Meu Príncipe Às Avessas escrita por Puella


Capítulo 25
Capítulo 25 - Obadiah e Central Park


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora.....

Espero que gostem desse!



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Dormi tanto que nem percebi que já estava sozinha no quarto, levantei meus olhos e procurei por Loki, olhei para o relógio digital pregado logo à frente na parede.

– Bom dia Srta. Narvik – uma voz macia e eletrônica soou em meios me fazendo empertigar-se toda na cama.

– Quem está aí? – me cobri porque eu usava apenas a camisa branca de botões de meu noivo.

– Me desculpe se assustei a senhorita, me chamo JARVIS, sou um programa de inteligência artificial que monitora todo o sistema da torre Stark.

– Ah... – eu sorri sem graça – olá JARVIS, é um prazer conhece-lo!

– Igualmente senhorita.

– Hum.... JARVIS, você por caso sabe onde Loki está?

– Ele acordou cedo e saiu com o senhor Stark para a ala de pesquisas, ele me pediu para deixar um recado para a senhorita.

– Qual recado?

– “Aproveite o dia”.

Sorri de lado, eu estava de férias em Nova York.

– JARVIS? Eu estou sozinha?

– A senhora Potts se encontra no escritório do andar abaixo.

– Obrigada.

Eu então me levantei e peguei uma roupa da mala e fui tomar um banho. Soltei um gritinho abafado ao ver aquela banheira maravilhosa de hidromassagem, peguei os sais de banho e me deliciei naquela coisa maravilhosa. Por um momento imaginei Loki com seu risinho de deboche.

“Classe média”.

Ri internamente.

A primeira vez em que eu pisei nas indústrias Stark foi aos meus quase treze anos quando vim estudar na América. Foi lá também que eu vi Obadia Stane, antes de ficar com uns quilos a mais e careca, na época ele ainda tinha cabelo – mas Tony adorava dizer que eram apliques, eu até concordava na época – e era sem a “barriga”.

Algumas coisas sobre o Sr. Stane:

A família dele era dona de uma antiga empresa que foi comprada e reformulada por Howard Stark.

Obadia foi convidado a trabalhar nas industrias Stark.

Seu pai morreu pouco depois de vender a companhia a Stark – detalhe, ele era alcoólatra.

Eu não ia com a cara dele quando o conheci.

A torre Stark além de ser uma das “casas” do Tony também era uma parte da empresa, a outra sede ficava em Los Angeles perto de Malibu, a sua luxuosa casa fincada num enorme rochedo com vista para o mar. Tony me levou até a parte de pesquisa, onde se encontrava um dos integrantes do nosso velho bando de Havard, Bruce. Ironicamente eu era o mais novo dos três, porem o mais alto. Assim que ele me viu tirou seus óculos e me encarou surpreso.

– Loki?

– Oi Bruce – eu respondi com um aceno, ele não tinha mudado muito.

Nos abraçamos, e depois nos encaramos.

– Você mudou bastante – disse ele – parece mais alto.

– É impressão sua Banner.

– E então já que o bando está reunido de novo – disse Tony esfregando as mãos – que tal nós programamos um happy hour hoje?

– Eu não vou poder – disse Bruce.

Antes que eu dissesse alguma coisa.

– Voce vai Lokinho, de um jeito ou de outro...

– É por isso que eu queria um hotel – respondi dando um suspiro.

Já Bruce e Tony riram. Em meio a descontração, finalmente a figura que era peça chave de ter me levado a New York apareceu.

– Tony! Vejo que voltou de viajem – disse o homem alto careca e meio barrigudo.

– Obah, Obah – isso mesmo que voce ouviu, era assim que Tony o chamava.

Ele caminhou em nossa direção e após cumprimentar Tony e Bruce me fitou curioso.

– E este é....

– Loki Odinson, diretor executivo de finanças da Yggdrassil – eu prontamente ofereci a minha mão – é um prazer senhor Stane.

– Odinson – ele estreitou os olhos – é a criança que estudava com Tony em Havard?

– Ele mesmo.

– Como não lembrar – disse ele apertando a minha mão – é um prazer revê-lo. Mas o que o traz as Industrias Stark?

– Rever um velho amigo, o que mais seria, Obah? – disse Tony se intrometendo – Loki está de férias.

– Que formidável – ele tinha um riso falso nos lábios.

É. Definitivamente eu nunca fui com a cara dele.

Achei melhor dar uma volta pela cidade, em especial no Central Park, Pepper pediu ao Happy que me levasse. Olhava para tudo mais encantada ainda, aquela cidade era simplesmente perfeita. Ele me deixou no parque, me disse que se eu quisesse voltar era só ligar para ele novamente, agradeci e sai caminhando por aquela imensa imensidão verde.

Eu usava uma leging preta com uma blusa rosa bebê e um moletom do Snoopy por cima, aproveitei para correr um pouco e ao mesmo tempo contemplando o lugar. Minha vida estava trilhando por rumos tão diferentes, quando ainda morava em Londres eu sequer pensava nessas expectativas, por um momento me imaginei morando aqui, mas acho que se fizesse isso minha mãe morreria do coração, ter as filhas longe seria demais para ela, mesmo que eu telefonasse todo dia.

Ri com esse pensamento.

E então divaguei na noite anterior em que eu havia experimentado o tal shawarma, incrivelmente delicioso, e outra prova de que eu e Loki éramos incompatíveis na comida, bem... a única excessão se abria para o Graviax, ele apenas me observou comer, ficando apenas com um discreto suco de laranja. Também reparei numa coisa muito interessante, a assistente de Tony. Pepper de certa forma era muito parecida comigo, e também parecia ser do tipo que também tava apaixonada pelo chefe.

Mas acho que foi muita falta de sorte ser o Tony Stark. Bom embora ele seja legal, como Loki me disse, ele não é do tipo que casa. Depois da Shawarma fomos a um karaokê. Tony fez todo mundo cantar, inclusive Loki. E este ele fez questão de alfinetar dizendo que Loki parecia uma gata no cio quando cantava. Loki ficou tão vermelho que por muito pouco não acertou o microfone na cabeça de Tony. Então após muitas emoções nós voltamos para a Torre. Dormi feliz e satisfeita sentindo a respiração quente de Loki no meu cangote enquanto ele me abraçava pela cintura.

Contemplar é maravilhoso, mas nem sempre, principalmente quando você tromba com algum desconhecido, o sujeito devia ser forte pois eu cai de bunda no chão.

– Desculpe – eu falei.

– Você está bem?

Ele estendeu a mão e eu pude finalmente encará-lo. Alto, forte e musculoso, loiro e olhos azuis, totalmente de acordo com as normas de padrão ideal de beleza, usava um traje esportivo que eu julguei ser de militar. Merda, eu estava corando.

– Eu... estou sim – respondi agora de pé.

– Você não é americana, é?

Puxa, que observador.

– Não, eu sou... de Oslo – eu respondi sem graça.

– Oslo, que legal – ele sorriu – bem vinda a new York, imagino que esteja gostando.

– Sim, bastante.

– Posso saber o seu nome? – ele perguntou cortês.

– Ah, Sigyn Narvik.

– É um prazer conhecê-la Srta. Narvik. Eu me chamo Steve, Steve Rogers.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam?