Apesar De Tudo, Será Que Estarei Ao Seu Lado? escrita por LayneAS


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Acreditem se quiser, mas pouco mais de uma semana depois eu estou de volta com um novo capitulo.Felizmente não demorei tanto dessa vez.Nesse capitulo vai acontecer coisas boas e ruim também. As coisas estão caminhando para o final

Até a póxima!!



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Eu ainda estava tentando absorver tudo o que o Mac tinha me falado na noite anterior e tentava me manter concentrada no trabalho, mas só de imaginar Claire o beijando sentia meu sangue ferver nas veias e a vontade que eu tinha de ir atrás dela e ter uma conversa de mulher pra mulher.Acabei afastando esse pensamento quando vi Jess passar apressada em frente a minha sala.

- O que está acontecendo? - me levantei da cadeira e saí. - Jess? O que foi?

Ela parou e veio  ao me encontro e vi que ela chorava.

- É o Max, a babá acabou de me ligar e disse que ele está com uma febre muito alta.

- Eu levo você, não está em condições de dirigir agora.

Em pouco minutos chegamos no seu apartamento e enquanto a babá ficou com Aeron, eu e Jess levamos o pequeno Max para o hospital.

- Você já ligou para o Flack? - perguntei enquanto dirigia.

- Não sei se ele vai se importar com ele.

- Isso iria me surpreender muito porque sei que o Don é louco pelos filhos.Jess, a muitos dias tenho notado uma distância entre vocês, o que está acontecendo?

- Eu e ele não estamos mais casados e Don não aceita que eu tenha escondido algo dele.

Ouvi então ela me contar tudo, o motivo da briga e como Don tinha reagido ao ficar sabendo.Eu não queria me meter na vida dos dois, mas era tão estranho ver duas pessoas que se amavam tanto separados daquele jeito.

Chegamos logo ao Hospital Adams e Jess trazia um sonolento Max nos braços.

- Por favor, precisamos de ajuda, meu filho está com febre.

- Jessica? O que aconteceu? - Don apareceu do nosso lado e  nos olhava preocupado. - O que ele tem?

- Febre, muito febre e estou apavorada. - um pouco depois vi os dois seguirem com Max e um médico para que o pequeno fosse atendido.Jamie que estava acompanhando Don, assim como eu ficou vendo a família se afastar.

- Jamie, posso te fazer uma pergunta?

- Claro detetive Bonasera.

- Qual é a sua relação com o Don? O que você realmente sente por ele?

- Porque está me perguntando isso Stella? Não estou entendo.

- Responda a minha pergunta.

- Não vou mentir pra você, Stella, eu me apaixonei por ele assim que o vi pela primeira vez e...

- E agora que ele e a Jess estão separados você está vendo uma ótima oportunidade de ficar com ele, não é?

- Onde está querendo chegar, Stella? - eu a encarei firmemente.Don e Jess eram como irmãos para mim e eu não admitia que alguém os prejudicasse.

-  Jamie, eu a conheço a pouco tempo mas sei que é uma excelente profissional, mas não nasci ontem e se eu ficar sabendo que está tentando prejudicar meus amigos, principalmente a Jess, eu acabo com você.

- Você enlouqueceu, Bonasera? Está me ameaçando?

- Não Jamie, não sou esse tipo de pessoa, não ameaço ninguém.Existe maneiras diferentes de fazer justiça.

- Justiça? Isso está me cheirando mais a vingança.

- Chame como quiser.Bem eu preciso voltar para meu trabalho e acho que você deveria fazer a mesma coisa, agora o momento é da família.

Eu podia ver pelos olhos de Jamie uma raiva grande, mas eu não me importava e não estava nem um pouco arrependida de ter falado tudo aquilo.
Quando voltei para o laboratório, reconheci uma cabeleira loira nos corredores de costas para mim e já sabia de quem se tratava.

- Claire, o que você faz aqui? - ela virou-se e me encarou.

- Preciso falar com o Mac, mas não o encontro em nenhum lugar.

-Está em uma cena e deve demorar a voltar.Eu gostaria de conversar com você, teria um tempo pra mim ou só para o meu marido?

- Tenho alguns minutos, podemos ir até o café da esquina se você quiser.

- Vamos lá - quando chegamos cada uma pegou um café e ficamos alguns segundos em silêncio.

- Achei que você queria falar comigo. - ouvi ela dizer.

- E ainda quero - respirei fundo - Claire, eu sempre respeitei a sua memória quando todos nós achávamos que você... estava morta.E mesmo quando eu e o Mac começamos nosso relacionamento eu sabia que você sempre teria um lugar especial dentro do coração do meu marido.Mas quando te vi pela primeira vez em carne e osso senti um medo grande, admito, e fiquei com medo de perder o homem da minha vida e isso parecia tão injusto.Mas hoje eu sei o quanto o Mac me ama e está feliz ao meu lado, porque você tem que dificultar as coisas? Ele tem muito carinho e se preocupa, mas se continuar agindo dessa maneira a única coisa que ele vai ter por você vai ser raiva.

- Eu o amo, Stella e ainda a acredito que eu e o Mac podemos dar certo, se já deu certo um dia porque não agora?

- Claire... você ainda é jovem, bonita e pode muito bem encontrar outra pessoa.Será que não percebe que nunca mais vai existir mais nada entre vocês?

- Você é a pessoa mais confiante que conheci em toda a minha vida - ela enxugou uma lágrima e tentou sorrir pra mim. - Não é de me admirar que Mac seja tão apaixonado por você - eu a olhei surpresa  - Sim, Stella, eu percebi isso a partir do momento que vi vocês dois juntos e vi que tinha perdido o Mac para sempre e tinha prometido para mim mesmo que ia lutar por ele, mas... vendo você aqui sendo tão sincera comigo eu vejo que não tenho a menor chance.Nem quando Mac era casado comigo eu via esse brilho no olhar dele, você conseguiu dar a ele o que eu não consegui ou não tive tempo, veja como quiser, você deu uma filha a ele.

- Fico aliviada que você esteja entendo os fatos.

- Sei que agora você deve estar mais calma, mas tenho certeza absoluta que estava com sangue nos olhos e louca para me dar um tapa na cara, principalmente depois de ficar sabendo que beijei seu marido.

- Você tem toda razão, mas a verdade é que essa vontade ainda não passou, só estou me controlando. - sorri para ela.

- Preciso ir e procurar meu advogado, afinal tenho que cuidar... do meu divórcio. - ela levantou-se e saiu sem dizer mais nenhuma palavra e eu enfim consegui respirar aliviada, finalmente as coisas estavam caminhando melhor e eu tinha certeza que tudo ia se resolver.

Voltei para o laboratório me sentindo mais aliviada, pude ver que Mac estava na minha sala olhando alguns livros na minha estante.

- Estava me esperando?

- Onde você estava? Tem algumas horas que estou atrás de você e ninguém sabe me dizer o seu paradeiro e fiquei ainda mais preocupado quando os policiais que coloquei para fazer a sua segurança não souberem me responder também.

- Imagino que você ter picados os dois em pedacinnos - falei risonha enquanto me sentava de volta na minha cadeira.

- Não cheguei a tanto, mas pra trabalhar como segurança da minha mulher tem que ser mais do que perfeitos e eu não admito falhas, você sabe disso.Só fiquei mais tranquilo quando Sheldon me disse que a alguns minutos atrás viu você sair com a Claire.Mas depois fiquei preocupado e imaginei que teria que chamar  Swat para separar a briga de vocês.

- Como você é exagerado detetive Taylor.

- Então vai me dizer o que vocês conversaram ou não? - ele ficou atrás de mim e começou a massagear os meus ombros.

- Não adianta tentar tirar isso de mim, Mac, vai ter que esperar as coisas acontecem.

- Nem se eu fizer isso - ele beijou minha nuca e eu senti meu corpo se arrepiar.

- Golpe baixo você fazer isso comigo, mas não adianta - me levantei apressada da cadeira e lhe dei meu melhor sorriso antes de falar e sair. - Tenha paciência.

XXXXXX

Max estava quietinho no colo da Jess, ela acariciava a cabecinha do nosso filho e ele fechava os olhos com o contato da mão dela.

- Acho que a febre está diminuindo - ela falou colocando a mão na testinha dele.

- Quando você ia me avisar do que estava acontecendo com ele? Sorte que eu estava a trabalho aqui senão vo...

- A minha prioridade era trazer o Max para ser medicado, eu ia te avisar, Don, mas somente depois de ver nosso filho instalado no hospital.

"Nosso filho".Eu sentia saudades de ouvir ela falando aquilo...

- Você é uma boa mãe, Jess. - ela me olhou surpresa - Apesar de tudo quero que saiba disso, se falei que não era naquele momento, foi porque estava com raiva, mas... sei o quanto ama nossos garotos e... é bom ver que você cuida deles com tanto carinho.

- Obrigada... Don - ela voltou sua atenção para nosso filho e eu fiquei perdido, ali olhando para ela por um bom tempo, até me levantar. - Vou tomar um pouco de ar - ela apenas concordou e eu me afastei logo dali.

Cheguei até a lanchonete do hospital e pedi um café pra mim e para ela.E enquanto esperava me peguei pensando na minha vida antes da Jessica e vi que era tão vazia e sem graça.

- Don? Como o Max está? - Vi Lindsay do meu lado e fiquei surpresa por encontra-la aqui - Stella me ligou dizendo o que tinha acontecido e resolvi dar uma passada para saber como estavam as coisas.

- Obrigado por vir, o Max está melhor agora e sua febre já abaixou. A Jess está lá com ele enquanto eu vim buscar um café pra gente.E você? não me parece muito bem.

- Ah Don... quando eu finalmente achei que as coisas estavam caminhando para melhor, tudo volta a estaca zero e eu vejo o Danny ainda mais longe de mim.

Acabamos nos sentando em ma mesa e ofereci o café que levaria para Jess.

- Pode ficar com ele, eu levo outro depois pra ela - ela aceitou com um sorriso e depois acabou me contando o que tinha acontecido.

- Don, desculpe me intrometer na sua vida e da Jess, mas estou sentindo que algo aconteceu com vocês, ou estou enganada?

- Infelizmente você está certa.Estamos separados a algumas semanas e eu estou ficando maluco por ficar longe dela por tanto tempo.

- Então porque não volta pra casa e acaba com tudo isso?

- Não é tão simples como você pensa, LIndsay.

- Então me diga o que foi que aconteceu.

Pela primeira vez consegui desabafar com alguém e contei tudo a ela, a razão da minha briga com a minha esposa e como eu tinha ficado arrasado com a traição dela em me esconder aquilo.

- Eu posso imaginar a dor que você deve ter sentido e a decepção também, mas Don... você vai deixar isso passar por cima do amor que sente por ela? Veja eu e o Danny, como estamos... Eu o amo mas não posso ficar com ele, porque ele sequer lembra que eu existo.

- O seu caso é diferente Lindsay.

- Diferente ou não, eu sei que você ama a Jessica do mesmo jeito que eu amo o meu marido.

Acabamos conversando por mais alguns minutos, Lindsay acabou se despedindo de mim na lanchonete e foi pra casa, disse que não queria demorar porque precisava ver os filhos.Peguei um café para a Jess e voltei para o quarto onde nosso filho estava.Abri a porta vagarosamente e dessa vez Max estava dormindo no bercinho e Jess adormecida sobre a grade de proteção, sentada em uma cadeira.

No dia anterior eu e Jamie tínhamos nos beijado e ela se declarado para mim.Eu senti sinceridade nas suas palavras mas não queria começar nada agora, principalmente porque apesar de tudo ainda me sentia ligado a Jess e a amava muito.Não me senti nada bem destruindo as esperanças dela, mas eu tinha que terminar com aquilo de uma vez, não podia iludi-la e por mais que eu e a Jess nunca voltássemos a ficar juntos eu não seria capaz de amar outra mulher da mesma forma.

Fiquei ali sem saber o que fazer e como agir.Talvez ela tivesse sentido a minha presença, porque abriu os olhos.

- Eu trouxe café - ela sorriu e agradeceu.- Jessica... eu gostaria de ver o Aeron.

- Você pode visita-lo sempre que quiser, Don, sabe que nunca vou proibi-lo de ver as crianças.

- Eu... preciso ir, se precisar de alguma coisa é só me ligar.

- Pode deixar - ela disse sem me olhar.

- Posso visita-los hoje anoite?

- Claro que sim, vou estar te esperando, quer dizer, o Aeron e o Max vão estar te esperando.

Eu já tinha me despedido mas não sentia vontade de sair daquele quarto, na verdade eu queria passar a tarde toda ali, do lado deles.

XXXXXX

O Don ia pra casa! Sei que era só uma visita, mas sentia como se uma esperança crescesse dentro de mim.Cheguei em casa com Max nos braços, dormindo profundamente.Alissa, a babá, veio ao meu encontro e levou meu pequeno até o seu quartinho, enquanto eu amamentava meu pequeno Aeron.

As horas foram passando, e depois de tomar um banho e colocar uma roupa bem leve, calça jeans e uma regata branca, sentei no sofá da sala para ver alguma coisa na televisão e depois de meia hora a campainha tocou.

- Olá Jessica - ele parecia um pouco sem graça de estar ali. - Espero que eles não estejam dormindo, sei que nesse hora eles sempre tiram um cochilo - Ele lembrava.

- Por favor, entre Don. - ele preencheu todo o espaço com a sua presença e eu fiquei ainda mais apaixonada só de olhar para ele. - Estão no quarto, já está na hora de mamar então vou ter que acorda-los, só vou trocar de blusa e já vou.

- Tudo bem - eu andei apressada até nosso quarto.Era estranho ver ele ali como se nunca tivesse pisado naquele apartamento antes.Me lembrei de quando tentei conversar com ele no laboratório e ele me ignorou e novamente senti vontade de chorar.

Quando cheguei na porta do quarto dos bebês, Don segurava os dois, um em cada braço e conversava com o Max e o Aeron e os dois pareciam entender tudo o que o pai falava.Aquela imagem ficaria gravada na minha memória para sempre e eu queria fazer parte daquilo, mas ao mesmo tempo tinha medo de ser rejeitada e isso eu não ia suportar.Me aproximei e falei bem próximo a eles, se Don tinha notado a minha presença eu não sei.

- Eles são lindos, não é?

- Fizemos um bom trabalho Jessica, nossos filhos vão ser bons cidadãos americanos.

- Posso? - peguei carinhosamente meu pequeno Aeron no colo enquanto Don ainda ficava conversando com o Max.Ao mesmo tempo que amamentava meu filho, dava umas pequenas olhadas em direção ao pai mais babão do mundo.

XXXXXX

Estava de volta ao meu sombrio apartamento, estava morando nele desde que tinha me separado da Jess, era tão sem graça que as vezes eu mesmo duvidava que ainda conseguia voltar para lá todas as noites.Quando fui visitar meus filhos foi como se tudo voltasse a ser como era e por alguns minutos eu me permiti pensar assim.Me senti um pervertido quando Jess amamentava os bebês e aquele lindo colo a vista e eu senti meu corpo responder aquela visão.Não consegui ficar mais tempo como eu queria, e a presença dela me fazia sentir que talvez, apenas talvez eu tivesse feito a pior burrada da minha vida.

XXXXXX

Quando falei com a Lindsay naquele dia, estava disposto a retomar meu relacionamento com a Lira.Eu queria que Lindsay sentisse ciúmes de mim.Mas que droga! O que eu estava pensando?

Felizmente eu deixe para o dia seguinte e quando finalmente acordei, vi que a melhor coisa a ser feita era viver sozinho.Era duas horas da tarde e a única coisa que me fazia companhia era o gato de estimação da minha mãe, essa, felizmente tinha me deixado em paz e já não me pedia mais para voltar com a sua nora preferida.

A campainha tocou e quando fui abrir me deparei com o amigo da Lindsay, detetive...Flack.

- Como vai, Danny? Lembra-se de mim?

- Sim, como vai detetive?

- Bem, gostaria de conversar com você, teria alguns minutos?

- Claro, entre por favor. - dei espaço para que ele entrasse e depois fechei a porta. - Sente-se.

- Danny, você pode não se lembrar, mas um dia me ajudou em algo que depois me salvou em vários momentos,como cuidar dos meu bebês e eu sou muito grato por isso.

- Onde você quer chegar? - perguntei desconfiado.

- Eu quero saber o que realmente te fez se afastar da Lindsay.Cara... eu nunca a vi tão desanimada em toda a minha vida.

- E não posso fazer nada, Don, isso não é mais comigo.

- É sim e se você quer realmente que eu te deixe em paz, vai ter que me contar o que aconteceu.

Ele foi bem convincente e eu vi que não adiantava esconder aquilo.

 Tudo bem.Quando fui no laboratório naquele mesmo dia que... te conheci e sua...esposa, depois de notar que Lindsay estava demorando e fui procura-la e a vi... beijando outro homem.

- Eu imaginava que tinha alguma coisa haver com o Jackson.

- Como? Quem é Jackson?

- O cara que beijou a Lindsay.Você quase o matou da primeira vez que ele fez isso.

- Não estou entendo, o que foi que aconteceu?

- Primeiro a Lindsay me contou que você... rompeu com ela, mas ela não sabia o motivo disso.Me contou que  Jackson a beijou a força no estacionamento.

-A força? - senti meu corpo todo tremer de raiva só de imaginar alguém beijando Lindsay sem que ela permitisse.

- Sim.Da outra vez ele fez o mesmo e você o pegou na hora, tivemos um grande trabalho para separa-los, Jackson é um antigo amigo dela de Montana que veio trabalhar no laboratório, mas ele sempre teve uma queda por ela.Enfim, depois disso Jackson mudou de turno, mas pelo o que deu para perceber ainda não desistiu dela.

- Então ela... não tem nada com esse cara?

- Claro que não, Danny.Será que você ainda não entendeu que ela é louca por você?

- Eu fiz tudo errado, tudo.A Lindsay nunca mais vai querer falar comigo.

- É, hoje você está bem lento no raciocínio mesmo - ele levantou uma das sobrancelhas, debochado. - E ai, está esperando o que pra ir falar com ela?

- Somente a sua carona.

XXXXXX

Quando um advogado veio me procurar no laboratório, eu fiquei bem surpreso quando ele me disse que estava representando a Claire e que trazia consigo nosso papel de divórcio. Depois dele ter ido ido embora, fui procura-la.Encontrei Stella na sala de descanso falando com alguém no telefone, sentei do seu lado do sofá e esperei que ela desligasse.

- Algum problema, meu amor? - perguntei, colocando um fio de cabelo atrás da sua orelha.

- Nada que uma ligação não resolva, só queria saber como a Elise estava.Acho que a cuidadora da creche deve me odiar por eu ligar tantas vezes ao dia.

- Talvez ela apenas ache que você é uma mãe zelosa demais. - ela aconchegou-se no meu braços. - O advogado da Claire acabou de sair da minha sala, eu estou oficialmente solteiro, caso você se interesse por isso.

- Está falando sério? - ela levantou a cabeça e tinha no rosto um sorriso maravilhoso.

- Muito sério, então agora acho que poderia me dar um beijo sem remorso, o que acha?

- Eu gostei da ideia. - eu a puxei mais para perto de mim e a beijei com paixão.Meus sentimentos por Stella não tinham diminuído de forma alguma, e a cada dia que se passava eu amava ainda mais aquela mulher, que tinha trazido a vida novamente para mim.

XXXXXX

Era estranho ficar ali parado em frente ao prédio onde ela morava por vários minutos sem ter coragem de tocar o interfone.

- Qual é Danny, me fez te trazer aqui para nada? Até quando vai ficar ai parado? - ouvi Don falar de dentro do carro.Estava me sentindo um verdadeiro idiota por estar tão nervoso.Um morador entrou no prédio e deixou a porta aberta para que eu entrasse, provavelmente tinha me reconhecido.Felizmente me lembrei do andar e o apartamento que ela morava e quando finalmente cheguei, parei em frente a sua porta sem saber o que fazer, mas antes que eu batesse ela a abriu e me olhou curiosa.

- Danny? O que faz aqui?

- Lindsay... Eu... vim te pedir desculpas pela minha grosseria e dizer também que...

- Que...

- Eu... Desculpe, mas eu realmente não sou muito bom com palavras. - em um segundo eu a puxei de encontro ao meu corpo e Lindsay me fitou surpresa. -Só espero não levar um tapa na cara por isso. - depois eu a beijei com todo o meu amor e prometi a mim mesmo que mesmo se o antigo Danny nunca mais voltasse, eu nunca mais deixaria aquela mulher sozinha novamente.

XXXXX

Eu respirava aliviada e feliz por ver que minha vida finalmente estava entrando nos eixos novamente.Felizmente todos me respeitavam como a segunda no comando do laboratório, sabiam da minha competência.Ninguém duvidava que eu estava ali pela minha própria capacidade e não por ser esposa do chefe.Esposa do chefe... Esposa do Mac, do detetive mais lindo e sexy de toda Nova York

Enquanto eu terminava alguns relatórios, meu celular começou a tocar.

- Taylor.

- Como vai Stella? Sabia que é muito bom ouvir sua voz?

- Quem está falando?

- Oh isso não importa agora, minha querida.Só estou ligando para parabeniza-la pela sua linda bebezinha, Elise, naõ é? Linda como você.

Ao fundo ouvi um chorinho e senti meu coração parar dentro do peito.Eu não sabia o que estava acontecendo e quem era aquele homem.

- Quem é você? Você está com a...

- Sim, eu estou com a sua filha, detetive, devo alerta-la que a segurança na creche onde deixa sua bebê é péssima.Preciso desligar,manteremos contato senhora Taylor.

Eu ouvi um clic e a linha ficar muda, desesperada disquei o número da creche onde a Elise ficava.

- Aqui é Stella Taylor, onde está a minha filha?

- Calma senhora Taylor, a Elise está bem e...

- Onde ela está? - gritei.

- Só um minuto senhora - a linha ficou muda e eu podia ouvir que ela conversava com alguém,sua voz parecia tensa e isso me fez sentir um medo ainda maior. - Senhora... a Elise desapareceu e não sabemos onde está.

- Oh Meu Deus! - joguei meu celular em cima da mesa e sai correndo pelos corredores do laboratório.Estava tão apavorada que não vi Mac me olhando preocupado e indo em minha direção.

XXXXXX

Eu sabia que alguma coisa estava errada quando vi Stella jogar seu celular longe e sair correndo da sua sala.Ela não ouviu quando eu a chamei no corredor e não tive tempo de sequer alcança-la antes dela entrar no elevador.Voltei para a minha sala e ia ligar para ela, mas ai me lembrei que Stella não estava com o seu celular.

Toda aquela situação só me deixava ainda mais apreensivo.O que será que estava acontecendo? Somente uma coisa poderia fazer com que ela saísse tão atordoada do laboratório e isso só tinha a ver com...

- Elise... - seu nome saiu em um sussurro e senti meu ar faltar.Alguma coisa tinha acontecido com a minha filha.

Eu tentei me manter racional, mas quando se tratava da minha família eu mudava completamente e só de imaginar que alguma coisa estava acontecendo com a Elise sentia meu mundo e minha felicidade evaporar das minhas mãos.Cheguei na creche onde a Elise ficava e entrei correndo procurando por alguém e pude ver uma viatura da polícia parada em frente.

- Onde está a minha filha? - perguntei para a primeira pessoa que vi na minha frente.

- É o pai da Elise, suponho, senhor Taylor sinto muito mas alguém sequestrou sua filha.A pessoa rendeu a cuidadora e a levou, mas já chamamos a policia e estávamos fazendo de tudo para encontra-la.

- Cadê a Stella? A minha esposa estava vindo pra cá, eu tenho certeza disso... - falei quase sem voz.

- Não senhor, sua esposa ainda não chegou aqui.

Pela segunda vez naquele dia senti tudo fugir das minhas mãos.Liguei para o laboratório na esperança que alguém me dissesse que a Stella estava lá mas ela não tinha voltado e meu desespero aumentou ainda mais.

XXXXXX

Eu tentava ligar para o Mac, mas a ligação não completava e eu via que as lagrimas aumentavam ainda mais a cada minuto que se passava e eu estava a ponto de ter um ataque nervoso de tanto desespero.Decidi voltar para o laboratório depois de ir até a creche e ficar sabendo que ele tinha conseguido passar lá antes de mim. Maldito trânsito de Nova York.

Quando cheguei vi que ele estava falando ao telefone e Don e mais algumas pessoas estavam na sua sala.

- Mac! - eu entrei de repente e quando ele me olhou vi um alivio em seus olhos e ele veio ao meu encontro e me abraçou.

- Por Deus, Stell, onde você estava?

- Levaram a Elise, Mac, levaram nossa filha.

- Eu vou acha-la meu amor, eu prometo pra você.

Eu sentia tanto medo que sequer senti quando Mac se afastou para atender o telefone.

- Alô? Anthony? Algum problema? O que??!! Estamos indo para ai agora mesmo.

- O que foi?

- O porteiro do nosso prédio acabou de me ligar, deixaram a Elise em frente a porta do nosso apartamento e...

Sai correndo mais uma vez sem deixar que Mac terminasse de falar, ver se a minha filha estava bem era o mais importante agora.Felizmente ele me alcançou antes que eu chegasse no elevador.Cerca de dez minutos depois já estávamos em casa e encontramos uma moradora do prédio, junto com Anthony cuidando da nossa pequena.

- Oh Elise - eu a tomei dos braços da mulher e as lagrimas já tinham me vencido naquela hora, eu olhava todo o corpinho da minha filha para ver se estava tudo bem.Ela ainda estava com a mesma roupa que eu havia colocado nela pela manhã e sua mantinha também.

- Como a encontraram? - ouvi Mac perguntar.

- Eu estava saindo do meu apartamento quando vi sua filha na porta enrolada na mantinha, me assustei de primeiro quando vi que era um bebê.Bati várias vezes na porta do seu apartamento, mas como ninguém me atendeu vim até a portaria e pedi que o Anthony entrasse em contato com vocês.

Eu podia sentir que Mac estava se segurando para não desmoronar ali, então ainda com nossa pequena nos braços eu agradeci aos dois e subi junto com ele para nosso apartamento.Depois de ver novamente se estava tudo bem com nossa filha, eu dei um banho nela e depois de colocar uma roupa bem confortável, fiz com que Elise pegasse no sono.

- Eu não sei o que seria de mim se alguma coisa tivesse acontecido com ela. - Mac estava parado do meu lado e parecia hipnotizado olhando para nossa filha que dormia como se nada tivesse acontecido.

Eu o abracei e Mac enfim deixou que as lagrimas viessem e me abraçou ainda mais forte.

- Eu morreria se ela não voltasse ou se tivesse acontecido alguma coisa com você também, Stella.

- Amor eu estou aqui e a Elise também. - Mac acariciava meu rosto e eu podia ver em seus olho o medo.Um pouco depois, na sala de estar conversávamos sobre o que tinha acontecido.

- Você acha que tem alguma coisa em relação ao nosso serial Killer? Mas porque a Elise? Porque ele não veio atrás de mim ou de qualquer outro detetive?

- Porque ele quer a nós, Stella, ele quer ferir  as pessoas do nosso laboratório  e que melhor forma de fazer isso, se não chegar perto das pessoas que mais amamos? Esse sequestro da Elise foi só um susto, mas nada me tira da cabeça que esse assassino pretende fazer algo muito pior.

- Todos corremos perigo, Mac, inclusive você, sabe disso não é?

- Eu já ficarei satisfeito se você e a nossa filha ficarem protegidas.Enquanto a mim , não se preocupe, posso me virar muito bem.

- Essa sua teimosia me irrita.Qual é Mac, não é o homem de aço ou algo assim, se alguma coisa acontecer com você, o que vai ser de nós?

Eu odiava parecer tão frágil, mas a possibilidade de Mac se ferir me atormentava muito.

- Eu vou ficar bem, Stella.Antes desse assassino pensar em chegar perto de mim ou de vocês duas, eu pego ele.

- Será que o Don avisou aos outros? Seria melhor que todos soubessem o que aconteceu e ficassem mais alerta..

- Eu acredito que sim, agora você precisa descansar.

- Como se fosse possível isso acontecer .Amanhã a Elise vai comigo para o laboratório, sei que não é o melhor lugar para ela, mas... não consigo ficar em casa ou deixar ela com alguém.Ainda vai demorar muito pra conseguir confiar a vida da nossa filha para outra pessoa.

Eu não sei como conseguir dormir, mas sentir os braços do Mac sobre mim fez com que o meu medo desaparecesse pelo menos naquela noite.O berço da Elise  ficou em nosso quarto, e eu adormeci olhando para ela.

XXXXXX

Eu não acreditava em tudo aquilo, Danny agora estava nos meu braços e dizia que me amava.Depois que nos afastamos, eu o olhei apaixonada e sorrindo, depois comecei a chorar e ele pareceu assustado.

- O que foi? Fui muito ousado?

- Não, você foi perfeito e é por  isso que eu estou chorando, estou muito feliz.

- Desculpe por duvidar de você, Lindsay, eu não sabia... quer dizer eu não me lembro desse Jackson.

- E como agora você sabe? - perguntei curiosa.

- Posso dizer que temos um grande amigo que quer o nosso bem.Mas então... você aceita... ser minha namorada?

- Aceito - falei feliz da vida. - Você veio em um ótimo momento, sabia? Grace está com as crianças na sua casa e vamos ter um momento somente nosso.

Ele me deu um daqueles sorriso que me fazia perder o ar.No momento seguinte Danny me puxou novamente de encontro ao seu corpo e me beijou, pouco depois nos amávamos na nossa cama, como antes.

No dia seguinte quando acordei ele não estava na cama, enrolada no lençol eu fui procura-lo pelo apartamento e vi Danny sentado no sofá da sala olhando algumas fotos, nosso café já estava pronto sobre a mesa.

- Posso saber o que tanto você está olhando? - sentei do seu lado e beijei seu rosto.

- Encontrei esse álbum de fotos na gaveta do armário enquanto eu procurava uma colher para mexer a massa das panquecas.

- Esse dia foi muito especial, foi o dia que fizemos o primeiro almoço da equipe aqui em casa.Olha esse é o Mac, nosso chefe e essa...

- Stella, a mulher por quem ele é completamente apaixonado.

- Como soube?

- Dá pra ver pela maneira como ele está olhando para ela e como segura a sua mão.

Como eu nunca tinha reparado naquilo antes?

- Você está linda.

- Eu estava feliz demais e ter reunido todos na nossa casa foi algo maravilhoso.

Nosso momento de carinho foi interrompido pelo toque do meu celular.

- Messer, Don? O que aconteceu? Meu Deus,  ela está bem?Sim, estou indo para o laboratório agora mesmo.- desliguei o celular bem nervosa e Danny veio ao meu encontro.

- O que foi Lindsay?

- Sequestraram a filha da Stella ontem a tarde, ela já voltou pra casa, mas o Mac precisa que todos estejam lá com urgência.

- Eu não sei o que está acontecendo realmente, mas se precisar da minha ajuda.

- Danny, gostaria que você ficasse do lado das crianças hoje enquanto eu estiver no laboratório, faria isso por mim?

- Claro que sim, pode ir tranquila que vou cuidar dos nossos filhos.Vou agora mesmo pra casa da Grace e passar o dia com eles.Pode trabalhar tranquila, meu amor.Eu vou cuidar do nosso bem mais precioso.

- Obrigada.

Pouco mais de dez minutos eu já estava dirigindo em direção ao laboratório e quando cheguei, encontrei todos na sala do Mac. Um reunião de urgência de última hora estava acontecendo.Não estranhei quando vi Stella com a pequena Elise nos braços.Don, Jess, Adam, Sid e Sheldon também estavam presentes.

- Esse cara não estava brincando quando disse que viria atrás na nossa equipe e agora mais do que nunca precisamos descobrir quem é. - Mac parecia bem nervoso e não era para menos.

- Você acha que ele vai querer atacar mais alguém da nossa equipe? - Ouvi Don perguntar e notei o olhar de preocupação que ele lançou para a Jess.

- Possivelmente sim, Don, temos que acreditar em todas as possibilidades agora.

- Mas Mac, a forma que ele agiu com a Elise, não combina com a forma como ele ataca as suas vitimas.Ele mata cruelmente essas pessoas, porque ele estaria agindo de forma diferente agora? - eu perguntei.

- É isso que precisamos descobrir, Lindsay, mas o mais importante nesse momento é protegermos uns ao outros.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?
No próximo capitulo nosso assassino vai atacar novamente, mas dessa vez vai ser bem mais ´serio.
o Don vai finalmente descobrir o verdadeiro caráter da Jamie, e quando finalmente ver que não pode viver sem a Jess... "pode" ser tarde demais.

Até!!!