Meu Príncipe Às Avessas escrita por Puella
Notas iniciais do capítulo
Obrigada pelos comentários maravilhosos :D
Pois eh, nem dei tempo de vocês terem uma pausa psicológica para pensar nas tretas do capítulo anterior e boom, aproveitando que posso adiantar o máximo que tenho de ideias, isso por que depois do dia 14 estarei impossibilitada de postar, pois irei para a praia e depois irei viajar para Manaus (tem alguém de Manaus aí?) para visitar minha vovó e tias (sou de lá mas moro em SC) e depois tem tbm as coisas do meu TCC, por isso gente que eu quero terminar a fic, por um lado, a fic só não vai ser mais longa porque tenho receio de me perder e deixar ela inacabada, e eu não quero isso, pois eu amo essa fic e também porque tenho vocês em consideração... sem falar que eu sinto falta de algumas meninas que comentava aqui, penso que é por causa das obrigações do mundo real...
Sem delongas boa leitura!
Desculpem qualquer errinho....
Oslo, há alguns anos....
Maternidade Central de Oslo
Em um dos quartos ouvia-se um choro silencioso, um choro de mulher. Uma jovem deitada olhando para o ventre agora levemente inchado e vazio, as lagrimas grossas caiam abundantemente dos olhos azuis que naquele momento estavam vermelhos. Frigga lamentava a perda de sua pequena Hilde, após um aborto espontâneo no sexto mês.
Não notou que estava sendo observada por uma outra jovem.
– Você está bem? – a pergunta saiu tímida.
Frigga virou o rosto lentamente e encarou uma jovem, deveria ser mais nova que ela, mas parecia um pouco acabada, mas apesar disso era linda, tinha cabelos ruivos curtos na altura das orelhas, mas o que mais chamava a atenção eram os seus olhos, ora verdes ora azuis.
– Algum problema com seu bebê? – a jovem perguntou realmente preocupada.
– Eu... perdi.
– Ah desculpe! – a jovem se arrependeu logo em seguida.
– Tudo bem – Frigga fez um gesto com a mão, e então fungou e observou que a jovem tinha vários aparelhos presos ao corpo, a ruiva notou o olhar curioso que Frigga lhe dera.
A jovem deu um suspiro triste, e então começou a falar.
– Eu quase perdi o meu, ele nasceu prematuro, quase sete meses sabe? Ele está na UTI, ele é quase um milagre pra mim – ela deu um pequeno sorriso e depois encarou Frigga.
– Um... milagre?
– É, a propósito – ela estendeu a mão – meu nome é Lena, Lena Laufeyson.
– Frigga Odinson.
*
Sigyn foi levada para o quarto, depois de uma meia hora ela acordou ainda tonta mas com uma ação em mente: vomitar. Foi praticamente automático, a jovem saiu da cama com a mão na boca e vomitou na pia do banheiro do então antigo quarto do marido. Odin e Loki nem pensaram falar nada, levaram a garota para o hospital.
Enquanto Loki dirigia, Odin acompanhava a moça logo atrás, o caçula percebeu que ela o evitava, perecia bem chateada, de vez em quando lhe fitava pelo retrovisor. Logo que chegaram no hospital ele abriu a porta para que ela saísse, a garota cambaleou um pouco, Loki a segurou querendo carrega-la.
– Não precisa me carregar – ela cortou.
– Você não está em direito de escolher – ele falou seco sem dar chance de reação a carregou.
Sigyn não protestou, no máximo fez um beicinho malcriado, e as lágrimas teimavam em cair novamente. No seu estado normal teria esperneado ou daria um cascudo em Loki, mas estava estranhamente emotiva, sensível. Os três entraram no hospital e Loki chegou na recepção falando que esposa não estava bem, que havia desmaiado, além do enjoo e do vômito. Loki não entendeu o olhar malicioso que a enfermeira lançara ao casal.
A jovem foi então encaminhada para o clínico que lhe passou alguns exames para fazer. Enquanto isso, Loki estava sentado no corredor, e Odin ao seu lado. Era um silencio desconfortável. Loki respirou fundo.
– Por que não me contou sobre eles? – parecia mais calmo agora.
– Era complicado demais...
– Sem rodeios desta vez – o caçula disse, não em tom de corte, mas de súplica.
Odin piscou os olhos e então prosseguiu.
– Frigga estava gravida de nossa caçula, Hilde, mas ela perdeu, foi uma situação complicada para ela, então ela ficou na maternidade por alguns dias, e durante esse tempo ela conheceu a sua mãe biológica – ele pausou um pouco encarando o filho que lhe fitava de volta, bem atento – uma jovem que Frigga descreveu como espirituosa e alegre, ela tinha tido você prematuro. Você era um bebezinho com mais de seis meses, bem pequeno. Eles se chamavam Lena Laufeyson e Ferbaulti Laufeyson.
Odin deu uma pausa antes de continuar.
– Loki, sua mãe tinha tipo raro de câncer, e seu pai tinha leucemia em fase terminal, os tratamentos não eram como os de hoje, como deve imaginar, e bem... ela contou toda a história deles, que eram pacientes do mesmo hospital e que se conheceram num grupo de terapia e se apaixonaram, dessa paixão você veio. A família dela queria o aborto, os médicos também lhe aconselharam o mesmo, mas ela insistiu e ele também. Isso lhes custou muito, inclusive os laços familiares, foi uma gravidez arriscada, e você nasceu antes do previsto.
Odin olhou para chão.
– Eu e Frigga estávamos muito abalados por perdemos nossa menininha, e então vimos você tão pequenininho naquela incubadora. Nunca esqueço os olhares de ternura que eles tinham sob você, eles o amavam muito, e então fizeram um pedido o tanto quanto inusitado para nós.
“Queríamos muito cuidar dele, mas não teremos muito tempo.... será que vocês poderiam cuidar dele para nós?”
– Eles nos pediram, perguntaram se nós poderíamos ficar com você – Odin coçou a ponta do nariz – confesso que fiquei receoso, mas Frigga havia aceitado imediatamente, e então eu concordei e então eles fizeram com que nós jurássemos o segredo de não contar nada a você.
Agora Loki tinha dois filetes de lágrimas na expressão fria.
– Então... por que agora? – a pergunta dele ficou no ar.
Odin tirou uma carta do bolso.
– Recebi esta carta hoje pela manhã de uma jovem filha de uma enfermeira que cuidava de sua mão nos últimos meses dela, ao que parece ela é para você – Odin entregou ao caçula – mas ela morreu e a carta ficou guardada em sua casa, até que sua então filha a encontrou.
Loki ficou encarando o envelope amarelado e levemente gordinho.
– Quando eles morreram?
– Seu pai morreu alguns meses depois de você ter saído do hospital, a doença dele não reagia aos tratamentos, e sua mãe morreu quando você tinha dois anos. Durante o tempo em que viveram sempre mantivemos contato, mandávamos fotos suas e cartas, também ajudei no tratamento dela.
Houve uma breve pausa.
– Frigga sempre quis lhe contar, inclusive naquele dia em que você saiu de casa, mas eu achava que tinha que respeitar o pedido deles, porém penso que isso não foi a melhor escolha, erramos em não contar a você, entendo toda a sua mágoa, mas queria que você pensasse no nosso lado um pouco.
– Bom – Loki limpou os olhos – isso explica um bocado, mas ainda estou zangado com vocês dois.
– Tudo bem, fique zangado, mas não fique zangado com Sigyn, ela não tem culpa, eu que acabei contando a ela. Gosto dela como uma filha que não tive – ele riu – só tive meninos. E outro conselho, é bom não irritá-la daqui pra frente.
Loki franziu as sobrancelhas.
– Do que está falando?
– Acho que você deve perceber por si mesmo.
*
Sigyn fez um exame de sangue e ficou aguardando e logo depois foi chamada pela enfermeira, que tinha um riso nos lábios.
– Então o que tive? – a jovem falou desanimada.
– Está tudo bem, não há doença alguma, esses sintomas que a senhora teve são normais nesta época, ah, o doutor está vindo.
O médico chegou lendo o resultado do exame.
– Está tudo bem com essa mocinha.
Sigyn encarou médico.
– Eu não tenho nada?
– Sim e não. Se trata de outra coisa, algo bom minha jovem, e tenho certeza que seu marido irá ficar muito alegre quando souber.
Algo apitou dentro de Sigyn.
– Onde quer chegar doutor?
– Você está grávida Sra. Odinson.
Tudo pareceu ter congelado para ela.
–
– Grávida? – eu falei a palavra como se estivesse proferindo uma blasfêmia, das grandes.
– Sim, de algumas semanas para ser exato – ele sorriu, mas seu sorriso morreu ao ver a minha cara de velório.
– O que há?
– Isso é piada?
– Não, os exames não mentem, querida – o médico falou calmo.
Peguei o papel e vi, ali, bem ali escrito e confirmado, e então me senti completamente sem chão.
E então tudo fez sentido: a menstruação atrasada, meios seios inchados, o meu humor estranho e os enjoos. Mas eu sempre tomo meus remédios, na hora não me vinha nenhum momento de descuido.
Quando dei por mim estava chorando compulsivamente.
–
Loki foi chamado pelo médico que atendeu Sigyn, ele tinha uma feição preocupada, e Loki ficou meio tenso. Odin ficou próximo dele.
– O que ela tem?
O médico suspirou.
– Ela está bem, só não reagiu bem ao receber a notícia, sr. Odinson.
– Notícia? Que notícia?
– O senhor será pai, sr. Odinson.
– Hein? – foi a pergunta que Loki fez.
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É para quem queria um acidente.... acertou!
Vou tentar postar amanhã ou quinta.....