do pai. Mei abriu um sorriso largo, que o fezsorrir junto.

Quelo tou-chan! – Abraçou o pescoço dele.

Naruto riu e olhou para a Hinata que também sorria enquanto segurava a cesta.

Hey ele chamou, fazendo com que ela virasse o rosto para olhá-lo. Vamos, então, Hinata? Perguntou, segurando uma das mãos dela entre as suas próprias.

Ela abaixou o rosto e assentiu com a cabeça.

– Vamos.


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Notas finais do capítulo

eu tirei a cena do piquenique desse cap porque não gosto de fazer capítulos grandes já que não tenho beta ):