Meu Priminho Preferido escrita por gabwritter


Capítulo 33
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

HELLO, GIRLS! E segundo o ditado "antes tarde do que nunca", aí está mais um capítulo pra vocês!



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Félix me deixou na casa de Alice e a babá dela abriu o portão pra mim. Dona Lucy disse que havia alguém me esperando e eu estranhei. Será que mamãe tinha vindo até aqui atrás de mim?

Apressei o passo até passar pela grande porta preta da casa de vidro e eu não me preparei para ver ela. Esme Cullen era a pessoa que me aguardava. Estanquei onde estava no momento em que meus olhos a focaram. O que raios ela queria comigo? Com um esforço sobrenatural, me movi e sentei numa das poltronas próximas a ela.

– Pois não, Esme? – perguntei com a voz calma. Ela me analisava da cabeça aos pés e parecia lutar contra si mesma para conseguir proferir alguma palavra.

– Bella, eu vim aqui te pedir perdão. – meus olhos saltaram em surpresa.

– Como? – perguntei mais uma vez, totalmente descrente que eu realmente tinha escutado o que ela disse.

– Eu pensei muito nesses últimos dias desde que você e Edward nos contaram sobre o namoro de vocês e... Bem, eu realmente me arrependi por tudo que eu disse. – ela abaixou os olhos e torceu as mãos.

– Esme, eu... Nossa! Você me pegou totalmente desprevenida e eu... Não sei o que falar. – admiti a verdade. Eu não conseguia formular uma frase concreta e decente o suficiente para dizer pra minha sogra. – Eu estou completamente surpresa com isso. – confessei.

– Eu entendo perfeitamente, Isabella. – ela me encarou mais uma vez e eu vi lágrimas nos seus olhos. – Eu entendo que você não consiga me perdoar agora, não depois de tudo o que eu te fiz e falei, não só pelo episódio no meu aniversário, mas por todos esses anos. – ela suspirou e continuou. Eu não conseguia dizer nada, completamente embasbacada com a cena que meus olhos assistiam. – Meu marido saiu de casa, meu filho mais velho não lembra que eu existo, tive que subornar minha filha com uma casa pra ela não mudar de cidade e meu outro filho não consegue olhar na minha cara. Tem algo de errado comigo e eu estou disposta a mudar isso. – ela me encarou e, ao ver que eu não falaria nada, prosseguiu seu discurso. – A verdade é que eu me deixei influenciar muito por Eleanor e acabei me tornando a cópia fiel dela. As pessoas podem achar que não, Bella, mas eu também sofro com a minha mãe. Ela me tem como a filha preferida e me mima de todos os jeitos possíveis, e isso acabou me fazendo um fantoche dela. Mamãe faz um inferno comigo quando eu não a obedeço e eu estou farta disso. Cansei de ser submissa a ela. Eu neguei esse tempo todo que eu não era igual a ela, mas ao ver todos se afastando de mim, exatamente como todos fazem com ela, eu caí em si.

“ Desde muito nova eu fui criada como uma princesa. Sempre tive tudo ao meu alcance e isso determinou muito na minha personalidade. Eu odiava ser contrariada, e odeio até hoje. É um pensamento ridículo, eu sei, mas eu não deixava de pensar que eu tinha dinheiro e com o dinheiro eu posso comprar o que eu quiser, então por que alguém ousa me negar algo? – ela negou com a cabeça, como se soubesse o quão ridículo essa frase soava. – Mas eu fui assim por muito tempo, pra ser mais específica, até ontem.”

“ Eu também nunca tive muito carinho ou afeto de ninguém, com exceção de Carlisle. Com Carlisle eu sou outra pessoa, carinhosa e compreensiva. Com ele eu me permito falar besteiras, agir como uma boba. Com meus filhos é diferente. Desde novinhos eu nunca consegui me doar pra eles. Eleanor dizia que eu não precisava dar banho neles ou limpá-los quando eles se sujassem, que as babás estavam lá pra isso. E foi por causa dessa pressão dela que eu fui perdendo os meus filhos. Obvio que a culpa é toda minha por isso, mas eu me deixei levar. Fui ficando uma mulher amarga e fútil e veja bem a situação em que eu estou hoje.

“ Eu percebi o que está acontecendo. Eu entendi o que eu me tornei e o que eu fiz com aqueles que eu amo. Eu me arrependi e, como eu já disse antes, estou disposta a mudar. Então, por favor, Bella, me perdoe! A partir de hoje você e Edward tem mais uma aliada. Eu só impliquei com você por que são primos e bem, na minha cabeça antiquada a la Eleanor isso é um absurdo, mas eu já aceitei. Desculpa também por te tratar mal todos esses anos, era o meu jeito. – ela fez uma careta. – E então? Você não vai falar nada?”

Minha boca estava escancarada e possivelmente moscas entrariam nela em instantes. Balancei a cabeça expulsando todos os pensamentos ruins que gritavam em minha mente. E se Esme estivesse mentindo pra me apunhalar depois? Será que ela seria capaz disso depois de todas essas palavras? Ela conseguiria me enganar?

Mas é muito estranho que de uma hora pra outra ela tenha mudado assim. A analisei mais uma vez. A mulher estava sentada numa postura invejável, exalando poder. O vestido branco justo adornava seu corpo perfeito, apesar da idade. As joias douradas complementavam seu visual. Mas apesar de toda a aparência elegante, o rosto dela era torturado. As lagrimas estavam acumuladas há muito e ela deveria estar segurando fortemente o choro. O queixo travado, assim como as sobrancelhas unidas, indicavam sua aflição. Se ela não estivesse de fato arrependida, já poderia me substituir na carreira de atriz.

– Eu te perdoo, Esme. – falei por fim.

– Ah, Bella. – ela se levantou numa atitude totalmente inusitada e me abraçou. Retribui do jeito que dava, já que ela estava de pé e eu sentada. – Obrigada! Obrigada! Não sabe o quanto me tranquiliza.

– Tia... – me afastei dela e a puxei para que sentasse na poltrona ao meu lado. – Eu espero de verdade que a senhora tenha mudado. Não que eu tenha direito de lhe cobrar nada, mas a senhora, antes de tudo, é minha tia, irmã da minha mãe, minha família, e eu vejo como a senhora magoa as pessoas, tia. Eu sei que sou uma criança na frente da senhora, mas escute uma coisa: viva a sua vida e não dê ouvidos a Eleanor. – Esme começou a assentir concordando comigo. – Ela manipula as pessoas em prol de si mesma, não pensa em mais ninguém.

– Eu sei, minha filha, aprendi isso da pior maneira possível. – uma lagrima finalmente escorreu, mas ela a limpou rapidamente. – Eu já conversei com Renée e Sarah, me desculpei com elas também. Daqui eu seguirei para o hospital e vou cuidar de trazer meu homem pra casa de novo. – gargalhei com sua fala, um momento inédito para nós duas. – Amanhã conversarei com Alice e com Emmett e sobre Edward, eu gostaria que você não comentasse com ele sobre essa conversa. Eu quero falar com ele pessoalmente e também pedir perdão.

– Claro, Esme, pode deixar que eu não falo nada. – ela assentiu e se levantou, arrumando o vestido. Pegou sua bolsa foi até a porta, eu a acompanhei.

– Te vejo em breve, Bella.

– Até mais, tia. – a saudei uma última vez e ela se foi.

Fechei a porta e me voltei para a sala encarando o lugar onde segundos atrás minha sogra estava sentada. Meu deus! Vou acabar enlouquecendo com tantas surpresas. Peguei minha bolsa abandonada por ali e segui até o quarto de Edward. Meu celular tocou eu busquei por ele na bagunça que estava a minha bolsa.

– Oi, mãe. – atendi quando encontrei o aparelho.

– ISABELLA MARIE HIGGINBOTHAM SWAN! ONDE VOCÊ ESTÁ?

– Acabei de chegar na casa da Alice, mãe. – respondi cansada.

– Pois então entre no carro de novo e venha imediatamente pra minha casa. Estou lhe esperando. – e ela desligou.

Tive vontade de espatifar contra a parede o Iphone que não tinha culpa de nada. Quando eu teria sossego? Fui até a cozinha avisar Lucy que eu já estava de saída e dirigi de volta pro meu berço: a casa dos meus pais.

*******************************************************************

Ri mais uma vez da besteira que o Patrick tinha falado. Já beirava as sete horas da noite do domingo e eu estava completamente entediada. Edward me confirmara que só chegaria na madrugada de terça para quarta e, segundo Jane, minha agenda estava limpa até a semana que vem, quando começariam os preparativos para o meu novo filme.

Mais cedo quando cheguei passei mais de uma hora ouvindo as lamentações da minha mãe e como eu não cuidava da minha saúde e bla bla bla. Dessa vez meu pai se juntou a ela e os dois alugaram meus ouvidos e meu estômago, já que me fizeram comer por três pessoas, sem exagero.

Meu celular tocou e era Jéssica, agradeci aos céus sabendo que ela me tiraria daquele tédio.

– Sua amiga da onça! – ela bradou no instante em que eu aceitei a ligação.

– Oi pra você também, Jess. – ri.

– Oi o caralho. Você some, aparece, some de novo, começa a namorar seu primo e não me conta nada e ainda por cima esquece o aniversário do seu amigo! – ela soltou de uma só vez e a informação fez um boom na minha cabeça.

– OMG! É HOJE! – gritei também. – Puta que pariu, eu esqueci mesmo!

– Eu sei. Mas você deve estar com a cabeça cheia, eu imagino. – ela disse compreensiva. – A verdade é que eu também esqueci.

– Vadia! – xinguei e gargalhamos juntas. – O que faremos?

– Eu tive uma ideia. Mike está fora da cidade e eu to jogada aos quatro ventos em LA.

– Oh, amiga, eu também. – me solidarizei.

– Perfeito então. Vamos fazer uma surpresa pro James. Vem aqui em casa me buscar, eu já liguei encomendando um bolinho de aniversário e um champanhe. Vamos até o flat que o Jam está e fazemos uma surpresa pra ele. – ela contou nosso roteiro com empolgação.

– E o que te faz crer que ele está lá?

– Minha querida, eu sou eficiente. Mandei Mike ligar e perguntar onde ele estava e se ia sair.

– Tá certo, bitch. Vou me arrumar aqui e já já estarei aí. Ainda mora no mesmo lugar, né?

– Sim, e vem logo. Tchau!

Levantei da cama num pulo e fui até o closet uma roupinha mais arrumadinha. Me enfiei numa calça skinny preta que dessa vez me deu trabalho. Talvez fosse hora de parar de frequentar uma nutricionista já, afinal, eu não entrava direito na minha própria calça! Coloquei uma blusa branca com alguns detalhes em preto, um salto vermelho e uma bolsa também vermelha. Coloquei alguns acessórios e fiz uma rápida maquiagem combinando com o batom vermelho vibrante.

Olhei-me no espelho e aprovei o visual, tirei uma foto fazendo biquinho e mandei pra Edward, avisando-o que iria sair. Encontrei mamãe na sala e disse que não tinha hora pra voltar e fui até a garagem. Assim que entrei no carro, meu celular tocou.

– Isabella, onde você pensa que vai vestida assim? – ele perguntou assim que eu atendi a ligação no painel do carro.

– Vou pra night, me esbaldar por aí. – brinquei.

– Ah, é? Isso nos dá direitos iguais então. – ele disse sacana e meu sorriso sumiu.

– Nem ouse, Edward Cullen. – falei um tom mais alto.

– Pois volte agora pra casa e troque essa camisa que você está usando. – ele mandou. Olhei pra minha camisa mais uma vez e sorri. Ela era bastante decotada, o “V” da blusa ia até antes do umbigo e era coberto por um tecido transparente branco. Coloquei um sutiã que apertasse meus seios e hm, digamos que eu estava fatal.

– Vem aqui tirar ela, Edward. – sussurrei com a voz rouca.

– Provocadora. – ele sussurrou de volta. – Você está me tentando, Isabella.

– E o que você vai fazer pra me castigar? – falei meio que gemendo e ouvi um arfar pesado do outro lado da linha.

– Maldita! Sabe o que eu vou fazer? Vou rasgar essa roupa fora do teu corpo e... – ouvi um barulho estranho e a voz de Edward assumiu outro tom. – Boa noite, Sr. Affleck. Como vai? – o homem respondeu e Edward pediu que ele aguardasse um instante. – Amor, tenho que desligar, meu cliente chegou. – broxei.

– Tudo bem, depois continuamos nossa conversinha.

– Pode apostar que sim. Alias, vai me dizer pra onde está indo?

– Estou indo buscar Jessica e vamos ao flat de James surpreendê-lo, hoje é o aniversário dele.

– Hmmm, parabenize-o por mim. Tenho que desligar, beijo.

– Beijo, meu amor, te amo. – falei melosa e ele se declarou mais uma vez antes de encerrar a ligação.

Dirigi mais um pouco e cheguei à casa de Jessica com um sorriso de orelha a orelha.

– Você está com cara de quem acabou de ser comida. – ela soltou assim que entrou no carro.

– Jess! – ela gargalhou.

– Oi, amiga. – ela me deu um beijinho e segui para o flat de James.

No caminho, Jessica me indagou sobre Edward e fomos conversando sobre ele. Acabei contando tudo pra ela.

– Deus, que história louca! Sua avó deve estar mesmo pirando.

– Eu bem sei que sim. Logo ela aparece com alguma pra cima da gente, estou estranhando o quão quieta ela está. – compartilhei meus anseios com ela.

– Foda-se aquela velha, Fada. Tia Renée está do seu lado, agora Esme também, não há o que temer.

– É o que eu espero, Jess, é o que eu espero. – finalizei no instante em que chegamos no hotel.

Entreguei o carro ao motorista e peguei a garrafa de champanhe e uns balões que a louca tinha comprado. Jessica desceu segurando o bolinho e a sacola com os pratinhos, garfinhos, faca e aqueles chapéus de desenhos infantis.

– Boa noite. Em que posso ajudá-las? – a recepcionista sorriu simpática. Seus olhinhos brilhavam ao ver duas grandes atrizes em sua frente.

– Boa noite. – eu cumprimentei. – Hmm, você poderia nos dizer em que suíte James Delue está? – fiz um biquinho e a moça riu nervosa.

– Bem, eu preciso ligar para ele e perguntar se vocês podem subir.

– Ah, não! Você vai estragar a surpresa. – Jessica lamentou. – Você poderia simplesmente nos dar a chave do apartamento em que ele está e tcharan! – ela fez um gesto com os braços e quase derrubou o bolo.

– Eu terei que falar com meu gerente. – ela nos comunicou e já foi ligando para o superior dela.

Alguns minutos e algumas com todos os funcionários da recepção depois, conseguimos o cartão-chave do quarto de James. Pegamos o elevador e seguimos até o seu andar.

– Shiu. – Jess alertou quando paramos em frente a sua porta. Eu estava ansiosa e nervosa, como se estivesse fazendo algo errado.

– Me sinto uma criança. – adimiti.

– Eu também, mas anda logo. – assenti e abri a porta.

Assim que entramos na sala, ouvimos uma gargalhada vinda do outro cômodo. Caminhamos até lá passinho por passinho e abri de fininho a porta do quarto.

Meus olhos arregalaram, minha boca quase caiu no chão e por muito pouco a garrafa não foi junto. Jessica fez um barulho com a garganta chamando a atenção dos dois que estavam extremamente compenetrados no que faziam.

– Bella! Jess! – James exclamou, totalmente surpreso com nossa presença ali, mas não mais que eu e Jessica vendo ele aos beijos com nada mais e nada menos que meu primo, Jacob Black.


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Notas finais do capítulo

Joguem as pedras, eu mereço!!! MIL PERDÕES!!! Gente, preciso me explicar com vocês: viajei pra são paulo, depois pro rio, depois pra são paulo de novo e quando voltei pra casa, eu fiquei totalmente sem tempo. Comecei a trabalhar com meu pai e ele me entupiu de trabalho, sem contar todas as provas e trabalhos finais da faculdade. Eu realmente só vim ter tempo desse final de semana pra cá, porque, acreditem, só agora entrei de férias! Isso, mesmo, férias! Isso que dizer que até o final do mês eu posso escrever loucamente hahaha

Cap está aí, mais uma vez eu vou demorar um pouquinho pra me readaptar com a fic e a história, mas nada que atrapalhe o desenvolvimento dela. Em alguns caps entraremos na reta final já, dá pra acreditar?? :(

MINHAS LEITORAS, MEUS AMORES: ME DESCULPEM MAIS UMA VEZ E PELO AMOR DE DEUS, OBRIGADA PELOS COMENTS! kkk amooooo o que vocês escrevem pra mim, sem esse apoio a fic não anda! Muito obrigada, de verdade. Prometo recompensar vocês nesses dias.

ps: dependendo da quantidade de coments, novo post até quinta.

I hope you enjoy!



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