Mais Além De A Usurpadora escrita por Kah


Capítulo 9
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Paulina pega um plástico que encontra no porta-malas e enrola o celular nele. O carro para e Paulina ouve os passos vindo em direção ao porta-malas, ainda continua a chover, Fabrício abre o porta-malas e o ar frio vindo de fora provoca arrepio em Paulina.

- E então meu amor? – ele pergunta sorrindo – Estava confortável ai dentro?

Fabrício pega no ombro de Paulina e a puxa com brutalidade para fora do carro.

- Pra onde vai me levar? – ela pergunta com raiva.

- Calma meu amor, você já vai ver, - ele diz batendo a tampa do porta-malas e puxando Paulina pra uma trilha no meio do mato, Paulina tenta olhar tudo com atenção, mas é impossível ver alguma coisa com a chuva forte que cai e a escuridão da noite. Eles entram na floresta e andam um bom tempo ate chegarem numa velha cabana.

- Chegamos meu amor. – Fabrício diz segurando o braço de Paulina com força.

- Você esta me machucando Fabrício, me solta.

- Me desculpa meu amor, mas se eu te soltar você vai sair correndo por ai e pode se perder. – ele diz abrindo a porta da cabana e empurrando Paulina pra dentro.

- Agora vamos pro seu quarto meu amor, quero que descanse. – ele diz trancando a porta e puxando Paulina.

Paulina não consegue ver nada na sua frente, somente alguém que conhece bem o lugar poderia andar no escuro.

Fabrício acende um lampião e Paulina consegue ver o lugar, a velha cabana esta totalmente vazia, cheia de teia de aranha e ratos. Fabrício a leva para um quarto onde tem um colchão no chão ele a empurra no colchão e amarra as mãos e pés de Paulina.

- Pronto meu amor, descanse agora. – ele diz sorrindo – eu vou sair mais volto logo não se preocupe, e vou deixar o lampião aqui com você.

Ele ajoelha e se inclina ate ela ameaçando beijá-la, Paulina vira o rosto e ele diz sorrindo.

- Não vai conseguir fugir de mim, - ele se levanta – se comporte bem.

Fabrício tranca a porta do quarto e sai. Paulina tenta se soltar mas não consegue, a corda machuca seu braço. Com muita dificuldade ela consegue alcançar o celular e liga novamente para Rodrigo.

- Paulina. Como você esta minha vida? Onde você esta?

- Carlos Daniel, eu não sei estou numa cabana no meio do mato, não sei onde estou. – ela diz tentando ser calma.

- Você esta ferida? Ele te fez alguma coisa? – Carlos Daniel pergunta preocupado.

- Não meu amor eu estou bem, só estou com medo, ele é louco Carlos Daniel...

- Onde ele esta agora?

- Eu não sei, - ela chora – ele me trancou aqui e saiu, acho que vai fazer contato com você meu amor, ele vai pedir dinheiro, mas por favor Carlos Daniel não dê dinheiro a ele.

- Claro que darei, pago o que for preciso pra te ter de volta.

- Não Carlos Daniel, ele não vai me entregar. – Paulina diz tentando parecer tranqüila – Vai pegar o dinheiro e fugir comigo. Não dê nada a ele.

- Paulina, eu vou te tirar daí meu amor, eu te prometo. – Carlos Daniel diz chorando também – Eu vou te tirar daí.

A ligação cai.

- Ela sabe onde esta? – o delegado pergunta.

- Não, - Carlos Daniel diz limpando os olhos – ela disse que numa cabana no meio do mato, mas não conseguiu ver nada direito, ta escuro e chovendo muito.

- Não há nenhuma possibilidade dela esta forjando esse seqüestro pra pegar o dinheiro e fugir com esse Fabrício. – o delegado pergunta desconfiado.

Carlos Daniel o olha com tanto ódio que por pouco não perde a cabeça e da uns socos no delegado.

- Paulina nunca faria isso delegado, - ele diz – minha esposa não é esse tipo de pessoa.

- Me desculpe senhor Bracho, mas tenho que levantar todas as possibilidades.

- Delegado, assim você ofende minha esposa, e não admito que levante suspeitas sobre o caráter dela.

- Me desculpe não quis ofende-la de modo algum, só estou fazendo o meu trabalho.

O telefone da fabrica toca.

- Deve ser ele Carlos Daniel. – Rodrigo diz – Quer que eu atenda ou você?

- Eu atendo Rodrigo.

- Senhor, tente arrancar informações sobre onde possa estar Paulina. – o delegado diz.

- Alo. – Carlos Daniel diz.

- Ora, ora se não é o marido ciumento.

- Onde esta minha esposa? – Carlos Daniel diz com ódio.

- Calma, vai vê-la de novo. Mas antes vai ter que fazer o que eu disser.

- Seu canalha cretino, se eu te pegar eu acabo com sua raça.

- Nossa vejo que é bom de ameaças, mas duvido que me pegue, e se quiser ver Paulina de novo vai ter que fazer o que eu quero.

- O que você quer?

- Quero que me pague dois milhões de dólares, se fizer isso eu te entrego Paulina.

- Dois milhões?

- E não adianta dizer que não tem, sei que um milionário doou esse dinheiro pra Paulina.

- Onde?

- Vou te passar o endereço, mas se você chamar a policia, sua amada esposa não vai continuar respirando, o que é uma pena porque ela esta muito mais bonita, e fico me perguntando se o gosto de seus beijos ainda é o mesmo. – Fabrício diz sorrindo alto.

- Seu miserável desgraçado, se encostar um dedo em Paulina eu juro que te mato.

Fabrício da gargalhadas.

- Nos dois sabemos que o senhor não fará isso. Eu vou te passar o endereço pra me entregar o dinheiro, e se estiver algum policial la sua esposa já era.

Fabrício passa o endereço para Carlos Daniel, ele marca o encontro as cinco da manha para Carlos Daniel levar um pouco de dinheiro como garantia, e depois ele marcará outro encontro para conseguir o resto. Carlos Daniel a principio se recusa a contar para o delegado com medo das ameaças que Fabrício fez, mas o delegado garante a Carlos Daniel que irão agir com todo cuidado para que Paulina fique em total segurança.

 Na cabana Fabrício conta tudo para Paulina.

- Seu marido não é muito inteligente, marquei o local do encontro a menos de um quilometro daqui - ele diz dando gargalhadas – vai estar tão perto de você e nem desconfia.

Paulina o olha com ódio enquanto algumas lagrimas caem pelo seu rosto.

- Não quero que me olhe assim meu amor, vamos viver juntos e felizes para sempre e você vai voltar a me amar.

- Eu te odeio. – ela diz tremendo de frio e raiva.

- Você esta tremendo meu amor? – ele diz indo ate ela e pegando no seu rosto e na sua roupa – Também sua roupa esta toda molhada, eu vou buscar um cobertor pra você.

Ele encosta o rosto no pescoço de Paulina sentindo seu cheiro.

- Continua com o mesmo cheiro gostoso. - ele diz se levantando.

As lagrimas caem pelo rosto de Paulina e ela fecha os olhos com medo.

- Não precisa ficar com medo de mim meu amor, - ele diz – eu vou ate o carro buscar um cobertor pra você.

Quando Fabrício sai da cabana, Paulina liga novamente para o celular de Rodrigo, a bateria esta quase acabando e mal da tempo dela dizer que a cabana fica a menos de um quilometro do local do encontro. Carlos Daniel passa as informações para o delegado, que pesquisa a área que fica 2 quilômetros em volta do local do encontro, eles encontram uma cabana abandonada e tem certeza que é o cativeiro onde esta Paulina.

- Eu vou la agora mesmo. – Carlos Daniel diz se levantando.

O delegado segura o braço de Carlos Daniel.

- Se agir por impulso só vai piorar as coisas, não sabemos se ele esta armado.

- Quer que eu fique esperando aqui ate amanha? – Carlos Daniel pergunta com raiva – Vai saber o que aquele desgraçado esta fazendo com Paulina, não posso cruzar os braços e esperar.

- Senhor, tem que entender que qualquer ação agora colocara a vida de sua esposa em risco, aconselho o senhor a ir pra casa, amanha nós daremos cobertura ao senhor e prenderemos Fabrício.

- O delegado Gomez esta certo Carlos Daniel, vamos la pra casa, Patrícia já sabe de tudo e se você for pra mansão vai ter que contar pra vovó.

- Vai com seu irmão, já são quase 23:00 e o encontro esta marcado as 5:00 da manha, tente descansar.

- Isso será impossível. – Carlos Daniel diz.

O delegado e os policiais vão embora, Rodrigo fecha a fabrica e vai com Carlos Daniel pra casa. Patrícia esta muito nervosa com o seqüestro de Paulina, e Rodrigo tenta acalmá-la dizendo que fará mal ao bebe se ela continuar naquele estado, aos poucos ela se acalma e adormece, Rodrigo desce ate a sala para vigiar Carlos Daniel com medo que ele vá ate o cativeiro e coloque tudo a perder.

Enquanto isso na cabana Paulina esta enrolada no cobertor tremendo de frio, Fabrício entra no quarto com um remédio e um copo de água.

- Aqui meu amor, - ele diz estendendo a mão com o remédio para Paulina – você vai se sentir melhor.

- Eu não quero nada de você. – Paulina diz batendo as mãos no copo e derrubando-o no chão.

- Você quem sabe Paulina. – ele diz serio – Não sou eu que estou queimando de febre, se quiser ficar passando mal que fique.

Fabrício se deita no chão do outro lado do quarto fazendo uma mochila de travesseiro, pouco tempo depois Paulina ouve os roncos dele.

A noite passa lentamente para Carlos Daniel e Paulina, que queima em febre e sente muita dor de cabeça. As 3:00 da madrugada, Carlos Daniel e Rodrigo vão encontrar os policiais para irem ate o local do encontro. As 4:30 eles chegam no local e as policias fazem o cerco.

Na cabana Paulina esta muito mal, delirando e chamando Carlos Daniel. Fabrício se preocupa com ela e esquece a hora.

Quando são 5:00 da manha não tem nenhum sinal de Fabrício, Carlos Daniel não consegue se acalmar e espera impaciente.

Enquanto isso na cabana.

- Carlos Daniel... – Paulina continua delirando.

- Estou aqui meu amor, - Fabrício diz se aproximando com um copo de água – beba Paulina.

Paulina tenta beber a água mas não consegue, o suor escorre pelo seu rosto. Fabrício se preocupa tanto com ela que esquece completamente do encontro.

As 6:00 Carlos Daniel já não agüentava mais esperar.

- Eu não vou ficar mais aqui Rodrigo, - ele diz entrando no carro – vou atrás de Paulina.

 O carro voa na estrada de terra sumindo no meio do mato, o delegado se aproxima com os policiais.

- Seu irmão vai colocar tudo a perder.

- Carlos Daniel é muito impulsivo, me admira ele ter esperado ate agora.

- Bom vamos atrás dele antes que aconteça um desastre. – o delegado diz e eles vão ate a viatura que esta escondida no meio do mato.

Carlos Daniel desce do carro bem antes da cabana, ele não quer que Fabrício escute o barulho e fuja com Paulina. O sol já estava aparecendo e ele consegue avistar a velha cabana no meio do mato.

Na cabana Fabrício desenrola Paulina do cobertor, a febre esta muito alta e o suor escorre pelo seu rosto. Ele tira também o casaco de Paulina que esta molhado de suor, Paulina mal consegue manter os olhos abertos e chama por Carlos Daniel.

- Estou aqui meu amor. - Fabrício diz sorrindo e a colocando sentada encostada na parede.

- Seu canalha... – ela diz quase sem voz.

Fabrício sorri e se inclina para beijá-la, nesse momento Carlos Daniel chega e o puxa pela camisa dando um soco tão forte no seu rosto que foi possível ouvir seus dentes quebrando e sua mandíbula deslocando. Fabrício cai inconsciente no chão.


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