My Dream escrita por amanda c


Capítulo 30
Meu lugar


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, tudo bem com vocês? Então... A Gio está sem pc :( o notebook dela deu pau e não quer ligar então ficara afastada por um tempo que nem ela mesma sabe, já eu, minhas provas voltaram, então eu tenho que focar nos estudos, porque esse ano está tenso... Perdão qualquer coisa, tenham uma boa leitura
— Pands



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/342010/chapter/30

– O que tem minha mãe? - perguntei, com o coração na boca.

– Ela está morrendo.

Aquelas três palavras ficaram ecoando pelo meu cérebro durante muito tempo, eu estava em choque, não sabia o que fazer. 

Senti um nó de saliva entalar minha garganta me impedindo de respirar e meus olhos se inundaram em lagrimas que segurei-as até o ultimo instante impedindo-as de escorrer pelo meu rosto.

Eu ainda segurava o celular próximo a orelha, Jay já havia desligado a chamada. Zach estava parado, ao meu lado com um semblante assustado.

- O que foi Cath? - ouvi sua voz, mas a mesma estava longe, parecia que o moreno estava muitos quilometros longe de mim.

Finalmente a primeira lagrima escorreu pelo meu rosto, mas rapidamente a sequei voltando para o planeta Terra.

- Eu tenho que ir para casa! - disse olhando para Zach que franziu o cenho com meu tom desesperado. - Por favor Zach, me leve para casa. - implorei.

Sem argumentar mais, ele apanhou a chave do carro. Acabei que nem tomando meu cappuccino, incrivelmente a fome havia desaparecido.

Ao chegar em casa Jay estava já na porta, com um cardigan vermelho protegendo o corpo, pois no tempo em que estávamos na Starbucks até chegarmos em casa já havia diminuído a temperatura.

Sai do carro assim que Zach estacionou, não esperei o mesmo desligar o carro, nem ao menos descer do carro. 

Eu sei que minha mãe não presta, que ela nunca me deu atenção, que ela sempre preferiu um livro do que a própria filha, mas como acabei de dizer, ela é minha mãe.

- Seu pai não sabe o que fazer, Cath. - disse Jay com os olhos chorosos e uma voz mais manhosa do que o comum. 

Eu não prestei tanta atenção no que ela falou e adentrei em casa como um furacão. Olhei para os lados a procura de meu pai e minha mãe e não os encontrei no andar de baixo. Subi rapidamente para o andar de cima ignorando o fato de meu pé estar começando a latejar.

Assim que entrei no quarto de meus pais avistei o corpo de minha mãe deitado na cama, ela estava contorcida como se uma faca estivesse cortando seu corpo pela metade, ela tentava gritar, mas parecia que sua voz não saia da garganta.

Meu pai estava puxando os cabelos enquanto falava com a emergência.

- Vocês deveriam estar aqui! Venham rápido! Por favor venham! - ele falava em prantos. Realmente meu pai amava muito minha mãe.

Ao desligar o telefone meu pai, finalmente, notou minha presença e me abraçou com uma força que nunca havia notado que meu pai tinha. Ele afundou o rosto em meu ombro se curvou para ficar da minha altura, as lagrimas nos olhos de meu pai escorriam sem um pingo de vergonha do tal.

Zach havia ficado no andar de baixo.

- Fique com sua mãe, por favor! Eu tenho que ir atras de ajuda! - ele disse desesperado se enrolando nas palavras. Novamente ele beijou minha testa e saiu do quarto me deixando sozinha com minha mãe que ainda agonizava na cama.

Me sentei ao lado dela em uma cadeira velha que tinha no quarto e fiquei fitando-a.

Grossas lagrimas de dor escorriam pelo rosto dela, ela alisava o peito como se assim fosse amenizar a dor.

Por que ela nunca me informou sobre essa dor?

De repente minha mãe virou seu rosto para me encarar bruscamente e arregalou os olhos como se finalmente houvesse notado que eu estivesse aqui.

- Sai... - ela disse com dificuldade. Mais lagrimas escorreram pelo seu rosto.

- Não, vou ficar aqui. - respondi olhando para ela tentando controlar as lagrimas.

- Por favor, saia. - ela disse mais uma vez com uma voz rouca e fraca que não pertencia a minha mãe.

- Por favor, deixe eu ficar... - suspirei tocando sua mão.

Sua mão estava tão gelada que parecia que eu estava segurando um cubo de gelo, sua pele estava pálida, abaixo de seus olhos haviam grossas olheiras que mostravam que ela não estava dormindo bem.

- Eu. Não. Te. Odeio. - ela disse em pausas, parecia que qualquer esforço que ela fazia só piorava sua situação.

- Eu também não. - disse sentindo as lagrimas escorrerem rapidamente pelo meu rosto marcando minha bochecha.

Minha mãe não disse mais nada, apenas ficou me observando com seus grandes olhos amendoados. Ela talvez estivesse pensando no que eu havia feito no cabelo.

Eu permaneci a segurar sua mão por um longo tempo, sua mão ficava cada vez mais gelada e aquilo estava me deixando preocupada. Meu pai havia ido atras de ajuda e eu estava sozinha ali.

Senti o aperto da mão de minha mãe aos poucos se afrouxando até que a mão da mesma ficou mole. Ela estava toda mole, mas seus olhos ainda encaravam meu rosto como se eu fosse um quadro de exposição de um grande pintor francês.

Eu sabia o que havia acontecido ali. Minha mãe morreu.

Eu não me aguentava mais. Eu não conseguia nem mais enxergar por causa das lagrimas, minha visão estava embaçada. As lagrimas escorriam sem parar pelo meu rosto.

Segurei ainda com mais força a mão da minha mãe no pensamento de que meu toque poderia fazer ela voltar a vida, como nos contos de fada que o beijo do amor verdadeiro fazia as princesas acordarem. 

Meu pai adentrou no quarto na presença de mais dois homens desconhecidos, mas ao ver o que havia acontecido desabou no chão aos prantos.

Os homens retiraram minha mãe do quarto e colocaram ela dentro do carro de emergência e tentaram reanima-la. Mas nada aconteceu.

Zach me abraçou com força enquanto eu apenas conseguia chorar, mas por algum motivo o abraço de Zach não estava funcionando, não estava me confortando, me esquentando, nem me acalmando.

Fiquei na casa do meu pai até o anoitecer, pois assim que o sol se pôs os meninos vieram até minha casa me acalmar.

A primeira pessoa que me abraçou - depois de Zach - fora Lewis. Ele não esperou nem os outros entrarem direito em casa para me abraçar.

Seu abraço diferente do de Zach que eu apenas sentia o calor de seus braços envolta de mim, o abraço de Lewis me acalmou, me fez sentir que ali era o meu lugar e que tudo iria ficar bem... Um dia iria ficar tudo bem.

- Vamos pra casa? - disse Lian alisando meu rosto. Estava com a cabeça encostada no peito de Lewis com os olhos fechados.

- Está bem. - suspirei abrindo os olhos, saindo do meio dos braços de Lewis e voltando a sentir um grande frio bater em meu corpo.

Abracei meu pai que também estava nitidamente abalado e prometi que iria visita-lo pelo menos duas vezes por semana até tudo acabar. 

Voltei no carro de Zach para casa.

Lá fui direto para o meu quarto, não queria ser questionada, interrompida, apenas queria ficar sozinha, tentando imaginar como teria sido diferente se minha mãe houvesse me contado sobre tudo...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu chorei escrevendo esse capitulo... sério :( espero que tenham gostado meus amores