Meu Príncipe Às Avessas escrita por Puella
Notas iniciais do capítulo
Galera, eu sei demorei da ultima vez, mas vou esclarecer umas coisas;
Fora a faculdade e o estágio que tem tomado boa parte do meu tempo, outro fator foi a falta de criatividade para continuar, e outra coisa: a fic ainda não sinalizou um "fim" próximo, o que sinceramente não sei dizer se ajuda ou piora a minha situação, porque eu não sei dizer com essa fic vai acabar, ainda não vejo um fim para ela, até porque tem muitas coisas que ainda quero desenvolver durante a trama... peço desculpas pela minha demora....
Uma semana depois.
Fazia mais de uma semana e nada. Nada que pudesse dizer que Obadiah Stane estava tramando alguma coisa com Tony. Se ele realmente estava fazendo alguma coisa, ah, o sujeito sabia disfarçar muito bem. Ele não tinha como suspeitar de mim, eu era o amigo estrangeiro-que-estava-de-férias-do-Tony.
De fato os números não batiam, foi o que pensei quando a assistente de Tony me mostrou o balanço, entendedor de finanças e contabilidade, vi que mais uma vez algo saiu de errado. E onde entra Obadiah nessa história? Bem ele faz exatamente o que eu faço na Yggdrasill: gerenciamento financeiro.
Finanças, circulação de dinheiro, ações.
E para piorar, ainda com essa novela empresarial, eu estava tendo uma crise interna horrível, o que eu chamaria de mal das férias.
Eu sempre odiei férias.
Minha mão coçava de forma incontrolável, sentia falta do trabalho, das reuniões, das horas de trabalho a fio. Mas estando aqui e ainda com Sigyn me controlando, me fazendo passear por todo lado. Ficava mais mandona e ousada a cada dia, ou era eu que não conhecia tão bem assim como eu pensava.
– Como pode pensar em trabalho estando de férias?! – ela protestou outra vez me puxando para longe de meu notebook.
– Mas – tentei argumentar.
– Você está de férias Loki – ela disse me segurando pela gola da camisa – aproveite, simplesmente desfrute!
– Como? – minha voz saiu oca.
– Namorando, já é um bom começo... – ela riu divertida me empurrando contra a mesa e pressionando seu corpo contra o meu.
Oh, céus!
E então um beijo rápido, depois dois estalos e um terceiro mais lento. Minhas mãos brincavam em sua cintura, e ela apenas puxava os fios da minha nuca. A temperatura do quarto pareceu subir um pouco, porém como na maioria das vezes algo ou melhor alguém parecia sempre interferir nesses momentos.
– Uhu!
Nós dois encaramos Tony que havia aberto a porta. Sigyn ficou vermelha da ponta dos pés a raiz dos cabelos, já eu, bem eu fiquei vermelho por outra razão.
– Não sabe bater na merda da porta Tony! – normalmente eu não falo palavras de baixo calão.
Ele mostrou seu sorrisinho filho da mãe.
– Eu bati, mas ninguém respondeu – ele se fez de inocente – bem podem continuar, eu falo com você depois.
Ele fechou a porta. Eu e Sigyn soltamos o ar. Tony sabia ser inconveniente quando queria. Me afastei dela e caminhei até a porta trancando-a.
– Vou me lembrar de fazer isso sempre – falei voltando a encara-la, com meu costumeiro risinho – onde estávamos?
Ela corou um pouco e riu, eu caminhei em sua direção a puxando pela cintura.
–
No dia seguinte eu e Sigyn e eu saímos para jantar, mas o que era para ser um jantar “romântico” se tornou algo bem pior, e vocês saberão o porquê.
Acho que já mencionei que a maior parte das coisas extraordinárias acontece comigo: como descobrir após ter mais de 25 anos e dois doutorados concluídos que você não passa de um filho adotado é um deles.
Pois bem. New York é enorme, tem muitos restaurantes, muitos mesmo, afinal estamos falando da Big Apple dos Yankes, Mas com tantos restaurantes para ir ele tinha logo que estar aqui. Bem atrás de Sigyn, a cinco mesas de distância eu consegui identificar a careca lustrosa de Obadiah Stane, acompanhado de uns caras, sendo que um deles não me era estranho: Justin Hammer, o dono da H.A.M.M.E.R Industries, um dos, senão, o principal concorrente da Stark Industries.
– Loki?
Então é isso, Obadiah, Hammer, balanços maquiados, desfalque... estão é isso! Obadiah deve estar roubando Tony e vendendo informações para o Hammer.
– Loki!
Se isso fizer sentido, então basta apenas que Tony bote o sujeito pra fora da empresa...Ai!
Não percebi quando minha noiva chutou minha canela só para ter a minha atenção.
– Au.... - gemi baixo.
– Ficou surdo por acaso? – Sigyn me questionou – pra onde você estava olhando?
E então ela fez menção de olhar para trás bem na direção de...
– Não vira – sibilei sério.
Ela arqueou a sobrancelha.
– O que foi?
– Nada.
Sigyn estreitou os olhos, e antes que eu pudesse lhe dizer alguma coisa, vi os olhos de Obadiah Stane cravados em mim.
Fitei Sigyn e disse de forma rápida.
– Vou ao banheiro – e sem que ela respondesse alguma coisa eu sai da mesa, é eu sei, estava estragando o jantar e ela me mataria quando voltássemos a torre. Caminhei a passos largos e entrei no banheiro, coloquei minhas mãos sobre o mármore gelado da pia e respirei lentamente. O que eu faria? Ele estava lá fora, pego em flagrante com o rival de Tony Stark.
Foi quando ouvi passos no banheiro e encarei meu reflexo no espelho, e mais alguém atrás de mim.
– Sr. Odinson, que coincidência, não? – ele tinha um sorriso falso nos lábios.
– Sr. Stane – eu lhe cumprimentei.
Um silencio sepulcral encheu o banheiro, não havia mais ninguém além de nós dois, ah coincidência forçada, até demais. Ele caminhou até o meu lado com um meio sorriso.
– Está acompanhado daquela jovem, Tony me contou que estão noivos! E então pra quando sai o casório?
Como se eu fosse te convidar, otário.
– Para o início do verão – respondi de forma vaga.
– Hum, então é logo, logo.
E então a pior parte.
– Sabe, sr. Odinson – ele deu alguns tapas na minha costa com sua mão pesada, e depois segurou meu ombro direito dando uma leve pressionada – eu aprendi muitas coisas nesses mais de 25 anos na Stark Industries, fora o que já tenho de trabalho, enfim uma reputação, sabe?
Apenas concordei.
– Acredito que o senhor também tenha uma na empresa de seu pai, não?
– Perfeitamente.
Ele deu mais uma apertada em meu ombro.
– Então sabe como é desconfortável e desagradável ver que as pessoas estão desconfiando de seu trabalho e dedicação certo?
Agora eu o encarei nos olhos me afastando um pouco. Fiz minha melhor cara de desentendido.
– Me desculpe, mas não sei do que o senhor está falando.
Hum, e então o sorriso falso de Obadiah sumiu.
– Ora, não sabe? Tony não iria atrás de você na Noruega apenas porque estaria com saudades, hein? Eu não sou idiota, sr. Odinson, e imagino que você também não.
Eu fitei sério dessa vez.
– De fato não sou. Na verdade, sou muito inteligente, sr. Stane. Inteligente o bastante para perceber que está roubando os lucros do meu amigo e fazendo sabe lá o quê com o Hammer, e mais ainda, seu plano não vai dar certo, não vai demorar muito para Tony te dar o pé na bunda.
Obadiah deu um sorriso de escárnio.
– Tome cuidado, sr. Odinson, está pisando em terreno desconhecido. Essa briga não é sua.
Eu sorri da mesma forma.
– Quem tem que tomar cuidado aqui é senhor.
Embora eu estivesse tremendo por dentro, eu sabia mascarar meu nervosismo.
– Eu não veria dessa forma – ele então passou por mim e caminhou até porta do banheiro e depois deu uma breve recuada – Sabe, estive pensando numa coisa, não devia perder tempo com isso, deveria passar mais tempo com sua noiva, é uma linda jovem.... seria muito triste se algo acontecesse com ela.
Meu coração caiu uma batida, virei para encará-lo mas a porta havia se fechado. De repente minha respiração começou a ficar irregular, não agora não.... inspirei fundo e consegui me controlar, pelo menos por enquanto. Caminhei até a mesa e encontrei Sigyn distraída mexendo em seu celular, ela me fitou e pareceu preocupada.
– Vamos embora – eu disse curto e grosso.
– Mas já? A gente nem pediu?
– Melhor ainda, agora vamos.
–
Loki estava estranho, ele me puxou pela mão, me fazendo levantar da cadeira, notei que ele estava pálido.
– Loki, você está bem?
– Que parte de vamos embora você não entendeu? – ele me cortou ríspido.
Me afastei dele, ele percebera a grosseria, por um momento percebi um conflito interno em seu rosto, e então ele inspirou o ar fazendo um chiado.
– Desculpe – ele disse.
Eu dei um suspiro, e então saímos do restaurante, Loki não quis chamar pelo Happy, entramos logo no primeiro táxi que vimos, e rumamos para a torre Stark, durante o caminho ele não dizia nada, e sua respiração parecia entrecortada, muito estranha. Eu segurei seu braço e ele me encarou.
– Você está bem? – o fitava preocupada.
Ele respondeu que sim. Mas eu sabia que no fundo ele estava mentindo. Chegamos na torre, e durante o elevador nada, apenas a sua estranha respiração, ele parecia suar.
Quando chegamos na cobertura JARVIS abriu a porta para nós.
Minha vista ficou escura, há quanto tempo eu não tinha uma crise daquelas, 10 anos? Ou desde quando comecei a praticar corrida e caminhada. A asma era outro fantasma que me assolava quando era pequeno, e agora depois de tanto tempo, disciplina e autocontrole ela pareceu ter voltado. A medida que eu tentava disfarçar só piorava, tentei puxar o ar, mas ele não vinha, e então a minha respiração se tornou mais audível pela sala, eu comecei a chiar e Sigyn me fitou com medo nos olhos.
Agora a coisa estava fora controle, só não me desequilibrei por ela me ajudou e gritou por Tony, JARVIS e qualquer outra pessoa que fosse.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O final foi meio sei lá, não sei se capítulo ficou bom, mas procurei fazer o melhor que pude, aceito críticas e sugestões....
Bjs!