Apesar De Tudo, Será Que Estarei Ao Seu Lado? escrita por LayneAS


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Acabei de terminar esse capítulo, não podia ir dormir e deixar de posta-lo aqui pra vocês.Quero deixar um carinho especial para Thais Messer Monroe e a BELLATRIX, que estão escrevendo uma nova FIc.Vai fundo meninas, estou acompanhando a história de vocês e estou gostando muito. Espero que todos gostem desse capítulo, estou preparando algumas emoções.Divirtam-se!!
PS: StellaBTaylor aqui também tem um gota de idéia sua. Obrigada!!!



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A minha vontade era jogar aquele celular na parede.Quinn falou mais alguma coisa que não ouvi, desliguei sem deixar que ela terminasse de falar.Fiquei alguns minutos sentada na cadeira, pensando em tudo que tinha ouvido dela.Mac tinha escondido de mim que tinha se encontrado com a Quinn, mas porque? Qual o motivo.Meu coração doía só de imaginar que eles... Não Mac... Não sabia como consegui,mas me levantei e fui em direção ao quarto, ele já tinha terminado o banho e estava com apenas uma toalha enrolada na cintura.Aquela visão quase me fez esquecer a raiva e a magoa que estava sentindo.Ele estava procurando alguma roupa, quando me viu notou de imediato que alguma coisa não estava bem.

– Stell, o que foi? - estava me segurando pra não chorar, pra me manter forte perto dele, mas era tão fácil.Ele fez que ia se aproximar, mas me afastei.

– Você que precisa me dizer, McKenna Taylor. - fiquei com os braços cruzados, como se com isso pudesse manter ele longe de mim.

– Eu não estou entendendo, qual é o problema? Porque você está assim? - via em seus olhos uma preocupação, um medo...

– Quando você me disse no hospital que tinha falando para a equipe sobre nós, eu aceitei, porque também não suportava mais esconder isso deles.Eu achei que tudo seria perfeito, que idiota.Sonhando feito uma adolescente de quinzes anos.Mas você não sabe mais o que é um relacionamento de verdade, não é?

– Stella...

– Com quem você estava na noite do meu aniversário? Porque cancelou nosso jantar? Me diga! - eu gritei essa última palavra, ele olhou para mim surpreso e ainda mais preocupado, via a aflição em seus olhos, mas isso não me importava agora. - Era com a Quinn que você estava, não é? A sua amiguinha...- vi Mac se aproximar de mim tão rápido que não tive chance de fugir dessa vez.Ele segurou os meus dois braços e fez com que eu o encarasse.

– Stella, escuta.. - ele respirou fundo - Sim, eu estava com a Quinn, mas não aconteceu nada do que você possa estar imaginando, não fui pra cama com ela, se é isso que você pode estar pensando.Amor.. eu nunca te trocaria por ela, você sabe disso.

– Sei mesmo? Eu não entendo, de verdade.Porque me escondeu isso? Não tinha motivos, pelo amor de Deus, Mac.O que sou pra você? - eu consegui me afastar e sai dali, não tinha forças pra falar com ele me olhando daquela forma.

Peguei minha bolsa, mas antes mesmo de chegar na porta ele impediu que eu saísse, trancando a porta e pegando a chave.

– Qual é o seu problema? Vai me manter trancada aqui?

– Se precisar fazer isso pra você me ouvir, vou sim. - a muito tempo não ouvia Mac falar tão sério e firme daquela forma.Meu medo era que aquela maldita toalha caísse...Já estava sendo uma tortura vê-lo daquele jeito.- Eu e a Quinn estávamos conversando sobre trabalho, ela queria minha opinião sobre algumas coisas, minha ajuda.

– Mac... será que você não vê que essa mulher está tentando se aproximar de você? Mas que droga, você não percebe isso?

– Você está enganada, Stella. A Quinn só quer minha ajuda e...

– Ajuda em que? Será que não existe ninguém na cidade dela que possa ajuda-la? Precisa vir até New York pra falar com você?

– Eu não posso falar com você sobre isso, Stella, entenda...

– Pelo jeito é algo bem sigiloso, não é? Pra você esconder isso de mim, sou sua companheira, Mac, a quanto tempo nos conhecemos? Caramba, vou ser a mãe do seu filho - a maldita vontade de chorar voltou, e lagrimas caíram pelo meu rosto.

XXXXXX

Eu não estava mais suportando ver ela sofrer assim por minha causa, queria jogar tudo para o alto, contar tudo pra ela, mas não podia... Aquela investigação não fazia parte da minha jurisdição, minha ajuda era totalmente informal e se abrisse isso pra ela teríamos grandes problemas.Stella voltou a chorar e a vontade que tinha era abraça-la bem forte.Ver ela assim era a pior coisa que podia sentir.Eu não fazia ideia de como ela tinha descoberto sobre meus encontros com a Quinn, mas só queria que ela me entendesse.

– Me passa a chave, eu quero ir pra minha casa. - vi ela estender a mão.Tinha visto aquele olhar de magoa dela várias vezes durante todos esses anos, mas cada vez que via me sentia péssimo.

– Eu não quero que você vá, não quero que nossa noite termine assim.Por favor Stella, não faz isso comigo.Fique... - me aproximei, ficando ainda mais perto dela.Meus Deus, como ela era linda. - Sei que errei, mas já pedi desculpas pelo esquecimento do dia do seu aniversário.Se tivesse lembrado a tempo, juro que tinha saído correndo daquele hotel e voltado pra você. - Quis morder a minha língua nessa hora quando me dei conta do que tinha falado.

– Vocês se encontraram em um hotel? No dia mais especial pra mim, você estava se encontrando com aquela mulher em um hotel? No quarto dela? Que saber, me deixa em paz, não me faça sentir ainda mais raiva de você, me dá essa chave, Mac.

A minha vontade era dizer não, arrastar ela para o quarto e ama-la como nunca ou então deixa-la como minha prisioneira até que ela entendesse que ela era a única mulher da minha vida.

– Eu não quero perder você, eu te amo Stella.

– Você já me perdeu Mac.Esses seus segredos só fez com que eu me afastasse de você, esse homem que esta ai não é o mesmo porque quem eu me apaixonei.Eu não te conheço.

Ouvir aquelas palavras foi como uma faca dentro do peito, nunca senti tanto desprezo dela por mim.Queria pegar ela em meus braços e beija-la, mas conhecia Stella muito bem e sabia que a teimosia dela ia conseguir afasta-la de mim .Atordoado e com medo de que aquilo fosse nosso fim, eu entreguei para ela a chave da porta.Ela pegou rapidamente e girou a chave, mas antes que ela saísse e esperava eu que não fosse da minha vida, eu falei.

– Não faça isso, pensa no nosso bebê... - eu tentava as minha últimas possibilidades, o desespero já tinha tomado toda a minha razão.

– Meu bebê é a única coisa que eu me importo nesse momento, detetive Taylor.

Foi como um pesadelo que vi ela sair do meu apartamento.Pensei em correr atrás, em pedir quantas vezes fosse preciso que ela me perdoasse. Quando estava saindo esbarrei em uma moradora do prédio que me olhou surpresa e admirada.Foi então que me lembrei que ainda estava de toalha. Voltei rapidamente para dentro pedindo desculpas, sentei no sofá da sala com as duas mãos apoiadas na cabeça.

– O que vou fazer agora? – A vontade de ir atrás dela ainda era grande, estava desesperado com a possibilidade de perde-la para sempre.Achei melhor dar um tempo pra ela, amanhã no laboratório conversaríamos e nos entenderíamos, eu tinha que acreditar nisso.

No dia seguinte já estava entrando em desespero novamente pela demora dela.Será que Stella não estava se sentindo bem? Será que alguma coisa tinha acontecido? Don entrou na minha sala no exato momento que peguei o telefone para ligar para ela.

– Hey Mac, a Stella não virá hoje.Disse que não está muito bem.

Senti meu sangue gelar

– Ela te ligou? O que ela tem?

– Não foi pra mim,, foi pra Jess e foi hoje pela manhã, quando estávamos tomando café.Achei bem estranho ela pedir pra passar o recado.O que aconteceu entre vocês? Ontem a noite tudo parecia tão bem.

– Nós brigamos, Flack e agora eu não sei se realmente temos alguma coisa.Se ainda estamos juntos, mas eu não posso ficar aqui sabendo que ela não está bem, nem conseguirei trabalhar... – levantei da minha cadeira e fui em direção a porta – Por favor Don, avisei o Danny da minha saída. – sem esperar resposta sai rapidamente do laboratório e em poucos minutos estava a caminho do apartamento dela.

XXXXXX

Era meu dia de folga, Danny tinha ido para o laboratório a algum tempo e estava sozinha em casa.Lucy e Noah estavam na escolinha.Era estranho ficar ali,sem ter nada pra fazer.Resolvi ir até o outro lado da rua e visitar Grace, ela devia estar em casa nessa hora.Esperei pacientemente que ela abrisse a porta depois de ter tocado a campainha, mas pela demora em abrir notei que ela não estava.Dei meia volta indo em direção a casa quando ouvi alguém dizer.

– Minha mãe não está, foi até o supermercado. – olhei para aquela mulher e fiquei surpresa em ver como ela se parecia com a Nikki – Meu nome é Jace, você deve ser a Lindsay.

– Sim, sou eu mesma.Prazer – apertamos as mãos – Não sabia que Grace tinha outra filha, você se aprece muito com a sua irmã.

– Conheceu a Nikki? – ela me olhou surpresa.

– Sim, tivemos um encontro, mas Grace já me mostrou várias fotos dela.A semelhança entre você é incrível.

– Gostaria de entrar e esperar? Minha mãe não deve demorar.

– Tudo bem – entramos e ficamos conversando na sala.Jace era uma moça bem simpática e alegre, gostei de imediato dela.Formada em direito, morava a cinco anos em Indiana, mas tinha nascido na Flórida.E era apaixonada pela irmã falecida.

– Éramos bem ligadas e a perda dela foi a pior dor que senti em toda a minha vida.

– Foi uma tragédia o que aconteceu, eu sinto muito.

– Mas não vamos falar disso agora.Como está o meu sobrinho? Não vejo o Noah a tanto tempo.

– Está muito bem, está crescendo.Daqui dois meses completa dois anos.

– Gostaria de visita-lo hoje senão tiver problema pra vocês.

– Imagina Jace.É importante para o Noah que ele conheça a tia dele e eu vou ficar feliz por isso – um pouco depois Grace chegou e ficou conversando conosco.Foi uma tarde até animada, muito melhor do que ficar naquela casa sozinha.Uma hora antes de buscar as crianças na escola me despedi delas e parti.Jace tinha ficado de passar em casa umas sete horas pra ver o sobrinho e não vi problema nisso.Quando Danny chegou em casa o jantar já estava pronto e eu brincava com as crianças no chão da sala.

– Não tem coisa melhor no mundo do que chegar em casa e ver vocês – ele se abaixou e me deu um selinho, sentou também no chão e ficou brincando com a Lucy. – Você tá bem? Como passou o dia hoje?

– Muito bem, não senti muito sono e fiquei bem disposta.Conheci a irmã da Nikki.

– Não sabia que ela tinha uma irmã. – ele ficou tão surpreso quanto eu.

– Pois é, ela vem visitar o Noah hoje, tudo bem?

– Claro que sim – ele beijou Lucy que deu uma risadinha e depois o filho também – Vou tomar um banho.

Nunca que eu ia imaginar que estaria casada com Danny e que teríamos três filhos.Sorri pra crianças que estavam ali comigo, tudo parecia ser tão bom pra ser verdade.

Um pouco depois dele ter saído, ouvi uma batida na porta e fui abrir, era a Jace.

– Espero não ter chegado muito cedo, desculpe mas estava ansiosa pra ver o Noah.

– Entre Jace, ele está brincando com a irmã.

Ela olhou para dentro e viu o sobrinho.Se aproximou e o pegou no colo.Ficou abraçada com ele por um bom tempo, fechei a porta e peguei Lucy no colo, queria deixar que ela curtisse o sobrinho sozinha por um tempo.Entrei na cozinha e deixei minha filha na cadeirinha.Danny logo apareceu por lá.

– Ela chegou? Ouvi você falando com alguém.

–Sim - com Lucy novamente no colo peguei nas mãos do meu marido e fui com ele até a sala onde eles estavam, antes que Jace percebesse nossa presença eu sussurrei no ouvido dele.

– Não quero que se assuste com a semelhança entre as irmãs, e claro, não quero que tenha uma queda por ela.

– Isso não vai acontecer, fica tranquila- ele sussurrou de volta.

– Jace - ela se virou com Noah no colo e percebi o susto do meu marido ao vê-la. - Esse é o Danny. - ela foi em direção a nós e estendeu a mão pra ele.

– Prazer, Jace. - ele estendeu a mão também.A partir daquele momento conversamos sobre tudo, ela acabou jantando conosco e quando era por volta de nove horas da noite foi embora para sua casa.Percebi que Danny tinha ficado um pouco incomodado co alguma coisa.

– Você não acha estranho ela ficar tão calma em relação a mim? Não sei... sem nenhum tipo de raiva, essas coisas.Ela poderia me culpar pelo o que aconteceu por não ficar com a irmã dela.

– Danny, ela pode pensar da mesma forma que a Grace, elas sabem que você não teve culpa pelo o que aconteceu com a Nikki, você não tinha obrigação nenhuma com ela, mesmo com a criança.Afinal assim que você descobriu sobre ele assumiu suas responsabilidades.

– Eu sei, pode ser coisa da minha cabeça mas alguma coisa nela me incomoda Lindsay, eu sinto isso.

– Você acha que ela pode ser algum risco para nossa família? - eu realmente não sabia onde ele queria chegar com tudo aquilo, mas nós não conhecíamos Jace na verdade.

– Não sei... mas não queria ela muito perto, principalmente de você e dos nossos filhos.

– Danny, ela é tia do Noah, não posso simplesmente proibir que ela venha visita-lo.

Estávamos deitados na cama, ele me abraçou e pude sentir que ela estava bem tenso, parecia preocupado.

– Eu sei, mas promete que vai tomar cuidado? Que vai ficar de olhos abertos? Eu posso estar exagerando, mas... não consigo confiar nela.

– Eu prometo, meu amor.Vou tomar o maior cuidado possível.

Ele virou meu rosto diretamente para ele e pude ver como ele estava aflito.

– Promete mesmo?

– Prometo. - ele me abraçou novamente e ouvi o coração dele acelerado dentro do peito.Aquilo me deixou um pouco nervosa, e pedia que ele estivesse errado em relação aquela possibilidade.

XXXXXX

Não sei quanto tempo levei para chegar até o apartamento dela, mas passei em alguns sinais vermelho e devo ter levado algumas multas.Mas sinceramente nada disso me importava, o que eu mais queria era vê-la e saber se estava tudo bem com ela e com nosso bebê.Bati na porta do seu apartamento diversas vezes e estava começando a entrar em desespero quando uma vizinha abriu sua porta, provavelmente atraída pelo barulho que eu estava fazendo, me fitou curiosa.

– A senhorita Stella não está, acho que ela não estava passando muito bem.

Meu coração se apertou dentro do peito e uma preocupação ainda maior me tomou.

– A senhora sabe onde ela pode ter ido?

– Não faço ideia, mas pegou um táxi na rua, consegui ver pela janela do meu apartamento.Acho que ela conhecia o motorista.

Ninguém passou pela minha cabeça naquele momento e tentei adivinhar quem poderia ser.Agradeci aquela mulher e sai do prédio, e mais uma vez tentei falar com ela pelo celular, quando estava quase desistindo ela finalmente atendeu.

– Stella?! Onde você está?

– Desculpe senhor, mas aqui quem fala é a enfermeira Mary, a senhorita Bonasera esta fazendo alguns exames no momento e não pode atender essa ligação.Gostaria de falar com o marido dela?

Marido dela? Mas que droga estava acontecendo?

– Marido? De quem você está falando?

– O senhor Ben está aqui, ele me disse que é marido dela e o pai da criança.

Eu não podia acreditar no que tinha acabado de ouvir.

– Em que hospital ela está?

Depois da enfermeira ter me passado o endereço do local e fui direto pra lá, minha vontade assim que vi aquele desgraçado era partir pra cima dele, mas a raiva que estava sentindo.

– O que você está fazendo aqui? E que história é essa de dizer que é o pai do meu filho? Você ficou maluco? - a raiva tinha tomado toda a minha razão, encostei aquele filho da mãe na parede, logo alguns enfermeiros se aproximaram para nos conter.

– Por favor, estamos em um hospital, se vocês não se acalmarem vamos precisar chamar a segurança.

A contra gosto eu pedi desculpas e sentei longe daquele homem, Ben ficou olhando pra mim e depois falou.

– Se eu não falasse isso eles nunca que iam querer me dizer como a Stella estava, você entende? Eles tinham que acreditar nisso.

– Porque você está aqui?

– Sou taxista detetive Taylor, por coincidência ela pegou meu táxi e acabei ficando aqui com ela, pra fazer companhia.

Um medico apareceu e nos falou do estado dela, eu prestava a maior atenção possível.

– Mas ela vai ficar bem? E nosso bebê?

– Como? Mas quem é o pai afinal? - o médico me olhou curioso e confuso.

– Eu sou o pai e marido dela - respondi firme, não me importando um segundo sequer com a cara envergonhada do Ben.O médico pareceu furioso com a mentira.

– Ela vai ficar bem, o que teve foi um mal-estar.Sua gravidez exigi alguns cuidado.Vai precisar ficar de olho nela.

– Pode ficar tranquilo, mas eu vou poder vê-la?

– Sim, pode entrar agora se quiser.O Quarto dela é o 212, segundo corredor a direita.

Sai dali rapidamente, precisava ver a Stella e ver que ela estava bem. Quando entrei estava acordada.

– Ficou tão preocupado com você, como está se sentindo?

– Estou bem Mac, você não precisava ter vindo.

– Claro que precisava, eu me preocupo com você.Eu te amo Stella.

– Estou muito magoada detetive, não consigo entender por você fez isso comigo.

– Confia em mim, por favor.

– Acho melhor você voltar para o laboratório.Sua presença aqui só me deixa ainda mais nervosa, é melhor você ir, Mac.

Me cortou o coração ver que ela não queria que eu ficasse ali com ela.

– Você quer que o seu amigo Ben fique aqui do seu lado, não é? - não consegui disfarçar meu ciúmes.

– Nesse momento eu prefiro que sim - ela virou o a cabeça, talvez por não querer ver minha decepção ao vê-la falando assim.

– Tudo bem Stella, eu já entendi que estou sobrando aqui, mas uma coisa você não vai conseguir é me afastar do meu filho.

Sai dali rapidamente, passei por Ben no corredor e fui direto para o laboratório.Quando cheguei lá uma Lindsay preocupada veio ao meu encontro.

– Don me disse que a Stella não estava bem, aconteceu alguma coisa com o bebê?

– Está tudo bem Lindsay - entrei na minha sala e ela não pareceu muito convencida.

– Qual o problema? Era pra você estar apavorado e preocupado agora, e pra começar nem teria voltado ao laboratório e estaria do lado dela agora.

– Acontece que a Stella não quis que eu ficasse, preferiu que aquele... - respirei fundo - amigo dela ficasse.Não posso fazer nada se ela não me quer por perto.

– Mas Mac, você podia ter insistido, podia...

– Você podia deixar de se meter na minha vida? - falei com raiva - Esqueceu que ainda sou seu chefe? Mas que droga Lindsay!- ela me olhou assustada e eu me arrependi por ter falado assim com ela. - Me desculpe, eu... poderia me deixar sozinho?

Ela assentiu com a cabeça e saiu em silêncio.

No dia seguinte, Stella já voltou ao trabalho. Ela mal olhava pra mim e a angústia que eu sentia estava me deixando ainda mais triste.Eu tentei conversar, mas ela se afastava sempre que eu chegava perto, aquela situação estava acabando comigo.

XXXXXX

Fingir que ele não existia era algo que ia além de qualquer coisa que tinha vivido, quando passava por ele sentia seu olhar sobre mim e a vontade que tinha de abraçá-lo era muito grande.Quando saí do hospital na noite anterior por um momento pensei que ele estaria lá pra me levar pra casa e cuidar de mim, mas depois me lembrei da nossa pequena discussão e de como estava magoada com ele.Tive que ir até a sala dele para conversarmos, profissionalmente.Bati na porta.

– Poderia falar com você, Mac?

A esperança que vi no olhar dele me cortou o coração.

– Claro Stella - sentei na cadeira a sua frente e fiquei em silêncio, parecia uma adolescente, mas a forma como ele me olhava me deixava tão nervosa.

– Mac, vou precisar me afastar por algum tempo do trabalho.Eu não queria, mas foram recomendações médicas e eu não quero colocar a vida do meu bebê em risco.

– Você pode se afastar o tempo que precisar e pode contar comigo para o que der e vier.Stella... se nunca voltarmos a ficar juntos, quero que você saiba que me preocupo com você.

– Eu sei disso detetive.Bom é isso - ele levantou-se junto comigo

– Espera. - ele foi pra perto de mim, me fitou de uma forma tão intensa que me segurei pra não chorar.

– Por favor Mac... - implorei

– Não fuja de mim Stell, você não faz ideia de como essa noite foi difícil pra mim. Já te disse que não aconteceu nada entre mim e a Quinn. O que eu faço pra você acreditar?

Ver ele implorando daquela forma fez com que o gelo que existia ou que pelo eu achei que tivesse dentro do meu coração derretesse.Quando estava quase cedendo Quinn entrou na sala dele.

– Desculpe atrapalhar vocês mas precisava conversar, Mac, é importante.

Olhei para ele e fingi que não me importava.

– Fica a vontade Quinn, eu já estava mesmo de saída.

– Não, espera Stella.Eu quero conversar com você. - ele se virou pra Quinn - Agora não podemos conversar, estou ocupado agora.

– Mas Mac...

– Você entendeu Quinn, por favor nos dê licença. - tive que confessar que adorei aquilo, ela saiu a contra gosto e Mac me olhou.

– Desculpe por isso, você teria um tempo?

Queria dizer que tinha todo o tempo do mundo para ele, mas não sabia se estava preparada pra ter um conversa com ele nesse momento.

– O que eu tinha pra dizer já foi dito, Mac. Se você quer conversa sobre a gente,acho melhor deixar as coisas como estão, não há mais nada a ser dito, porque insistir?

– Porque insistir? - o olho deles estavam molhados, eles demonstravam medo, preocupação, angústia - Eu vou insistir até que minhas forças se acabem, até que eu tenha certeza que tudo acabou entre nós.Enquanto eu ver que ainda existe amor , eu vou lutar por você.

– Eu preciso ir - sai dali antes que ele visse minhas lagrimas, me tranquei dentro do banheiro e deixei que todas as emoções que sentia viessem.Sentia tanta saudades dele que o desespero tomava conta de mim.Pensei em como seria minha vida daqui pra frente, sem ele do meu lado.

XXXXXX

Na hora do almoço eu e a Lindsay saímos para comer em uma lanchonete ali perto, sabia que era suspeito pensar aquilo, mas podia ficar o dia inteiro só olhando pra ela que estava ficando mais linda a cada dia que passava.

– Você esta me deixando sem graça, Danny.

– Porque? Qual o problema de ficar olhando para a minha esposa?

– Não quero que as outras mulheres aqui fiquem com inveja e vejam como o meu marido é louco por mim.

Ela me deu um sorriso majestoso.

– As vezes não dá pra entender as mulheres sabia?

– Não queira entender Danny, senão é capaz de você querer ficar longe de mim.

Ele achou graça das minhas palavras, um pouco depois voltamos para o laboratório.Assim que entramos Danny recebeu um telefonema da escola das crianças.

– Como você não sabem onde ele está? - ele estava apavorado.

– O que aconteceu? - eu perguntei.

– O Noah, ele... ele desapareceu.

– Oh Meu Deus

– Como uma criança some desse jeito e vocês não sabem onde ele foi parar? Estou indo pra ai agora mesmo. - ele desligou o celular e olhou pra mim, ele deixou lagrimas caírem.

– Danny vamos acha-lo, você vai ver querido. - e o abracei tentando de alguma forma consola-lo.

– Quem pode ter feito uma coisa dessas? Porque sequestrar meu filho? Qual a razão?

– Sei que é loucura pensar isso mas...

– Mas o que? - ele prestava bastante atenção no que eu dizia.

– Passou algo pela minha cabeça, e se... por acaso a Grace não o pegou na escola?

– Ela nunca ia fazer isso sem nos avisar, Lindsay.

– Mas não custa nada ligar e pergunta não é? Quem sabe.

– Vou fazer melhor, irei até lá agora mesmo.

Eu e ele pegamos nosso carro e poucos minutos depois chegamos até a casa da Grace, Danny batia desesperado na porta.Grace atendeu.

– O que foi? Vai derrubar minha porta desse jeito.

– Desculpa Grace, mas o Noah está ai com você? - ele perguntou, com a esperança que ela respondesse que sim.

– E porque estaria? Não é pra ele tá na escola uma hora dessas? - ela olhava dele para mim, procurando alguma resposta. - Ele sumiu?

– Sim, ligaram da escola nos comunicando e não fazemos ideia de onde ele possa estar.Por um segundo tive a esperança que ele pudesse estar aqui com você.- Danny estava a ponto de ter um ataque nervoso, odiava ver ele sofrendo assim.Antes que ele corresse de volta para o carro eu perguntei com um fio de esperança.

– Grace, sei que isso pode parecer loucura, mas... onde está a Jace? Podemos falar com ela?

– Desculpe querida, mas minha filha saiu tem umas duas horas. - ela pareceu surpresa logo depois - Você está achando que...

– Foi algo que passou pela minha cabeça, mas isso seria loucura.

Instantes depois vimos o carro dela parar em frente a casa e no banco de trás estava o Noah.

– Noah!! - Danny foi até o carro de Jace e o tirou da cadeirinha - O que você pensa que estava fazendo? Com que direito tira meu filho da escola sem a minha permissão? - ele estava furioso e Noah vendo aquilo começou a chorar, me aproximei do meu marido tentando acalmar os ânimos, mas foi em vão.

– Ele é meu sobrinho, Danny, será que se esqueceu disso? Tenho todo direito.

– Eu não dei permissão pra você fazer isso, Jace.Tem ideia de como fiquei preocupado quando me ligaram da escola dizendo que meu filho tinha desaparecido?

– Isso só mostra como o lugar que você deixou meu sobrinho não é adequado.

– Olha aqui Jace.

– Vamos parar você dois? Estão assustando meu neto - Grace se aproximou e pegou Noah no colo. - O que deu em você Jace? Não é porque é a tia dele pode fazer uma coisa dessas.O Danny é o pai do Noah, tem todo direito.

– Você está defendendo ele, mãe? Depois de tudo o que ele fez com a minha irmã? Eu não posso acreditar em uma coisa dessas.

– Se você se aproximar do meu filho novamente, eu não respondo por mim, Jace. - eu segurava o braço do meu marido, ainda estava assustada com toda aquela situação.

– Vou pagar pra ver Messer - sem mais nenhuma palavra ela entrou na casa.

– Acho melhor vocês irem pra casa, meu neto precisa se acalmar. - Danny pegou o filho no colo e saiu, eu vi ele atravessar a rua. - Desculpe pelo o que aconteceu, Lindsay, não sei o que deu na Jace.

– Não foi sua culpa, Grace. - dei um beijo de despedida e fui pra casa.Danny estava sentado no sofá com o Noah nos braços, este parecia que estava mais calmo agora. - Danny. - eu sussurrei.

– Eu nunca mais quero ver essa mulher na nossa casa, você me entendeu, Lindsay?

– Eu não tinha como saber, você...

– Desde o primeiro momento que vi essa mulher não tive confiança.A vida do meu filho podia ter corrido risco, Lindsay, você entende a gravidade da situação?

– Você está me culpando pelo o que aconteceu? É isso?

– Você confia demais nas pessoas, mal falou com essa mulher e já colocou ela dentro da nossa casa, perto dos nossos filhos.

– Está sendo injusto comigo.Ela é tia dele Danny, como eu ia saber que ela ia fazer uma coisa dessas?

– Só espero que isso não de repita - ele saiu dali e foi para o quarto do filho e fechou a porta.Não era justo aquilo, ele estava me culpado pela maluquice daquela mulher? Sentei no sofá e comecei a chorar, deixei que toda a raiva que estava sentindo saísse do meu corpo.Devo ter ficado um bom tempo ali, resolvi buscar a Lucy mais cedo na escola e sem chama-lo sai de casa.Meia hora depois já estávamos em casa de volta.Coloquei a Lucy na caminha dela e vi que o Noah dormia tranquilamente também.Sorri vendo aquela cena.Fui até meu quarto e Danny estava somente de cueca.

– Desculpe - eu ia saindo mas ele me chamou.

– Espera Lindsay, eu queria falar com você. Desculpe por aquela hora, eu... eu estava muito nervoso e culpei você, e isso não foi justo.Tem todo direito de não me perdoar se quiser, mas quero que saiba que estou muito arrependido das minhas palavras.Você me perdoa? - fiquei em silêncio, olhando para ele. - Não vai me dizer nada? - notei a impaciência dele, a angústia.

– Acho que uma noite no sofá vai fazer bem pra você - dei meia volta e sai.

– Você está falando sério? - ouvi ele dizer.

– Muito sério. - quando era noite e ouvi ele entrando no quarto fingi que estava dormindo,senti que ele se aproximou, beijou minha boca e saiu, devia ter pegado algum cobertor e um travesseiro no guarda-roupa.Assim que amanheceu, fui pra cozinha preparar nosso café e me deparei com uma maravilhosa mesa, com frutas, pão, suco, café... Danny estava terminando umas panquecas e pareceu sentir minha presença.

– O que aconteceu pra você fazer isso?

– Faço o que for preciso pra não dormir novamente naquele sofá - ele deu um sorriso e eu também - Me perdoa Lindsay, fui um burro por tratar você daquela maneira, acabo agindo como um idiota quando estou com raiva ou com medo e acabo machucando as pessoas que eu mais amo nessa vida.

– Só vou ter perdoar se esse café estiver realmente bom, senão pedirei o divórcio hoje mesmo.- sentei na cadeira no mesmo momento que ele, Danny não colocou nada na boca, estava olhando ansioso pra mim, esperando para saber o que eu tinha achado.Depois de saborear umas das panquecas e tomar um pouco do café, eu resolvi acabar logo com aquela tortura. - É senhor Daniel Messer, seu café da manhã foi aprovado. - o sorriso que ele me deu fez valer a pena tudo aquilo, ele deu meia volta na mesa e me puxou para um abraço e depois me deu um beijo.

– Sou o homem mais sortudo do mundo por ter você do meu lado.

– E eu a mulher mais sortuda também, apesar que eu acho que você teve mais sorte.

Voltamos para nosso café da manhã e durante o dia tudo foi normal.Fiquei um pouco preocupada com a Stella quando Sheldon me disse que ela ia ficar afastada por tempo indeterminado por recomendações médicas, perguntei por Mac.

– Ele está desolado, nunca vi nosso chefe assim, nem quando ele e a Stella eram somente amigos. Me parece que a ela não quer que o Mac fique próximo e eu vejo como ele esta acabado por não conseguir ficar perto dela, acompanhando a gravidez.

– Eu sei que sim, só a Stella tem esse poder sobre ele.Mas não gosto de ver as coisas irem por esse caminho, não é justo nem com ela nem com ele.

– Eu concordo com você, mas estamos falando da Stella e do Mac, não são pessoas normais. - ele riu - Não podemos fazer nada Lindsay.

– Ainda acho que posso fazer alguma coisa.Vou aproveitar meu horário de almoço e vou até o apartamento dela, as coisas não podem ficar assim.

– Você que sabe.

XXXXXX

Finalmente estava me sentindo menos sonolenta naqueles últimos dias.Já tinha ganhado o apelido de Bela Adormecida do Flack.Esse alias estava me saindo um ótimo companheiro e estava muito feliz por ele ser pai do meu filho.Já tinha comprado várias lembrancinha para nosso bebê, e me paparicava muito.Me enchia de carinho.Ele fazia questão de comparecer as todas as consultas do pré-natal, mas no dia que saberia o sexo do bebê, pensei na possibilidade de ir sozinha.Ele estava mais nervoso e ansioso do que eu.Mas me cortou o coração quando falei isso pra ele, a cara de decepção que ele deu.

– Você não vai me deixar ir? Poxa Jess... - É claro que mudei de opinião rapidamente, e mesmo correndo o risco de ver a médica expulsando ele da sala o levei junto comigo.Durante todo procedimento ele não soltava a minha mão.

– E então? Já tem como saber? - ele perguntou, olhando da médica para o monitor

– Parabéns papais, vem um garotão por ai. - meus olhos se encheram da lágrimas, Don beijou minha testa e estava tão emocionado quanto eu.

Assim que saímos dali ele já quis parar em um loja para comprar uma bola de beisebol para nosso filho, apesar de achar cedo pra isso eu não podia negar isso a ele, Don parecia um menino com um doce na mão. Durante todo o caminho para minha casa ele não parava de sorrir.

– Você não precisa voltar pra delegacia? - perguntei assim que vi ele se sentar no sofá e começar a fazer massagem nos meus pés.

– Não está gostando da minha companhia,senhorita Angell?

– Estou gostando até demais, esse é o problema.

– Tirei folga hoje, estou inteiro a sua disposição.Espero que fique feliz, porque pretendo passar o dia inteiro cuidando de você. - ele parou por um segundo e me fitou da forma mais intensa possível. - Você quer casar comigo?

Não sei se tinha ouvido direito ou se Flack estava rindo da minha cara, tentei buscar a resposta no olhar dele, mas tudo parecia indecifrável.Quando viu que eu o olhava curiosa ele perguntou falou novamente.

– É sério Jess, eu quero me casar com você.E então? Aceita?

– Isso não tem graça nenhuma - me levantei do sofá, indo para meu quarto, Don veio atrás de mim.

– Não estou brincando, eu te amo, você está esperando um filho meu.Que outro motivo tenho pra não me casar com você?

– Don, você ouviu o que disse? Não quero que se sinta obrigado a se casar comigo pelo bebê.

Ele me olhava como se eu estivesse louca ou algo assim, seus olhar era da mais completa decepção.

– Eu disse que te amo, você ouviu essa parte? Qual é Jess, sabe que podemos dar certo, já estamos dando.

– Eu não sei se quero me casar com você Don, não sei se estou preparada para isso.

Ele ficou me olhando em silêncio, desviou o olhar e abaixou a cabeça, como se com isso pudesse esconder sua decepção.

– Tudo bem Jess, talvez eu não seja o homem ideal pra você, talvez você nem quisesse que eu fosse o pai do seu filho.

– Don, não foi isso que eu quis dizer.. . - alarmei-se.

– Mas foi isso que eu entendi. - como um pesadelo vi ele sair do meu quarto, até tentei ir atrás mas Don saiu rapidamente do meu apartamento e rezava eu para que não fosse da minha vida também.

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Lindsay não me contou que nessa consulta saberíamos o sexo do bebê e na verdade eu já sabia o motivo, ela sabia que estava ansioso também.Admirava a tranquilidade dela, e agradecia a Deus por ter uma mulher mais calma do que eu do meu lado, Lindsay equilibrava toda a minha vida. Tive que sentar em uma cadeira ali perto quando ouvi a médica dizer que Lindsay estava esperando um menino.Por mim se viesse mais uma princesinha ia ficar feliz da mesma forma, mas agora ia ter mais um homem na casa, que ia me ajudar, junto com o Noah a ficar de olho na Lucy, com esse pensamento comecei a rir sozinho.Era muita felicidade para um homem só.

XXXXXX

Estavano meu apartamento vendo algumas fotos de decoração de quarto de bebês, escutei a campainha e meu coração acelerou.Para meu alivio ou não, era Lindsay, que me olhava preocupada.

– Aproveitei meu almoço e vim te fazer uma visita rápida.Posso entrar?

– Desculpe, claro que sim - dei passagem para ela.Nos sentamos no sofá e vi como ela estava feliz.

– Hoje fiquei sabendo que vou ter um menino.

– Meus parabéns Lindsay, estou tão feliz por você - eu a abracei com carinho.

– Danny ficou em êxtase, não parou de dar opções de nomes pra nosso filho.

– Eu imagino que sim, vai ser o pai mais babão do mundo.

–Falando nisso, e o Mac? Quando vocês vão se acertar?

– Eu não sei se isso vai acontecer algum dia, Lindsay, não consigo entender a razão que fez ele agir dessa forma.

– Stella - ela segurou a minha mão - A quanto tempo você o conhece? Você realmente acha que o Mac ia ser tão baixo de ter um caso com a Quinn? Ele é um dos homens mais corretos que conheço.

– A questão não é eu acreditar que ele tenha um caso com ela, isso chegou a passar pelo minha cabeça, mas conhecendo Mac como eu conheço, deixei essa possibilidade de lado.

– Então qual o problema? Sei que você está chateada por ele esconder esses encontros de você, mas Stell, isso é algo tão pequeno em frente ao amor que sei que vocês sentem um pelo outro.Pode até ser que a Quinn esteja com segundas intenções com ele, mas o Mac não te trocaria por mulher nenhum nessa mundo, eu tenho certeza.Mas você, teimosa do jeito que é, vai deixar o caminho mais livre pra ela.Você realmente vai facilitar tudo se afastando desse jeito.Pensa nisso Stella.

Lindsay me deu um beijo no rosto e saiu, eu fiquei ali olhando para a porta fechada por algum tempo, pensando em tudo que ela tinha me falado.Sabia que no fundo ela tinha razão, meu orgulho e ciúmes me impedia de tomar um decisão ao nosso favor. A possibilidade de perder Mac para aquela mulher tão baixa fez meu sangue ferver.

– Eu não vou deixar isso acontecer, não vou. - a disponibilidade que apareceu naquele momento chegou a me assustar, pensei em ir atrás dele no laboratório e declarar todo o meu amor, mas não podia garantir que não fosse agarra-lo então o apartamento do Mac seria o mais adequado, com isso tive que esperar a hora que ele chegasse em casa.Enquanto isso ia me preparar para esse encontro.No dia seguinte ia fazer meu ultrassom, finalmente ia saber o sexo do nosso bebê e queria que ele estivesse comigo.

XXXXXX

Não estava com a menor vontade de ir pra casa, pensei seriamente em dormir no escritório hoje.Desde que eu e Stella tínhamos terminado aquele lugar parecia uma caverna, fria e triste.Mas tinha que voltar pelo menos pra trocar de roupa, tomar um banho e fazer a barba.Entrei no meu apartamento e joguei minha chave e meu paletó em cima do sofá.Depois do banho coloquei meu pijama e comecei a ver alguma coisa na TV, foi quando a minha campainha tocou.

– Quinn? O que está fazendo aqui? Como conseguiu meu endereço?

– Tenho meus meios - ela sorriu pra mim - Então detetive Taylor, vai me deixar plantada aqui fora?

– Por favor, entre - Não estava preparado para receber uma visita e pra ser sincero queria que ela não estivesse ali.Estava apenas com o short do meu pijama e me senti desconfortável com a maneira como ela me olhava.- Espera só um minuto que vou colocar uma camisa.

– Mac, eu não vou demorar, não precisa se incomodar comigo.

– Eu faço questão Quinn - sai dali e voltei com uma camisa branca -Então, o que fez você vir até minha casa?

– Precisamos conversar sobre a investigação.

– Não tinha como você esperar até amanhã pra podermos conversar no laboratório? - estava cheio daquele história, já tinha perdido Stella e parecia que nada mais me importava.

– Não, Mac.Eu precisava conversar com você agora. - ela olhou em volta - Poderia me servir uma bebida?

A contra gosto fui até o barzinho que tinha na sala e servi um dose de uísque para ela.

– Não vai tomar nada?Não vai me acompanhar? - ela perguntou.

– Não estou tomando bebidas alcoólicas ultimamente, deixei ai somente para dar as visitas.Então, poderia adiantar o assunto?

Quinn parecia escolher as palavras enquanto falava, admito que já estava perdendo a paciência.Não sei como ela fez isso ou como aconteceu, mas em segundos ela estava com o copo de uísque na mão e no outro tinha derrubado todo o liquido na sua blusa cor creme.

– Mas que droga, o que foi que eu fiz? - vi ela tentando limpar com as próprias mãos a mancha que tinha feito.- Onde posso tentar tirar essa tirar essa mancha? Onde é seu banheiro?

– A primeira porta no corredor - Quando ela sumiu de vista ouvi pela segunda vez naquela noite minha campainha.Quando abri, senti meu ar faltar dentro do peito.

– Oi Mac, podemos conversar? - Stella estava ainda mais linda do que eu me lembrava, um vestido simples azul marinho, aqueles olhos verdes que eu nunca ia conseguir me esquecer.A visão mais maravilhosa do mundo.Fiquei tão feliz de vê-la que por um segundo me esqueci que já tinha visita.Nesse mesmo momento ouvi Quinn abrir a porta e para meu desespero ela estava sem sua blusa creme.

– Achei melhor tirar ela de uma vez... - ela logo notou Stella parada na porta, olhando horrorizada toda aquela cena - Stella? Não sabia que você estava aqui.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Confesso que me doeu o coração deixar o Don tão chateado com a Jess, o Danny como sempre agindo errado quando está com raiva e o Mac... esse tá bem ferrado agora né.Aguardem os próximos capítulos.



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