Pingos De Bella. escrita por Agridoce


Capítulo 12
Capítulo 12 - Paranormal.


Notas iniciais do capítulo

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Meu olho foi aclamado por uma claridade e focalizei meu olhar no teto acima de mim.

Um sopro de esperança brotou em mim quando escutei a voz do homem que me salvou.

- O que aconteceu, Isabella ?

A dor em meu pescoço não me deixou virá-lo completamente.

Ao meu lado direito, estava Carlisle, todo de branco e com um semblante preocupado.

- Onde... - Antes de terminar, analisei o resto do dormitório ao redor e percebi que eu estava no hospital.

Instintivamente procurei por meus pulsos sangrentos, porém, quando os encontrei nada além de cicatrizes os enfeitava.

Uma escuridão ao lado do leito que eu estava chamou minha atenção e subi o olhar procurando.

Procurando qualquer coisa.

Ou talvez... Alguém.

O alguém que tinha os lábios mais doces que eu já tinha provado, em comparação aos dois meninos que eu já beijei.

Meu pai sempre tocou em meu corpo mas nunca em minha boca.

Não com os seus lábios.

Um olhar ardente chocou-se contra ao meu e uma sensação já conhecida abrandou tudo ao redor.

- Carlisle, eu poderia conversar com Bella ?

Carlisle esclareceu a garganta e murmurou um "volto logo".

Mas eu não desviava meu olhar de Edward.

Para qualquer coisa.

- Quer se sentar ?

Sem responder, inclinei a cabeça e o observei me ajudando a sentar confortavelmente no leito.

Eu usava uma roupa de hospital azul e meu cabelo era um coque bagunçado.

Todos os lugares machucados por minhas laminas, agora, eram preenchidos por gases e alguma outra coisa da cor branca que impediam de qualquer objeto tocá-los.

Com espaço o suficiente para os dois, Edward sentou ao meu lado, e esticou suas longas pernas a cama.

Meu olhar mediu cada centímetro de seu esbelto corpo.

Seu olhar ainda me queimava.

- Explique-se.

Meu olhar o procurou.

- Co... Como ?

Edward juntou suas abeis mãos em seu colo e me olhava com impaciência.

- Estou pedindo uma explicação para isso. - Seu maxilar quadrado deu uma leve inclinada em direção a meu corpo retalhado.

Seu olhar era repulsivo.

Meu lábio foi mordido para conter um soluço.

- Ér... Eu... Eu... - Nada consegui dizer, pois sua presença me era ameaçadora, e em qualquer erro de médias palavras eu sentiria seu punho em meu rosto.

Assim como Charlie.

Um sentimento de culpa me possuiu por compará-lo ao Charlie.

Nada no mundo era tão monstruoso quando o homem escolhido para ser meu pai.

- Estou esperando. - Seu tom de voz, antes calmo, agora era mais nervoso.

- O que você quer que eu diga ? - Minhas palavras saíram fracas e eu me senti em um mar de miséria.

- Nada, Isabella, melhor que não diga nada. - Impaciente, Edward afastou-se de mim e já estava de pé quando recebi um cartão vermelho com duas presas e logo abaixo de um número, o nome Cullen.

- O que é isso ? - As palavras saíram medianas, mas foi o melhor que consegui fazer.

- É o número de minha empresa.

- Sua... Você não trabalha com seu pai ?

A risada dele me fez sentir uma tola.

- Não! Claro que não. - Ele mostrava seus perfeitos dentes brancos, e duas coisas antes não reparadas por mim, despertaram meu interesse.

Seus dentes mordedores eram mais afiados e um pouco maiores do que a média.

Não que eu seja dentista ou coisa parecida, porém, eu gosto de observar o sorriso das pessoas e invejar a felicidade alheia.

É feio de minha parte, eu sei, mas eu preciso saber que ainda existe felicidade no mundo em que eu vivo.

- Escute, Isabella, eu não posso largar meus clientes e vir para cá todas as vezes que Carlisle me liga contando sobre alguma coisa relacionada a você.

Meu coração apertou-se e desabrochou em um oitavo de um segundo.

Engolindo todo o orgulho, e talvez, sentimento que eu tinha por Edward, murmurei com a voz mais rígida :

- Eu não o obriguei a fazer isso.

- Mas Carlisle o fez.

As palavras foram como mil facas entrando por meu corpo e antes que eu segurasse e engolisse todo o desaforo, senti meu rosto salpicar, e um gosto salgado de lágrimas.

O semblante de Edward era arrasador para qualquer ser humano.

Sua presença, agora ao meu lado, era assustadora e isso fez meu corpo encolher-se.

- Oh, Bella... Desculpe... Eu... Eu...

Antes de suas mãos chegarem até a presença frágil de meu corpo, arrastei meu olhar até ele e sussurrei por lágrimas transcendentes :

- Vá embora.

- O que ? Não! Bella, eu...

- Edward! - Meu tom era de uma criança assustada e carente de proteção. - Por favor.

Meu olhar focalizou na janela e no sol que irradiava pela mesma.

Já devia estar na metade do dia.

Por canto de olho, vi um Edward salpicar purpurina.

Quando meu olhar focalizou nele por inteiro, vi um Edward brilhante, mas com o rosto exalando dor.

- Edward! O que... O que é isso ?

Edward nada disse, apenas olhou para mim com um olhar negro.

Negro como a escuridão de meia noite.

Um eclipse total do sol.

Apesar da dor em seu rosto, seu espírito era implorador por atenção, e seu corpo chamava mais atenção do que qualquer borboleta multi-colorida.

Ele, aos meus olhos, era um Anjo.

Um Anjo da cor verde, porém, um Anjo.

Sem hesitar, Edward sussurrou antes de partir e deixar meu cérebro partido ao meio :

- Eu volto, Bella.

Em minhas memórias, após o ocorrido, continha apenas um Edward diferente.

Um Edward mais Anjo do que qualquer outra coisa já conhecida cientificamente.

Um Edward... Diferente.

Mas ainda assim... Edward.


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