Meu Príncipe Às Avessas escrita por Puella


Capítulo 42
Capítulo 42 - Da briga aos segredos de Odin - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários maravilhosos :D
Pois eh, nem dei tempo de vocês terem uma pausa psicológica para pensar nas tretas do capítulo anterior e boom, aproveitando que posso adiantar o máximo que tenho de ideias, isso por que depois do dia 14 estarei impossibilitada de postar, pois irei para a praia e depois irei viajar para Manaus (tem alguém de Manaus aí?) para visitar minha vovó e tias (sou de lá mas moro em SC) e depois tem tbm as coisas do meu TCC, por isso gente que eu quero terminar a fic, por um lado, a fic só não vai ser mais longa porque tenho receio de me perder e deixar ela inacabada, e eu não quero isso, pois eu amo essa fic e também porque tenho vocês em consideração... sem falar que eu sinto falta de algumas meninas que comentava aqui, penso que é por causa das obrigações do mundo real...
Sem delongas boa leitura!
Desculpem qualquer errinho....



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Oslo, há alguns anos....

Maternidade Central de Oslo

Em um dos quartos ouvia-se um choro silencioso, um choro de mulher. Uma jovem deitada olhando para o ventre agora levemente inchado e vazio, as lagrimas grossas caiam abundantemente dos olhos azuis que naquele momento estavam vermelhos. Frigga lamentava a perda de sua pequena Hilde, após um aborto espontâneo no sexto mês.

Não notou que estava sendo observada por uma outra jovem.

– Você está bem? – a pergunta saiu tímida.

Frigga virou o rosto lentamente e encarou uma jovem, deveria ser mais nova que ela, mas parecia um pouco acabada, mas apesar disso era linda, tinha cabelos ruivos curtos na altura das orelhas, mas o que mais chamava a atenção eram os seus olhos, ora verdes ora azuis.

– Algum problema com seu bebê? – a jovem perguntou realmente preocupada.

– Eu... perdi.

– Ah desculpe! – a jovem se arrependeu logo em seguida.

– Tudo bem – Frigga fez um gesto com a mão, e então fungou e observou que a jovem tinha vários aparelhos presos ao corpo, a ruiva notou o olhar curioso que Frigga lhe dera.

A jovem deu um suspiro triste, e então começou a falar.

– Eu quase perdi o meu, ele nasceu prematuro, quase sete meses sabe? Ele está na UTI, ele é quase um milagre pra mim – ela deu um pequeno sorriso e depois encarou Frigga.

– Um... milagre?

– É, a propósito – ela estendeu a mão – meu nome é Lena, Lena Laufeyson.

– Frigga Odinson.

*

Sigyn foi levada para o quarto, depois de uma meia hora ela acordou ainda tonta mas com uma ação em mente: vomitar. Foi praticamente automático, a jovem saiu da cama com a mão na boca e vomitou na pia do banheiro do então antigo quarto do marido. Odin e Loki nem pensaram falar nada, levaram a garota para o hospital.

Enquanto Loki dirigia, Odin acompanhava a moça logo atrás, o caçula percebeu que ela o evitava, perecia bem chateada, de vez em quando lhe fitava pelo retrovisor. Logo que chegaram no hospital ele abriu a porta para que ela saísse, a garota cambaleou um pouco, Loki a segurou querendo carrega-la.

– Não precisa me carregar – ela cortou.

– Você não está em direito de escolher – ele falou seco sem dar chance de reação a carregou.

Sigyn não protestou, no máximo fez um beicinho malcriado, e as lágrimas teimavam em cair novamente. No seu estado normal teria esperneado ou daria um cascudo em Loki, mas estava estranhamente emotiva, sensível. Os três entraram no hospital e Loki chegou na recepção falando que esposa não estava bem, que havia desmaiado, além do enjoo e do vômito. Loki não entendeu o olhar malicioso que a enfermeira lançara ao casal.

A jovem foi então encaminhada para o clínico que lhe passou alguns exames para fazer. Enquanto isso, Loki estava sentado no corredor, e Odin ao seu lado. Era um silencio desconfortável. Loki respirou fundo.

– Por que não me contou sobre eles? – parecia mais calmo agora.

– Era complicado demais...

– Sem rodeios desta vez – o caçula disse, não em tom de corte, mas de súplica.

Odin piscou os olhos e então prosseguiu.

– Frigga estava gravida de nossa caçula, Hilde, mas ela perdeu, foi uma situação complicada para ela, então ela ficou na maternidade por alguns dias, e durante esse tempo ela conheceu a sua mãe biológica – ele pausou um pouco encarando o filho que lhe fitava de volta, bem atento – uma jovem que Frigga descreveu como espirituosa e alegre, ela tinha tido você prematuro. Você era um bebezinho com mais de seis meses, bem pequeno. Eles se chamavam Lena Laufeyson e Ferbaulti Laufeyson.

Odin deu uma pausa antes de continuar.

– Loki, sua mãe tinha tipo raro de câncer, e seu pai tinha leucemia em fase terminal, os tratamentos não eram como os de hoje, como deve imaginar, e bem... ela contou toda a história deles, que eram pacientes do mesmo hospital e que se conheceram num grupo de terapia e se apaixonaram, dessa paixão você veio. A família dela queria o aborto, os médicos também lhe aconselharam o mesmo, mas ela insistiu e ele também. Isso lhes custou muito, inclusive os laços familiares, foi uma gravidez arriscada, e você nasceu antes do previsto.

Odin olhou para chão.

– Eu e Frigga estávamos muito abalados por perdemos nossa menininha, e então vimos você tão pequenininho naquela incubadora. Nunca esqueço os olhares de ternura que eles tinham sob você, eles o amavam muito, e então fizeram um pedido o tanto quanto inusitado para nós.

“Queríamos muito cuidar dele, mas não teremos muito tempo.... será que vocês poderiam cuidar dele para nós?”

– Eles nos pediram, perguntaram se nós poderíamos ficar com você – Odin coçou a ponta do nariz – confesso que fiquei receoso, mas Frigga havia aceitado imediatamente, e então eu concordei e então eles fizeram com que nós jurássemos o segredo de não contar nada a você.

Agora Loki tinha dois filetes de lágrimas na expressão fria.

– Então... por que agora? – a pergunta dele ficou no ar.

Odin tirou uma carta do bolso.

– Recebi esta carta hoje pela manhã de uma jovem filha de uma enfermeira que cuidava de sua mão nos últimos meses dela, ao que parece ela é para você – Odin entregou ao caçula – mas ela morreu e a carta ficou guardada em sua casa, até que sua então filha a encontrou.

Loki ficou encarando o envelope amarelado e levemente gordinho.

– Quando eles morreram?

– Seu pai morreu alguns meses depois de você ter saído do hospital, a doença dele não reagia aos tratamentos, e sua mãe morreu quando você tinha dois anos. Durante o tempo em que viveram sempre mantivemos contato, mandávamos fotos suas e cartas, também ajudei no tratamento dela.

Houve uma breve pausa.

– Frigga sempre quis lhe contar, inclusive naquele dia em que você saiu de casa, mas eu achava que tinha que respeitar o pedido deles, porém penso que isso não foi a melhor escolha, erramos em não contar a você, entendo toda a sua mágoa, mas queria que você pensasse no nosso lado um pouco.

– Bom – Loki limpou os olhos – isso explica um bocado, mas ainda estou zangado com vocês dois.

– Tudo bem, fique zangado, mas não fique zangado com Sigyn, ela não tem culpa, eu que acabei contando a ela. Gosto dela como uma filha que não tive – ele riu – só tive meninos. E outro conselho, é bom não irritá-la daqui pra frente.

Loki franziu as sobrancelhas.

– Do que está falando?

– Acho que você deve perceber por si mesmo.

*

Sigyn fez um exame de sangue e ficou aguardando e logo depois foi chamada pela enfermeira, que tinha um riso nos lábios.

– Então o que tive? – a jovem falou desanimada.

– Está tudo bem, não há doença alguma, esses sintomas que a senhora teve são normais nesta época, ah, o doutor está vindo.

O médico chegou lendo o resultado do exame.

– Está tudo bem com essa mocinha.

Sigyn encarou médico.

– Eu não tenho nada?

– Sim e não. Se trata de outra coisa, algo bom minha jovem, e tenho certeza que seu marido irá ficar muito alegre quando souber.

Algo apitou dentro de Sigyn.

– Onde quer chegar doutor?

– Você está grávida Sra. Odinson.

Tudo pareceu ter congelado para ela.

– Grávida? – eu falei a palavra como se estivesse proferindo uma blasfêmia, das grandes.

– Sim, de algumas semanas para ser exato – ele sorriu, mas seu sorriso morreu ao ver a minha cara de velório.

– O que há?

– Isso é piada?

– Não, os exames não mentem, querida – o médico falou calmo.

Peguei o papel e vi, ali, bem ali escrito e confirmado, e então me senti completamente sem chão.

E então tudo fez sentido: a menstruação atrasada, meios seios inchados, o meu humor estranho e os enjoos. Mas eu sempre tomo meus remédios, na hora não me vinha nenhum momento de descuido.

Quando dei por mim estava chorando compulsivamente.

Loki foi chamado pelo médico que atendeu Sigyn, ele tinha uma feição preocupada, e Loki ficou meio tenso. Odin ficou próximo dele.

– O que ela tem?

O médico suspirou.

– Ela está bem, só não reagiu bem ao receber a notícia, sr. Odinson.

– Notícia? Que notícia?

– O senhor será pai, sr. Odinson.

– Hein? – foi a pergunta que Loki fez.


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Notas finais do capítulo

É para quem queria um acidente.... acertou!
Vou tentar postar amanhã ou quinta.....