Apesar De Tudo, Será Que Estarei Ao Seu Lado? escrita por LayneAS


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Olá seus lindos!! E está aqui mais uma parte da fic pra vocês!Desculpa a demora, mas foi complicado escrever esse capitulo, tanto que mais uma vez tive que pedir ajuda a StellaBTaylor!! Valeuuu pela dica!! Quero agradecer novamente a todos que recomendaram,favoritaram e comentaram a fic. Muito Obrigada!!!



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Quando levantei no dia seguinte, Lindsay ainda dormia abraçada as crianças, da forma como estava com nossos filhos, sabia que ainda sentia medo de perder aquilo.Levantei e fui preparar nosso café, quando estava quase tudo pronto, senti alguém me abraçando por trás.Me virei e encontrei o olhar dela.

– Bom dia meu amor, como está se sentindo?

– Não sei Danny, ainda com estranha - eu a abracei ainda mais forte.

– Eu estou aqui querida, pra proteger você. - beijei com carinho a sua cabeça e pude ouvir que ela choramingava.

– Senti medo de nunca mais te ver, te beijar, te abraçar...

– Eu iria até o fim do mundo atrás de você se fosse preciso.Sei que o que você passou nas mãos da Jace foram momentos horríveis, mas estou aqui do seu lado, meu amor, pra te ajudar.

– Seu sei que sim - ela me olhou e cortou meu coração ver tanta tristeza e medo nos olhos dela.

Depois de tomar café, ficamos todas em casa, Mac tinha me dispensando e disse que pra ficar com a minha esposa o tempo que fosse necessário e eu agradeci imensamente por isso.Eu precisar de um pouco de tempo,Lindsay tinha que se sentir segura novamente e ela ia precisar de todo o meu carinho e atenção.

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Quando ele chegou no laboratório nossos olhares se cruzaram e ficamos nos encarando por um bom tempo, até ele se mover e entrar na sua sala.Eu tinha evitado ele no hospital, não tínhamos trocado nenhuma palavra.Eu tinha prometido pra mim mesma que não ia afasta-lo da nossa filha, queria que Elise crescesse amada por nós dois, mesmo que nunca voltássemos a ficar juntos.Abri minha gaveta e peguei um envelope, levantei da minha cadeira e sai.Ele me seguiu com o olhar e esperou que eu entrasse na sua sala.

– Vim te trazer um... presente - estendi o envelope para ele.

– Presente? - ele parecia surpreso, mas quando vi os olhos dele brilharem ao ver a foto do meu ultrassom vi que tinha feito a coisa certa. - É nossa filha? ele me perguntou segurando meu olhar, eu fiquei tão nervosa e presa a ele que achei que fosse cair no chão, ao sentir que minhas pernas tinham ficado moles.

– Nossa... - ele passou a mão que estava livre na cabeça - Ela é tão pequena - e olhando para mim ele disse - Sua barriga está crescendo a cada dia, tenho certeza que a Elise vai amar ter uma mãe como você.

– E eu vou amar ter ela nos meus braços - eu tentei sorrir, mas a vontade que eu tinha era de sair correndo.Não queria admitir mas me sentia enfeitiçada com aqueles olhos azuis, eu amava muito aquele homem e só de imaginar que nunca mais sentiria ele em meus braços...era como se uma faca fosse cravada em meu peito. - Bom, é isso, precisava deixar essa fotografia com você.

– Vou deixar em um lugar muito especial - ele sorriu tímido para mim.

– Sei que sim. - fiz que ia sair, mas ouvi ele me chamar.

– Stella... fiquei sabendo que o Ben veio aqui.O que esse cara queria com você? Estão juntos?

– Quantas perguntas detetive Taylor, não acha que quer saber muito da minha vida?

– Vocês estão ou não juntos? - ele insistiu na pergunta.Eu queria mandar novamente que ele cuidasse da própria vida, mas respirei fundo.

– Ben é um grande amigo, ainda não existe nada entre a gente, ele é uma pessoa que me deu muita força no momento que mais precisei de alguém.Ele me ofereceu moradia e...

– Como assim te ofereceu moradia? - vi seus olhos ficarem escuros e sabia que Mac estava se segurando para não explodir - Você passou a noite com ele? É isso?

– Qual o problema? Você não manda em mim, Mac, não temos mais nada a ver um com outro.Me admira ver que você ainda se sente meu namorado depois de tudo que aconteceu, depois de você me trair da forma mais baixa. - eu gritei essas últimas palavras, já via o momento dele gritar também, mas ao contrário disso ele ficou me olhando sem dizer uma palavra.

– Eu não vou aguentar ver você com outra pessoa, sorrindo para ele, dormindo com ele.Isso vai ser demais pra mim, vai ser muito pior do que enfrentar uma guerra.Eu não quero ver isso...

– Eu não posso fazer nada, Mac - eu não queria parecer dura, cruel ou coisa parecida, mas precisava tentar me defender daquele olhar.

– Eu te amo, Stella.Estou sentindo tanto a sua falta que acho que estou ficando maluco.- conforme ele falava se aproximava de mim e eu não conseguia me mover.Mac ficou tão próximo que eu conseguia ouvir sua respiração acelerada, sua boca estava as centímetros da minha. - Não é possível que você tenha deixado de me amar tão rápido, eu não acredito nisso... - ele me puxou pela cintura, segurando com a outra mão a minha nuca. - Seus olho me dizem outra coisa, seu cheiro - ele respirava muito próximo do meu pescoço me fazendo arrepiar.Depois aproximou sua boca da minha. - Eu senti tanta vontade de te tomar nos meus braços nesse últimos dias.

– Me solta, Mac - sussurrei sem muito convicção, eu tentava parecer convincente, mas ele estava me matando fazendo aquilo comigo. - Nada do que faça vai me fazer mudar de ideia a seu respeito, você me feriu da forma mais co... - fui interrompida por um beijo, quente e cheio de amor, eu tentei me afastar, mas Mac me segurou ainda mais forte e eu acabei me rendendo aquele momento.Suas mãos passeavam pelo meu corpo e eu senti aquele calor me tomar, mas meu momento de entrega logo passou e juntando as poucas forças que ainda tinha eu o empurrei.

– Não brinca assim comigo, Mac, não é justo.

– O que eu preciso fazer pra acreditar em mim? Me diz!! - ele falava com tanto desespero que comecei a imaginar que ele pudesse estar falando a verdade, um fio de esperança crescia, eu o conhecia a muito tempo, em primeiro lugar éramos amigos.Aquilo tudo não fazia parte do tipo de pessoa que ele era.Será que tinha me enganado? Ele estendeu uma das mãos e passou no meu rosto, eu fechei os olhos com aquele toque. - Você é a mulher da minha vida e eu farei o que for preciso para reconquistar você, eu te amo, Stella.

Eu ainda consegui dar uma última olhada nele, mas depois sai rapidamente daquela sala, não queria chorar na frente dele, não queria que ele visse como eu estava frágil e como me sentia perdida com tudo aquilo.

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Tive uma vontade grande de ir atrás dela.Stella abriu a porta da sua sala e sentou na cadeira da sua mesa, apoiando as duas mãos na cabeça.Eu sabia que ele tinha ficado mexida com o nosso beijo e sentia-se perdida.Eu tinha que correr contra o tempo antes que aquele babaca do Ben conseguisse alguma coisa, apesar que eu duvidava muito que ele fosse conseguir, porque eu sabia que ainda mexia muito com ela, sabia que ela ainda me amava e só tinha que fazer ela perceber isso e provar para ela que nada tinha acontecido entre mim e a Quinn, só não sabia como fazer isso.Eu não sei quanto tempo fiquei ali olhando para ela, mas ouvi uma batida na porta e um pouco depois Don entrar por ela.

– Olha Mac, eu sei que a Stella é linda e por isso você ficaria o dia inteiro ai, parado olhando para ela, mas a vida segue meu camarada.

Olhei para ele sem saber do que ele estava falando, voltei para a minha mesa e fingi que estava lendo alguma coisa.

– Não sei se isso te interessa, mas acabei de encontrar um tal de Ben na porta do laboratório, procurando por ela.

– O que esse imbecil pensa que está fazendo? - olhei para Don furioso.

– Ei calma, não tenho culpa.

Respirei fundo tentando recuperar a minha calma.

– Desculpe, é que essa situação está me deixando maluco, eu não sei mais o que fazer para me aproximar dela.

– Mac, eu imagino a agonia que você deve estar sentindo, me sentiria da mesma forma se tivesse que ficar longe da Jess.

– Estou vendo na minha frente um detetive apaixonado - sorri para ele.

– Sim - ele sorriu de volta para mim, parecendo um pouco sem graça por me contar aquilo - Eu amo a Jess mais do que tudo nessa vida, e depois que fiquei sabendo do meu filho, caramba, não consegui nem mais pensar na minha vida sem eles.

– Estou até assustado ouvindo você falar assim detetive Flack.

– Eu sei, também estou assustado, sei lá, falam que quando um homem se apaixona começa a agir feito um bobo e fica sorrindo o tempo todo.Acho que devo concordar com isso.

Um pouco depos vi meu amigo sair.Fazia muito sentido tudo aquilo que ele tinha me falado.Eu tinha mudado por causa do amor que sentia por ela, Stella tinha me feito um bem tamanho e ficar sem ela era como se eu tivesse medo de me tornar aquela pessoa novamente.Peguei a foto do ultrassom que ela tinha me dado de presente.Ali estava a minha filha, a minha Elise.Daqui a alguns meses eu ia poder pegar ela no colo, beijar seu rostinho enrugado, cuidar dela quando começasse a chorar, mas antes disso eu tinha que convencer a mãe dela que ela era única na minha vida.

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Eu queria fazer o possível para que ela se sentisse bem, aqueles momentos terríveis demorariam um pouco para sair da cabeça dela, eu sabia e minha esposa ia precisar de todo meu apoio.No segundo dia as crianças não foram para a escola, eu ia pedir mais um dia de folga para o Mac e tinha certeza que ele ia concordar, mas Lindsay achou melhor que eu fosse.

– Você não quer que eu fique aqui com você? - falei desapontado.

– Sei que você está preocupado comigo, meu amor, mas pelo menos hoje deixa eu tentar sentir que está tudo bem, okay? Você me entende? - aquela olhar dela me pedindo carinhosamente que eu entendesse me fez ir até ela e abraça-la. - Eu juro que se sentir que não conseguirei passar o dia sem você, te ligo no primeiro instante.

– E eu venho na mesma hora - beijei sua boca e depois me ajoelhei, falando bem próximo da barriga dela. - Cuida bem da mamãe, Connor, se você precisar é só ligar para o papai, combinado filho?

Só fiquei mais tranquilo quando atravessei a rua e pedi que Grace fosse " visitar" a Lindsay mais tarde.Ela disse para eu ir tranquilo que ela estava com muita saudades do neto e precisava vê-lo.Eu agradeci e fui para o trabalho.Assim que cheguei fiquei sabendo por Don que a Jace tinha sido condenada a alguns anos de prisão.Eu respirei aliviado, pelo menos aquele problema estava resolvido.Só lamentava por Grace, ela não merecia aquilo que estava acontecendo.Conforme as horas iam passando a minha vontade de voltar para casa aumentava, sabia que estava sendo super protetor e ao mesmo tempo ficava com medo da Lindsay achar que eu a estava abandonando. Pensei na minha família, a cada dia que passava eu amava ainda mais cada um deles.Ainda faltava umas três horas para enfim eu ir pra casa, me tranquei em uma das salas do laboratório para poder analisar umas evidências em mais tranquilo, fiquei tão absorvido no que estava fazendo que não notei que tinha deixado meu celular na minha mesa, a umas três salas de onde estava.

Saindo pelo corredor, depois de ficar quase duas horas lá dentro, Sheldon veio ao meu encontro.

– Mas que droga, Danny, porque você tem uma droga de celular?

– O que aconteceu?- senti minhas pernas tremerem,a cabeça rodar.Vi o mesmo filme de algum tempo atrás, quando aquele assassino atacou a Lindsay e a Stella. - Me diz logo, o que foi?

– A Lindsay ligou atrás de você e...

– Ela está ferida? Aconteceu alguma coisa com o bebê? - meu desespero era grande, e não entendi nada quando Sheldon começou a rir.

– Calma Danny, ela está bem.Lindsay ligou aqui no laboratório porque não conseguiu falar com você no celular, pediu pra você ir direto pra casa que ela tinha uma surpresa.

Respirei aliviado e cheguei a sorrir depois

– Surpresa? Mas que tipo de surpresa?

– É claro que ela não me contou, não é? É surpresa, você acha que ela ia me contar antes de você chegar lá?

O caminho pra casa foi bem tranquilo, pelo menos eu me sentia melhor ao saber que ela estava bem.Abri a porta chamando por ela, coloquei meu distintivo em cima da mesinha de centro na sala.

– Lindsay. - voltei a chamar. - Ela veio ao meu encontro um pouco depois, parecia um pouco melhor.Sem dizer nada se aproximou e me beijou, depois se afastou e me abraçou.

– Está tudo bem? - perguntei olhando fixamente para ela. - Sheldon disse que você ligou me procurando.

– Tenho algo pra te mostrar - ela segurou uma das minhas mãos.

– Onde estão as crianças?

– Assistindo desenho na casa da Grace - quando chegamos no nosso quarto, ela me fez sentar na nossa cama - Espera só um minutinho.

Vi Lindsay abrir a gaveta do nosso guarda-roupa e pegar um envelope.

– Sei que posso ter criado expectativas demais em você, também pode nem ser tão grande coisa, mas é que fiquei tão feliz, então... - ele estendeu o envelope pra mim

– O que é isso? - perguntei abrindo o envelope.Lindsay sentou-se do meu lado. - Quando terminei de abrir, tinham em mãos três fotos.

– Chegou hoje pelo correio, é a foto do Noah quando bebê e da Lucy, e esse aqui é nosso Connor - falou apontando com o dedo a pequena foto que parecia mais uma mancha. - Pedi pra fazer em tamanho pequeno para que você conseguisse colocar na carteira.Criei muita expectativa em cima de uma coisa tão simples, não é?

– Que isso, Lindsay? Eu adorei - eu a abracei e a beijei. - Como conseguiu essa foto do Noah? Ele está tão pequeno...

– Grace me mostrou um dia e eu pedi pra ela pra fazer uma cópia pra você. A foto estava em bom estado, ficou bom, não é?

– Ficou ótimo querida, obrigado.Sempre pensando na minha felicidade, nas coisas que me fazem feliz... Eu te amo tanto Lindsay.

– O que seria de você sem mim, não é?

– Um homem perdido e triste - ela encostou a cabeça no meu ombro.

A cada dia que passava eu me sentia mais completo e satisfeito, as vezes me pegava pensando se realmente merecia ela na minha vida.Daqui a alguns meses nossa família ia aumentar e eu estava tão feliz com aquela possibilidade que dava vontade de sair correndo pelas ruas de Nova York para todos saberem a sorte que eu tinha.

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Don estava morando comigo no meu apartamento e eu estava me sentindo bem com ele do meu lado.Adorava quando ele saía do banho, ainda com o corpo molhado enrolado com a toalha na cintura.Era de deixar qualquer uma louca de desejo e amor por ele, felizmente somente eu tinha aquela visão.

– Posso saber porque está rindo, senhorita Angell? - estava sentada na cama, lendo um livro.

– Deve ser o amor, não é isso que as pessoas dizem? Que quando nos apaixonamos rimos que nem bobos?

– E devo concordar com isso - ele falou se aproximando e me beijando.

– Não faz isso, Don.Sabe que tem hora marcada pra ver o seu terno, vai se atrasar querido.

– Se não fosse tão importante eu ficaria aqui com você. - ele sussurrou com a voz mais sexy do mundo.

– Mas é - falei o empurrando com uma das mãos - Quero meu noivo lindo no dia do nosso casamento, e se me aparecer mal vestido sou capaz de te deixar plantado no altar, entendido? - ele sorriu novamente e me deu um rápido beijo.Depois afastou-se e pegou uma calça jeans e uma camisa polo branca.Antes que ele se trocasse na minha frente eu sai, não ia ser nada fácil me conter vendo Don nu.Fui ver televisão, logo ele apareceu e se despediu.Eu tinha uma nova consulta daqui uma hora, ele tinha se organizado para me encontrar lá.Sinceramente não acreditava que ele fosse chegar a tempo e não ia culpa-lo se não aparecesse.Mas para minha surpresa assim que cheguei ao consultório médico, Don já estava me esperando.

– O que está fazendo aqui? Não vai me dizer que falou a prova do seu terno? - falei cruzando os braços.

– Claro que não, Jess.Já estava tudo perfeito, escolhi o melhor e você vai ficar feliz com a minha escolha, tenho certeza.Chegar atrasado ou perder a sua consulta é que eu não ia.

– Quanta dedicação, fico até lisonjeada.

– É pra ficar mesmo, porque corri feito um maluco e devo ter levado algumas multas, acho que mereço um pouco de gratidão.

Sorri para ele.Tinha como não amar um homem desse?

Ficamos conversando sentado na cadeira da recepção de mãos dadas, até que fui chamada. Eu ainda não conseguia me acostumar com aquele gel na minha barriga.Eu e ele esperávamos ansiosos para começar a ouvir o coraçãozinho do nosso filho.

– Ohou - ouvi a médica falar e já fiquei assustada.

– Algum problema com meu bebê? - perguntei preocupada.

– Problema algum... com os bebês.

– Um momento, como assim bebês? Nós vamos ter um bebê - ouvi Don dizer, como se a médica estivesse louca ou coisa assim.

– Quando fizemos o outro ultrassom isso não estava evidente, mas agora... Você está grávida de gêmeos Jessica, meus parabéns.

– Gêmeos? Oh Meus Deus, eu... eu preciso sair daqui.- Levantei depressa, a médica tentou me impedir dizendo que o exame não tinha terminado, mas pedi para ir embora e ela disse que tudo bem, que nos veríamos na próximas consulta.Don parecia que estava em choque, eu quase o deixei ele lá, estava entrando em um taxi quando ele me alcançou e me segurou pelo braço.

– Que isso Jess, porque saiu correndo? - ele estava com uma expressão de preocupação.

– Vou me afastar de você, Don. Eu estava com medo de criar uma criança, imagina duas?A culpa e toda sua. - mais uma vez tentei entrar no táxi, mas ele impediu e dispensou o motorista.Eu comecei a chorar e coloquei as duas mãos no rosto.Ele veio até mim e me abraçou.

– Está tudo bem, meu amor,eu também estou surpreso, Jess.Como eu ia imaginar que fosse ter dois filhos de uma vez?

– O que vamos fazer? - perguntei o encarando. - Duas crianças... será que vamos dar conta?

– Claro que vamos,meu amor, eu vou estar do seu lado, mesmo que ter gêmeos não estivesse nos nossos planos estou muito feliz, juro.

– Não vai me abandonar ou sair correndo? - ele sorriu para mim.

– De maneira alguma senhorita Angell, nosso destino é ficar juntos para sempre.

– Isso foi muito cafona, sabia?

– O amor tem dessas coisas, vamos, preciso comprar outro berço para nosso outro filho.Não quero que o Max divida o mesmo espaço que o Aeron.

– Max? Acho que precisamos conversar sobre isso, senhor Flack.

– Você não gosta? - perguntou desapontado. - Sempre pensei que quando tivesse um filho ele ia se chamar Max.

– E porque não me contou quando ficou sabendo que esperava um menino?

– Você já tinha escolhido o nome do nosso filho e eu gostei dele também, não queria discutir com você por causa de uma bobagem dessas.

– Oh Don - eu beijei com carinho - Eu quero que você participe de tudo do nosso filho e quer saber, eu adorei esse nome;

– Você não gostou, Jess, deu pra ver pela sua cara.

– Claro que gostei e se é pra você ficar feliz eu topo.Aeron Angell Flack e Max Angell Flack, magnífico.

O sorriso de contentamento que ele me deu em seguida fez com que minha felicidade aumentasse.O susto de saber que eu teria gêmeos já tinha passado, eu era capaz de enfrentar o mundo com aquele homem do meu lado.

XXXXXX

Praticamente todo o laboratório já estava vazio naquele momento e eu gostava de me sentir sozinho ali, ver aquelas salas vazias, em silêncio.Stella tinha ido embora havia alguns minutos.Desde aquele beijo na minha sala ela tinha me evitado ainda mais do que antes.Eu sentia falta demais dela, e me doía muito ir pra casa e não ver ela me esperando.Daqui a algumas semanas aconteceria o casamento da Jess e Don e eu ia ser um dos padrinhos e para minha alegria ou não, Stella ia ser a madrinha junto comigo.Pelo menos por alguns minutos eu ia tê-la do meu lado.A algum tempo eu tinha notado que ela conversava com alguém pelo celular frequentemente e parecia feliz ao receber aqueles telefonemas.Nada me tirava da cabeça que era o imbecil do Ben que estava ligando para ela, isso era a última coisa que eu queria que acontecesse.Eu nem queria imaginar uma relação intima entre eles e só de pensar naquilo minha cabeça começou a doer.Se eu visse Ben na minha frente era capaz de acabar com aquele cara. O que eu estava dizendo? Aquele ciúmes que estava sentindo da Stella ainda ia me deixar maluco.

Estava me sentindo bem cansado então resolvi a contra gosto ir pra casa, assim peguei meu palitó que estava pendurado na cadeira e sai da minha sala, peguei meu carro no estacionamento e sai dali em poucos minutos.Estava quase chegando no meu apartamento quando passei em frente a uma loja de artigos e roupas para bebê, ela devia estar quase fechando, mas mesmo assim eu entrei e encontrei coisas maravilhosas ali dentro. Encontrei um pequeno casaquinho de lã na cor lilás, com uma pequena flor rosa do lado direito.Imaginei minha filha com ele e sabia que ela ficaria linda.Com aquele pensamento pedi para ele se embrulhado para presente e sai dali satisfeito.Fiquei feliz em comprar pela primeira vez um presente para a minha princesinha e mesmo sabendo que as coisas não estavam nada boas em relação a Stella, ela não podia negar que eu comprasse alguma coisa para nossa filha.Com isso resolvi levar o presente na mesma hora, não ia conseguir esperar até o dia seguinte.Eu não sabia como Stella ia me receber, mas sinceramente não estava me importando muito com isso.

Estacionei meu carro em frente ao prédio dela, pedi para que o porteiro não comunicasse a minha chegada, como ele já me conhecia não encontrei grandes problemas.Estava saindo do elevador quando vi quem eu menos queria, sair do apartamento dela.Sem que eles me vissem eu fiquei observando enquanto Ben se despedia dela.

– Foi muito bom ver você, Ben.

– Eu posso dizer o mesmo, Stella, ficar na companhia de uma mulher belíssima como você faz bem a qualquer homem. - ela sorriu novamente, provavelmente adorando aquele galanteio, era demais pra mim tudo aquilo.Eu não podia acreditar que uma mulher como a Stella fosse se interessar por um homem como aquele tal de Ben.Antes que ele a beijasse e eu tivesse um ataque no coração, resolvi deixar que eles notassem a minha presença.

– Mac? O que você está fazendo aqui? - Stella me perguntou assim que me viu, ao mesmo tempo que o sorriso que Ben tinha no rosto desaparecia.

– Vim fazer uma visita, conversar, não posso?

– Olha Mac, eu não tenho nada pra falar com você e sabe muito bem disso.Poderia ir embora?

– Você tem um filho meu na barriga, então acho que tenho todo o direito de te visitar pra saber notícias da minha filha, já que você não faz muita questão e me ignora o tempo todo no nosso local de trabalho.

– Ela não quer você aqui detetive, será que não entendeu que está incomodando? - Ben olhava pra mim com raiva e se aproximou, como se com isso fosse me intimidar ou me deixar com medo.Que cara imbecil.Ele fez que ia me empurrar, mas antes que isso acontecesse eu falei.

– Antes de você tocar em mim devo te dizer que posso te imobilizar com um golpe, isso se você não quiser tomar uma surra.Acho que você deveria pensar melhor no que vai fazer.

Ele ficou sem saber o que fazer, olhando seriamente para mim.O gelo foi quebrado quando Stella falou.

– Tudo bem, você pode ir e nos deixar sozinhos.

– Tem certeza? Se quiser eu posso ficar aqui com você - ele olhou de mim para ela e eu senti vontade de rir daquele cara.

– Obrigada querido, mas não precisa - vi ela se despedir dele com um beijo no rosto.Em pouco segundos Ben saiu da minha frente e eu finalmente consegui respirar.

– Qual o seu problema, hein Mac? Realmente acha que pode vir me procurar e tratar meu amigos dessa forma? - Stella estava furiosa e foi para dentro do seu apartamento, deixando a porta aberta para que eu entrasse. - Nunca mais faça isso, está entendido?

– O que você quer que eu faça agora? Que te peça desculpas por ter atrapalhado um momento tão romântico como esse? Vejo que vocês estão bem íntimos, e você deve estar adorando toda esse atenção que seu amiguinho está dando pra você, não é? - joguei a sacola que estava com o presente da nossa filha em cima do sofá e fitei aquele olhos esmeraldas, estava difícil controlar meu ciúmes.Só de imaginar que Ben tinha abraçado e beijado Stella naquele mesmo apartamento que tinha passado momentos maravilhosos com ela, me deixava maluco.

– Eu não devo satisfações nenhuma da minha vida a você, Mac.Com quem eu me relaciono ou deixo de me relacionar não é da sua conta.

– É da minha conta sim, Bonasera, não se esqueça que você...

– Que eu estou esperando um filho seu, você já disse isso Mac.Não precisa me dizer isso a todo momento, eu sei que a única coisa que faz com que você queira me procurar é essa criança e...

– Isso é mentira e você precisa entender. Como acha que me sinto vendo aquele cara sair do seu apartamento todo sorridente? Nós mal terminamos e você já estava com outro cara? Eu não quero ele perto da Elise, Stella.

– Você é um imbecil, Mac... - vi lagrimas caírem pelo rosto dela, cada vez que ela chorava era como se algo atingisse meu coração. - Acha que realmente me importo com isso que você acabou de fazer? Essa fingida cena de ciúmes? Pois eu não acredito em nada disso.Eu quero que saía imediatamente do meu apartamento, agora. - ela gritou essa ultima palavra.Eu ainda fiquei olhando para ela por alguns segundos, com uma vontade louca de abraçá-la e pedir desculpas, mas dei meia volta e sai dali.Stella bateu a porta com força e eu ainda consegui ouvir o choro dela atrás da porta, até o momento que ouvi ela se afastar.Somente naquela hora conseguir sair e apertar o botão do elevador.Odiava ter feito ela chorar, odiava ser a causa daquilo.

XXXXXX

Assim que bati a porta deixei minhas emoções saírem de mim.Aquele homem me machucava, me fazia sofrer... mas eu ainda o amava tanto que me achava a pessoa mais idiota do mundo por ainda sentir amor por ele.Sai de perto da porta e olhei para o sofá, foi ai que notei ali uma pequena sacola de uma loja de bebês.Sentei e a peguei nas mãos, era de papel, amarelinha e tinha o nome de " Meu pequeno sonho" Desfiz o lanço que mantinha ela fechada e a abri. Quando peguei um pequeno casaquinho de lã lilás, não consegui conter o choro mais uma vez.E eu ainda me perguntava porque amava o Mac? Apesar de saber que ele sentia raiva de mim, ele se preocupava com a filha, e eu sabia o quanto ele a amava.Eu não podia ter escolhido melhor homem pra ser pai da minha princesinha.

Eu me peguei pensando na primeira vez que o vi, de como aqueles olhos azuis me hipnotizaram logo de cara...

Era meu primeiro dia no laboratório e confesso que estava bem tensa e nervosa, sai do elevador e de cara encontrei Mac.Ele ficou olhando para mim por alguns segundos

– Você deve ser a detetive Stella Bonasera, prazer meu nome é detetive McKenna Boyd Taylor Jr, mas por favor me chame apenas de Mac - ele sorriu e estendeu a mão para mim. - Seja bem-vinda detetive.

Mac era um homem atraente, e muito.Me senti muito bem recebida por ele e por todos, logo peguei o jeito da rotinha do laboratório e Mac se tornou um grande amigo e eu devia muito a ele por tudo.Agora estava eu aqui sentada no sofá da minha sala, segurando o casaquinho de lã sentindo uma vontade tão grande de beijar aquele homem, de abraça-lo... Eu não podia mais ficar longe dele, podia parecer loucura, mas nesse instante eu sabia que ele me amava, Mac não ia brincar assim com os meus sentimentos.

Contendo o impulso de ir atrás dele, fiquei em casa naquela noite e deixei para procura-lo no dia seguinte.Uma coisa ainda me incomodava era aqueles encontros dele com a Quinn.O que faria Mac me esconder a conversas dele se não fosse algo tão sigiloso? O que estava por trás disso? Com esse pensamento resolvi fazer algumas ligações.

No dia seguinte eu ia me arrepender de não ter procurado Mac o mais rápido possível...


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Notas finais do capítulo

Galera, esse capitulo foi mais curto, eu sei é por um bom motivo também: A STELLA E O MAC vão se acertar na próxima parte...aeeeee e como não tinha muita coisa pra escrever, quis deixar ele menorzinho!! Outra coisa, tive novamente outra idéia de FIC, curtinha talvez de cap. único ou de uns dois por ai.Vai ser sobre a Jess e o Don!! Sei que tem uma leitora que vai adorar... ehehehe até a próxima!!