Meu Príncipe Às Avessas escrita por Puella


Capítulo 4
Capítulo 4 - Entre um desconforto e outro


Notas iniciais do capítulo

Olá galera! Devido há alguns apelos e comentários maravilhosos,agradeço por todos eles, por isso, resolvi lançar uma nova proposta, não vou postar mensalmente, e sim por semana ou quinzenal, mas lembrem-se que a mente de um escritor também tem muito trabalho... até por que tenho as coisas da facul, assim como a maioria de vcs tb, mas como já havia dito diante tanto interesse de vcs pela fic - o que me deixa muito alegre - resolvi presenteá-los com mais um capítulo fresquinho...
Espero que gostem...



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Loki continuava a apertar a mão de minha mãe que agora sorria visivelmente constrangida, enquanto que eu só escutava os meus batimentos cardíacos.

– Ah... O-o senhor é o chefe dela? – minha mãe falou e o rubor era visível em sua face envergonhada.

Loki sorria gentilmente. Mas pude ver em seus olhos o prazer e o divertimento em ver a minha mãe completamente desconcertada. Pensei comigo mesma o quanto minha mãe era bocuda. Senti uma profunda vergonha, tamanha que não consegui sequer olhar para ela ou para Loki.

Uma cena se fez em minha cabeça, eu trabalhando como uma pobre condenada – como se já não fosse – enquanto Loki me chicoteava nas costas com um riso sardônico em seu pálido rosto.

Por um momento minha boca ficou seca e minhas pernas começaram a amolecer. De repente senti meu corpo tombar para o lado, e já não ouvia mais nada.

Senti um pequeno incomodo em meus olhos e cheiro forte de perfume sobre o meu nariz, foi quando abri os olhos e encontrei outros olhares aflitos e curiosos.

Eu havia desmaiado e estava deitada no sofá da sala.

– Ela está acordando... – era a voz do meu pai – Tenha calma Freya deixe sua filha respirar – ele disse em tom de bronca para a minha mãe.

Eu levantei devagar colocando a mão na cabeça, lentamente fui abrando os meus olhos e vi meu pai, minha mãe com os olhos chorosos, Nana e Balder e Loki com seu olhar inexpressivo.

– O que aconteceu? – perguntei coçando os olhos.

– Você desmaiou benzinho – meu pai falou com jeito tranquilo – e assustou a todos.

– Você só não caiu no chão porque o meu irmão lhe segurou – Balder falou com um sorriso enquanto enlaçava minha irmã para perto dele.

Como? Loki havia me segurado? Olhei para ele com um misto de espanto e curiosidade. Ele apenas virou o rosto para o lado, seus olhos miravam para um canto qualquer.

– Eu não poderia deixar à senhorita se esborrachar no chão.

Sentir um leve corar em minhas bochechas.

– Querida está sentindo bem? – perguntou minha mãe enquanto acariciava os meus cabelos.

– Ah... sim – eu falei voltando ao normal – foi só uma tortura.

Minha mãe voltava seus olhos agora para Loki, ela parecia se sentir realmente incomodada pelas abobrinhas que havia soltado.

– Você é realmente o chefe dela? É impressionante! Perdoe-me pela falta de modos. Mas com toda honestidade, eu jurava que o “chefe” para quem minha Sigyn trabalhava era um senhor de meia idade sabe?

Eu arregalei os olhos, se ela não fosse a minha mãe eu já teria avançado em seu pescoço.

– Mãe! – eu gritei envergonhada.

Loki riu alto, e eu fitei chocada. Ele gargalhava de uma forma que nunca havia visto antes, não rouca como as de costume, era divertida e parecia mostrar a sua verdadeira idade.

– Isso foi à coisa mais engraçada que já me falaram – e depois virou-se para mim – Nunca havia imaginado que sua mãe fosse tão engraçada.

– É... ela é – eu disse com um sorriso amarelo.

– Sr. Odinson, eu me sentiria honrada em convidá-lo para jantar conosco!

– Seria uma honra Sra. Narvik – ele disse mostrando os dentes brancos – mas, por favor, me chame de Loki.

A vida é realmente muito esquisita, chamar uma pessoa para jantar com você sendo que há minutos antes ela era o “cretino” que explorava sua filha...

Em pouco tempo estávamos todos à mesa, e eu era a única que parecia não estar entendendo o que se passava ali. Loki havia enfeitiçado os meus pais, pois os dois o adoraram, principalmente a minha mãe – que ironia.

– Então posso imaginar que minha filha é uma ótima funcionária – meu pai falou antes de dar uma generosa garfada no macarrão.

Loki fez um breve silencio.

– A srta. Narvik é minha melhor funcionária – ele me fitou com os olhos frios - não sei o que seria de mim sem ela, não é Srta. Narvik?

Meu coração deu pulo, eu olhei para ele, droga, estava corando.

– Faço o melhor que eu posso – eu respondi timidamente.

Depois do jantar Loki disse que estava de saída, minha mãe é claro pediu que ele ficasse para s sobremesa, o que ele recusou educadamente. Eu prontamente o acompanhei até a porta, quando estávamos fora eu fechei a porta.

– O casamento será amanhã pela manhã, esteja pronta quando eu vier, passarei às oito em ponto – ele falou ajeitando a manga do paletó.

– Pode deixar. Loki?

– O quê? – ele me fitava agora.

– Olha... Desculpe pela minha mãe, ela diz coisas demais – falei coçando atrás do pescoço.

– Não se importe com isso – ele falou - ela estava no direito de se queixar, e depois ainda pude comer da comida dela – ele terminou com um sorriso maroto.

E nisso ele foi descendo os degraus da entrada, e novamente olhou para mim.

– Boa noite Sigyn.

– Boa noite Loki.

Ele entrou seu carro e foi embora.

Mais tarde Balder se despediu de Nana e foi embora. Eu fui tomar um bom banho, coloquei meu pijama e me joguei na cama pronta para dormir, mas não contava com a presença de Nana no meu quarto, ela tinha uma feição travessa em seu rosto.

– Sigyn, me diga. O que foi aquilo?

– Aquilo o quê? – eu perguntei com aquele tom de voz do tipo: ”me deixa dormir em paz”.

– Não se faça de ingênua – ela falou dando um pulo no meu colchão – você entendeu direitinho o que eu te perguntei – você tem uma quedinha pelo Loki não tem?

– Hã! Que absurdo você está dizendo?! Ficou louca? – eu falei visivelmente corada. Droga! Por que eu estava corando tanto?

– Hum... só de ouvir essa resposta, eu já saquei tudo – ela dizia – não há do que se envergonhar, afinal ele é bem bonito, mas não mais que o meu Balder é claro!

– Nana... não diga asneira – eu falei – Loki é meu chefe, e eu sou apenas a sua assistente, nada mais nada menos.

– Precisava ver quando ele te segurou quando você desmaiou.

Cretina. Agora eu havia ficado realmente curiosa.

– O... o que aconteceu realmente?

– Quer mesmo saber? – Nana me falou dando um risinho – Loki lhe segurou e depois te carregou nos braços, aí ele te colocou no sofá com todo cuidado, um perfeito gentleman.

– É... verdade? – falei tentando processar tal cena em minha cabeça.

– Hum... confessa Sigyn, você gosta dele não gosta?

– Claro que não! – eu exclamei ignorando o meu rubor – não diga coisas sem sentido.

– Você mesma já me disse que ele é bem difícil de lidar, mas olha só, você está com ele há mais de um ano. Balder mesmo brinca dizendo que você é uma santa.

– Ah que ótimo – eu falei com certo desprezo.

– Ele já me comentou que você é bem famosa entre os funcionários da Yggdrasil...

Sim, era verdade. Eu era o leal cãozinho do Loki – como todos me chamavam – por causa da minha excessiva dedicação. Depois de conversarmos mais um pouco, Nana foi para o seu quarto me deixando em paz, finalmente. Dormi pensando no que ela tinha me falado, será aquilo tinha alguma lógica? Não. Mas, se bem que, de um tempo para cá minha vida estava se esfumaçando, e era com ele que eu passava a maior parte do tempo, a tal ponto de fazer tudo o que ele me solicitava sem pensar duas vezes, eu queria mostrar toda a minha capacidade e eficiência. É, realmente Nana disse coisas sem sentido.

Afinal seria um erro fatal se apaixonar por alguém como Loki Odinson.


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Notas finais do capítulo

Não sei se ficou bom, comentem, pois sou sempre aberta a sugestões e críticas!

Bjs!