Living Again escrita por Everllark


Capítulo 22
Felizardo??


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei. Mas por favor não me matem pela demora.
A inspiração me faltou e eu não queria escrever um capítulo de qualquer jeito. Vocês merecem muito mais do que isso.
Não vou mais prolongar minhas desculpas porque sei que o que vocês realmente querem é o capítulo, então aqui vai mais um fresquinho para os melhores leitores do mundo!

Boa Leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/341090/chapter/22

– Está aí mais um tópico para eu colocar na minha lista de fatores que me fazem odiar Gale Hawthorne – disse Peeta. Eu e ele ainda estávamos dentro do carro estacionado no colégio.

– Ele estava chateado...

– Mas isso não é motivo para fazê-la chorar – ele disse isso com tanta intensidade que me fez olhar profundamente em seus olhos.

– Peeta... Gale é meu melhor amigo – e desatei a chorar.

– Mas não está agindo como tal – ele disse friamente e ligou o carro.

Eu não iria contar para Peeta o real motivo de ter brigado com Gale. Claro que ele sabia que era devido ao nosso namoro, mas o que ele não sabia é que este era apenas parte do problema. Os verdadeiros sentimentos de Gale por mim seriam segredados por mim até o túmulo.

Não tinha cabimento contar isto à Peeta, afinal de contas tudo o que eu desejava era que um dia eles pudessem ficar em paz.

Peeta não estava me levando para casa como eu imaginara. Quando dei por mim, estávamos em frente à mansão a qual ele chamava de casa.

– Porque estamos aqui? – perguntei saindo do carro.

– Só quero um lugar tranquilo para poder conversar com você – ele disse.

Eu não disse nada, apenas segui-o rumo À casa. Assim que entramos, fomos recebidos pelo mordomo que foi rapidamente dispensado por Peeta que me guiou para o seu quarto.

– Diga – Sentei na macia cama de Peeta, lembrando-me da vez que quase consumamos nosso amor nela. Não pude evitar que eu ligeiro sorriso brotasse de meus lábios.

– O que foi? – ele perguntou me olhando.

– Nada – Eu disse rapidamente ainda sem olhar para ele. Pude ver se canto de olho Peeta seguir meu olhar e o entendimento começar a fluir em sua mente.

Peeta sorriu.

– Se quiser, podemos repetir a dose – Ele disse e em seguida piscou para mim.

– Você disse que queria conversar – Mudei de assunto rapidamente antes que eu aceitasse sua proposta.

Peeta respirou fundo antes de começar o que para ele parecia algo ruim.

– Não quero que você me ache insensível ou coisa parecida – ele olhava para o chão.

– Não acho você insensível – eu não entendia onde ele queria chegar.

– Mas eu não pude evitar – ele continuou como se eu não o tivesse interrompido – Quando Gale apareceu ontem aqui em casa exigindo que eu me afastasse de você... Eu acabei contando para ele que nós estávamos juntos.

– O quê?! Porque? – foi só o que consegui dizer.

– Me desculpe... Ele começou a falar um monte de coisa sem noção e eu simplesmente explodi – Ele começou a passar as mãos pelos cabelos – Me desculpe, Kat.

Então foi por isso que ele não respondeu a minha mensagem. Gale já sabia, e o fato de sua descoberta não ter sido através de mim piorou tudo.

– Por favor, diz alguma coisa – ele olhava para mim com olhos suplicantes.

– Não vou dizer que você é o inocente nesta história – Respirei fundo e Peeta pareceu engolir em seco – Mas Gale também não ocupa este papel.

– Eu juro que não foi intencional...

– Eu sei disso. E de qualquer forma, isso iria acontecer uma hora ou outra – eu disse.

– Isso o que? – ele estava confuso.

– Gale nunca gostou de você, e mesmo antes de nos conhecermos ele dizia para que eu não me aproximasse de você, Peeta – Levantei da cama e andei até a mesa do computador, escorando nela em seguida – Você sabe que o que fez com a irmã de Gale não foi certo, e eu concordo com ele nesse aspecto. Mas ela sabia no que estava se metendo da mesma forma que eu sei onde eu estou me metendo.

– Katniss, é diferente... – ele disse caminhando em minha direção.

– Deixe eu terminar – eu disse estendendo a mão para que ele não viesse em minha direção – O que eu quero dizer é que você é Peeta Mellark, o conquistador. E se ou quando algum dia você não me quiser mais, quero que diga. E eu vou entender.

– Está louca?! Louca em pensar que algum dia não vou querê-la mais! – Peeta veio até mim, dessa vez eu não o impedi, e me pegou em seus braços – Quando disse que te amava, estava falando sério. Só disse isso a uma pessoa em toda a minha vida... minha mãe.

– Aposto que ela era muito especial – eu disse num fio de voz.

– Sim ela era, e ainda seria se ainda estivesse entre nós – ele deu um sorriso fraco.

– Eu sinto muito.

– Está tudo bem, isso foi há seis anos – ele disse.

– Ainda assim não é fácil, eu sei como é perder alguém.

– Você mais do que ninguém – ele me deu um selinho antes de prosseguir – Eu não vou permitir que você perca mais ninguém, eu prometo. Gale vai perceber que está sendo um idiota.

Assim eu espero, Peeta. Assim eu espero.

Não sei quanto tempo havia se passado, mas quando dei por mim, eu havia dormido enquanto Peeta afagava meus cabelos.

Me virei lentamente para poder olhá-lo melhor e ao perceber que eu já acordara deu um belo sorriso, fazendo meu peito inflar de contentamento.

– Parece que a bela adormecida decidiu acordar – Peeta me recepcionou com um delicado beijo nos lábios.

– A quanto tempo estou aqui? – Perguntei já preocupada com a hora. Afinal de contas, Haymitch não mede esforços em arranjar motivos para brigar comigo.

– Bem... Já são sete da noite – Peeta disse simplesmente – Você deve estar aqui a um pouco mais de três horas.

– SETE HORAS???!!! – Meu grito deve ter sido suficiente para acordar a vizinhança inteira, mas Peeta pareceu não se importar. Estava apenas surpreso.

– Qual o problema?

– Haymitch...

– Mas Effie já não falou com ele? –Ele parecia não entender o motivo de minha agitação.

– Já. Mas eu ainda não –Disse enquanto procurava minha bolsa pelo quarto – Então não sei o que esperar.

– Fica tranquila. Eu sou um menino de família. Ele vai me amar – E abriu um grande sorriso enquanto enlaçava minha cintura.

Peeta capturou meus lábios com os seus, me fazendo entrar na dança sensual que ele ditava com sua língua.

Permanecemos assim até que a consciência decidiu voltar para mim, obrigando-me a me soltar de seus maravilhosos braços.

– Garoto de família, sei... Agora vamos, ou você irá testemunhar um assassinato.

E dito isto, puxei Peeta para fora do quarto. Tínhamos um leão para enfrentar.

/////________________________________________/////

– Não fui informado de que seu colégio era integral, Docinho – É sério que eu não iria conseguir nem mesmo por os pés dentro de casa sem receber um comentário sarcástico?

– Não se preocupe, Haymitch. Você ainda está bem informado – Isso Katniss, não deixe ele te descompensar – E para torná-lo ainda mais bem informado, decidi que está na hora de te apresentar meu namorado.

Haymitch que até aquela hora não havia dado importância para a presença de Peeta ao meu lado, pareceu vê-lo realmente pela primeira vez.

Eu sei que sou suspeita quando o assunto é Haymitch, mas ao observar sua reação, percebi sua cara azeda tornar-se mais azeda ainda.

– E qual seria o nome do azarado... Digo, felizardo? – Seu sorriso sarcástico de sempre voltou a estampar aquela coisa feia que ele chamava de rosto.

Não pude reprimir o olhar fulminante que lancei a ele.

– Olá senhor Albernathy, me chamo Peeta – Peeta quebrou o gelo que se formava entre mim e Haymitch.

– Peeta... – Ele repetiu como se saboreando a sensação – Um nome um tanto exótico, não acha?

– Sim, é bem incomum – Peeta parecia não se incomodar com a indiscrição de Haymitch ou não deixou que transparecesse tanto – Na verdade foi uma invenção de minha mãe. Ela adorava brincar com palavras.

Essa eu nunca havia escutado, até porque nunca parei para pensar na origem do nome do meu namorado.

– Acho que primeiramente eu deveria te desejar boa sorte. Porque você vai precisar... Com certeza – Porque ele sempre olhava para mim quando fazia estas observações desnecessárias? É, parece que hoje o meu alto controle será colocado à prova, e eu não tenho tanta certeza que vou conseguir passar.

– Eu já tenho muita sorte, senhor Albernathy...

– Sei que sou velho. Mas vai, não precisa me mostrar isso o tempo todo. Me chame de Haymitch.

– Tudo bem, senhor... Digo Haymitch – Peeta deu um sorriso sem graça.

– Assim está bem melhor – Haymitch sentou-se no sofá e indicou para que Peeta fizesse o mesmo. Ele seguiu-o hesitante, não sem antes olhar para mim e em seus olhos pude ver apreensão.

– Como estava dizendo, eu já tenho muita sorte. Conhecer sua filha foi sem sombra de dúvidas um baita presente do destino – Juro que tentei, mas não pude reprimir o suspiro que saiu por minha boca ao ouvi-lo pronunciar tais palavras – Eu realmente gosto dela, senhor. Arrisco-me a dizer que a amo – Haymitch parecia embasbacado demais para corrigi-lo quanto a forma de se referir a ele.

– Você ama a Katniss – Não era uma pergunta.

– Sim. Sua filha tem a capacidade de fazer com que eu me sinta um bobo apaixonado toda vez que a vejo ou ouço sua voz – Peeta sorriu como que se lembrando de algum episódio – Por isso venho aqui como um homem responsável pedir a sua permissão para namorar sua filha.

Haymitch continuou a encarar Peeta sem dizer uma única palavra sequer. Depois virou-se para mim como se tentasse entender alguma coisa que estivesse oculta. Por fim suspirou fundo antes de dizer:

– É, Docinho. Você vai ter que agradecer muito por esse garoto gostar tanto assim de você – Eu somente rolei os olhos, por mais que minha língua coçasse para dizer-lhe uma tonelada de xingamentos. Mas me mantive calada, afinal , eu precisava desta confirmação e assim poderia continuar ignorando Haymitch – Tudo bem, garoto. Pode assinar a sua sentença de morte.

E dito isto, Haymitch apertou a mão de Peeta como se tivesse acabado de fechar um contrato. Depois subiu as escadas como se nada tivesse acontecido.

– Eu não colocaria a mão no fogo para provar a pureza da minha filinha, mas ainda assim, nada de quarto – Disse ele antes de alcançar os últimos degraus da escada deixando-nos ali sozinhos.

–Adoro quando você fica assim vermelha, sabia? – Peeta disse, puxando-me para mais perto dele.

– É involuntário.

– Eu sei disso.

Então começou. A sessão de carícias e beijos estava iniciada.

–Achei que vocês não iriam se desgrudar mais – Annie apareceu no meu quarto de repente assim que entrei após me despedir de Peeta.

– Estava nos vigiando, senhorita ? – Eu disse com um sorriso brincalhão no rosto.

– Estava meio difícil não ouvir os grunhidos de vocês lá em baixo. Se o tio Haymitch não estivesse em casa, juraria que estavam transando.

E é claro que eu fiquei vermelha. Acho que vermelha como um tomate ainda era pouco para classificar o tom que o meu rosto adquiriu após seu comentário nada discreto.

– Annie – A repreendi.

–Tudo bem, tudo bem. Não está mais aqui quem falou – Ela levantou os braços em sinal de rendição.

Ficamos conversando por mais alguns minutos antes de Annie dizer que estava estava muito cansada e precisava dormir.

– Tudo bem, senhorita cansada – Joguei uma almofada que ficava em cina da minha cama nela – Só queria te pedir uma coisa.

– Diga, maninha – Foi bom ouvi-la me chamar assim.

– Amanhã é minha apresentação com o Peeta, eu queria que você estivesse presente. Preciso de apoio moral.

– Pode contar comigo. Estarei lá.

E dito isto, fechou a porta atrás de si, permitindo-me fechar meus olhos ao ser levada para um sono sem sonhos.

A medida que o auditório enchia, eu ficava cada vez mais nervosa. As primeiras aulas passaram voando quando eu mais precisava que elas demorassem, e a grande aglomeração de pessoas se dirigindo aos assentos fazia eu me perguntar o que eles achavam de tão interessante em uma palestra sobre literatura.

– Ei, relaxa. Vai dar tudo certo – Peeta afagava minhas costas tentando me acalmar.

–Tem certeza?

– Absoluta. Você... Digo, nós seremos incríveis.

E realmente fomos.

Ao fim da apresentação, recebemos um animada salva de palmas da plateia e dos professores que animados nos cumprimentaram enquanto infinitos elogios saiam de sua bocas.

Parecia que eu havia retirado um imenso peso de minhas costas.

Eu estava aliviada.

– Foi ótima, Catnip. Ou melhor, o casal foi ótimo – Gale disse acidamente enquanto me cumprimentava. Peeta estava longe e eu agradeci por isso, tudo o que eu menos queria era uma confusão.

– Obrigada, Gale. Admiro sua sinceridade – esse era um jogo que dois poderiam jogar e eu não hesitaria em vencer.

– É uma de minhas maiores qualidades.

–Meus parabéns, então – Beijei sua bochecha antes de migrar até Peeta e agarrar seu braço de forma possessiva.

Eu queria que Gale visse nossa sintonia, e queria ainda mais que ele quebrasse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí???!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Living Again" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.