My Dream escrita por amanda c


Capítulo 20
Melhor amigo do mundo


Notas iniciais do capítulo

OIE GENTE ♥ GIO AQUI! Espero que gostem desse capitulo ♥ eu fiz na pressa mas tá ai



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Uns tempos depois, nós decidimos que estava tarde e que precisávamos ir dormir. Nos despedimos e cada um foi para o seu quarto. Deitei na cama, mas eu estava muito inquieta e ficava me mexendo, procurando uma posição confortável, mas nem isso ajudava. Virei-me para o lado do criado mudo e comecei a passar o dedo nele, para me distrair. De repente, a porta do quarto foi aberta lentamente, como se a pessoa não quisesse que eu ouvisse. Depois de um tempo, ela se fechou. Fiquei em silêncio e prendi a respiração para ouvir melhor, mas quando a pessoa chutou a cama, não contive o grito que logo foi cessado pela mão na minha boca.

– Quieta, Catita, quer acordar todos na casa? - perguntou uma voz fina e doce, que parecia sentir dor. Acendi o abajur e avistei Lewis, com uma expressão que doía só de ver.

– Você chutou a cama? - perguntei, abafando um riso. Ele revirou os olhos.

– Ria de mim, Catharine, ria mesmo. - disse Lew, se aproximando de mim e apagando o abajur. Estávamos perigosamente perto, eu já sentia nossas respirações se misturando quando ele se afastou e deitou-se ao meu lado. - Não consigo dormir.

Meu coração estava a mil. Novamente essas sensações me eram estranhas e me deixavam cada vez mais confusa.

– E tinha que vir dormir logo comigo? - perguntei rindo, nervosa. Ele me deixava nervosa. Droga.

– Harold fala dormindo. - ele disse e eu ri. Sério isso? - E não é como se nunca tivéssemos dormido juntos.

É talvez ele tivesse razão, mas a ultima vez que dormimos juntos me assombra muito. Não me contive e virei-me. Depois de algum tempo, ele virou-se para mim e passou as mãos na minha cintura, exatamente como da ultima vez e acabei dormindo... e sonhando.


Eu estava sentada numa sala de cinema, sozinha. A tela estava escura e, admito, estava com medo. Então, de repente, começou a passar um filme, assustando-me. Olhei para os lados procurando uma saída, mas então eu ouvi aquilo que tantas vezes ela me dizia na minha infância.


– Tire ela daqui, John, agora. - dizia a minha mãe. Eu deveria ter uns 6 anos e estava com cara de doente. Meu pai estava comigo no colo e tirara-me da frente da minha mãe, que parecia prestes a matar um. Ele subiu até o meu quarto e colocou-me na minha cama e foi ligar o rádio, onde tocava o cd do The Beatles.

– Ela vai se acalmar. - disse ele passando a mão nos meus cabelos. - É que esses exames tão tomando a rotina dela, e isso a deixa irritada.

– Papai, o que a mamãe tem? - perguntei, naquela minha inocência. Meu pai apenas olhou-me e me cobriu.

– Durma, Catita, eu te amo. - disse ele e então a cena mudou, nessa eu tinha 12 anos e estava na minha época emo da vida. A franja cobria meu olho e eu estava toda de preto e discutia com a minha mãe.

– VOCÊ NUNCA SE IMPORTOU COM O QUE EU SINTO! - eu berrei.

– VOCÊ NÃO SABE O QUE EU SINTO PARA PODER FALAR! - berrou ela de volta.

– Você nunca me disse um "eu te amo", mãe, se é que posso chamá-la assim. - eu disse, e as lágrimas escorriam em ambos os rostos.

– Você não sabe por tudo o que eu passei, Catharine, nunca diga que eu sinto algo sem ser eu. - disse ela.

– Você nunca se importou com o que eu sinto, por que eu me importaria com você? - perguntei e ela me deu um tapa na cara. A cena mudou novamente, essa era algo mais alegre. Eu estava com um vestido florido, deveria ter uns 15 anos, e estava sentada no parque, quando a Jesy veio falar comigo.

– Vai fugir de casa? - perguntou ela, sentando no balanço do meu lado.

– Já fugi. Esse local é meu refugio, o único que eles ainda não descobriram. - eu disse, suspirando.

– Eles ainda tão com aquela ideia de se mudar para outro lugar? - perguntou Jesy, naquela época eles ainda não tinham decidido que iríamos para Londres.

– Estão e espero que esqueçam isso logo, a Califórnia é aonde eu pretendo morar sempre. - eu disse e ela sorriu.

– Só prometa não me esquecer se for embora. - disse ela e eu levantei-me, abraçando-a.

– Nunca, Jesy, nunca. - eu disse e a cena mudou novamente, mas dessa vez eram como flashes, não como um filme mesmo. Primeiro foi a primeira vez que eu vi o Lewis, depois quando nós trombamos na rua, quando ele me convidou para tomar um café, da primeira "cantada" que ele me deu, a noite de autógrafos, Lewis cantando para mim, eu cantando para ele, ele dizendo que minha voz é incrível, ele me convidando para o jantar da família dele, nós fazendo a brincadeira das perguntas, Jay me abraçando depois da conversa, Lewis e eu indo dormir, ele falando aquelas coisas lindas e achando que eu estava dormindo, eu enfrentando minha mãe, eu abraçando-o depois que me apresentei, ele indo falar algo para mim mas tendo que ir se apresentar, e por fim o dia de hoje, quando ele surgiu no meu quarto. Estava tudo perfeito. Senti a mão quente dele tocar a minha e virei-me, ele entrelaçou nossos dedos e abriu um sorriso lindo.

– Eu sempre vou estar aqui, Catita. - disse ele brincando com os meus dedos. - Mesmo que você não queira.

– Eu seria louca de não querê-lo ao meu lado. - eu disse e abracei-o. Quando estávamos nos separando, olhei para aqueles olhos azuis esverdeados que tanto amo. Ele se aproximou lentamente e meu coração ia sair da boca, quando um barulho na tela fez-nos virar. Era a cena da fogueira, quando Zach me olhara intensamente. Ok, admito que ele tinha olhos lindos, e até mesmo sabendo que a cena era um reprise, eu ficara hipnotizada.

– Melhores amigos, Cath, não só hoje, mas sempre. - disse Lewis. Olhei-o e sorri, mas ele não parecia nada bem. Apesar de não aparentar estar feliz, ele sorriu. Lew sempre fez de tudo pra me manter sorrindo, mesmo que isso lhe custasse a felicidade. Eu odiava isso, mas ele não me deixava mudar nada. Eu queria fazê-lo feliz, assim como ele faz com que eu me sinta. Eu queria fazê-lo se sentir bem a vontade comigo. Fazê-lo sorrir só de ouvir-me falando: "Hey, Lew, vou pra sua casa hoje, tá?" exatamente como eu sorria. Queria que eu fosse para ele tudo o que ele é para mim. Lewis é uma pessoa única e sei que sou muito sortuda. Os olhos dele ainda me fitavam e eu percebi que estava em transe.


Acordei no meio da noite e virei-me para ele. Ele dormia profundamente. Acariciei a bochecha dele. Eu tenho o melhor amigo do mundo.



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Notas finais do capítulo

QUEM GOSTOU LEVANTA A MÃO O/