Meu Priminho Preferido escrita por gabwritter


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários, meninas!



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– O que é esse sorriso no seu rosto? – encarei minha mãe e resolvi abrir o jogo de uma vez.

– Mãe, o homem das fotos é o Edward. – fechei meus olhos e me encolhi esperando por uma briga, mas nada disso veio.

– Isso eu também já sabia. – falou tranquilamente.

– O QUE? – gritei, sem poder acreditar em meus ouvidos.

– Você realmente acha que pode me enganar, Bella? – ela sorria, como se o que eu tinha acabado de confessar não fosse nada demais, como se não houvesse problema algum eu aparecer em uma foto beijando o filho da irmã dela. – Eu notei que você voltou outra pessoa da viagem que você fez pra New York. Você não me ligava mais, não queria mais saber de mim, e bem, você nunca passou mais de dois dias sem falar comigo. – assenti, pedindo que ela prosseguisse. – No dia do noivado das meninas, eu notei que você tentava ao máximo ignorar o coitado do Riley. Você não comeu nada e só ingeriu álcool. Eu estranhei também ao ver vez ou outra Edward olhando para nossa mesa, mas deixei quieto. Quando você desmaiou, Bella, ele se desesperou. Ele estava pior do que eu. Perguntava a cada cinco segundos onde estava o médico e o porquê de ele ainda não ter chegado. Ele não saiu do seu lado por nada, ficava ali, segurando sua mão, como se isso fosse capaz de salvar você de qualquer mal que tivesse lhe acometido naquele momento.

– Isso foi o suficiente pra você desconfiar? – ela negou.

– Eu achava que era cuidado de primo, afinal você passou quinze dias na casa dele, eu acreditei que vocês tinham ficado muito próximos nesse período. Mas quando ele te chamou de “amor”, e chamou de um jeito tão carinhoso e tão apaixonado que, ali, naquele momento, eu entendi que algo mais havia acontecido entre vocês. – continuei calada, incapaz de interrompê-la. – Nesse mês que você esteve aqui comigo ele sempre ligou, Bella. – ei, eu não sabia disso.

– Ligou? – claro que ele ligava. Eu, de boba que sou, achei que ele finalmente tinha desistido. Ele tinha me prometido que não desistiria de mim, não?

– Sim, ligou. Ele perguntava como você estava, se estava melhorando, essas coisas. Ele estava muito preocupado. Isso só contribuiu para que minha desconfiança aumentasse. E hoje foi a gota d’água.

– Como assim?

– Ele ligou muito nervoso, dizendo que você não atendia o celular de jeito nenhum, que precisava falar com você urgente, que o assunto era sério. Foi a última peça do quebra-cabeça, filha. E com as fotos, eu só pude confirmar tudo. Só podia ser ele.


Tomei um tempo para digerir todas essas informações que minha mãe havia me dado. Ele se preocupava comigo mesmo quando eu o tratava mal, mesmo quando eu o fazia sofrer.



– Eu o amo, mamãe. Estou completamente apaixonada, louca por ele e não sei mais o que fazer. – me joguei em seu colo já sentindo meu rosto molhado.


– E o que há pra se fazer, Bella? – perguntou, fazendo um carinho em meus cabelos. – Você o ama, lute por ele. Fique com ele.

– Eu não posso. – levantei do seu colo e juntei suas mãos as minhas. – Você não vê? Nossa família nunca aceitaria isso. Você é a única que não é como eles. Já pensou na reação da tia Esme? Ela jamais aceitaria isso, mãe. E a vovó... Não! Não dá!

– Bella, o que eu estou vendo é você criando obstáculos. Minha filha, você o ama! Isso é amor, Bella. Não é uma paixonite qualquer, é amor! Não deixe que ninguém atrapalhe sua felicidade, seja ela do lado de quem seja.

– E a minha carreira, mãe? O que meus fans vão dizer? O que a mídia vai dizer? O que Renata vai inventar dessa vez? E EU, MÃE? Eu passei a vida toda acreditando que o amor leva anos para ser construído, e olhe pra mim! Olhe a situação que o amor me colocou! Não dá! – exclamei, completamente exaltada. Levantei da cama, passeando um pouco pelo quarto com o objetivo de me acalmar. Tudo em vão.

– Vem aqui. – sentei onde ela tinha batido, ao lado dela, na cama. – Você consegue parar de ouvir os outros e se ouvir? Ouvir as asneiras que você está falando? Bella, ninguém vai ser feliz por você. Eu posso sentir tudo o que você sente, mas no final do dia eu tenho a minha vida, eu tenho o meu marido. Sua tia Esme tem a vida dela, tem o marido dela, assim como o resto do mundo. Não deixe de viver par agradar os outros. O que a Renata tem a ver com a sua vida? Nada! Absolutamente nada! Você mesma está indo pelo caminho mais difícil, minha filha. – ela me olhava com ternura, como uma mãe ensinando a filha a falar a primeira palavra. - Eu nunca imaginei que você fosse assim, Bella. E isso é um erro meu.

– Não, mãe, eu...

– Sim, meu amor. Eu errei. Eu achei que eu tivesse deixado bem claro pra você que você é dona do seu nariz e que ninguém tem o direito de lhe impedir de alguma coisa. No entanto, olhe só a conversa que nós estamos tendo. Você esta deixando que qualquer coisa se ponha entre você e sua felicidade. Se sua felicidade é o Edward, ótimo! Se for com outro, ótimo. Não importa, mas não se limite, se deixe viver, se deixe experimentar. Eu lhe garanto que o arrependimento de não ter feito é pior do que passar a vida pensado o que teria acontecido se você tivesse feito. – dito isso, ela se levantou da cama, pegou seu livro e saiu do quarto me deixando sozinha com meus pensamentos.


Minha mente travava uma guerra contra si mesmo. Metade achando que minha mãe estava certa e eu deveria sim correr atrás daquilo que eu desejava, a outra metade dizendo que eu estava certa, eu não poderia decepcionar assim aqueles ao meu redor, meus fans, minha família e a mim mesmo.



Se nós nos assumíssemos, nossa família inteira se voltaria contra nós. Tia Esme e vovó fariam de nossas vidas um inferno. Meus fans me julgariam por acabar com Riley, se bem que isso ocorreria de qualquer forma, mas eu não saberia qual seria a reação deles. E o pior dos monstros: eu mesma. Saberia eu conviver com a ideia de namorar meu primo? De decepcionar a todos aqueles que eu amo e que sempre me apoiaram? Saberia eu atropelar minhas crenças e convicções para viver ao lado dele? Saberia eu aguentar a pressão da mídia? Valeria a pena?



Que Deus me ajudasse a encontrar o caminho certo, que Ele me mandasse um sinal me orientando, porque eu estava mais que adepta a aceitar os conselhos de minha mãe e correr atrás dele.



Ele.


Eu não pensava em mais nada que não fosse ele.

Edward não saia da minha cabeça... E nem do meu coração.


Eu tinha certeza que se não fosse com ele, não seria com mais ninguém. Então, por que eu me retraía? Eu queria viver infeliz?


Por que tudo tem que ser tão complicado? Por que logo alguém da minha família? Por que logo o meu primo?


Meu primo. Eu estava apaixonada pelo meu primo e não tinha a mínima ideia do que fazer com isso.



Um sorriso fraco me atingiu quando lembrei de como tinha sido aquela noite. A noite mais feliz da minha vida.




– Quer um cachorro-quente? – ele perguntou quando passávamos em frente a um carrinho de hot-dog.



– Quero não, Ed. Obrigada.

– De nada, bebê.


Ele me abraçava por trás enquanto andávamos. Conversávamos assuntos amenos, bobos. A noite estava extremamente fria, mas ele fazia questão de passear e me mostrar a beleza do parque durante a noite.



– E então ele bateu o taco na minha cabeça. – gargalhei ao ouvi-lo contar a história de quando Emmett tinha o acertado com o taco de baseball.


– Eu não acredito que ele fez isso.

– Claro que fez! Emmett é um maluco, não sei como as mulheres consegues aguentá-lo.

– Simples: elas o amam. – ele se separou de mim e me abraçou pela frente. Subi na calçada de forma que eu ficasse da mesma altura que ele. Edward enlaçou minha cintura em seus braços e eu o rodeei pelo pescoço.

– E eu amo você.


Estanquei ao ouvir sua declaração. Eu iria embora para Los Angeles em dois dias. Nosso romance foi intenso desde o primeiro beijo que tivemos, no segundo dia que eu estava em sua casa. O tempo passou rápido e quando eu vi, já estava completamente envolvida por ele, assim como ele por mim. Não fazíamos questão de esconder nossos sentimentos, se sentíamos, falávamos. Eu só não esperava que ele dissesse isso assim, na lata, eu não estava preparada. Mas a felicidade que me invadiu ao ouvir essas palavrinhas não foi algo que eu pudesse comparar com momento algum da minha vida. Abri o maior sorriso que pude, lhe dei um selinho e devolvii suas palavras.



– Eu também te amo. – o rosto dele iluminou-se de tal forma que eu não aguentei a emoção. Nossas bocas se tocaram lentamente. Abri meus lábios para receber sua língua, levando a minha própria para dançar com a sua. O gosto doce dele era inebriante, atraente. O beijo foi vagaroso, ambos aproveitando e explorando tudo o que podíamos. Paramos mais devagar ainda, dando inúmeros selinhos. - Te amo. Te amo muito. – seus olhos revelavam a alegria que ele sentia ao me ouvir e saber que eu retribuía seus sentimentos.


– Eu nunca achei que eu pudesse ser tão feliz assim, Bella. – o abracei apertado, tentando transmitir que eu também me sentia da mesma forma. – Obrigado, meu amor, obrigado. – as borboletas em minha barriga pareciam guerrear, os arrepios me assolavam sem controle. Amor, era a primeira vez que ele me chamava assim.


Me apertei mais ainda a ele, querendo o sentir mais e mais. Ficamos ali, abraçados, parados, namorando, curtindo, eu fazia cafuné nos cabelos dele e de vez em quando dava uns beijinhos em seus pescoço, sentia seu cheiro, o mordia, fazia tudo que a minha imaginação inventasse.



Ele me amava e eu o amava, e isso era mais que suficiente.



Mas é claro que valia a pena! Como eu pude pensar o contrário?


Saí como um jato do quarto, passando rapidamente pelo meu apenas para pegar minha bolsa juntamente com a chave do carro.


Eu estava dirigindo a caminho da minha felicidade.

 

 



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Notas finais do capítulo

E aí vai mais um! Gostaram? Odiaram? Me deixem saber...

I hope you enjoy!