Meu Príncipe Às Avessas escrita por Puella


Capítulo 34
Capítulo 34 - Sra. Loki Odinson - parte 01


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas amadas *-* demorei mas consegui, eu ia postar no feriado mas não deu certo, esse relatório de estágio da mais trabalho do que eu imaginava (fora que eu tenho mais um estágio no semestre que vem....é a vida da pedagogia) enfim, finalmente esse dois vão casar hehhehe espero que gostem.....

Ah, e pra pesar no vestido da Sigyn eu me embasei nesses aqui:
Links de vestidos
http://www.perfeitamulher.com/wp-content/uploads/2012/05/vestidos-de-noiva-com-manga-de-renda.jpg
http://comquemsera.com/wp-content/uploads/2012/09/vestidos-de-noiva-com-manga-10.jpeg
http://4.bp.blogspot.com/-Msvb8wcfSi0/URSLYC3nqNI/AAAAAAAAVVU/nZkergO-2u4/s1600/40.jpg



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/341269/chapter/34

“É verdade única e universal que o casamento está mais para o dia da noiva do que para o dia de celebração da união de um casal apaixonado. Todos os olhares estarão voltados apenas para ela e somente para ela, aqui o noivo é mero enfeite de festa.

No entanto...

Também é verdade única e universal que não há uma noiva sem um noivo. Embora deixado de lado pelos holofotes do casório, o noivo é uma personagem interessante, eu particularmente nunca dei muita importância a esta personagem nos casamentos. Isso, até o dia em que eu prestei a atenção em uma coisa muito interessante. Normalmente quando a noiva entra na igreja, todas as pessoas quebram o pescoço para fita-la entrando ao som da marcha nupcial. Olhos voltados para a noiva. E o noivo?

Ah, você me diz, mas a noiva é o centro das atenções, mas garanto que ver a feição do noivo ao vê-la entrar na igreja, é impagável e exprime sem palavra alguma o que ele sente no momento. Quer apostar?”

~~

– Meu Deus Sigyn! Fico impressionada! Como pode uma pessoa estar hibernando deste jeito quando faltam poucas horas para o casamento! Quando me casei eu mal preguei o olho!

Dormi tanto naquela manhã que só acordei com as sacudidas de mamãe. Quando vi o horário praticamente pulei da cama acho que meu grito deve ter ecoado por toda mansão Odinson.

– Mamãe – responde enquanto Nana me ajudava a abotoar o vestido – pense pelo lado positivo, não estarei com cara de sonâmbula no casamento.... e é até normal a noiva atrasar...

– Maninha você parece muito calma para quem vai casar.... pronto ficou perfeito!

E realmente eu estava muito calma. Estava segura e feliz, tão feliz não sabia como expressar o quanto, então a melhor coisa que conseguia era parecer calma.

Neste instante Frigga entrou no quarto.

– Como estamos? Oh, que linda que está Sigyn!

E então finalmente eu me fitei no espelho, encarei a garota de vestido branco a minha frente. Diferente de Nana, o meu vestido não era tão simples, bem... era simples no sentido não ser ostentador. Eu sempre amei renda, e o meu vestido era basicamente feito de renda e seda. Os ombros ficavam nus, o busto era reto e com um tecido firme, e por cima dele uma camada de renda que se entendia na manga do braço que iniciava abaixo do ombro e ia até cotovelo, na cintura uma fita larga de cetim em volta formando um laço na parte de trás, gracioso e uma enorme “calda” que foi mais insistência da minha mãe do que minha. Meus cabelos estava preso ao estilo das norueguesas, coque com tranças bem elaboradas. Nada de véu ou tiaras de brilhantes, apenas flores. Nunca gostei de véu e grinalda e depois, eu já não era mais virgem. Ironicamente eu sempre idealizei que consumaria o “ato” depois de casar.

Mas, pelo visto nem tudo saiu como previsto. E de que importaria agora?

– Meu bebê! Está encantadora! – minha mãe tinha os olhos chorosos – Ó céus! As minhas duas crianças casadas!

– Mãe – eu sorri pegando sua mão – menos...

Ela fungou e então respirou fundo.

– Quero netinhos!!! E você Nana, já está atrasada, quando vou ver os meus netinhos?

Nana arregalou os olhos.

– Mãe! Acha que é assim tão simples? Eu e Balder ainda não temos planos.

– E por acaso eu e seu pai tínhamos planos na época em que tivemos vocês? Só fizemos e pronto!

– Mãe! – eu e Nana falamos ao mesmo tempo.

Frigga apenas ria ao fundo.

~~

Muito suor.

Merda. Não devia ter deixado ela escolher a data. Tinha que ser logo perto do verão. E minha nossa, porque esses colarinhos incomodam tanto? Mal me vesti e já soltava agua pelos poros. Para relaxar peguei uma goma de mascar e comecei a mastigar freneticamente fazendo alguns balões de ar. Eu mal consegui dormir só pensando nisso. E aposto que ela deve ter ficado sem sono.

Me deu uma última verificada no espelho.

É Loki quem diria, você casando.

A porta do meu quarto foi logo aberta e uma invasão masculina veio junto: Thor, Balder e Tony. Os três me fitaram.

– Loki, você está bem irmão?

A bola de chiclete estourou no meu rosto e uma parte da goma ficou na ponta do meu nariz.

– Estou ótimo – respondi tirando o resto da goma.

– Não, não está – Tony deu seus costumeiros passos apressados – Lokinho, eu sei o que é isso amigo. É um presságio! Fuja enquanto pode!

Revirei os olhos.

– Cala a boca Tony.

– Que humor é esse irmão? Hoje é o seu casamento!

– Eu sei – respondi – estou só um pouco incomodado com esse mormaço....

– Relaxe – disse Balder me pegando no ombro de maneira amigável – logo, logo vocês dois estarão desfrutando das brisas suaves da Toscana*.

– Eu queria ir para um lugar mais frio, mas Sigyn gosta de climas quentes...

– E ela está certíssima – disse Tony com um sorriso malicioso e então todos riram.

Por fim eu coloquei a flor no paletó e então seguimos para fora do meu quarto, a cerimônia seria no jardim da mansão, da mesma forma que foi o casamento de Balder há mais de um ano e meio atrás. A única diferença é que não haveria Glicíneas. As pessoas já se encontravam todas sentadas nas cadeiras e então os músicos tocaram uma música anunciando a minha chegada, eu caminhei sozinho pelo tapete, a passos rápidos e me postei no meu lugar.

Depois de ficar finalmente pronta encarado três mulheres me olhando feito bobas, peguei o buquê que estava em cima da mesa.

– Agora vocês já podem ir? – eu dei um sorrisinho.

– É vão indo – disse Nana empurrando mamãe e Frigga gentilmente – eu ainda tenho uma coisinha pra ti contar – ela me olhou com cara de cúmplice.

As duas senhoras saíram e Nana fechou a porta me encarando ainda com aquele olhar.

– E o que você tem pra me contar?– a fitei com curiosidade.

– Um segredinho...

Eu pisquei os olhos rapidamente.

– Oh, céus! Nana, não me diga que...

– Não estou grávida Sigyn – ela me cortou rindo.

– Ah – abaixei os ombros.

– Você se lembra do dia em que conheceu o Loki, não?

– Claro, foi no meu primeiro dia de trabalho.... Por quê?

Nana começou a rodear o quarto.

– Bem.... não sei se você sabe.... mas, Loki já te conhecia bem antes...

– Hã? Como assim?

Nana continuou.

– Lembra do dia em que eu te apresentei o Balder? Naquele jantar?

– O que tinha vários pares – eu falei me lembrando – como esquecer, eu fiquei segurando vela para vocês a noite inteira – nos duas rimos.

– Desculpe maninha... mas sabe, nesse dia era para o Loki estar lá, iríamos apresentar vocês dois!

– Vocês o que? - eu pisquei os olhos rápida.

– Falamos de você pra ele. Balder estava preocupado com ele na época, ele achava que o Loki era gay ou algo assim e que precisava conhecer garotas, meu marido gostou muito de você.

– E então na época vocês dois tentaram um esqueminha.

– É... mas agora, por obra do destino vocês vão casar.

– Pois é.

– Pois é maninha – Nana chegou perto de mim, fazendo um carinho no meu braço – é isso aí. Saiba que estou muito feliz por você.

– Obrigada Nana – senti que queria chorar.

– Não chore hein? A maquiagem.

– Eu sei – e então nos abraçamos.

Que sensação.

Embora parecesse calma minhas mãos tremiam levemente. Quando encontrei meu pai no corredor ele sorriu discreto e me abraçou, sua pequena não estaria mais em casa. Não seria mais uma moça solteira, mas sim uma mulher casada, retribui o abraço com um pouquinho de força.

Agora já não estava mais tão calma, podia sentir o coração bater enquanto andava com meu pai pelo jardim, perto do local de cerimônia. Esperamos todos entrarem primeiro. As daminhas entraram, e então Fenris que levava as alianças presas em um travesseirinho bem colocado em sua cabeça, depois do cachorro, foi a minha vez de entrar.

– Pronta? – meu pai perguntou.

– Sim.

Então ao som da marcha nupcial tocou em meus ouvidos e então caminhei em direção ao altar, todos os presentes me fitaram ficando de pé, eu os olhava mas um olhar em especial eu ansiava. Será que ele estaria sorrindo? Nervoso? Emocionado? Dizem que além de buquês de noivas e noivas, outra coisa muito interessante num casamento é observar o noivo ao ver noiva, dizem que tem uns que até choram. Então fitei com expectativas o rosto do meu noivo.

Loki estava mascando chiclete.

Quando seus olhos fitaram os meus um balão de mascar surgiu em sua boca.

Poc!

Então chegou o momento em que o pai entrega a noiva, meu pai deu beijinho em minha fronte e em seguida eu me virei para Loki que segurou a minha mão. Fomos até o altar e ficamos de frente para o reverendo que faria cerimônia. O senhor começou a fazer todo aquele ritual de discurso de casamento – a parte que menos interessa.

– Coloca esse chiclete pra fora da boca! – eu sussurrei irritada.

– Nem vem! – ele falou mascando – Só assim pra eu não dormir!

– Não seja ridículo!

– Não seja chata!

– Não pode dormir no seu casamento! É o seu casamento! – agora eu já não sussurrava.

– Sigyn...

– Faz ideia de como é frustrante ser recebida por um noivo no altar mascando chiclete!

– Sigyn... – ele olhou de esguelha para o reverendo.

E só então eu fitei o senhor de meia idade, que havia parado de falar, apenas observando nossa discussão. Assim como o restante dos convidados. Corei e senti minha pele do rosto esquentar.

Loki fungou um riso, irritada pisei em seu pé.

– Au! – ele falou um pouco auto.

Nos encaramos seriamente até o padre dar um pigarro.

– Podemos continuar meus jovens.

– Ah, pode – falei alto assustando o velho e Loki – de preferência, passe para a parte das alianças, poupa saliva e não mata ninguém de tédio.

– É melhor fazer o que ela está sugerindo, vai por mim – Loki disse mal contendo um riso.

– E o senhor – apontei o meu dedo indicador em seu nariz – trate tirar esse chiclete da boca. Agora.

Algum tempo depois.

– Loki Odinson, aceita esta jovem como sua esposa, para ama-la e protege-la, na alegria e na tristeza, na saúde ou na doença até o dia em que a morte os separe.

– Sim.

– Sigyn Narvik, aceita este jovem como seu esposo, para ama-lo e protege-lo, na alegria e na tristeza, na saúde ou na doença até o dia em que a morte os separe.

– Sim.

– Agora as alianças.

Loki chamou Fenris que então veio abanando o rabo com sua língua pra fora, ele tirou as alianças do travesseirinho e então fez um gesto para Fenris retornar aonde estava. Então nos encaramos.

– Agora o casal pode fazer as suas juras de amor e colocar as alianças.

– Temos mesmo que fazer? E já disse sim.

– Loki – eu cerrei os dentes.

Ele deu um suspiro.

– Que seja.

E então ele segurou a minha mão e colocou o anel em dedo.

– Sigyn Narvik – ele me olhava nos olhos de um jeito que não sabia se ficava sério ou ria debochado – aceite esta aliança como prova de meu amor e minha fidelidade, é isso neh? – ele virou para o reverendo que assentiu – Pronto, falei.

Vermelha como um tomate peguei a mão dele e deslizei a aliança.

– Loki Odinson, aceite esta aliança como prova de meu amor e minha fidelidade.

– Muito bem, agora podem se beijar.

– Finalmente – ele me enlaçou pela cintura e por fim me beijando. Embora estivesse um pouco irritada, fui amansada pelo beijo.

Agora eu era uma mulher casada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O romance virá mais no próximo.....