Laura E Edgar - Uma Outra História escrita por Cíntia


Capítulo 35
Decisão


Notas iniciais do capítulo

Então meninas adorei todos os comentários. Tanto que até consegui escrever em plena páscoa kkkk. Feliz páscoa a todas. Obrigada. Mas a minha dedicatória especial vai para Rayane Silva, que recomendeu a minha história. Valeu Rayane, eu fiquei muito feliz!



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Por Laura

A ideia que eu estava grávida ainda me perseguia. Minhas regras não vieram, e já estavam bem atrasadas. Certa noite com Edgar, apesar dele ser cuidadoso , senti um pouco de dor em meus seios. E meu desejo por ele, que já era grande, havia aumentado, eu parecia precisar mais das nossas noites, e minhas sensações tinham se tornado mais intensas.

Eu tentava tirar isso da minha cabeça, era imaginação, minhas regras não vieram por que eu estava preocupada. Mas a cada dia percebia um novo sintoma, estava ficando mais emotiva, às vezes, tinha vontade de chorar por nada, andava sonolenta.

Não era que eu não quisesse ter um filho de Edgar, mas é que uma gravidez nesse momento iria atrapalhar as coisas. Eu e Edgar mal conversávamos, e não falámos da gente, dos nossos problemas. Nem certeza que ele me amava eu tinha mais. E não queria que ele ficasse comigo sem amor. A nossa relação era complicada, o fato de Toninho depender da gente, já era um complicador, imagine mais uma criança inocente no meio.

No aniversário de Edgar, eu lhe dei uma foto minha e de Toninho, nós ficamos tão emocionados. Acabei falando sobre o passado, ele foi tão compreensivo, tão companheiro. Foi um momento mágico, onde estivemos tão próximos, e nem estávamos na cama. Depois fomos à confeitaria e vivemos outras sensações maravilhosas e familiares, até mesmo o encontro com minha mãe não atrapalhou isso. Naquela noite, eu me entreguei a ele, me sentindo tão próxima, como não sentia há algum tempo. Tive a esperança que algum dia nos acertaríamos ... não ficaríamos eternamente com essa barreira invisível de sentimentos ruins nos separando.

E no dia seguinte, eu tive o meu primeiro enjoo, um medo tomou conta de mim. Era mais outro sintoma e dessa vez era algo mais forte, indicando realmente uma gravidez. Queria poder conversar com Edgar, falar dos meus anseios, da minha desconfiança. Mas eu não podia, não com gente daquele jeito. Entretanto se eu tivesse mesmo grávida, algo que parecia cada vez mais real, também não poderia esconder por muito tempo. Eu já escondera Toninho, não faria a mesma coisa com esse bebê.

Na próxima noite em que passei com ele, tínhamos acabado de nos amar, eu ia apagar a última vela do nosso quarto para dormimos, quando ele disse se abraçando a mim e me colocando deitada em seu peito:

– Não, não a apague ainda. – aquilo me surpreendeu, normalmente a gente se amava e dormíamos abraçados logo em seguida

– Queria saber sobre você...Como está a sua busca por emprego? – ele sorria

– Ahhh... Eu não consegui nada como professora , mas estou trabalhando com o meu pai em um projeto.

– Um projeto? Sobre o que? – ele parecia interessado

Eu contei sobre a escola, como ela seria, a nossa busca por verbas e patrocínios, e Edgar parecia muito interessado.

– Essa ideia de uma escola sem castigos ... Para meninos e meninas juntos ... é excelente, e além de tudo é para a população pobre. Uma forma de dar oportunidades a tantas crianças.. É muito nobre ... é lindo, Laura. Você conseguiu mais um doador. Eu. Pode contar comigo. –ele falou idealista e aquilo tocou o meu coração

– Sério? – eu falei animada – Edgar ... não precisa...

– Faço questão, por você e pelas crianças, elas merecem uma escola assim. Eu tenho bastante dinheiro, não me fará falta.

– Obrigada – o beijei e ele me correspondeu, depois que descolamos os nossos lábios, ele voltou a falar.

– Paulo Lima realmente parece ser um ótimo educador, hein, suas ideias são maravilhosas. E além de tudo, ele é um jornalista muito talentoso.

– Você acha? – perguntei satisfeita

– Claro. Sempre leio as reportagens dele no Correio da República. São bem escritas, sensíveis, e tratam de assuntos relevantes. – ele falava tão naturalmente, e eu abri um sorriso, ele gostava do que escrevia.

– Realmente – eu tentei conter a minha excitação, ai resolvi mudar de assunto – Outro jornalista muito talentoso é o Antônio Ferreira.

– Você acha, é? – ele parecia feliz – Sim ele é.

– Você o conhece, Edgar?

– Sim. Por quê?

– Aquela matéria que ele escreveu sobre a violência das mulheres, parecia que foi para mim, ele sabe o que aconteceu comigo?

– Acho que Guerra deve ter comentado alguma coisa.

– Humm... Eu queria conhecê-lo, agradecer pela reportagem.

– O Ferreira é um homem bem reservado , Laura– ele falava de modo estranho e resolvi encerrar a conversa, o clima estava muito bom para estragá-lo com isso.

– Sim, eu entendo – o beijei de forma calma e depois percebi que ele sorria- Foi ótima termos essa conversa, Edgar. – sorri para ele

– Concordo. –ele sorriu

– Mas agora estou com sono, vamos dormir?

– Sim, senhora!- ele falava sério, mas sabia que brincava.

Eu apaguei a vela me aninhei em seus braços e fomos dormir felizes, uma doçura em meu coração, uma sensação boa me acalentava. Nós havíamos voltado a conversar.

Só que no dia seguinte, senti enjoos novamente. Eu e Edgar estávamos nos aproximando. Mas tinha medo que essa aproximação estivesse ocorrendo de forma muita lenta. Estava quase certa dessa gravidez. Nós voltamos a conversar, mas não das coisas que nos afastava, não para resolver os nossos problemas, não para declarar o que sentíamos, não para planejar o futuro.

Nós tínhamos brincado por muito tempo com uma coisa séria. Havia essa gravidez que eu tinha medo de confirmar totalmente, mas que era cada vez mais evidente. Eu não podia continuar assim, não tinha tempo a perder, parecia haver um bebê dentro de mim. A nossa situação não podia continuar dessa forma, eu tinha que agir, e não ficaria parada.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Laura e Edgar vão resolver as situações deles? Laura contará sobre a gravidez a ele?
Espero que tenham gostado, comentem e recomendem para eu escrever mais e mais rápido, kkk, vocês sabem como me anima.