Laura E Edgar - Uma Outra História escrita por Cíntia


Capítulo 40
Castigo


Notas iniciais do capítulo

Meninas muito obrigada pelos comentários. Esse capítulo é dedicado a vocês. Espero que gostem.



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Por Edgar

Melissa estava passando uma semana em casa, e isso era tão bom... Ter a minha família completa reunida, ver os meus filhos brincando juntos se tornando amigos. E ainda ... Laura grávida. A sensação é que a vida não podia ser melhor. Me arrependia de ter ficado tanto tempo brigado com ela, perdendo tantos momentos de felicidade.

Laura havia saído. E pediu que eu cuidasse das crianças. Elas estavam brincando e resolvi dar uma olhada.

E vi uma cena que me chocou, meus filhos gritavam um com o outro. Antônio empurrou Melissa, e ela caiu no chão. Eu os olhava decepcionado, não podia acreditar no que via, e fiquei parado. Fitava o meu filho nos olhos e ele parecia assustado.

Desviei o olhar dele quando percebi que Melissa começa a passar mal, a carreguei no colo preocupado, e corri até onde estava o seu remédio. Dei para ela, e quando percebi que ela voltava a respirar melhor, me sentei com ela no sofá:

– Papai –me disse cansada, parecia triste, mas já estava melhor.

– Ohhh, filhinha você vai melhorar... - falei fazendo carinho no rosto dela, eu estava perdido, não sabia o que tinha acontecido, o que fazer, o que pensar.

– Ele é um menino mau. Eu te disse. Ele puxa meu cabelo, me bate, me empurra.

– Não, filhinha... Antônio não é mau, você vai ver... vocês vão se conhecer... vão ficar amigos - ela estava assustada, eu ainda não sabia o que pensar direito, mas eles tinham que parar de brigar, afinal eram irmãos, não sabia o que acontecia entre eles, mas teríamos que resolver isso.

– Eu sei, papai, ele é mau, implica comigo, diz que eu sou um bastardinha. Você gosta mais dele não é? É por que ele é menino? Por que ele é filho da D. Laura?

– Não, Melissa. Vocês são meus filhos. Eu amo vocês dois. Não amo um mais do que outro- falei tentando acalmá-la

– Mas ele é mau, papai. Não quero mais brincar com ele – isso era muito difícil, mas eles tinham que conversar, se acertar.

– Fique aqui, Florzinha. Eu voltarei logo.

Comecei a procurar por Antônio. Ele havia sumido desde eu socorrera Melissa. O encontrei sentado num canto, chorando, devia estar arrependido. Nossa... como era doloroso ver aquilo. Toquei em seu ombro, ele levantou o rosto, seus olhos estavam cheio de lágrimas, mas ele as enxugou e não chorou mais:

– Filho, vem comigo – falei pegando em sua mão e o levando até Melissa.

Quando estavam juntos , eu sentia uma dor horrível, mas disse firme:

– Antônio, peça desculpa a sua irmã!- ele olhou para Melissa e depois para mim, não chorava, mas parecia fazer força para não chorar.

–Não – ele falou firme olhando em meus olhos

– Antônio, peça desculpas! – falei bravo.

– Não, não fiz nada. Ela começou, minha mãe disse que eu podia me defender! – ele falava firme, duro, teimoso, apesar de estar muito triste.

Olhei para ele e para Melissa, como era difícil fazer aquilo! Mas eu tinha que fazer algo, lembrava dela falando que eu gostava mais dele. Esse tipo de coisa não poderia ficar impune. Ele ao menos havia empurrado a irmã. Não podia achar que era permitido. Que não seria punido.

– Antônio, você vai para o seu quarto agora. Vai pensar no que fez. Só vai sair de lá depois que pedir desculpas a sua irmã! – falei firme, e ele me olhou com raiva, mas continuou inflexível.

E depois chamei Matilde, pedi que ela o levasse ao quarto. Ela o levou, triste, confusa. Quando voltou, pedi que ela cuidasse de Melissa. Eu não aguentava mais ficar ali. Fui para o escritório. Me sentia destruído pelo o que acontecera, pela minha conversa com Melissa, pela reação de Antônio e por tê-lo colocado de castigo. Será que isso nos afastaria? Qual seria a reação da Laura quando soubesse? Será que eu havia feito o certo?


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Notas finais do capítulo

Foi difícil escrever esse capítulo... ainda mais num clima tão bom, mas achei que precisava. Bem... peço que não julguem duramente nenhum dos personagens.
Assim comentem, me digam o que acharam, o que vai acontecer a seguir. Quanto mais comentários, mais eu me animo, e mais escrevo, resolvendo essa situação complicada.