Meu Príncipe Às Avessas escrita por Puella


Capítulo 33
Capítulo 33 - Armazém do medo - parte final


Notas iniciais do capítulo

Tentei postar no fim de semana e consegui!!!
Não to muito confiante com relação a esse capítulo, espero que vocês gostem.....



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Entre muitas das características de Anthony Edward Stark, era a sua generosidade excessiva. Embora fosse excêntrico e mulherengo, Tony era do tipo que não pensava duas vezes antes de ajudar. Não imaginou que tivesse que adiantar a sua ida para Oslo, sendo ele um dos padrinhos do noivo. Após a ligação de Loki, o bilionário parou tudo e foi atrás algumas pessoas que ele conhecia que poderiam ajuda-lo. O sumiço de Obadiah fez com que ele alertasse várias autoridades – entre elas a própria Interpol. Mas não imaginava que Obadiah fosse realmente ir longe.... E por Deus, se alguma coisa acontecesse Tony não se perdoaria. Se sentia culpado por meter seu amigo numa situação daquelas, se pudesse prever isso antes, Tony jamais teria ido atrás de Loki em Oslo.

Não demorou muito para que ele pegasse seu jatinho e cruzasse o oceano direto paras terras nórdicas. Nesse meio tempo Balder falou com Thor. Foi difícil convencer o loiro a ficar tranquilo. Ele praticamente voou da faculdade para a empresa. Se dependesse de Thor, Obadiah teria seus ovos arrancados fora, ainda por cima fritos e bem mexidos. Os três irmãos (Balder e Loki pelo menos) tentaram não causar muito alarde, porém os funcionários que haviam ouvido os gritos de Loki momentos antes pereciam um tanto desconfiados.

O pior foi quando o burburinho chegou nos ouvidos de Odin.

– Temos que sair daqui – disse Loki baixo, mas não tão baixo o suficiente para os ouvidos do velho.

– O que está acontecendo aqui? – o velho pegou os três de surpresa – Thor? O que está fazendo aqui?

– Vamos dar uma saída rápida meu pai – emendou Thor – é que estamos planejando uma... surpresa para mamãe!

Loki bateu a mão na testa em sinal de frustração.

– Foi o melhor que conseguiu arranjar – o moreno suspirou.

– O aniversário de Frigga é daqui a cinco meses – o velho arqueou a sobrancelha e depois fitou Loki – e Loki, você está péssimo, o que houve?

O mais novo estava pálido e agitado, rapidamente tirou sua bombinha do bolso inalou um ar.

– Voltou a usar bombinhas? – o velho o fitou preocupado.

Odin então fitou os três de forma séria.

– Eu quero saber o que está acontecendo aqui.

Algum tempo depois.

Um carro seguia pelas ruas de Oslo, e dentro dele, três irmãos e um senhor idoso. Balder dirigia, Loki não tirava os olhos do celular e tinha a bombinha sempre a mão. Thor ia atrás ao lado do pai.

– O senhor não devia estar aqui – ele fitou o velho.

– E deixar vocês por conta? Não nem pensar, o que está em jogo aqui a vida de minha nora – o velho afirmou.

Loki lhe fitou de soslaio. Às vezes uma parte sua ainda queria muito voltar a chama-lo de pai. Porem suas correntes pensamento foram cortadas por uma ligação.

– Tony?

– Lokinho, você pediu e eu acatei, acabei de chegar, e digo mais, não vim sozinho. Onde vocês estão?

– Próximo ao palácio do governo – ele disse.

– Tá no palácio do governo – Loki falou encarando Balder.

O rapaz desligou o telefone, e então Odin indagou curioso.

– Stark está aqui também?

Loki anuiu.

– Fiz ele cruzar o oceano. Só não imaginei que ele fosse fazer isso tão rápido.

Em poucos minutos ele encontrou Tony parado na frente do palácio e, perto dele uma van preta com a logomarca da Stark Industries.

– Ele nunca sabe ser discreto – Loki revirou os olhos.

Logo o carro estacionou, o moreno foi o primeiro a sair seguido de seus irmãos e Odin.

– Até o velho veio? – Tony falou para si mesmo enquanto tirava o óculos -Lokinho! Cheguei com o combinado hein?

– Como conseguiu chegar aqui em menos de três horas?

– Preciso mesmo dizer? E não estou só, trouxe uma equipe de peso para nos ajudar, e então algumas pessoas saíram da van, uma ruiva, um loiro mais baixo, o piloto de Tony, Rhodes e....

– Stephen? – Loki indagou.

O rapaz deu pigarro.

– Steve.

Loki virou para Tony.

– Quem é essa gente?

– Lokinho, essa é Natasha Romanoff da Interpol, Clint Bartou da CIA, o Rhodes e o Steve são meus conhecidos da Força Aérea Americana, quero dizer, o Steve é amigo do Rhodes.

– Estamos aqui para ajuda-lo Sr. Odinson – disse Steve.

– Temos um mandato de prisão para o senhor Stane – a ruiva, Natasha abriu a boca para falar, a voz desprovida de emoção.

– Então, Lokinho sabe de mais alguma coisa?

– Só a localização do GPS do celular dela, mais nada, ele não me ligou, e quando eu tento ligar a ligação cai na caixa de mensagem. Ou está desligado...

– Ou sem bateria – disse Thor.

Loki respirou fundo, cada minuto parecia ser mais longo, e sua garota, ele não sabia se estava bem, se estava chorando, ou com medo, se estava machucada...

No momento seguinte o grupo estava dentro da vã, que era toda ocupada por maquinários e rastreadores de satélite. Até que seu celular tocou, mas não era o numero de Sigyn. Ele prontamente atendeu.

– Alô?

Clint ligou o rastreador.

– Saudações senhor Odinson, como tem passado tempo?

– Não estou muito a fim de enrolação – o rapaz o cortou – me diga onde posso encontra-lo?

– Está tão ansioso assim para me ver?

– Não faz ideia – Loki olhou de soslaio para os irmãos.

– Está sozinho?

– Estou.

Ótimo porque ninguém pode saber de nada, seja o mais natural possível, ou do contrário não verá mais a sua garota.

– Diz logo onde você está? – disse o jovem impaciente.

– Num antigo armazém perto do Museu Viking. Venha sozinho. Entendeu?

– Irei sozinho, mas não toque nela!

A ligação se cortou.

– Devo ir sozinho – Loki falou encarando os demais.

– Bartou? – Natasha o encarou.

– O celular é clonado, sem registro, não consegui acha-lo.

– Onde o filho da mãe está? – perguntou Tony.

– Num armazém antigo, perto do museu Viking. Mas não faço a mínima ideia de qual?

– Acho que sei qual é – disse Balder – era de uma antiga peixaria.

– Tem certeza? – pergunto Thor.

– Claro, porque fica perto de onde Nana trabalha.

Ao mesmo tempo que tais coisas se sucediam Obadiah havia fechado o celular, olhou de soslaio para a jovem amarrada e inconsciente devido ao tranquilizante. O homem tinha uma expressão maldosa no rosto.

– Que tédio – Obadiah caminhou até Sigyn, que tinha os olhos pesados e a respiração calma. Ele começou a brincar com os dedos na pele da garota, pelo rosto, tirando a mordaça, passou a mão pelo pescoço e até chegar no colo.

A jovem gemeu sussurrando. Estava começando a delirar por causa do tranquilizante.

– Loki....

– Hum... que interessante...

Ele continuo a tocar na garota, que aos poucos soltou uma respiração ofegante e começou a se retorcer na cadeira.

– Pare.... oh, por favor, pare... você não é ele...

Aquilo deixou um pouco surpreso. A jovem respirava com dificuldade, ele a puxou pelos cabelos se aproximando dela, vendo os lábios que soltavam um a respiração entrecortada. Sentiu vontade de beijá-los, se divertir um pouco, porém Obadiah não notou que a garota estava recobrando a consciência, Sigyn sentiu o hálito do homem próximo aos seus lábios. E quando ele ficou mais próximo de beijar a garota, esta agiu por instinto e mordeu-lhe o nariz.

O grito de homem ecoou pelo prédio vazio. Ele se afastou colocando a mão no local que sangrava e muito. Já Sigyn o encarava com ódio nos olhos, sua boca estava suja de sangue, num ato de desprezo a garota virou rosto para o lado e cuspiu o sangue. Obadiah a encarou com ódio.

– Sua vadia....

O homem então lhe desferiu um forte tapa, fazendo a cabeça de Sigyn zunir por alguns segundos. A garota agora tinha um corte no lábio, encara Obadiah com a mesma fúria.

– Quem você está chamando de vadia, vadia é o teu c... seu desgraçado! – a garota gritou.

– Que ousada – ele falou com a voz baixa – por acaso esqueceu que é eu que estou no controle?

– CONTROLE? EU VOU TE MOSTRAR QUEM TÁ NO CONTROLE!

Às vezes dizem que a adrenalina faz coisas incríveis no corpo de uma pessoa. Sigyn tremia, não de medo mas sim de raiva. Aquele homem a havia molestado, havia tocado em sua pele de forma maldosa e nojenta, e aquilo era imperdoável. Mesmo amarrada, a garota uniu forças para se levantar com a cadeira, embora amarrada. Com passos desajeitados ela tentava caminhar. Obadiah olhou para aquilo estupefato.

– Que diabos?

– Seu....filho de uma prostituta.... não tinha o direito de me tocar.... AAAAAAaaaahhh!!!

A garota se arremessou com cadeira e tudo pra cima dele. E ambos caíram no chão, com impacto uma das pernas da cadeira, onde estava um dos pés da garota, se quebrou. Sigyn dava cabeçadas no peito do homem, deixando Obadiah sem ar.

Mas então seu corpo da jovem caiu para o lado, ela se debatia tentando se libertar, mas então sentiu uma mão em seu pescoço.

– Eu vou matar você.... – ele sentenciou com olhar insano.

– Só se for no inferno imbecil! – ela devolveu tão raivosa quanto ele.

Gritos. Foi o que Loki ouviu assim que chegou perto do tal armazém.

– O que houve Loki? – disse Tony na escuta.

– Tem gritos... – eu inalei minha bombinha pela enésima vez – aquele desgraçado! Se ele estiver...

Nem pensei duas vezes, e sai correndo. Nós havíamos traçado um plano dentro da van, um esquema para pegar o merda do Stane, mas então quando chego perto da porta galpão ouço gritos. Os gritos dela.

– Sigyn!

– Lokinho espere!!!! – ignorei a voz de Tony.

Tentei arrombar a porta, mas o máximo que obtive foi um deslocamento de ombro.

– ... que pariu... droga – gemi.

E quando tentei a avançar mais uma vez três pessoas o fizeram, Thor, Balder e o Stephen.

– Você está bem? – Perguntou Stephen me ajudando a levantar.

– Estou, obrigado Stephen.

– Steve – ele me corrigiu.

– Que seja – e sai correndo para dentro daquele mausoléu.

– Eu vou matar você.....

– Só se for no inferno imbecil!

Sigyn?

Vi que as vozes haviam vindo de cima. Inalei mais um pouco mais de ar da bombinha e peguei a primeira coisa que vi no caminho, um pé de cabra largado. Subi as escadas.

Ele começou a apertar o meu pescoço, senti aos poucos o ar fugir de meus pulmões. Merda, estava amarrada e de lado de um jeito bem desconfortável, então comecei a sentir aquela dor horrível se espalhando pelo meu pulmão. Será que é assim que o Loki se sente quando está com falta de ar?

– Diga adeus – Obadiah sibilou apartando a ainda mais meu pescoço.

– EI!

E então ele parou e me soltou.

– Tire suas mãos imundas de cima da minha garota seu cara de merda!!

– Loki.... – minha voz saiu fraquinha.

Loki tremia da cabeça aos pés, segurava o pé de cabra nas mãos, encarando de forma assassina o careca que estava com uma hemorragia no nariz e as mãos em cima de Sigyn.

Obadiah se levantou encarando o mais novo, limpou o nariz e se abaixou pegando Sigyn pelo cabelo, a jovem parecia semiconsciente pois gemeu ao sentir seu cabelo sendo puxado. O coração de Loki falhou uma batida ao ver o estado da moça. Sentiu ainda mais ódio.

– É ela que você quer? Chegue perto ou vai ver o que eu faço com ela...

– Você não vai fazer nada com ela – uma voz disse atrás de si.

Obadiah só teve tempo de receber um potente soco na cara, o careca foi arremessado contra o chão. Thor havia escalado até a parte de cima e então pegando Obadiah por trás.

– Ninguém mexe com a minha família – ele olhava de maneira perigosa.

– Sigyn! – Loki correu até a jovem, logo depois Balder e Steve chegaram para ajudá-lo. Steve tratou de prender Obadiah.

– O senhor vai fazer uma longa viagem de ida para a cadeia.

E então o algemou.

Livre das cordas, Sigyn ficou aninhada nos braços de seu amado que tentava acorda-la.

– Sigyn... acorde por favor!

Sigyn aos poucos foi abrindo os olhos e encarou os rosto de três homens que fitavam aflitos. Por fim mirou um par de olhos verdes.

– Loki... – ela sorriu fraco – você veio me salvar?

– Mais ou menos, benzinho – ele tinha os olhos molhados – tive uma pequena ajuda.

Ele a abraçou com mais força.

– Que susto que você me deu!

Ele notou que a jovem estava muito fraca.

– Sigyn?

– Eu estou bem... só estou me sentindo um pouco fraca só isso, me tire daqui por favor...

– Vai ficar tudo bem Sig – disse Balder.

Algum tempo depois a polícia chegou, Obadiah que já estava rendido foi preso, mas antes foi presenteado com um belo chute no meio das bolas dado por Tony que teve que ser contido. Loki foi outro que tentou lhe dar um soco, embora tenha conseguido, doeu tanto nele quanto no careca, resultando em um dedo quebrado.

A família Narvik logo foi avisada do acontecido, assim como os demais. Sigyn ficou no hospital por dois dias, devido ao estado de choque em que ela havia ficado. O ocorrido saiu em todos os jornais de Oslo, e por fim a notícia de que a vítima do sequestro era a noiva de Loki Odinson. Coisa que ninguém sabia até então. Os funcionários da Yggdrasill não falavam em outra coisa. Principalmente a turma do setor financeiro que era chefiado por Loki, embora alguns poucos desconfiassem. Sigyn ficou de repouso por uma semana e Loki pediu afastamento para ficar com ela.

Os dois ficaram aliviados em saber que Obadiah estava em um presidio de segurança máxima nos Estados Unidos. O susto havia sido terrível, sequelas ficariam, mas por hora, aquele pesadelo não voltaria mais a acontecer. Agora mesmo Sigyn se encontrava deitada, com seu pijama preferido do Snoopy, fitando o calendário preso na parede do quarto marcando menos de uma semana para o seu casamento.

Seu casamento.

Sorriu e pensou que era melhor sonhar com aquele momento tão esperado, do que remoer o pesadelo que havia passado.

“Pelo menos o Tony deu um chute nas bolas dele por mim!” adormeceu com esse pensamento em mente.


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Notas finais do capítulo

No próximo: o casamento finalmente!!!