Laura E Edgar - Uma Outra História escrita por Cíntia


Capítulo 25
Proteção


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada pelos comentários, por causa deles consegui escrever e colocar esse capítulo. Espero que gostem. Esse capítulo é dedicado a todas que comentaram.



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Por Edgar

Eu apenas estava indo visitar o meu filho, mas quando Isabel atendeu a porta, notei pela sua expressão que havia alguma coisa errada. Ao ver Celinha com um olhar preocupado no sofá da sala, tive certeza. Um medo tomou conta de mim, e já disse com dificuldade:

– Aconteceu alguma coisa? O Antônio?

– Está tudo bem com ele, Edgar. Ele está com a Lourdes- falou Isabel

– A Laura??? - pelo olhar delas percebi que tinha acertado, e fiquei apavorado, algo ruim não poderia acontecer com ela, não... não... com a gente desse jeito, não … nada podia acontecer independente de estarmos bem ou não – O que houve? - eu mal conseguia falar

– Calma, Edgar. Eu vou te contar – disse Isabel – Laura ficou até mais na tarde na biblioteca e... - aquela demora me deixava mais apavorado

– Pelo Amor de Deus fala Isabel!

– Um colega dela a atacou.

– A atacou??? - eu não conseguia acreditar, minhas pernas tremiam, parecia que eu não conseguia me manter em pé e tive que me abaixar um pouco

– Não aconteceu nada mais grave. O impediram a tempo, e ela está bem … dentro do possível. - eu via o olhar preocupado de Isabel

–Onde ela está? – eu mal conseguia respirar e falar

– No quarto dela. ( obs. Como essa é uma história escrita, não preciso economizar cenário. kkkk)

Forcei as minhas pernas e fui até o seu quarto. Antes de abrir a porta respirei fundo, me preparando para o que encontraria.

E por mais que me preparasse, vê-la daquele jeito me abalaria mais do que esperava. Ela chorava muito. Uma marca no rosto começava a se destacar, dava para perceber outros hematomas no braço, e provavelmente haveria mais nos lugares cobertos. Ela que sempre fora tão forte, estava frágil, praticamente destruída.

E uma dor tomou conta de mim, como poderiam ter feito aquilo? Terem atacado e batido nela? Um ódio me consumia, uma vontade de matar o ordinário que ousou encostar nela... Na minha Laura. Ela não deveria ter passado por isso. Eu deveria a ter protegido.

Me aproximei e com cuidado a abracei, queria protegê-la, em meus braços ninguém ousaria lhe fazer mal:

– Laura … Eu sinto tanto! - falei

– Não tinha como você saber … nem eu … não tinha como sabermos ...– ela ainda chorava

– Se eu soubesse … - ela voltou a se deitar, eu me deitei em frente a ela, e com cuidado passei um braço em sua cintura, nós ficamos cara a cara, bem próximos um do outro, e via em seus olhos o quanto era difícil– Vai melhorar, você vai ver –fazia carinho em seu rosto com cuidado para não machucá-la mais

– Ahhh.. Edgar ... me sinto tão suja... aquele homem. Ele me chamou de vadia, achava que podia fazer o que quisesse comigo. E eu fui tão fraca, não consegui me ...

– Não pense assim. Você é uma mulher maravilhosa, forte e doce. Conseguiu se sustentar e criar o nosso filho de maneira fenomenal e ... tudo sozinha... Tem que se orgulhar, eu ... me ... orgulho. – isso era verdade e falei de maneira suave para acalmá-la

– E o Toninho? -ela perguntou preocupada

– Está bem. Parece que estão tomando conta dele, mas se quiser, peço para trazê-lo aqui – falei sem pensar direito

– Não, por favor não! - seu olhar era de horror – ele não pode me ver assim!

– Calma, ele não vai ter ver assim - voltei a fazer carinho em seu rosto, e dei alguns beijos nele, como doía em mim vê-la daquela forma – foi um estupidez pensar nisso.

Nós ficamos um tempo desse jeito, e ela pareceu se acalmar. Após isso, ela se virou e eu falei em seu ouvido:

– Quer descansar? Quer que eu vá embora?

– Quero descansar, mas não quero que vá. Fica comigo!

– Claro!

Me agarrei a sua cintura, puxando o seu corpo para meu e com meu rosto comecei a fazer carícias no dela. Queria que ela dormisse, ela precisava descansar.

A verdade é que ainda havia problemas nos separando. Mas naquela hora, não eram importantes, nada era mais importante do que ficar ao seu lado e apoiá-la. Ela precisava de mim e eu dela.

Laura até conseguiu dormir. Mas eu não. Ficava atento aos seus movimentos, aos sustos que ela tomava enquanto dormia. E isso só aumentava o meu ódio contra aquele homem. Só pensava no que faria a seguir.

Quando amanheceu, me despedi de Laura e tirei da cabeça dela a ideia de trabalhar naquele dia. Ela achava que tinha que se mostrar forte. Mas eu sabia que ela não estava preparada, ainda mais que voltaria ao lugar onde passara horrores.

Conversei com Isabel, pedi que cuidasse dela. E consegui descobrir o nome do ser vil que a atacara. Era Cândido, como um nome que significava pureza, podia ser o nome de alguém tão imundo. Na biblioteca procurei por ele. E quando o encontrei, eu estava possesso:

– Cândido? - falei

– Sim – ele me respondeu e percebi que sua expressão se fechou quando me viu

Não dei tempo para ele reagir, e já acertei um forte soco em seu rosto, seguido por outro, e mais outro até que ele caiu:

– O que é? Não consegue bater em alguém maior, só em mulheres indefesas? Não se faça de bobo!

– Mas ela é uma vadia divorciada! - -eu já via o sangue escorrendo em seu rosto, mas não aguentei e o chutei forte

– Olha o que fala da minha mulher, seu rato! Pois homem você não é e talvez seja até um insulto ao rato te classificar como um! - eu estava furioso

Ele ainda tentou falar mais, mas eu o chutei novamente e disse:

– Não fala mais nada, senão não conseguirei me conter e te matarei aqui. Aliás, se você chegar perto da Laura. Eu não pensarei duas vezes.. farei isso.

Ainda o chutei diversas vezes e só parei quando ele ficou desacordado. Ajeitei o meu terno, olhei em volta, e vi que uma multidão nos cercava assustada, alguns até estavam animados. Eles abriram passagem para mim e saí.

Não me importava com aqueles olhares. Não me importava com que poderia acontecer comigo. Naquele momento, só me importava em vingá-la. Eu não estava feliz, nem chegava perto de estar satisfeito. Mas ao menos fizera alguma coisa e aquele biltre merecia bem mais que aquilo.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam da reação do Edgar? Gostaram ou queiram mais? kkk
Comentem, recomendem, isso sempre me anima a escrever mais