Pingos De Bella. escrita por Agridoce


Capítulo 3
Capítulo 03 - Intimidada.


Notas iniciais do capítulo

Especialmente dedicado a JUSSARA SWAN CULLEN, giulia_baffi, LilliCullen e Natasha Ravenna por favoritarem a história. Beijos!
Comentem!!!



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Eu estava imersa em um lago.

Um lago frio e que quando eu realmente sentia o poder do baixo nível de grau, meu corpo queimava, e a dor era insuportável.

Mesmo impossível na área em que eu morava, interior do Texas, o lago formava pequenas ondas que davam a sensação de ser um barco.

Ainda de olhos fechados, inalei ar suficiente, e logo o soltei.

Um cheiro de pinho tão conheci por minhas narinas invadiu todo o meu ser.

Eu me sentia em paz.

Uma sensação nova e  jamais sentida por mim, mas ainda assim, uma sensação que eu não queria deixar escapar.

- Vamos lá, Isabella, acorde!

Uma voz pouco conhecida mas que ainda assim despertou meus instintos mais remotos sussurrava freneticamente estas quatro palavras.

Eu não sabia onde eu estava mas nada parecia com o lugar onde eu morava.

O lugar não cheirava a álcool, ou drogas, e o barulho de um jogo de futebol americano não jorrava da velha televisão.

Já acordada mas mesmo assim, com os olhos colados, concentrei toda a minha atenção as vozes.

- Bella.

- Você não tem certeza ainda, Edward, não crie falsas esperanças. 

Edward.

Esse nome tão incomum para os jovens de minha escola mas ao mesmo tempo tão normal, quase conhecido, para meus ouvidos.

- Carlisle, eu preciso, de verdade, saber se ela vai ficar bem ou não.

- Tudo indica que sim. - Por um breve descuido meu, acabei fazendo um barulho estranho com a boca e isso despertou ainda mais a atenção. - Oh... Olá.

Dor.

Minhas pupilas foram invadidas por uma forte coloração branca, que logo descobri serem as luzes do quarto onde eu estava, e pisquei algumas vezes para me acostumar.

Olhando ao redor, não reconheci meu quarto da cor verde musgo, e sim um quarto branco com poucos detalhes em anil.

- Onde... Onde eu estou ?

- No hospital. Prazer, Carlisle. - Um homem alto, louro e de porte elegante trajava o uniforme dos médicos da região e tinha em seus lábios, um belo e branco sorriso. - Você precisou passar por uma pequena, mas bem sucedida, cirurgia.

Me remexendo na cama que eu estava deitada, descobri meu corpo ligado a alguns fios que levavam até algumas caixas ao meu lado ou em cima de meu leito.

- Ah... Por... Por que ?

Um segundo homem, e mais belo ao meu ponto de vista, fixou seus olhos  parecidos à topázio líquido dourado em meu frágil, e com algumas marcas escuras, corpo.

Eu me senti intimidada.

- Bem... Er... Isabella, você lembra-se de alguma pancada na cabeça antes de desmaiar ?

Charlie.

O nome tão odiado por meu coração tamborilava em minha cabeça.

- Eu... Eu... - O olhar do homem, chamado Carlisle, era esperançoso. 

Mas eu não poderia dedurar meu pai.

Ele já fora preso mais de sete vezes, por todos os crimes imagináveis, e mesmo passando por tudo isso... Eu precisava de Charlie.

Eu não tinha e não poderia ficar em outro lugar.

Apenas na casa dele.

Mordi meu lábio antes de abaixar meu olhar para qualquer pedaço de pano em cima de mim.

- Não me lembro de nada. - Eu não era boa em mentiras, e por isso, não iria conseguir encará-los. - Desculpe.

O silêncio foi quebrado por uma voz que foi capaz de arrepiar meu corpo por completo.

Uma voz conhecida.

Uma voz tantas vezes desejada por meu corpo em chamas.

Pensava estar louca, até porque, jamais vi ou ouvi qualquer coisa do homem com o cabelo bronze encaracolado ao lado de Carlisle.

Mas ainda assim, sua voz acalmou meu corpo, e ao mesmo tempo, fez a magoa por ser uma mentirosa crescer.

- Carlisle, não estou me sentindo bem aqui. - Com a janela aberta, um vento indicando uma tempestade, entrou sem pedir licença. Seu olhar quando respirou fundo, ao meu ver, era repulsivo. - Preciso de ar.

Idiota.

Isso era o que eu era.

Como eu cheguei a pensar que o olhar dele realmente estava sobre mim ?

Ele tentava achar qualquer ponto fixo para parecer olhar para mim, quando, na verdade, ele não ligava.

Ele deveria pensar que eu era uma mulher da vida.

Ou pior : Uma drogada.

Assim como minha mãe.

Senti meu rosto salpicar e tentei ao máximo controlar as lágrimas que insistiam em se abrigar.

- Tudo bem, Edward, pode ir. - Carlisle deu um de seus sorrisos antes do homem passar pela porta.

Sem ao menos olhar para trás.

De um jeito, ou de outro, as palavras de Edward tiveram um forte impacto em mim.

Não sei se é porque estou no hospital e essa aurea boa está mexendo comigo.

Mas eu, realmente, não esperava receber um olhar de Edward.

Não... Aquele olhar.


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