Apesar De Tudo, Será Que Estarei Ao Seu Lado? escrita por LayneAS


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo ai pra vocês, mais uma vez peço desculpas pela demora, mas realmente não tem como escrever tão rápido, pelo menos pra mim.Espero que realmente gostem.



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Eu não sei se era sorte, se era alguma coisa divina, mas, depois de duas semanas chuvosas e eu quase tendo um ataque cardíaco achando que o meu casamento teria que ser na cozinha da casa da mãe do Don, felizmente, ao abrir meus olhos naquela manhã, consegui ver o sol brilhando pela janela e não consegui conter o meu sorriso. Isso só poderia ser um bom sinal que a vida daqui para frente ia ser boa. Levantei ciente que daqui a algumas horas eu me tornaria a senhora Flack, com isso o famoso frio na barriga apareceu.Depois de tomar um merecido banho, enrolada no meu roupão me sentei novamente na cama e me peguei a pensar na primeira vez que o vi e como achei que ele engraçadinho demais para o meu gosto.Aquelas cantadas baratas.De primeira não fui muito com a cara dele justamente por isso, não gostava desse tipo de homem.Sorri com a lembrança do primeiro convite para sair, ele ficava me olhando da mesa dele o tempo inteiro e eu fingindo que não estava nem ai, mas na verdade estava me sentindo bem nervosa e incomodada, era demais ter toda a atenção daqueles belos olhos azuis.Nesse mesmo dia ele recebeu uma visita, de uma mulher.Discretamente eu olhava as vezes para eles e Don parecia bem a vontade conversando com aquela mulher, que por sinal era belíssima.Era o cumulo ele trazer a sua namorada no local de trabalho.Sai dali não suportando mais cena de namoradinhos, fui até a cozinha da delegacia pegar um café.Eu não conseguia entender porque tinha me incomodado tanto com aquilo, e dai que eles era namorados? O que eu tinha com isso? Para meu desgosto Don apareceu logo em seguida e eu o ignorei completamente.

– Algum problema, Jessica? - ele perguntou enquanto apertava o botão do cappuccino.

– E porque teria algum problema, detetive? - perguntei sem desviar os olhos do meu café.

– Você parece que está com raiva, incomodada com alguma coisa. - ele falou encostando-se a pia, do meu lado.

É claro que eu ri

Estou muito bem realmente Donald, não precisa se preocupar comigo. Alias, nem nos damos muito bem pra você ter esse tipo de sentimento por mim.Não precisa fingir, sei que não vai com a minha cara. - sorri irônica para ele, mas Don se manteve sério e me encarou.

– Isso é mentira Jess, eu me preocupo com você e gostaria de dizer que aquela garota que você viu comigo ela é...

– Detetive Flack, eu não me importo quem seja aquela garota. Não precisa me dizer quem é ela, ok? - deixei meu copo de café em cima da mesa e ia saindo quando ele me segurou por um dos braços - O que você está fazendo?

– Se você não tem interesse algum em saber quem era, porque não tirava os olhos da minha mesa? Até a minha irmã percebeu seu olhar de ciúmes.

– Irmã? Ela é sua irmã? - a voz de alivio saiu contra a minha vontade e eu me xinguei por isso, principalmente quando Don deu um lindo sorriso para mim.

– Sim é minha irmã, Ellie, está de passagem por Nova York e veio me fazer uma visita, satisfeita detetive Angell?

– Você se acha demais, sabia?

– Gostaria de tomar alguma coisa no final do expediente? - ele falou antes que eu saísse da cozinha, eu me virei surpresa, olhando para ele - Ellie não vai querer sair com o irmão mais velho hoje e eu pensei que talvez você quisesse me fazer companhia, que tal?

– Isso é alguma brincadeira? - perguntei, ainda duvidando que ele estivesse falando sério.

– Qual é Jess, somos adultos e não crianças. Trabalhamos na mesma delegacia e precisamos começar a agir como verdadeiros colegas de trabalho, não precisamos brigar o tempo todo.Vamos? Vai ser divertido. - ele sorriu.

– Eu não sei o que você pretende, mas eu vou aceitar, mas... eu escolho o lugar - virei às costas e sorri quando ouvi ele dizer um "yes" pelas minhas costas.

A partir daquele dia saímos com frequência e quando mais o conhecia, mas me apaixonava e com Don também não era diferente, eu podia sentir isso só pelo olhar dele. E agora eu estava aqui, no dia do nosso casamento, esperando não um, mais dois filhos dele.Poderia ter felicidade maior do que essa?

Eu sabia que daqui a alguns minutos meu quarto ia ser invadido pela minha mãe, ela fazia questão de me ajudar e eu fiquei feliz por ter ela ali do meu lado. Olhei para o lado e vi meu lindo vestido de noiva.Naquele momento todo aquele sonho de menina que queria casar com o príncipe encantado veio na minha mente.Casar e formar uma linda família.Eu sorri com mais essa lembrança.

– É, acho que ainda dá pra acreditar em contos de fada.

Minha mãe apareceu logo depois, eu não fazia ideia de como ela ia fazer para me ajudar a ficar pronta para o casamento, mas tinha me proibido de contratar qualquer pessoa para me ajudar. Eu não tive outra opção e resolvi confiar nela.

– Jéssica... querida você está belíssima. - ela me olhava emocionada.

De frente ao espelho eu me via. Não parecia ser eu mesmo.O vestido era simples, nada muito chamativo, mas não deixava de ser lindo e quando o vi me apaixonei logo.Era um tomara que caia, preso na cintura um pedrinha brilhantes, como se fosse pequenas folhas, solto, e um véu cobria ele por completo.

Minha mãe veio ao meu encontro e me abraçou claro que tive que me fazer de forte e não chorar, todo preocupada com a maravilha de maquiagem que ela tinha feito. Meu pai também ficou sem palavras quando veio meu buscar para levar até a casa dos pais do Don, sinceramente já estava ficando sem graça com o olhar de admiração dos dois, mas eu não podia culpa-los.Queria ver como meu futuro marido ia ficar quando me visse.

XXXXXX

Só faltava dez minutos e eu não conseguia me manter calmo. Todos os convidados já tinham chegado e eu aguardava Jess no altar.Mac,Stella, Danny e Lindsay estavam no altar como padrinho e Sid e Sheldon sentados no banco um pouco a frente.Eu tinha que admitir que a minha mãe tinha feito um belo trabalho, junto com a Ellie na decoração do jardim.Tinha certeza que tinha ficado da maneira como minha noiva tinha desejado.Orquídeas eram a flores preferias da Jess.

Danny me fez deixar o relógio no quarto onde tinha me trocado, porque ele deveria saber como eu ia ficar,querendo olhar as horas de minuto e minuto.

– Por isso? Eu estou calmo, porque ficaria nervoso? - perguntei me fingindo de ofendido.

– Casamento é algo único na vida e mesmo que eu não tenha passado por tudo isso que você está passando, senti meu coração sair pela boca quando levei a Lindsay para nos casarmos, senti medo que ela me dissesse não.

– Não sinto isso, Danny, estou calmo e tenho tanta certeza que a Jess vai se casar comigo hoje que me sinto completamente feliz.

– Se eu fosse você não teria tanta confiança assim, muitas mulheres desistem de se casar no altar.

Eu devo ter o olhado muito apavorado porque até o Mac que tinha acabado de chegar com a Stella riu de mim.

– Não fale assim, Danny, quer matar o Don do coração? A Jess te mata se ficar viúva no dia do casamento - Stella me falou e eu tive que sorrir.

– Tem certeza que não está precisando de nada, Don? Um calmante, um chá... pode te fazer bem. - Lindsay era sempre aquela mãezonha.

– Não, obrigada.Acho melhor já ir para o jardim, vocês não acham? - Stella e Lindsay vieram até mim e me deram um beijo em cada bochecha.

– Vai dar tudo certo, Don.Você fez uma ótima escolha, a Jessica é uma mulher incrível e te ama, e tenho certeza que vai ser uma ótima mãe também. - Stella falou assim que se afastou.

Eu agradeci novamente e logo depois os quatros me deixaram sozinho no meu quarto.Dei mais uma olhada no espelho e diversas coisas passaram pela minha cabeça.

Daqui a alguns minutos eu me casaria, daqui a alguns meses seria pai de gêmeos, ia morar em uma casa linda junto com a mulher da minha vida.Isso parecia tão estranho, tão cheio de fantasia.E agora de frente para tantas pessoas eu sentia que tudo que estava acontecendo não era coisa da minha cabeça e que finalmente eu ia me casar.

Vinte minutos depois eu vi o carro do pai dela estacionar em frente ao jardim e quando finalmente eu a vi, senti o ar faltar.Jessica estava deslumbrante, e ver a barriguinha dela um pouco mais evidente fez meus olhos se encherem de lágrimas.Em nenhum momento eu desviava meu olhar e com ela foi à mesma coisa, todos ali tinham desaparecido e só existia ela, para mim.Quando finalmente seu pai me entregou sua mão, eu vi que a partir daquele momento minha vida não seria mais a mesma sem ela ao meu lado.

– Você está linda, meu amor - falei bem próximo ao seu ouvido, assim que nos viramos para o padre.

– Você também não está nada mal- ela falou com um sorriso no rosto.

Depois disso... bem, depois disso tudo foi perfeito, na verdade, quase...

Quando finalmente chegou a vez da Jess responder se finalmente aceitava se casar comigo, ela me olhava sorrindo.

– Não... - ela sussurrou. Meu sorriso desapareceu na hora.

– Não? Mas... mas porque não? - Eu não ia suportar ser rejeitado por ela, ia ser demais pra mim. - Jess...

– Não consigo acreditar que nossos filhos escolheram esse momento para nos dizer um alô.

– O que? - perguntei confuso e não entendo mais nada. - Ela pegou minha mão e a colocou em cima da sua barriga.

– Senti? Eles estão mexendo. - Eu vi alguma lágrimas caírem pelo seu lindo rosto e finalmente entendi tudo.

– Não queria atrapalhar esse lindo momento, mas precisamos continuar a cerimônia, ouvimos o padre nos chamar e Jess finalmente aceitou ser a minha tão adorada esposa.Beijamos-nos com uma salva de palpas.

XXXXXX

Eu o encontrei sentado na escada em frente à casa do seus pais, Don estava com uma taça de champagne e parecia perdido em pensamentos.

– Posso saber o que o meu marido faz aqui, sozinho, afastado da nossa festa de casamento? - me sentei do seu lado e Don me deu um rápido beijo, com carinho.

– Só queria um tempo pra pensar, minha ficha ainda não caiu e estou tão feliz que às vezes acho que é um sonho.Além do mais, você me deu um baita susto hoje.

– Desculpa amor, mas fiquei tão feliz de sentir nossos filhos se mexendo pela primeira vez e não podia deixar passar.

– Tudo bem senhora Flack, o importante é que depois você concertou seu erro em me fez o homem mais feliz do mundo.E... que tal se saíssemos à francesa e começássemos nosso lua de mel logo?

– Don, não podemos deixar nossa festa de casamento agora, ainda está muito cedo.Você não acha?

– Eles vão entender Jess, por favor vai.Você está me deixando maluco vestida desse jeito, parecendo um deusa, não me faz sofrer mais, meu amor.

– Você realmente consegui tudo o que quer, não é? - eu o beijei e Don deixou a taça de champagne quase vazia no degrau da escada, estendeu sua mão e eu a segurei para me levantar, pouco depois saímos dali sem nos despedir e mais felizes do que nunca.

XXXXX

Todo mundo já tinha sentido a falta do casal Flack, mas claro que ninguém reclamou, todos imaginavam que eles queriam ficar logo sozinhos.Eu estava com o Noah nos braços,sentada em uma das cadeiras da festa, ele dormia tranquilamente, parecia um anjinho.Eu sabia que não podia substitui a Nikki, mas estava fazendo de tudo para ser uma boa mãe para aquele garotinho.Enquanto isso Danny rodopiava com nossa filha no colo e eu fiquei fascinada olhando para aqueles dois, eles brincavam e ele não parava de sorrir para ela.Senti que o Noah acordava, ele olhou para mim e sorriu.

– Eu queria fazer pipi - com seus dois aninhos, já falava umas frases.

– Vem querido, eu vou levar você.

Peguei na sua mãozinha e caminhamos devagar até o banheiro de visitas da casa dos país do Don.Noah pediu que eu ficasse com ele ali e depois de lavar a mão enquanto caminhávamos de volta a nossa mesa, ouvi ele falar, um pouco triste.

– Eu sinto falta da minha mamãe.Eu num queria que ele tivesse ido embora.

Me abaixei até ele e na mesma altura que ele.

– Eu imagino que sim meu amorzinho, mas sua mãe deve estar em um lugar bem bonito agora e olhando por você - passei minha mão no seu rosto e Noah deixou uma lagrima cair.

– Já que não tenho mais ela, eu queria você de mamãe, pode ser?

Eu não sabia o que dizer, tamanha foi minha surpresa ao ver aquele pequenino me pedir algo tão bonito.

– Claro que posso querido,fico muito feliz de ser sua mamãe. - ele me abraçou com carinho e eu tive que me segurar para não chorar na frente dele.Logo estávamos de volta à festa e pedi ao Danny que fossemos embora ele notou de imediato que alguma coisa tinha acontecido, mas mudei de assunto.

– Você vai me dizer o que aconteceu ou vai fazer a brincadeira do silêncio o resto da vida? - ele me perguntou enquanto dirigia pelas ruas de Nova York.


– Danny... - eu desviei meu olhar das ruas e olhei para ele.


– Lindsay, que foi? - ouvi em sua voz uma preocupação.

– O Noah pediu que eu fosse a mãe dele, você tem ideia do que isso significa? Ele está me aceitando, de verdade. - eu não queria, mas lagrimas caíram pelo meu rosto.

– E você não quer isso, esse é o problema? - mais uma vez a voz dele saiu preocupada, como se ele tivesse medo do que eu fosse responder.

– Eu quero muito, mas... Danny você não entende? E se ele achar que eu quero substituir a Nikki?

Felizmente já estávamos chegando em casa e antes mesmo de sair ele me segurou gentilmente pelo braço.

– o Noah ainda é muito pequeno, um bebê praticamente, mas ele vê em você uma pessoa querida e isso não significa que ele ache que você vai tomar o lugar da mãe dele.O meu menino ainda é muito novo e aos poucos vai entender tudo.E fico tão feliz que ele já esteja te amando... - Danny sorriu também emocionado - Eu te amo Lindsay, amo tudo em você.A maneira como se preocupa com o Noah e com a Lucy, o jeito que cuida de todos naqueles laboratório, o jeito que cuida de mim também...

– O que eu posso fazer? - eu o beijei - Vamos entrar logo que as crianças estão dormindo de mau jeito ali atrás.

Danny saiu do carro ao mesmo tempo em que eu, peguei a Lucy no colo e ele o Noah.Depois de colocar as crianças pra dormir, abraçados caminhamos até nosso quarto para dormir.Foi bom sentir ele bem pertinho de mim, abraçadinho.

No meio da noite me levantei para dar uma olhada nas crianças e tomar um copo de água, a sensação que tive assim que coloquei o copo em cima da pia fez meus olhos encherem de lagrimas.

XXXXXX

Era algo magnífico, eu não tinha noção onde estava, mas era um lugar maravilhoso e tranquilo, cheio de bichinhos, fofinho e bonitinhos... e era Nova York.Lucy e Noah deviam ter uns 15 anos, mas quando a Lindsay apareceu... Meu Deus! Como ela estava linda, parecia um anjo e eu fiquei encantado quando ela sorriu para mim.

– Danny... Danny - ela repetia e eu sorria feito um bobo - Danny!!! - Acordei ao ouvir alguém em chamando bem perto .

– Lindsay? O que foi? - me arrumei na cama e ela estava sentada do meu lado, emocionada - Amor, qual o problema? - acariciei seu rosto.

– É o bebê, o Connor...

– Oh Meu Deus, chegou a hora? Ele vai nascer? - pulei da cama rapidamente e não entendi nada quando ela começou a rir. - Lindsay? - ela se aproximou e ficou bem próxima.

– Danny, pelo amor de Deus, eu estou de quase quatro meses, não acha que ainda falta um tempinho para nosso filho nascer? Ainda é muito cedo pra isso.

– Então... o que aconteceu pra você me acordar? Você tá bem? Está se sentindo mal pre... - ela me beijou, talvez foi a única maneira que ela achou pra me fazer ficar quieto.Depois se afastou e me puxou de volta pra cama sem dizer mais uma palavra, me fez sentar do seu lado.

– Nosso filho mexeu, o Connor mexeu, Danny.Isso não é maravilhoso?

– Sério... nossa.Ele tá mexendo ainda? - perguntei já colocando a mão na sua barriga e não consegui conter uma lagrima quando senti um "chutinho".

– Ele ficou quieto, mas me parece que resolveu se apresentar para o pai.

– Isso é incrível, que saudades de sentir isso. - não conseguiu tirar a mão dali.

– Ele deve ter ido dormir,afinal já está bem tarde - ela me falou quando ele parou de mexer.- Ainda vai ter muitos momentos como esse, você vai ver.

Ela encostou sua cabeça sobre o meu peito e logo adormeceu, eu ainda fiquei ali, feliz demais pra pregar o olho.Já imaginava os lugares que ia levar o Connor para conhecer, os brinquedos que iria comprar... Tinha tantos planos para aquele pequeno.

XXXXXX

Já tinham se passado uma semana do casamento da Jess e do Don, eu e o Mac estávamos indo para o laboratório como era nossa rotina.Ele já estava morando no meu apartamento tinha alguns dias e as vezes pra mudar um pouco passávamos uma noite no cantinho dele.Era dez horas da manhã e ainda não tinha aparecido nenhum caso, estava na minha sala terminando os famosos relatórios.Felizmente meus enjoos pareciam ter passado porque há várias semanas não sentia mais nada.Ouvi uma leve batida na porta e me virei já imaginando quem poderia ser, mas fiquei surpresa quando vi a senhora Flack parada na minha frente.

– Jess, o que está fazendo aqui? Era pra você estar em lua de mel. - fui ao seu encontro e a beijei.

– Uma semana foi o suficiente e Don concordou em voltar logo, já estava com saudades de casa e estou me cansando muito rápido, então...

– E como estão esses garotinhos? - perguntei ao mesmo tempo em que nos sentávamos no sofá.

– Por incrível que pareça, quieto.As vezes duvido que sejam mesmo meus filhos. - ela falou risonha.

– E o Flack, como está se saindo até agora?

– O melhor dos melhores,a cada dia mais ele me surpreende.Incrível como mina opinião sobre ele mudou tanto.Antes eu mal podia olhar na sua cara e agora... nãos ei viver sem ele.

– Quem diria, você apaixonada dessa forma.

– Olha quem fala, não é detetive Bonasera.Sei muito bem que seus olhos brilham quando certo detetive aparece, esse que por sinal é pai da princesinha que você está esperando.

– Você tem razão, o Mac daquele jeito durão dele me conquistou de uma forma surpreendente.

– Pena que sempre aparece alguma amiguinha dele.

– Isso é, mas acho que a cota já acabou e todas sumiram do mapa.

– Se precisar de ajuda pra sumir com mais alguma, pode contar comigo.

– Eu vou me lembrar disso, pode ter certeza.

Ficamos mais alguns minutos conversando, até que Don veio busca-la para comer alguma coisa, ele saiu abraçado com ela e fiquei olhando para eles até que pegaram o elevador e sumiram de vista.Naquele momento senti minha filha mexer dentro de mim e meus olhos se encheram de lagrima.Levantei rapidamente da minha cadeira disposta a compartilhar aquele momento com o Mac, mas só então reparei que ele estava com visitas e quase cai pra trás quando vi que era a Peyton.O que aquela mulher queria dessa vez? Se conseguir disfarçar fiquei parada olhando para eles dois, provavelmente Mac deve ter sentindo meu olhar porque a certo momento ele me olhou e me viu ali, eu não conseguia disfarçar meu ciúmes quando se tratava da Peyton, não depois de tudo.Ele deve ter pedido licença para ela e foi ao meu encontro.

– Algum problema amor? - Mac me perguntou assim que fechou a porta.

– O que a Peyton quer dessa vez? Me admira ela querer manter a amizade de vocês depois de tudo.

– Stella, já conversamos sobre isso.Não precisa ficar com ciúmes,vo...

– Ciúmes? - o interrompe enfurecida - EU não suporto ela Mac, mas mesmo assim você insisti em ser amiguinho dela.

– Acalma-se não precisa ficar dessa maneira.Queria me dizer alguma coisa?

– Esquece Mac, volta lá pra dentro e dê atenção para a sua amiguinha. - sai dali deixando ele falando sozinho>Entrei feito um furação no vestiário e me sentei em um banco ali, nervosa e já chorando, droga.

Foi quando ouvi a porta se abrir e fechar, não me virei para ver quem era.

– Stella, o que foi meu amor? - Mac sentou bem perto de mim, tentando me abraçar, mas me esquivei. - Não faz isso,não se afaste de mim.

Ele fez com que eu o olhasse, segurando meu rosto em uma das suas mãos.

– Eu não gosto de te ver assim, principalmente por minha causa.Não chora mais meu amor, eu não suporto... - encostei minha testa na dele e respirei fundo.

– Desculpa Mac, é que... sempre tenho um frio na barriga quando alguma amiga sua aparece pra fazer uma visita e se tratando da Peyton então... me sinto insegura.

– Nenhum mulher nesse mundo tem qualquer chance comigo, quantas vezes vou ter que te dizer que é você a mulher que eu amo? Detetive Bonasera, será que pelo menos nisso você poderia deixar de ser tão teimosa? - ele sorriu para mim, aproximei meu rosto ainda mais e o beijei, Mac colocou a mão na minha nuca me puxando para mais perto enquanto a outra mão deslizou até a minha barriga.

Nesse momento Elise se fez presente e chutou a minha barriga, Mac se parou nosso beijo como s e tivesse tomado um choque, olhava para meu rosto e depois para a minha barriga.

– Ela mexeu, nossa, ela mexeu - colocou novamente a mão na minha barriga.Seus olhos estavam cheios de lagrimas, eu fiquei ali só olhando para ele se sentindo a felicidade que estava proporcionando ao homem que eu mais amava esse mundo.

– Era por isso que você queria falar comigo, não era? - Mac me perguntou pouco depois da nossa filha ficar quietinha.

– Era, mas quando vi a Peyton só queria não consigo dizer mais nada e fiquei mordida de ciúmes.

– Então agora você admite que estava com ciúmes, detetive Bonasera? - ele sorriu convencido.Dei um leve tapa no seu ombro e me levantei, pronta para voltar ao trabalho.

– Você é muito confiante Taylor.

– Tenho que admitir que é verdade, eu sei que você me ama - ele me abraçou por trás e eu fechei os olhos com o contato.

– Isso é verdade. Agora precisamos ir, Mac - falei me afastando e puxando ele pela mão - Antes que Sinclair nos procure e acabe nos encontrando aqui.

– Sim senhora.

XXXXXXX

Estava mais do que na hora de voltar a ativa, não sou burro, sei que a policia ainda está me procurando.Tinha dado um tempo, na verdade passando umas férias em Londres e agora estava de volta em Nova York, a cidade que eu tanto amo e que tem mulheres belíssimas, detetives belíssimas, policiais belíssimas...

Estava de olho em três delas há muito tempo e só esperava a oportunidade para colocar meu plano em pratica.

Stella Bonasera e futura senhora Taylor, Jessica Flack e Lindsay Messer, vocês não tinham ideia do que as aguardavam.

XXXXXX

Eu não estava entendendo muito bem o que estava acontecendo, estava voltando do almoço e tudo estava no mais completo silêncio no laboratório.Danny tinha se despedido de mim no estacionamento dizendo que ia ter que ir para uma cena, me deu um beijo e saiu.Eu não via Mac, não via Adam e Sheldon e mais ninguém.O que estava acontecendo? Comecei a suar frio, será que tinham invadido o laboratório novamente? Comecei a andar pelo corredor lentamente, ainda um pouco desconfiada, foi quando vi Stella e Jess indo até meu encontro.

– Onde está todo mundo? - perguntei assim que elas pararam na minha frente.

– Eu não faço ideia, e para piorar o Don não atende o celular - Jess falou enquanto tinha as mãos sobre sua barriguinha.

– Não é possível que todo mundo tenha desaparecido desse jeito, alguma coisa está acontecendo e eu não estou gostando nada disso. - Stella olhou desconfiada para todos os lados - É melhor dar um olhada.

Eu e Jess andamos atrás dela, atentas a qualquer ruído, a qualquer alma que passasse por ali.Quando chegamos em uma sala onde normalmente era guardando todo os armamentos do laboratório, ou seja uma sala de paredes de tijolos e com um forte sistema de segurança, vimos que a porta estava aberta. No reflexo eu, Stella e Jess pegamos as nossas armas ao mesmo tempo.

Stella fez sinal que ia entrar.

– Policia de Nova York - ao mesmo tempo em que ela, nos entramos com as armas apontadas e prontas para atirar em quem quer que fosse.Mas para nossa enorme surpresa, não era nenhum criminoso que tinha invadido o laboratório.

– Surpresa!! - Todos gritaram ao mesmo tempo e consegui reconhecer todos os funcionários do laboratório ali dentro daquela sala, inclusive o meu marido.

– O que está acontecendo aqui? Perguntei ao mesmo tempo em que abaixava a minha arma.

– Preparamos uma festinha, podemos dizer um chá de bebê para as mamães mais lindas de Nova York - Danny falou caminhando até mim e depois sussurrou em meu ouvido - Mas você é a mais linda das três e a minha preferida.

– Você quer deixar nossos filhos órfãos? - Ouvi Don falar enquanto ia abraçar a Jess.

– Eu estava preocupada, não se pode dar um susto desse em uma mulher grávida, senhor Flack?

– Espero que tenha gostado da surpresa, não sabe o trabalho que tivemos em guardar todo o armamento e lugar seguro e aproveitar a oportunidade que o Sinclair se afastou por hoje, compramos algumas coisas para os bebês.Eu comprei uns presentes para nossa filha. - Mac sorria feito bobo para a Stella e eu já via o momento dela começar a chorar.Das três ela era a mais chorona e emotiva, enquanto a Jess a mas dorminhoca.Eu por sinal me sentia normal, talvez porque esse fosse a minha segunda gravidez.

Danny comprou várias roupinha para nosso filho e eu tive que admitir a frente de todo o laboratório que ele tinha ótimo bom gosto,é claro que ele ficou sem sentido por causa disso e como agradecimento me deu um beijo apaixonado.E os presentes não ficaram só nas roupinhas, ainda teve um carrinho de policia e tamanho gigante, daqueles que o pai ou a mãe poderia empurra-lo por trás.Todas as meninas do laboratório me deram alguma lembrancinha, como sapatinhos, lencinhos, fraldas...

Aquele cheirinho gostoso de bebê era maravilhoso e eu começava a sonhar com o rosto do meu filho

XXXXXX

– Consegui o contato de uma ótima loja de artigos para bebês, como a decoração do quarto, do berço, é maravilhoso, você precisa ver Jess.

Don falava com muita empolgação e eu não consegui conter um sorriso por vê-lo tão feliz.

– Estou me comportando feito um idiota, não é?











– Claro que não, meu amor.Você está se comportando como um verdadeiro pai e isso é maravilhoso.


– Se você está dizendo. Ah, consegui comprar um berço igualzinho ao primeiro, não quis mudar porque não quero que meus filhos achem que ame um mais que o outro ou...


– Don, ele são apenas bebês, sequer vão reparar nesses detalhes.

– Mas eu vou, Jess, pra mim isso é importante.

– Tudo bem Don, acho que você tem razão.

– Eu sempre tenho razão senhora Flack - ele beijou uma das minhas mãos.

– Vou deixar você pensar dessa forma, não quero perder meu marido. - me levantei do sofá onde estávamos vendo televisão e Don riu das minhas palavras - Cuidado detetive, não se deve rir de uma mulher grávida, sabia?

XXXXXX

Quando fiquei grávida da Lucy, muita coisa mudou em minha vida e para melhor.Eu amava aquela garotinha, era louca por ela.

O tempo tinha passado muito rápido, o famoso "piscar de olhos" e eu agora estava sentada em minha mesa, fazendo uma pesquisa na internet, um pouco afastada porque minha barriga de quase nove meses não permitia que eu ficasse muito próxima da mesa.Felizmente Grace me ajudava muito com as crianças e via que ela ficava feliz em ajudar e fica chateada quando eu perguntava se ela realmente poderia dar conta do recado.

– Está me chamando de velha,senhora Messer?

– Olha Grace, não foi isso que eu...

– Fique sabendo que faço isso porque quero e adoro, depois do que aconteceu com a Jace, ficar com essas crianças é um consolo pra mim, por favor não me tire isso.

Eu a abracei com carinho e via naquela mulher uma mãe.

A parte ruim da gravidez é que eu tinha engordado quinze quilos e me sentia um baleia, chegava a chorar pensando que nunca mais conseguiria voltar ao normal e Danny ficava chateado quando eu teimava que ele ia me largar se eu engordasse mais um pouco.

– Você deve achar que o amor que sinto por você é muito superficial, não é? Achei que já tinha dado provas o suficiente, Lindsay.

– Mas se eu ficar muito feia e não voltar ao normal? E se aparecer alguém mais bonita e magra e você se apaixonar?

– Você é a mulher com quem eu me casei, a mãe dos meus filho e minha companheira.Para de colocar essas loucuras na cabeça, eu te amo baixinha.

Adorava a maneira como ele enchia minha bola, no estado em que eu estava era muito bom ouvir aquilo.Levante-me da minha mesa e caminhei até a sala de descanso para tomar um suco de laranja que tinha deixado na geladeira, lá encontrei Stella e Mac.Eles estavam sentando no sofá e ele acariciava a barriga da quase esposa.

– Se precisar de um babador, Mac, posso pegar um do meu filho emprestado pra você.

O casal sorriu pra mim, eu me sentei em uma poltrona do lado mais perto da Stella, depois de pegar meu suco e colocar um pouco no copo.

– Então, como está a futura namorada do Connor?

– A Elise está muito bem, crescendo forte e saudável - respondeu uma sorridente Stella.

– Temos que pensar nisso dela ser sua nora, Lindsay, não quero minha filha namorando tão cedo, tenho medo do que Danny posso colocar na cabeça desse garoto e ele já tente seduzir minha filha no berçário.

Todos rimos

– Na verdade até eu tenho, as vezes meu marido tem um ideia que me deixam surpresa.Mas então, e os preparativos para o casamento?

– Está tudo pronto, daqui uma semana nos casaremos.Só espero que nossa filha não queira acelerar as coisas e nascer antes do tempo previsto.

– Se ela for como nós, teimosa, tenho certeza que vai nascer no dia previsto - Mac alou beijando rapidamente Stella e levantado-se em seguida. - Preciso ver o que Sheldon descobriu daquele caso pra mim, vou deixa-la na companhia da Lindsay, mas qualquer coisa é só você me chamar que venho correndo.

Vimos Mac sair e poucos depois estávamos sozinhas ali, na verdade por pouco tempo, porque logo Jess apareceu.

– Posso saber o que você está fazendo aqui? Não era pra ficar em casa de repouso? Como chegou aqui se está proibida de dirigir?

– Quantas perguntas, Lindsay.- Jess sentou onde Mac estava há alguns minutos atrás. - Não aguentava mais ficar em casa e resolvi fazer uma visita depois de me certificar que Don não ia sair da delegacia tão cedo ou me ligar.E não vim dirigindo, peguei um táxi, não ia arriscar a vida do meu filho, mas precisava respirar.

– Don pode ficar preocupado com você - estava tentando fazer com que ela reconsiderasse e pelo menos ligasse avisando ao marido onde estava.

– Vou ficar bem, de verdade.E antes que me falem mais alguma coisa já me alimentei adequadamente antes de vir para o laboratório.

XXXXXXX

Eu sabia que estava sendo uma grande prova de amor dela ficar em casa sem fazer praticamente nada, sabia o quanto Jess se preocupava com nossos filhos e fazia isso por mim também.Hoje pela manhã a deixei dormindo, e era a visão mais linda do mundo ver ela assim, entregue ao sono.Como eu amava aquela mulher.

Já estava tudo pronto para a chegada dos bebês e eu não via a hora de ter o Aeron e o Max nos meus braços, brincar com eles, jogar beisebol quando estivessem maiores.Tinha tantos planos que estava começando a achar que deveria fazer uma lista para não me esquecer de nada, mas pensei melhor e achei que a seria mais interessante deixar as coisas acontecerem naturalmente.Era 11:00 da manhã e eu ia ficar preso na delegacia pelo menos até umas 14:00 sem poder ir almoçar com minha esposa, mas felizmente o caso que iríamos trabalhar teria que ser deixado para o dia seguinte e consegui ser liberado um pouco mais cedo. Cheguei em casa e encontrei tudo no mais completo silêncio.Jess não estava em casa.

– Mas que droga! – tentei ligar no celular, mas entrou na caixa postal. – Não credito que você fez isso Jess, como pode ser tão irresponsável?

Nós tínhamos combinado e ela me prometido que ia ficar em casa, eu não admitia que ela mentisse assim para mim, mas já imaginava onde estava.Com isso peguei meu carro em direção ao laboratório.

Não fiquei surpreso quando assim que saí do elevador, a vi sentada em uma cadeira na sala da Stella, elas conversavam animadamente.Eu fui até lá em bati na porta antes de entrar.

– Don? O que está fazendo aqui? – Jess estava surpresa de me ver ali.

– Precisamos conversar – falei sério – Estou te esperando na sala de descanso.

Fechei a porta sem falar sequer um oi pra Stella, estava muito chateado e naquele momento nada mais me interessava a não ser falar com a Jessica.Essa apareceu poucos minutos depois de mim.

– Achei que tínhamos combinado que você não ia sair de casa, Jessica? Qual o problema? Não conseguiu manter a promessa? – perguntei tentando controlar a raiva que estava sentindo naquele momento.

– Eu não fiz nenhuma loucura, Don.Eu precisava sair um pouco, além do mais, não fiz esforço algum.

– Mas você me prometeu Jess – deixei que a raiva saísse de mim – Sabe muito bem que sua gravidez exige cuidados maiores por ser gêmeos e mesmo assim você vem até aqui mesmo contra a indicação do seu médico.

– o Doutor Jones não me falou que eu tinha que ficar trancada dentro de casa feito uma prisioneira, Flack.Eu posso sim respirar ar puro sem fazer esforço desnecessário e você devia saber que eu nunca iria colocar a vida dos nossos filhos em perigo.

– Não é o que está parecendo. – ela me olhou com raiva também e vi que estava fazendo um esforço enorme para não chorar.

– Quer saber, senhor Flack, não vou ficar discutindo com você.Conversamos outra hora, quando estiver um pouco mais calmo.

– Jess, espera... – tentei alcança-la, mas ela saiu rapidamente.Eu não queria brigar, mas deixei que minha preocupação falasse mais alto e estragasse tudo, ainda mais no estado que ela estava.Eu resolvi ir atrás dela e pedir desculpas e que perdoasse a minha explosão e me entendesse.

– Você viu a Jess? – perguntei para Adam assim que sai no corredor.

– Acabei de passar por ela, parecia bem nervosa.Acho que foi em direção as escadas.Aconteceu alguma coisa?

– Está tudo bem, Adam, obrigada – Sai dali sem querer aumentar nossa conversar, eu precisava achar logo a minha esposa.Fui em direção as escadas a fim de alcança-la, encontrei Jess sentada em um dos degraus. - Jess, me perdoa, eu não devia ter falado assim com você, é que... – passei uma das mãos na cabeça,ansioso.Me sentei do seu lado, mas ela ainda permanecia em silêncio. – Vai me ignorar? Jess?

– Eu devia fazer isso pelo resto da vida, Don, se não precisasse de você para me levar para o hospital.Nossos filhos vão nascer e é agora.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Eu pensei em descrever o casamento da Jess e do Don com mais detalhes, mas achei melhor deixar dessa maneira mesmo.

PS:Esse é o vestido da Jessica:
http://img.alibaba.com/photo/673484319/wedding_dresses_for_pregnant_women_2013.jpg

Até a próxima!!!