Nascimento

–Hermione!!!! – Rony acordou assustado chamando o nome dela, sua respiração estava acelerada, não intendia o porquê de sonhar com ela, sonhou com suas aventuras, sonhou com seu sorriso, sonhou em como se entregaram um ao outro na primeira e ultima noite que passaram juntos.

–Rony o que foi meu amor – disse uma loira, sonolenta-algum pesadelo, amor- falou passando as mãos pelas costas de Rony.

–Não, não.... – Rony não lembrava o nome dela, era tantas que passavam pela sua cama, que lembrar o nome de todas era difícil. – não e nada, volte a dormir – disse beijando-lhe o rosto.

–Já que estamos acordado não prefere que eu te faca esquecer o sonho – disse sensualmente.

–Não, volte a dormir eu vou pegar uma agua – respondeu Rony já se levantando.

Ele não queria esquecer o sonho, não aquela noite. Se sentia angustiado.

Nos últimos meses sua vida foi como ele sempre sonhou, era reconhecido por seu jogo, pela sua profissão. Tinha fama, sucesso, mulheres, amigos. O que mais ele queria. Não conseguia entender o motivo, de sua família não entender, achavam que ele ficou metido, esnobe e arrogante, e que esqueceu deles e dos amigos.

Como eles ousavam dizer que ele esqueceu deles, mandou presentes no aniversário de todos, e não era presentes baratos.

Sua mãe ficou triste porque não apareceu no Natal, nem no Ano Novo, mais tinhas seus compromissos, não podia deixar de ir na festa de Teodor, ele era o jogador mais famoso dos E.U.A. Todos os irmãos mandaram corujas e Harry, falando para ele ir. Era o primeiro Natal sem Fred e Rony tinha que estar lá para apoiar a família, mas o que ele poderia fazer além de chorar junto.

Ele não traria Fred de volta, e todos eles tinham que superar sua perda. Ele estava fazendo a parte dele, então porque todos não entendia. Sem falar na cobrança que eles faziam referente ao namoro com Hermione, todas as cartas sempre a mesma ladainha, “vai atrás dela Rony” “você esta sendo um cretino” “você fez ela sofrer” e talvez a pior de todas, uma da Gina “você fez ela ir embora, ela não vai mais voltar”.

Mas o que ele podia fazer, ele não deixou de gostar dela, mas ela não quis vim com ele, ela o abandonou. Ou todos não percebia que ele não seria feliz se ficasse com ela e abrisse mão de seu sonho.

Rony foi até o balcão de bebidas, se serviu de Wiskee de fogo. Olhava para a cidade, comprara aquele apartamento por causa da paisagem, lembrava-se do seu terceiro pagamento, era um bom dinheiro mais ainda não dava para comprar um lugar para si, conversando com um dos companheiros do time, ele falou que no lado bruxo realmente não daria, mais no mundo trouxa aquele dinheiro era uma pequena fortuna.

Rony foi com ele trocar os galeões para dólar e viu que realmente era um bom valor, tanto que com que recebeu nos três meses no time, pode comprar um apartamento de cobertura, mobiliar a casa inteira e ainda comprar um bom carro trouxa, no qual aprendeu a dirigir e tirou uma certa carteira de habilitação, claro que treinou mais nada que alguns feitiços não ajudasse.

Qual foi sua surpresa quando convidou os pais para conhecer a nova casa, “estou muito feliz por você Rony, mais não posso ir agora, Angelina irá ganhar o nenê por estes dias, assim que ela sair do resguardo nós iremos”, foi a resposta de sua mãe, Rony ficou decepcionado, mais era por uma boa causa, também estava ansioso pelo nascimento do primeiro sobrinho, ainda mais sendo filho de Fred.

Esperou mais um tempo, depois de dois meses convidou novamente, “Rony não posso agora seu pai está com algumas coisas para resolver no trabalho e estou ajudando Harry na reforma da antiga casa dos Black, logo nós iremos”.

Rony já devia ser acostumado ele sempre era o último na lista de prioridades, todos viam antes, até mesmo Harry que nem filho era. Rony não chamou mais, passado mais alguns meses, eles vieram.

Apesar de eles acharem lindo o apartamento e seu pai se encantar com os objetos trouxas, disse que Rony não precisava de tudo aquilo, e tanta ostentação faria mal a ele, não aguentou e disse um monte para o pai e para a mãe. Disse que ostentação não faz mal, o que faz mal era ser pobre, e que além de dividir e usar as coisas velhas dos irmãos, pior ainda era ser humilhado por aqueles que tinha mais que eles.

Seu pai não gostou nada disso, e ficou irado. Discutiram feio e por fim os dois pararam de conversar, a mãe foi embora chorando e Rony dizendo que não mais voltava. Era um favor que fariam se parasse de encher o saca dele.

Obviamente seus irmãos mandaram cartas furiosas, lhe chamando de imbecil e muito outros xingamentos, ele não respondia e falava que não se importava, saia com os amigos, bebia e fazia o que queria, tinha cada noite uma linda mulher trouxa em sua cama e estava feliz assim.

Mais aquela noite não, sua angustia não tinha fim, Rony sentou-se em sua poltrona e continuou a pensar em Hermione, não tinha certeza mais parecia que alguma coisa séria estava acontecendo.

Do outro lado do Oceano.

–AHHHHHH!!!!!!! – Hermione gritava.

–Forca filha – sua mãe falava.

Hermione já estava em trabalho de parto, mais de 7 horas, os medico estavam ali, sua filha finalmente iria nascer, mais ela estava fraca, não tinha mais forças para empurra-la, não aguentava mais. Hermione encostou sua cabeça no travesseiro e so desejou uma coisa, “Rony como eu queria que estivesse aqui”, e deixou que uma lagrima rolasse e se misturasse com seu suor, mais uma contração veio e pensando no amor que por mais que não queria sentia por Rony, sua forca se renovou e fez uma forca que nem ela sabia que tinha, segundos depois ouviu um choro forte entrar por seus ouvidos, se deixou cair o corpo no travesseiro, enquanto colocava sua filha em seu peito. Não dava para ver com quem se parecia, mais era cabeluda e seus cabelos vermelhos como fogo. Agora Hermione chorava de alegria, pois tinha nos braços sua filha.

O que ela não sabia era que do outro lado do Oceano, Rony deixava uma lagrima cair em seu rosto, pensando nela, e que se sentia muito feliz sem tem noção do motivo.