Lembranças Do Inverno escrita por Ellen Brasil


Capítulo 9
Primeiro Encontro


Notas iniciais do capítulo

Gente, vcs são mt fofos veei s2



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Chego em casa distraída, com borboletas no estomago, tão feliz ao ponto de rir sozinha. Minha mãe nota minha presença e fala:

— Filha! Como foi lá?

— Ah… O garoto lá assumiu que foi ele que colocou cigarro em minha bolsa. — falo sem querer muita conversa.

— Quem é esse garoto?

— Depois eu te falo. To cansada… Ah mãe, amanhã vou ter que sair com a Jessica. — não podia contar de Daniel para minha mãe, ela nunca confiou em mim.

— Aonde vocês vão? — finjo não ouvir e subo as escadas rapidamente, e me tranco no quarto, pego o celular e ligo para Laura.

— Laura! Ele me chamou pra sair! — a gente conversa até de madrugada, até quando o celular vibra, o coração dispara, era mensagem de Daniel que dizia:

“A gente podia se encontrar em uma sorveteria aqui pertinho de minha casa, vou te passar o endereço ok?”

“Tudo bem, então a gente se encontra amanhã à noite (:”

Estava tão feliz ao ponto de não conseguir nem fechar os olhos. Mais um dia nasce, e parecia que eu tinha renascido junto, fazia tempo que eu não me considerava realmente uma pessoa feliz.

— Bom dia, bom dia, bom dia! Dormiram bem? — falo com um sorriso estampado no rosto.

— Huuuuum… Ta feliz em Gabi? Desencalhou? — Gustavo fala me zoando.

— Engraçadinho. — faço cócegas nele como nos velhos tempos.

— Estão parecendo duas crianças! — minha mãe diz trazendo a comida para mesa.

— Não fique com ciúmes Dona Heloísa. — eu a abraço fortemente.

A noite chega e fico ainda mais ansiosa, provo mais de 10 roupas e parecia que eu não ficava bem em nenhuma. Gustavo entra sem eu notá-lo.

— Se você usasse essa blusa com aquela saia e um salto você iria arrasar. — ele aponta as roupas.

— Entende de moda agora é?

— Não, só to tentando te ajudar.

— Vou provar a roupa que você falou. Agora saí daqui. — jogo uma almofada nele. Parecia que Gustavo tinha bom gosto, tava me sentindo linda, nunca tinha sentido isso. Sempre tive auto-estima baixa, mas naquela vez era diferente. O combinado era chegar as 07h00min, Daniel atrasa, mas se desculpa pela demora.

— Nossa desculpa, eu me atrasei. — ele me abraça, e aquele abraço foi o melhor do mundo.

— Sem problemas. — a gente senta-se à mesa e olha o cardápio.

— Você quer sorvete de que?

— Acho que quero de morango e você? — falo um pouco nervosa, afinal, eu tava com o garoto mais bonito do colégio no meu lado.

— Vou querer de chocolate. — ele chama o garçom. — Então, eu nem sei seu nome. — risos.

— Meu nome é Gabriely, mas pode me chamar de Gabi.

— Posso te chamar de Gabizinha?

— Claro que pode. — sorrio.

— Então, o que você gosta de fazer? — ele pergunta curioso.

— Eu gosto escrever e você?

— Eu gosto de desenhar. — fico surpresa. — Você faz o livro e eu faço as ilustrações. — a gente rir. Uma escritora e um desenhista será que daria certo?

A gente passa horas conversando, Daniel era tudo que uma garota desejava, ele era ao contrário do que eu imaginava, mas eu tinha que tirar a idéia maluca que ele tava gostando de mim, não tinha condição dele gostar de uma garota como eu, uma garota tímida, misteriosa…

Ele paga a conta, levanta e segura em minha mão e me leva até uma praça ali perto. A praça era meio que abandonada, mas ali se tornou um lugar só nosso, um lugar onde eu podia lembrá-lo, afinal, eu já me considerava “apaixonada”.

— Você gosta de dançar? — ele pergunta.

— Eu não sei dançar Daniel. — risos.

— Vou te ensinar, vem.

— Não Daniel, eu não sei dançar. — ele me puxa para a dança, a gente começa a dançar incorretamente.

— Verdade, você não sabe dançar Gabi. — rimos. No meio da dança a gente se olha atentamente, ele fecha os olhos, meu coração dispara, minha mão fica gelada. Iria acontecer o beijo, mas o celular dele toca, ele atende assustado.

— Alô? — ele fica espantado como se fosse uma notícia ruim. — Como é? Eu não acredito nisso! To indo pra ai agora, me espera. — desliga o telefone e ajeita o cabelo.

— Aconteceu alguma coisa? — falo querendo saber o que havia acontecido pra ele ficar daquela maneira.

— Gabi, vou te levar em casa, desculpa, mas eu preciso ir agora. — diz apressado.

— Ok, vamos.

Próximo a minha casa eu paro e falo:

— Dani, pode me deixar aqui, eu vou sozinha. — tinha dito a minha mãe que tinha saído com Jessica, então ela jamais poderia me ver com ele.

— Tem certeza? — eu balanço a cabeça querendo dizer “sim”, e ele me presenteia com um beijo na testa como quisesse dizer “se cuida”.


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Notas finais do capítulo

Achei muito lindo esse capitulo >< gostaraam ?