Meu Príncipe Às Avessas escrita por Puella


Capítulo 16
Capítulo 16 - Seis meses e o primeiro “eu te amo”


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e eu deixei uma surpresa pra vocês no final!



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Seis meses depois

Seis meses. Hoje eu e Loki estamos fazendo seis meses de namoro, e é engraçado porque parece até que já passamos um bom tempo juntos. Talvez seja porque o tempo pareça parar quando estou com ele. Aprendi algumas coisas com ele e ele comigo. Almoçamos juntos, praticamos caminhadas matinais três vezes por semana bem cedo antes do trabalho, bem no começo eu me sentia sonolenta, mas me acostumei e, hoje em dia tenho bem mais pique.

Apesar da vida atribulada que levamos ainda sim conseguimos algumas brechinhas só pra gente. Vamos ao teatro, ao cinema, e algumas vezes passeamos pelo castelo de Arkhesus e fazemos um piquenique. Bem agora com tanta neve o piquenique ficou meio inviável de se fazer, Oslo é tão fria que quando eu saio de casa mal consigo me locomover com tantas camadas de roupa que uso, embora eu tenha nascido em terras tão geladas, admito que não gosto muito do frio, prefiro o verão, já Loki é o contrário parece ter nascido para aquele tipo de clima, afinal ele não usava tantas roupas – o que me dava bastante agonia.

Felizmente agora a primavera estava próxima, eu mal podia espera afinal o casamento de Nana e Balder ocorreria daqui a duas semanas. Hoje seria o jantar de ensaio de casamento deles. Eu e Loki seriamos os padrinhos de Nana enquanto Thor e Sif seriam os padrinhos do Balder. Sif era amiga de infância dos três irmãos Odinson, ela era noiva de Thor, porém eu achava estranho não ver os dois juntos por aí, e foi então que Loki havia me contado que os dois eram noivos por contrato, um contrato feito a muitos anos mas que Thor faz o possível para enrolar. A tal Sif finalmente apareceria no jantar.

Perguntei a Loki porque Odin fez isso com Thor e não fez com ele e com Balder, e Loki me esclareceu dizendo que Thor era o mais velho, Balder o favorito e empenhado e por isso Odin não se opôs a Nana porque ela era protegida de Frigga e Odin não ousava afrontá-la. E quando eu perguntei sobre mim ele sorriu de forma sacana dizendo que eu não fedia e nem cheirava, mas ao ver minha cara ele brincou dizendo que sua mãe gostava muito de mim.

E, realmente ela parecia gostar muito mesmo, porque desde que estamos namorando Loki se viu obrigado a comparecer nos eventos em família, como o natal e ano novo. E, pude perceber o clima distante entre ele e o pai que ele não chamava de “pai”. Eu realmente queria entender o que se passava por ali, mas quando perguntava alguma coisa a Loki ele se fechava totalmente. E acho que talvez por causa disso o sr. Odin ainda não me aceitava tão como a minha irmã.

Seis meses num piscar de olhos, embora me demande um pouco de trabalho cultivar este tipo de relacionamento tem realmente valido a pena, ainda mais por se tratar dela. Faço o possível para disfarçar o meu segredo embaraçoso, bem isso graças aos livros e contos que li a respeito. Mas não atrevo a avançar muito, não quero perder o controle, parece ridículo, mas sempre me sinto cheio de desejo quando ficamos juntos logo a me vem à mente a imagem do pai dela sorrindo com uma embalagem de preservativo na mão, uma visão diria eu completamente desestimulante. Se aquele velho tentou me colocar um bloqueio psicológico sempre que eu... bem... enfim, ele havia de fato ele havia conseguido.

Estávamos agora na mansão de meus “pais”, esperando o jantar começar, os noivos é claro sorriam de orelha a orelha, os pais de Sigyn estavam sentados próximos a nós, foi quando vimos Sif chegar, fazia meses que eu não a via pelo que Thor me falou ela estava fazendo um curso no exterior. Sigyn olhou para ela e depois para mim dizendo:

– Ela é encantadoramente linda!

– Ah, sim – eu falei indiferente, eu e Sif nunca nos demos muito bem.

Ela foi recebida por Thor, e depois por Odin e Frigga. Embora eu soubesse que aquele noivado era contratual, não podia negar que aqueles dois sabiam fingir muito bem.

Depois do jantar cada um foi procurar algo para fazer, alguns iam conversar enquanto outros ia jogar cartas ou algo do tipo, já eu levei Sigyn para passear pelos jardins da casa.

Sigyn e Loki caminhavam abraçados pelo jardim. Sigyn adorava aquele lugar, apesar da pouca neve que ainda tinha no chão a jovem já podia imaginar que ali ficaria belíssimo ao despontar da primavera que chegaria em poucos dias.

A jovem suspirou.

– No que está pensando? – perguntou Loki.

– Na primavera – ela disse sorrindo – espero logo ela chegue e leve esse frio todo embora.

– Eu gosto do frio – disse Loki.

Casal ficou próximo a uma cerca, Sigyn ficou escorada nela e Loki de frente pra ela, a jovem estava corada devido ao frio.

– E eu gosto de calor – ela falou.

– Eu não gosto desse calor – disse Loki – mas eu gosto do calor do seu corpo – ele falou com um risinho.

– Seu saliente – ela falou rindo e segurando a gola do terno dele.

A jovem esticou os pés até ficar próxima ao rosto dele e beijá-lo. Loki a segurou pela cintura. Os dois se beijavam, até que a jovem de maneira sutil fez algo um pouco mais ousado: deu uma breve mordiscada nos lábios dele, o que o deixou surpreso, Sigyn colou o corpo mais próximo ao dele, ela não percebeu a movimentação inconsciente que estava fazendo enquanto ele a puxava num beijo apaixonado.

Foi quando o casal ouviu uma voz chamando por eles, e Loki se afastou rapidamente dela, pois ele sabia de quem era aquela voz.

O pai se Sigyn surgiu com um sorriso amigável no rosto, encarando o casal que estava levemente corado e ofegante. Ivaldi Narvik ria maliciosamente, deixando os dois jovens encabulados.

– Hum... – ele apontava para Loki divertido – querendo fazer escondidinho hein?

– Pai! – Sigyn falou arregalando os olhos.

– Ora – disse ele – por que a vergonha? Vivemos uma era moderna, tabus quebrados, métodos seguros, se querem transar, transem.

Loki sentiu o estomago se embrulhar, ver aquele velho lhe falando as aquelas coisas e ainda por cima com aquele olhar sereno que dava medo era, no mínimo, brochante.

– Pai, olha eu acho que o senhor não deveria dizer esse tipo de coisa – disse Sigyn irritada – diga logo o que quer?

– Sua irmã me pediu para chamar vocês dois – Ivaldi disse enquanto se divertia vendo a cara de desconforto do genro.

Loki e Sigyn  seguiram o velho, enquanto caminhavam Loki pensava no quanto aquele velho era estranho. Não queria a filha gravida, queria que a filha casasse virgem, - e mau ele sabia que a sua mais velha Nana, já havia “ comido o lanche antes do recreio” com Balder, o caçula dos três irmãos se perguntava se Balder havia passado pelo mesmo tipo de situação que ele – mas, ao mesmo tempo ficava dando indiretas e comentários nada indecentes, sugerindo que ele e Sigyn fizessem... bem, Loki lia nas entrelinhas do sr. Narvik “experimente fazer isso, se você tiver coragem é claro”.

Mas Loki não queria ir tão fundo ainda, ele era muito pragmático, e mesmo namorando há seis meses, ele e Sigyn já se conheciam há mais de um ano – numa outra situação é claro – ele já nutria alguns sentimentos por ela antes mesmo que a própria percebesse que também sentia algo por ele.

O jovem a amava – e isso já sabemos – mas ele ainda não tinha lhe falado claramente, pela boca, para ele aquilo deveria ser complicado ainda mais para alguém tão complexo como ele, mas amar Sigyn era algo tão simples, tão fácil e ao mesmo tempo inexplicável.

Dois dias antes do casamento de Nana, em meio a tanta muvuca e stress com preparativos e tantas outras coisas, todos tiveram que se deslocar para a mansão da família Odinson, já que o casamento seria feito ali, até mesmo Loki teve que ir para lá.

Na véspera Sigyn havia prometido dormir junto com a irmã para que ela não ficasse nervosa. Ela e Loki conversavam no corredor.

– Como somos os padrinhos teremos que ficar em pé ao lado dos noivos, não se esqueça – ela disse.

Loki fez uma careta.

– E nem pense em cochilar, ou eu vou te beliscar – ela disse beliscando o nariz dele.

– Vou tentar – ele disse dando um bocejo, e depois riu malicioso – onde por acaso a senhorita pensa em me beliscar, hã?

Sigyn riu debochada.

– Aonde tiver mais carne, mas se bem que tratando de você, não deve ter nada aí...

– Você também não fica muito atrás “Olívia Palito”.

Os dois riram e depois se fitaram, Loki encarava Sigyn que sorria não só pela boca como também seus olhos azuis pareciam sorrir. Os dois aproximaram os rostos para um beijo calmo e longo.

– Eu te amo – ele disse entre beijos, deixando a jovem contente e surpresa.

– Também amo você – foi o que ela respondeu antes de ser beijada novamente.

Era a primeira vez que ambos diziam o que sentiam um pelo outro, de forma natural e inesperada. Depois Loki apenas acompanhou a jovem com olhar enquanto ela entrava em um dos quartos lhe mirando uma ultima vez com um sorriso bobo no rosto.


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Notas finais do capítulo

Gostaram da Sigyn e do Loki em estilo mangá?