My Dream escrita por amanda c


Capítulo 12
Eu vou dormir com ele?


Notas iniciais do capítulo

Hey hey, desculpem a demora ♥



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Mais tarde, naquela mesma noite, estávamos todos sentados, uns no sofá, outros nas poltronas e alguns até mesmo no chão, conversando animadamente.

- Que tal fazermos uma brincadeira? - perguntou Jay.

- Que tipo de brincadeira, mamãe? - perguntou Phoebe.

- Bom, uma pessoa faz uma pergunta e todos devem responder, e o que tiver a resposta mais inusitada faz a próxima pergunta. - disse Lewis. Jay sorriu para ele.

- Isso mesmo, o que acham? - perguntou ela.

- Parece interessante. - eu disse e todos sorriram para mim.

- Você começa, mãe. - disse Lottie. Os mais velhos, apenas observavam.

- Não, é uma brincadeira para vocês. - negou Jay.

- Tudo bem, então comece a Fizzy. - disse Daisy.

- Um medo? - perguntou ela.

- Barata. - disseram as gêmeas.

- Ratos. - disse Lottie, fazendo careta. Todos me olharam e eu corei de leve.

- Borboletas. - eu disse, corando.

- Borboletas, Cath? Sério? - disse Lewis em tom de deboche. Fuzilei-o com o olhar.

- Você ainda não respondeu. - eu disse e ele fez uma expressão de esnobe.

- Não tenho medo. - disse ele, estufando o peito. Fizzy fez um sinal para eu ficar em silêncio enquanto se aproximava sorrateiramente dele. Quando chegou bem perto, começou a assoviar. Se eu estivesse de costas, juraria que era um pássaro. Para a minha surpresa, Lew deu um grito e pulou, assustado.

- Pássaros? Sério mesmo, Lew? - eu disse e ri muito alto. 

- Melhor do que borboletas. - desafiou ele. Revirei os olhos.

- Agora o Lew pergunta. - disse Jay.

- Quem foi o primeiro amor de vocês? - disse ele, olhando-me de soslaio. Fingi que não percebi o seu olhar.

- Leonardo Di Caprio. - disse Lottie e as irmãs suspiram em concordância. Eu mexia na barra do vestido, evitando a pergunta.

- Cath? - perguntou Jay. Olhei-a e acho que ela percebeu. - Bom, o que acham de irmos para casa? Está ficando tarde.

Eu agradeci internamente e já calculei que iria agradecê-la quando meu celular tocou. 

- Eu já volto. - eu disse e fui para a varanda da casa.

- Catita? - disse a voz de meu pai.

- Fala, pai. - eu disse, irritada.

- Eu e sua mãe não voltaremos para casa hoje. Desculpe, mas tivemos um problema aqui. Você vai ter que se virar. - ele disse. Não tinha nem um pouco de culpa em sua voz. Normal.

- Sem problemas, eu sei me virar muito bem sozinha. - eu disse e ele riu de algo que disseram pra ele lá.

- Então tá, durma cedo. - ele disse e desligou. Suspirei.

- Quer conversar sobre aquela pergunta? - disse uma voz, virei-me e era Jay.

- É talvez. - eu disse e recostei-me na grade.

- Quem era ao telefone? - perguntou.

- Meu pai, eles não voltarão para casa hoje. - eu disse, triste. - Acho que vou dormir sozinha.

- Sobre isso, nem se preocupe. Meus pais pediram que nós dormíssemos aqui, já que está bem tarde. - disse Jay, sorrindo de forma maternal para mim. - Pode dormir com Lottie se quiser.

- Ah, obrigada. - eu disse, ainda incomodada com aquela pergunta. "Quem foi o primeiro amor de vocês?"

- Quer mesmo falar sobre a pergunta? - disse ela.

- Eu sinto que preciso. - eu disse. - Olha, senhora Tompson, eu não sou uma garota comum. Eu sou totalmente contrario ao que as pessoas esperam de uma filha de escritores de romances.

- E o que esperam de você? - perguntou ela, pousando uma mão em minhas costas de forma maternal. Quem dera eu tivesse uma mãe como ela. Jay era atenciosa e muito carinhosa com seus filhos.

- Que eu tenha um namorado bonito e atencioso, que eu ame-o como se fosse o ultimo dia da nossas vidas. Ou seja, eles esperam que minha vida seja um livro. - eu disse.

- Desculpe a minha ignorância, mas ainda não entendi o que isso tem a ver com a pergunta. - disse Jay, da forma mais educada que pode. Ela estava preocupada isso era obvio. Respirei bem fundo duas vezes antes de responder.

- Eu nunca me apaixonei. - admiti e ela, ao contrário do que eu esperava, riu.

- Qual o problema nisso? - perguntou ela.

- É que... não sei. - admiti. - Eu já tenho 16 anos, as meninas da minha idade normalmente já amaram e namoraram. Todas as garotas da minha sala não são virgens.

- Ainda não vejo problema. - ela disse. 

- Eu vejo! Quando as pessoas se apaixonam por mim eu não consigo amá-las. Eu nunca tive um amigo homem. - eu disse.

- Acalme-se, Cath, tudo tem o seu momento certo! Se você não se apaixonou é porque ainda não achou uma pessoa que seja digna disso. - disse Jay. Abracei-a como nunca havia abraçado ninguém.

- Obrigada, senhora Tompson. Eu queria uma mãe como a senhora. - eu disse, segurando as lágrimas.

- Eu posso ser sua mãe. - ela disse baixinho.

- Mamãe? - disse uma voz que eu sempre reconheci.

- Estamos indo Lewis. - disse Jay. Nós nos soltamos e ela sorriu.

- Vamos indo. - eu disse e ela assentiu. Voltamos para casa e eles já tinham separado quem ficaria em qual quarto. Eu dormiria com Lewis, e fiquei muito corada quando soube disso.

- Espero que não tenha problemas. - disse Lottie, soando chateada ao ver minha expressão.

- Não, sem problemas claro. - eu disse, rapidamente.

- Vamos lá em cima, vou pegar um pijama para você. - disse ela. Todos já estavam em seus quartos. Os avós Tompsons já dormiam e a tia-avó de Lewis também. Entrei num quarto totalmente rosa, que seria onde Lottie dormiria com Fizzy.

- O seu pijama. - disse ela me entregando. Fui até o banheiro e me vesti. - Ficou linda.

- Obrigada. - eu disse e ela pegou o vestido.

- Amanhã eu te empresto uma roupa mais adequada para passar o dia. - disse Lottie.

- Obrigada, Lottie. - eu disse, sorrindo. Nunca conseguiria agradecer por o quanto a familia Tompson tem sido boa comigo e para mim.

- Boa noite, Cath. - disse Lottie e me levou até a porta. Assim que a porta se fechou, meu coração começou a se acelerar quando cai na real de "Eu vou dormir com Lewis essa noite." Desci, lentamente, degrau por degrau até chegar a sala, onde Lewis deveria estar. Olhei para os lados e nada dele.

- Lew? - chamei. 

- Catita? - disse a voz dele atrás de mim. Dei um pulo de susto e virei-me para ele e quase cai para trás. Lewis estava só com uma calça de moletom, sem camisa e o cabelo bagunçado. Um legítimo rebelde. E que rebel... Epa, que pensamentos são esses Catharine?

- Que susto, menino. - eu disse, colocando a mão no peito, bem em cima do coração. Lew riu e me analisou da cabeça aos pés.

- Que belo pedaço de pano que está vestindo. - ele disse e eu corei.

- Não é tão curto assim. - eu disse, revirando os olhos. Lew riu novamente e pegou minha mão, arrastando-me para os fundos da casa. Passamos por um corredor que estava, novamente, cheio de quadros pintados, um mais lindo que o outro. No final do corredor havia uma porta de madeira massiça e com uma maçaneta de ouro. Extremamente lindo. Faria qualquer um ter a tentação de descobrir o que havia atrás daquela porta. Lew abriu-a e eu prendi a respiração. O quarto era magnífico. Parecia que nunca alguém havia dormido no mesmo, mas, mesmo assim, ele tinha um cheiro de lavanda que chegava a te deixar meio drogada. A única (e eu quase pude sentir meu coração pular para fora do peito ao constatar ser apenas uma) cama no quarto era de casal e parecia cama de filmes de romance. Ela tinha aquelas "cortinas" revestindo-a de todos os lados, de um modo que, se você as puxasse, não poderia ver o que havia na cama. Os cobertores e as fronhas dos travesseiros eram com estampas florais, e o fundo de um rosa bem suave, quase branco. Ao fundo tinha uma comoda de madeira clara, com um espelho enfeitado com desenhos de flores. Um vaso de rosas vermelhas estava a frente deste, dando um ar romantico ao quarto. As paredes eram em um tom de verde bem claro, e o chão era de madeira no mesmo tom do da comoda. Resumindo, era o quarto dos sonhos.

- Uau! - exclamei e Lew riu.

- Gostou? - perguntou ele.

- É totalmente incrível! Quando eu comprar minha própria casa, quero um quarto assim. - eu disse.

- Aposto que terá. - disse ele, convicto. - Está com sono?

- Muito. - eu disse. Lew e eu fomos para a cama e nos deitamos, um para cada lado.

- Cath? - disse Lew. - Já dormiu?

- Lewis, nós deitamos a exatos 20 segundos. Você acha mesmo que eu conseguiria dormir em 20 segundos? - perguntei, fazendo-o rir.

- Só queria ter certeza. - ele disse, virando-se. Virei-me para ficar de frente para ele. Essa noite os olhos dele tinham um brilho diferente. Algo entre a felicidade e animação. Ou uma mistura dos dois. - Boa noite, Cath, meu anjo.

Ele disse "meu anjo" baixinho, mas eu ouvi e corei de leve. 

- Boa noite, Lew. - eu disse, fechando os olhos. Uns 20 minutos depois senti a mão quente de Lew passando pela minha bochecha de leve. Ele ficou nisso por um 5 minutos. Quando eu ia abrir os olhos para perguntar o por que daquilo, ele suspirou. Um suspiro triste de cortar o coração.

- Você é tão linda, pena que não é minha. - ele disse, soando muito triste, quase magoado. Senti os labios dele em minha testa, causando um arrepio na minha espinha. - Boa noite, pequena.

Lew pousou a mão na minha cintura e acariciou a região e então eu adormeci.


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Notas finais do capítulo

Sei que não ficou bom, mas é pra mostrar um pouco de Cathewis (Mands inventou um shippe pra Cath + Lewis ♥)

Comentem o que acharam desse capitulo, sei que ficou ruim, mas me deem um desconto :c